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domingo, 3 de agosto de 2014

Os pinóquios do Hamas fazem sucesso no Brasil


O MEMRI traduziu do árabe para o francês (que verto aqui para o português) um documento de extremo interesse para quem acompanha o conflito entre o Estado de Israel e os terroristas do Hamas, que controlam o território de Gaza, fazendo do povo palestino uma vítima das conhecidas barbáries perpetradas pelo fundamentalismo islâmico travestido de “resistência”:

MENSAGEM PARA OS ATIVISTAS DO FACEBOOK NO SITE DO MINISTÉRIO DO INTERIOR DO HAMAS

EXCERTOS DAS DIRETRIZES DO DEPARTAMENTO:

Toda pessoa morta ou caída como mártir deve ser chamada de “civil de Gaza ou Palestina”, antes de especificar o seu papel na Jihad ou posto militar. Não se esqueçam de sempre acrescentar as palavras “civis inocentes” ou “inocentes”, referindo-se às vítimas dos ataques de Israel em Gaza.

Comecem [seus relatórios sobre] as ações de resistência pela expressão “em resposta ao cruel ataque israelense” e concluam com a frase: “essas numerosas pessoas são mártires desde que Israel lançou sua agressão contra Gaza.” Sempre se certifique de manter o princípio: “o papel da ocupação é atacar, e nós na Palestina estamos sempre no modo reativo.”

Tenham cuidado para não espalhar boatos de porta-vozes israelenses, especialmente aquelas que afetam o front interno. Cuidado para não adotar a versão [dos acontecimentos] da ocupação. Vocês devem sempre emitir dúvidas [sobre a versão deles], refutá-la e considerá-la como falsa.

Evitem postar fotos de ataques de foguetes sobre Israel a partir dos centros da cidade de Gaza. Isso [serviria] de pretexto para atacar áreas residenciais da faixa de Gaza. Não publiquem ou não partilhem fotografias ou clipes de vídeo mostrando locais de lançamento de foguetes ou [as forças] do movimento de resistência na faixa de Gaza.

Para os administradores de páginas de informações no Facebook: não publiquem fotos de homens mascarados com armas pesadas em grande plano, para que sua página não seja fechada [pelo Facebook] sob o pretexto de incitamento à violência. Em suas informações, certifique-se de especificar: “os obuses localmente manufaturados usados pela resistência são uma resposta natural à ocupação israelense que deliberadamente dispara foguetes contra civis na Cisjordânia e em Gaza”…

Além disso, o Ministério do Interior preparou uma série de sugestões destinadas aos ativistas palestinos que interagem com os ocidentais através das mídias sociais. O Ministério sublinha que essas conversas devem diferir das trocas com outros árabes:

Quando vocês falam para o Ocidente, devem usar um discurso político, racional e convincente e evitar o palavreado emotivo choramingas da empatia emocional. Alguns ao redor do mundo estão dotados com uma consciência; vocês devem manter contato com eles e usá-los em benefício da Palestina. O papel deles é provocar vergonha pela ocupação e expor suas violações.

Evitem entrar numa discussão política com um ocidental para convencê-lo de que o Holocausto é uma mentira e uma enganação; por outro lado, associe-o aos crimes de Israel contra civis palestinos.

A narrativa da vida em comparação com a narrativa do sangue: [falando] para um amigo árabe, comecem com o número de mártires. [Mas falando] para um amigo ocidental, comecem com o número de mortos e feridos. Certifiquem-se de humanizar o sofrimento palestino. Tentem retratar o sofrimento dos civis em Gaza e na Cisjordânia durante as operações da ocupação e seus bombardeios de cidades e vilas.

Não postem fotos dos comandantes militares. Não mencionem seus nomes em público, não louvem os sucessos deles nas conversas com amigos estrangeiros! [1]

A “Mensagem para os ativistas do Facebook” postada no site do Ministério do Interior do Hamas revela com clareza que esse grupo terrorista possui uma estratégia de propaganda digna de um Josef Goebbels, mesclada, contudo, a uma ingenuidade que chega a ser infantil (Goebbels jamais divulgava publicamente suas estratégias de propaganda), que a torna ainda mais fascinante para os que sofrem de esquerdismo, essa “doença infantil do comunismo” (nas famosas palavras de Lenin) e que adotam a estratégia proposta pelos terroristas islâmicos mesmo sabendo tratar-se de mentiras puras, distorções da verdade e falsificação dos fatos.

