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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Peemedebistas querem que Renan desista de recorrer ao Supremo contra CPI da Petrobras

Renan Calheiros, presidente do Senado: peemedebistas não querem partido contra a CPI
Renan Calheiros, presidente do Senado: peemedebistas não querem partido contra a CPI
Ora vejam. Agora lideranças do PMDB, informa o Estadão, estão pressionando o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a desistir de recorrer da liminar concedida pela ministra Rosa Weber em favor da CPI da Petrobras. É o mínimo que ele pode fazer em defesa do próprio partido. Afinal, o PT, o maior interessado em que a comissão não seja instalada, já decidiu cair fora e disse aceitar a investigação — embora fale da boca pra fora, é claro.

Senadores peemedebistas telefonaram para Renan — que estava na Itália em razão do processo de canonização de Padre Anchieta — e o alertaram de que o ônus recairia sobre o partido. E seria muito barulho por nada. Dados os fundamentos elencados por Rosa para conceder a liminar, dificilmente eles não seriam endossados pela esmagadora maioria do Supremo. Vale dizer: o PMDB arcaria com o peso de lutar contra a comissão e ainda seria derrotado.

A CPI é composta de 13 membros titulares. PT e PMDB podem indicar oito deles — 4 cada um. O PSDB teria dois nomes apenas, e o DEM, 1. Duas cadeiras dependeriam da formação de blocos — ainda incertas. É evidente que o governismo teria total controle da investigação, especialmente no Senado. Renan volta ao Brasil nesta segunda.

A batalha nos bastidores agora é outra. Lembrem-se de que a oposição também tem o número de assinaturas para fazer a CPI Mista, isto é, composta de senadores e deputados. A oposição passa agora a lutar para que seja essa a instalada, não a do Senado. O Palácio do Planalto tem menos controle de sua base na Câmara. Os governistas argumentam, no entanto, que a liminar de Rosa Weber autoriza a instalação só da CPI no Senado.

O argumento é tolo. Substancialmente, Rosa não arbitrou sobre a CPI do Senado, mas sobre o direito que tem a minoria de instalar uma comissão de inquérito, desde que cumpridos os requisitos; um terço de assinaturas dos parlamentares e fato determinado. Logo, a mesma argumentação vale para a CPI Mista. Se for o caso, os oposicionistas prometem recorrer ao Supremo de novo — e é certo que vencerão outra vez.

Vejam que curioso: pianinho, sem que os peemedebistas se dessem conta, os petistas estavam jogando sobre seus ombros a tarefa de impedir a CPI da Petrobras. Tinha transformado o PMDB em pau mandado de seus próprios interesses. É certo que esse partido também tem interesses na estatal. Mas é evidente que o principal interessado em barrar a investigação é o PT.

Aécio critica Lula por atacar o Judiciário e a Democracia.

Covarde como sempre, Lula só dá entrevista sobre o Mensalão fora do país. 
E mente. Como sempre.
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), classificou de "infeliz" a declaração feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a uma emissora de TV de Portugal sobre o julgamento do mensalão. "É lamentável um ex-presidente da República fazer afirmações que depõem contra o poder Judiciário brasileiro, que é o esteio da democracia brasileira", afirmou Aécio nesta segunda-feira, 28, após palestra na Associação Comercial de São Paulo.

Na entrevista que concedeu à TV portuguesa, Lula disse que o tempo vai se encarregar de provar que o mensalão teve praticamente "80% de decisão política e 20% de decisão jurídica". Para Aécio, não se pode desrespeitar o Judiciário quando as decisões parecem ser desfavoráveis ao desejado. "Não podemos desrespeitar o Poder Judiciário. Pelo cargo que ocupou, (Lula) deveria ser o primeiro a zelar pelo respeito às nossas instituições. Foi uma declaração infeliz".