Especialmente no Brasil a estratégia perversa do Hamas alcançou um alto índice de popularidade junto à população letrada, sendo adotada por toda a esquerda idiotizada pela ideologia (a “falsa consciência”, na célebre definição de Marx), pelas “mídias independentes” e muito frequentemente pelas mídias de consumo, e agora até pelo próprio governo. Numa nota divulgada a 23/07/2014, o Itamaraty fez um de seus pronunciamentos mais lamentáveis, igualmente digno de Josef Goebbels:

O Governo brasileiro considera inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. Condenamos energicamente o uso desproporcional da força por Israel na Faixa de Gaza, do qual resultou elevado número de vítimas civis, incluindo mulheres e crianças. O Governo brasileiro reitera seu chamado a um imediato cessar-fogo entre as partes. Diante da gravidade da situação, o Governo brasileiro votou favoravelmente a resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas sobre o tema, adotada no dia de hoje. Além disso, o Embaixador do Brasil em Tel Aviv foi chamado a Brasília para consultas. [2]

Mais uma vez, por obra desse governo, o Brasil se viu exposto ao ridículo e ao vexame mundiais. Quer dizer então que um país em eterna guerra civil, onde a cada ano 50 mil pessoas morrem assassinadas, incluindo mulheres e crianças, quer se alçar como árbitro de um conflito externo sobre o qual nada entende? Chamar o embaixador do Brasil em Tel-Aviv para consultas?! O Brasil quer romper relações diplomáticas com Israel? Já fomos promovidos ao status da Venezuela?

A Chancelaria de Israel respondeu à altura: “Esta é uma lamentável demonstração de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático. O relativismo moral por trás deste movimento faz do Brasil um parceiro diplomático irrelevante, que cria problemas ao invés de contribuir para soluções.”, declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Israel, Yigal Palmor [3], que ironizou a derrota brasileira na Copa como exemplo de desproporcionalidade, explicando que a guerra não é uma partida de futebol, e que só não há centenas de mortos em Israel porque esse país construiu um sistema anti-mísseis eficiente, e não se desculpará por isso. [4]

O embaixador brasileiro respondeu dizendo em tom bovino que seu país reconhecia o direito de defesa de Israel, mas não aceitava a desproporção das mortes palestinas. Ou seja, Israel pode se defender dos ataques terroristas palestinos desde que morra de seu lado um número igual ou próximo. Infelizmente, Israel zela pela vida e pela segurança de seus cidadãos e, por isso, não pode oferecer centenas de mortos para satisfazer o senso de proporcionalidade dos antissemitas.

A posição alucinada do Itamaraty foi criticada pela CONIB (Confederação Israelita do Brasil) e pela ANAJUBI (Associação de Advogados Brasil-Israel), mas louvada, é claro, na Faixa de Gaza: “O Brasil é melhor do que os países árabes, como o Egito, que não fazem nada”, reportou o correspondente Diogo Bercito da Folha de S. Paulo [5]. Estamos mal mesmo, nos alinhando com os terroristas palestinos que nem os países árabes apoiam mais, e seguindo à risca as diretrizes dos Pinóquios do Hamas…


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Fontes:
[1]: http://www.memri.fr/2014/07/22/directives-du-ministere-de-linterieur-du-hamas-aux-activistes-en-ligne-parlez-toujours-de-civils-innocents/
[2]: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/07/1490447-israel-repudia-critica-do-brasil-sobre-bombardeios-na-faixa-de-gaza.shtml?cmpid=%22facefolha%22
[3] http://www.jpost.com/Operation-Protective-Edge/Brazil-recalls-ambassador-for-consultations-in-protest-of-IDF-Gaza-operation-368715
[4]: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/porta-voz-de-israel-reage-e-afirma-que-desproporcional-e-7-1.html

[5]: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2014/07/1490447-israel-repudia-critica-do-brasil-sobre-bombardeios-na-faixa-de-gaza.shtml?cmpid=%22facefolha%22

Foi pior o “nove a um”

Por Ernesto Caruso

Ficou na memória a derrota por 7 a 1 diante da seleção alemã, mas futebol é futebol, facilmente superado, Felipão que o diga. Dunga padeceu um pouco mais...