O senador mineiro participou nesta manhã de palestra na Associação Comercial de São Paulo. Em sua palestra, criticou o governo petista, dizendo que o País vive atualmente uma "herança perversa e perigosa" em razão da gestão, que, segundo ele, é marcada pela ameaça da volta da inflação e por baixos índices de crescimento.


Observação: fizeram coro a Aécio o Procurador Geral da República e vários ministros do STF.

ONU cobra investigação imediata da morte do coronel Paulo Malhães

Publicado Jornal do Commercio - Agência Estado

Na última quinta, Malhães foi encontrado morto em suposto assalto

A Organização das Nações Unidas (ONU) cobra das autoridades brasileiras uma "investigação imediata" da morte do coronel da reserva do Exército, Paulo Malhães. Seu assassinato ocorreu na noite da quinta-feira, 24, em um suposto assalto no sítio em que morava na zona rural de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

A possibilidade da morte ter relação com o depoimento de Malhães na Comissão da Verdade é investigada. Em março deste ano, Malhães prestou à Comissão Estadual da Verdade do Rio depoimento em que relatava ter participado de prisões e torturas na ditadura. Disse também que foi encarregado pelo Exército de desenterrar e sumir com o corpo do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido em 1971.

Dias depois, à Comissão Nacional da Verdade, reafirmou ter tomado parte em torturas, mas mudou sua versão sobre o sumiço dos restos mortais de Paiva. O corpo desenterrado, segundo ele, não poderia ser identificado por estar em decomposição.

Agora, a ONU quer esclarecimentos sobre sua morte. "É necessário que haja uma investigação imediata para esclarecer os fatos em relação ao caso e aqueles responsáveis precisam ler levados à Justiça", declarou ao jornal O Estado de S. Paulo a porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos, Ravina Shamdasani. A ONU diz que novas informações estão sendo coletadas sobre o caso e que a Organização deve se pronunciar ainda nesta semana sobre o assunto.

Os esforços do Brasil para lidar com seu passado foram elogiados ao longo dos últimos meses pela ONU. Mas a Organização exige do País que os responsáveis por torturas, assassinatos e crimes contra a Humanidade sejam processados. A ONU também já se pronunciou contra a manutenção da lei de anistia no Brasil, alegando que crimes como o da tortura não podem ser protegidos por uma lei.


Na entrevista a um canal da TV portuguesa, Lula insinua que não sabe quem é José Genoino e conhece José Dirceu só de vista



“O que eu acho é que não houve mensalão”, disse o ex-presidente Lula na entrevista concedida à RTP, publicada neste domingo no site da emissora de televisão portuguesa. “Eu também não vou ficar discutindo a decisão da Suprema Corte”, tratou de desdizer-se na frase seguinte. E mudou de ideia na continuação: “Eu só acho que essa história vai ser recontada para saber o que aconteceu na verdade”.

A hipótese é tentadora para o país que presta. Se a história fosse recontada como se deve, não ficaria sem castigo o chefe supremo do esquema criminoso que produziu o maior escândalo político-policial desde o Descobrimento. Mais: se a verdade prevalecesse, seria restaurada a decisão original do Supremo Tribunal Federal, desfigurada pela nomeação de Teori Zavaschi e Roberto Barroso. Ao tornar majoritária a bancada dos ministros da defesa de culpados, a dupla ajudou a parir a obscenidade segundo a qual  um bando de quadrilheiros é diferente de uma quadrilha.

O camelô de empreiteira não parece preocupado com o destino dos condenados, revelou o melhor dos piores momentos da conversa. Quando a entrevistadora lembrou que estão na cadeia alguns velhos parceiros do entrevistado, Lula admitiu a existência de “companheiros do PT presos”, estacionou numa vírgula e despejou a ressalva abjeta: “Não se trata de gente da minha confiança”.

Nem a turma da cela S13?, decerto perguntaria a jornalista se tivesse mais intimidade com os casos de polícia hospedados na Papuda. Portugueses e brasileiros então descobririam que Lula não sabe direito quem é José Genoino, acha que Delúbio é nome de rio e conhece José Dirceu só de vista.

PR anuncia apoio a eventual retorno de Lula ao Planalto e reforça a intensa guerra nos bastidores


(Ricardo Stuckert - Instituto Lula)Queda de braços – Quando este site revelou a existência de uma crescente guerra nos bastidores do poder central, contrapondo Dilma Vana Rousseff e seu antecessor, Luiz Inácio da Silva, o lobista Lula, muitos acreditaram ser teoria da conspiração, mas a situação se agrava a cada dia, principalmente por causa das sérias dificuldades enfrentadas pela presidente da República.

Depois das seguidas investidas do grupo adepto do “Volta Lula”, que fez do ex-petista André Vargas a primeira vítima do Palácio do Planalto, agora é a vez do Partido da República, o PR, engrossar o coro a favor do ex-metalúrgico. Nesta segunda-feira (28), a bancada do PR na Câmara dos Deputados não apenas mandou pelos ares a eventual candidatura do senador Magno Malta (ES) à Presidência da República, mas descartou apoio ao projeto de reeleição de Dilma Rousseff.

Além de sinalizar um rompimento do PR com o governo Dilma, o partido defendeu apoio à candidatura de Lula. Ou seja, o “Volta Lula” ganhou adeptos fora da seara petista, situação que coloca a presidente em situação crítica e facilita o avanço dos candidatos de oposição, desde que cada qual saiba tirar proveito do cenário repentino que surgiu no horizonte.

Em carta aberta lida pelo líder do PR na Câmara, deputado federal Bernardo Santa (MG), a bancada afirma que somente Lula “pode “inaugurar um novo ciclo virtuoso de crescimento pela via da conciliação nacional”.

A decisão do PR não foi tomada na esteira da aventura, mas com a devida anuência de Lula, que tenta limpar a própria imagem depois de tantos escândalos de corrupção, começando pelo Mensalão do PT e terminando com os muitos imbróglios que chacoalham a Petrobras. Sem contar os desdobramentos da Operação Lava-Jato, que não demorará muito para colocar na alça de mira alguns frequentadores assíduos do Palácio do Planalto, pretéritos e atuais.


No caso de o PR manter a decisão, ficará provado que a disputa entre Lula e Dilma é muito maior e mais verdadeira do que imaginavam os incautos. A grande questão a ser considerada de agora em diante é se uma mudança na estratégia eleitoral do PT dará ao partido a garantia de continuar no poder. É fato que ainda restam alguns meses para a corrida presidencial, mas uma eventual entrada de Lula no páreo será tarde.

Até agora Petrobras torrou R$ 4,3 bi em Pasadena. Rombo não para de crescer.

 
O gasto da Petrobras com a refinaria de Pasadena, no Texas, chega a US$ 1,934 bilhão, se somados todos os valores mencionados por gestores da estatal em apresentações internas obtidas pelo GLOBO. O montante equivale ao custo da compra do empreendimento, de US$ 1,249 bilhão, mais as despesas para manter o refino de petróleo numa unidade sucateada.

Em setembro de 2008, numa exposição de dados confidenciais à diretoria executiva da empresa, técnicos informaram que os gastos com a refinaria, até novembro daquele ano, somavam US$ 650 milhões, incluído o montante desembolsado para a compra dos primeiros 50% do empreendimento, de US$ 343 milhões. A segunda metade, depois de uma longa disputa judicial, saiu por US$ 820,5 milhões.

Mais US$ 275 milhões deveriam ser gastos em "sustentabilidade", entre 2009 e 2013, "qualquer que seja o cenário de continuidade da refinaria", conforme uma apresentação elaborada pela Petrobras America, subsidiária da estatal. O total de gastos atingiria, portanto, pelo menos US$ 1,74 bilhão. No entanto, dados repassados ao GLOBO pela própria Petrobras revelam que a conta total com a compra de Pasadena - que a estatal já admite ter sido um mau negócio - chega a US$ 1,934 bilhão.