O pior na arena jurídica ficou abafado pelo insucesso nos gramados. O resultado acachapante a favor da Papuda no Supremão é página virada por outros escândalos petistas.

Em foco, cumpre ou não cumpre a penalidade por parte da “não quadrilha” do mensalão. Como diria o comentarista, a regra é clara como se lê na Lei de Execução Penal, artigo 37, “A prestação de trabalho externo, a ser autorizada pela direção do estabelecimento, dependerá de aptidão, disciplina e responsabilidade, além do cumprimento mínimo de 1/6 (um sexto) da pena.”.

Mas, como não estamos no inferno alemão... E o que é inferno alemão? Ilustra relembrar: dois brasileiros morrem e lhes é concedida a opção de escolher entre o inferno brasileiro e o alemão. A pena diária no brasileiro é tomar duas taças de excremento todo dia e no alemão só uma. O mais esperto escolheu o brasileiro. Após o cumprimento da pena, se encontraram na pergunta de como foi o sacrifício. Cabisbaixo e a expressão de sofrimento, o que ficou no alemão quase não podia falar e, com ânsia recorda a rotina de na mesma hora e todo dia ingerir a dose intragável. Já o outro, alegre e faceiro exclama que nunca o fizera apesar da cota em dobro... duas taças.

O mais sofrido, feição contraída, pergunta o porquê de tamanha euforia. Resposta na ponta da língua; nunca tomei dessa poção; um dia a taça quebrou, no outro o guarda faltou, no seguinte, o produto não foi entregue, sumiu a chave da despensa, inquéritos e sindicâncias, licenças, greve, feriados...

“Dura lex sed lex!” Só que não se cumpre. 
 
Assim, ficou decidido que o ex-ministro da Casa Civil interno da Papuda pode trabalhar fora. Foi acolhido o recurso e alterada a decisão do ministro presidente da Corte, Joaquim Barbosa prevalecendo que o preso no regime semiaberto não precisa cumprir um sexto da pena.

Segundo o novo relator, ministro Roberto Barroso, o entendimento predominante nos tribunais locais e no STJ é de que a restrição de cumprimento de um sexto da pena não se aplica aos presos no semiaberto.  Os estados não possuem colônias agrícolas, industriais ou assemelhadas para trabalho dos condenados. Lembram-se do inferno?

No geral, a falta de condições de trabalho proporcionadas pelos estados aos apenados foi o argumento fundamental para o não cumprimento da lei. Daí se entende que a incompetência na gestão pública gera jurisprudência. Isso, no Brasil carente de tudo, em especial na educação que poderia contar com livros, cadernos, carteiras, uniformes, produtos da indústria de pequeno porte, misto de estabelecimento penal.

Na outra cancha, votou o ministro Celso de Mello ressaltando que o trabalho externo em regime semiaberto deve ser excepcional e, para sua concessão, o sentenciado deve atender ao requisito de cumprimento de um sexto da pena. Nove a um. Placar triste de ver. Vaia à Papuda e aos papudos.

Mas, não só o STF vive preso às amarras políticas. O Tribunal de Contas da União também. São nove ministros indicados pelo Presidente da República, sendo 1/3 escolhido pelo próprio e 2/3 pelo Congresso Nacional, a quem compete a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial das unidades dos poderes da União.

Ou seja, uma indicação sob a célebre expressão possuir “notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública;”.

Eis que a então presidente do Conselho da Petrobras, Dilma Roussef, foi inocentada graças ao T.C.U., no segundo relatório, pois que o primeiro o tinha responsabilizado pelo desfalque.