A conclusão da compra da refinaria no Texas ocorreu após o fim da sociedade com a companhia belga Astra Oil. O valor final, de US$ 1,25 bilhão, passou a ser investigado pela Polícia Federal, pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pela Controladoria Geral da União (CGU). O que os novos documentos revelam são a continuidade e a extensão desses gastos, em razão das péssimas condições da refinaria adquirida pela estatal.

Desembolsos em segurança e meio ambiente

Durante todo o processo de aquisição e após a compra definitiva, em 2012, a empresa precisou continuar a fazer vultosos desembolsos em equipamentos de segurança, proteção do meio ambiente, melhoria da confiabilidade, paradas programadas do refino e adequação às normas norte-americanas. Conforme as apresentações elaboradas pela cúpula da estatal, esses gastos chegariam a quase US$ 500 milhões até 2013.

Os registros contábeis da refinaria, conforme dados levantados pela estatal em abril de 2013, mostram um valor de mercado bem inferior ao desembolsado para a compra. Um relatório diz que o "valor contábil de livro" em novembro de 2012 - ano do fim do litígio - era de US$ 573 milhões, enquanto o "valor presente líquido" da refinaria era ainda mais baixo, de US$ 352 milhões.

O GLOBO consultou a vice-presidente técnica do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Verônica Souto Maior, sobre o significado desses registros contábeis. O "valor contábil de livro" é o valor de Pasadena registrado na estatal - quanto a aquisição custou à empresa, conforme os registros contábeis. Trata-se, portanto, de menos da metade dos gastos totais feitos para comprar a refinaria. Um mau negócio, como admitiu a presidente da Petrobras, Graça Foster.

Já o "valor presente líquido" leva em conta as projeções de fluxo de caixa para os próximos 25 anos, segundo Verônica. Para trazer esse valor para o presente, a contabilidade faz um teste, chamado de "impairment". As perdas da refinaria de Pasadena, por conta desse teste, somavam US$ 221 milhões, o que resulta num valor real do empreendimento de US$ 352 milhões, segundo os dados da estatal de abril de 2013.

- Verificou-se que o valor de livro da refinaria é bem superior ao valor de mercado. Daí, a necessidade do reconhecimento da perda no resultado, em face da necessidade de demonstrar o referido ativo pelo seu valor de mercado - afirmou a vice-presidente técnica do CFC, após analisar os dados a pedido do GLOBO.

Os números não batem com os apresentados por Graça Foster em depoimento no Senado no último dia 15. Segundo a presidente da Petrobras, o teste de "impairment" levou a uma perda de US$ 530 milhões no valor de Pasadena. - A partir daí, temos um ativo de qualidade para o que se propõe hoje - disse ela, no Senado.

Boa parte da queda do valor presente de Pasadena se deve ao recuo do preço do petróleo e, por consequência, das margens de lucro das refinarias a partir de setembro de 2008, quando teve início a crise internacional. O preço do barril do petróleo despencou de um nível de mais de US$ 140 o barril para pouco mais de US$ 30, tendo voltado a valer mais de US$ 100 só três anos depois.

A apresentação da Petrobras America, de 2009, aponta que, "sob a ótica das margens projetadas pela Petrobras, só seria possível garantir a reversão do resultado operacional negativo a partir de 2013, após os investimentos requeridos (de US$ 275 milhões)".

Dados de auditoria contábil obtidos pelo GLOBO revelam que, de fato, a refinaria apresentou retorno líquido positivo nos anos de 2009 e 2010, mas houve prejuízo de quase US$ 100 milhões entre 2011 e 2012. Segundo a apresentação de Graça Foster no Senado, a refinaria voltou a apresentar lucro nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, num total de US$ 58 milhões, período no qual Pasadena voltou a refinar 100 mil barris por dia. (O Globo)

Recuperação judicial: o viés nada confiável da folclórica cegueira da Justiça


justica_21Quebra-cabeça – O ucho.info retoma a série de reportagens sobre a cegueira tendenciosa e nada inteligente da Justiça. Para tal, volta à pauta o caso da empreiteira Semenge, que em passado não tão distante foi a quinta maior empresa do setor no País.

O caso da Semenge ganhou destaque extra por conta do misterioso e não elucidado assassinato do engenheiro Leonardo Drumond, morto por um pistoleiro de aluguel quando saía do escritório da empresa, no centro do Rio de Janeiro. Leonardo era filho de Sebastião Cantídio Drumond, acionista majoritário da empresa.

No rastro de um desentendimento entre os acionistas, a empreiteira foi arrastada para uma administração judicial determinada pela Justiça paulista, situação em que um preposto do Judiciário passou a gerir a empresa como forma de solucionar crises. É nesse exato ponto que começam as estranhezas do caso Semenge.

Os minoritários, liderados pelo sócio Jorge Getúlio Veiga Filho, acusavam o majoritário [Sebastião] de dever à empresa algo em torno de R$ 70 milhões, valor de 2007. À época, a Semenge, conforme relatório apurado pelo primeiro interventor judicial (nomeado pelo juiz), tinha R$ 124 milhões de patrimônio líquido, valores a receber decorrentes dos contratos em curso, além do bom e respeitado nome no mercado, ou seja, se colocada à venda a empresa valeria mais de R$ 300 milhões. Somente no caixa, no mesmo ano de 2007, a empresa tinha quase R$ 70 milhões.

Antes disso, em 2006, a ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça, tentou conciliar os divergentes grupos de acionistas em audiência especial na Corte, com o objetivo de colocar um ponto final na disputa. Sebastião Drumond, o acionista majoritário, concordou em pagar mais de R$ 88 milhões pela parte de Jorge Getúlio Veiga Filho, o minoritário, mas este não aceitou o acordo.

Meses depois, o filho de Sebastião [Leonardo Drumond] foi executado no centro da capital fluminense, sendo que as suspeitas rondaram a órbita do rival Jorge Getúlio. Muito estranhamente, a Justiça do Rio de Janeiro arquivou o caso, que até hoje permanece sem solução, como se um a vida do ser humano nada valesse.

Decisão obtusa e desnecessária

dinheiro_103Contudo, assombra de maneira brutal a não necessidade de intervenção da Justiça na empresa que, em 2007, estava operante, com muitos contratos em andamento e cumprindo a sua função perante a sociedade.

A Justiça paulista, além de atender aos reclamos do grupo de Jorge Getúlio – de que Sebastião Drumond não poderia administrar a empresa sendo devedor da mesma (sempre lembrando que a aludida dívida era – como ainda é – passível de questionamento judicial) – decretou a intervenção judicial e retirou o direito de voto em assembleias de Sebastião e seu grupo, concedendo o usufruto das respectivas ações ao administrador judicial. Decisão no mínimo canhestra para um Poder do Estado que se vangloria da folclórica cegueira.

Entretanto, Sebastião Drumond não poderia e nem deveria ser afastado, pois na condição de detentor de 55% das ações da empresa – considerando o relatório feito pelo primeiro administrador (que permaneceu um mês no cargo), e a suposta dívida alegada pelos minoritários – a conta, mesmo que indevida, poderia ser paga, por Drumond, apenas com os valores que estavam no caixa da empresa e dos contratos a receber.

A solução não era apenas aritmética, mas lógica. Bastavam doses de bom senso e uma calculadora confiável, pois do patrimônio líquido (R$ 124 milhões) Sebastião Drumond tinha direito a aproximadamente R$ 68,2 milhões (valor também de 2007). Com esse valor, o majoritário conseguiria quitar a suposta dívida, manter suas ações e continuar no comando da empresa.

Jogo sujo de minoritários rasteiros

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Acontece que o objetivo da contenda não era buscar o consenso, mas criar um tumulto para, em seguida, permitir que os minoritários pudessem assumir o controle da empreiteira. Para que o plano pudesse avançar, os sócios minoritários contaram com a bizarra falta de visão da Justiça, que preferiu não enxergar o óbvio.

A partir de então, o caso da Semenge, que até hoje tramita em várias esferas do Judiciário, passou a frequentar a seara do incompreensível, pelo menos para os reles mortais e com direito a níveis aceitáveis de compreensão.

O segundo administrador judicial ficou à frente da empresa de 2007 a setembro de 2008, acompanhado por um conselho criado por determinação da Justiça e que contava com seis integrantes.

De maneira abrupta, sem qualquer justificativa, houve a renúncia do segundo administrador e o ingresso de um terceiro. Cenário que se mostrou vasto para o surgimento de fatos inexplicáveis, que começaram a ganhar o cotidiano da Semenge, inclusive com direito a movimentações de contas bancárias sem autorização judicial, levantamentos de valores bloqueados judicialmente, sem explicações sobre a finalidade, entre outros tantos desmandos.

Após intensa batalha judicial, a Justiça paulista determinou que o conselho fosse reduzido de seis para três integrantes. Entretanto, como a Justiça tinha retirado o direito de voto do grupo de Sebastião Drumond, embora majoritário, seu grupo não pode indicar um dos representantes. Ou seja, prevaleceu a ilógica. O conselheiro que representava a empresa na administração judicial foi indicado pelos sócios minoritários, que colocaram seus advogados na diretoria da empresa e à frente de um nada confiável Conselho de Administração. Em outras palavras, a tal administração judicial começava a fazer fumaça, como sempre acontece na maioria de casos empresariais semelhantes.

Empresa voltada à construção e às obras públicas, a Semenge estava em pleno funcionamento quando a Justiça determinou a administração judicial. Acontece que nenhuma companhia, por mais capitalizada que seja, resiste a ultrajes, principalmente quando cometidos por pessoas inescrupulosas e com objetivos nada ortodoxos.

Um dos absurdos desta fase da administração judicial foi a compra, por R$ 11 milhões, de uma gleba de terra na Serra da Cantareira, em São Paulo, sem qualquer verificação documental, de uma empresa inidônea, negócio que gerou considerável prejuízo para os cofres da empreiteira.

Se uma empresa sadia financeira e administrativamente não suporta um revés desse naipe, não é difícil imaginar o que acontece com uma companhia que está sob administração judicial, nas mãos de alguém que não é do ramo e que conta com os conselhos de pessoas pouco confiáveis.

Nova invencionice de vulto surgiu em seguida

dinheiro_80Um contrato de prestação de serviços advocatícios no valor de R$ 10 milhões para que um grande escritório defendesse a empresa – e indiretamente os minoritários – na ação movida contra Sebastião Drumond que já tramitava no STJ foi o golpe subsequente no caixa que já apresentava fraquezas

Ora, no momento em que a administração judicial caminhava para dominar a cena, a parte que cabia ao sócio majoritário no caixa da empreiteira não foi utilizada para quitar sua aludida dívida com a empresa, mas tempos depois serviu para custear os honorários de um caro e badalado advogado contra ele próprio. Traduzindo para o velho idioma deste país dito democrático e respeitador das leis, os inocentes minoritários, com a benção da administração judicial, usaram o dinheiro da empresa que era gerida por Sebastião Drumond, o majoritário, para contratar um grande escritório para acompanhar um processo movido contra o mesmo Sebastião. Seria o equivalente a cometer um “harakiri” financeiro.

O escritório de advocacia, contratado pelo administrador judicial, com as bênçãos do Conselho de Administração e da Diretoria (todos nomeados pelo acionista Jorge Getúlio), está no rol dos mais respeitados do País, é verdade, mas o valor do contrato soa estranho quando considerado o fato de que o serviço prestado se limitou ao ingresso, no Superior Tribunal de Justiça, de defesa em Recurso Especial já julgado em favor dos sócios minoritários.

A estranheza cresce quando percebe-se que o tal recurso repete os mesmos argumentos que rechearam a petição protocolada anteriormente pelos minoritários. Em suma, prevaleceu nesse caso o que no mundo da informática é conhecido popularmente como “Ctrl C, CtrlV”, ou “copiou, colou”.

Diante de tamanho atentado contra o caixa da empresa, não configura equivoco concluir que o tal contrato, literalmente milionário, trazia em suas entranhas ao menos uma justificativa entre duas: serviu para dar ares de legalidade a mais um desvio de dinheiro do caixa da empresa ou, então, respaldou uma operação de tráfico de influência no Judiciário. O que não é tão raro quanto imaginam os incautos brasileiros.

CONFIRA ABAIXO AS REPORTAGENS ANTERIORES DA SÉRIE SOBRE A CEGUEIRA DA JUSTIÇA


Aécio quer governo com ética e eficiência para "encerrar o ciclo perverso" do PT.


Aécio no Canal Livre, da Band. Clique aqui e assista à entrevista completa.

O pré-candidato do PSDB à presidência, Aécio Neves (PSDB), em entrevista ao Canal Livre, não poupou críticas a Dilma Rousseff e disse que quer ser presidente para “encerrar o ciclo perverso do governo”. “Quero colocar ética e eficiência”, afirmou o tucano, que será oficializado candidato na convenção do partido, em 14 de junho, em São Paulo. “Tenho a esperança de ser vitorioso. O PSDB foi o partido das grandes reformas. O Brasil está sendo construído, mas as bases foram do governo do PSDB, como a estabilidade da moeda”.

Aécio também falou sobre as recentes manifestações e comentou sobre a rejeição dos jovens aos políticos. “É uma rejeição à política clássica, do mau comportamento”, declarou. “Tenho uma trajetória de 30 anos irretocáveis, do ponto de vista ético. Governei em Minas precisando fazer o que tinha que ser feito".

Aécio fez duras críticas ao crescente gasto do governo. Para o senador, uma nova forma de política deve ser adotada. “Acabaremos com a metade dos ministérios. Temos quase 40 ministérios e 25 mil cargos. É preciso cortar gastos do governo. Criarei apenas uma secretaria para simplificar o setor tributário. É possível em seis meses simplificar o sistema de impostos”.

O candidato tucano foi muito claro nos pilares que defende para melhorar a segurança pública.  Destacou a proposta do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) para combater a crescente violência. “É culpa do descaso do governo federal. 87% da verba da segurança é de responsabilidade dos Estados. Só 13% é da União. O governo não controla as fronteiras. Vou levar a proposta do senador Aloysio à frente. Não se trata em reduzir a maioridade penal. Mas o jovem de 16 anos que cometer um crime grave ou for reincidente, ouvido o Ministério Público, poderá ser punido como adulto”.

Aécio afirmou que o vice em sua chapa será definido apenas no início de junho. “Existem várias correntes que defendem um vice de São Paulo. Mas vamos conversar com o DEM e o Solidariedade antes da decisão. Se for o [José] Serra, é um grande nome. O Aloysio Nunes também é excelente”.  

Fundo de pensão controlado por sindicalistas ligados ao PT tem perda de até R$ 500 milhões

Alexandre Rodrigues - O Globo

PT provoca crise em fundo de pensão da Petrobras

Ingerência política fez Petros assumir mais de 40 planos deficitários

 Enquanto a ingerência política mergulha a Petrobras numa das maiores crises de sua História, o fundo de pensão dos funcionários da estatal, a Fundação Petros, vive dias turbulentos pelos mesmos motivos. Pela primeira vez em dez anos, as contas da entidade foram rejeitadas por unanimidade por seu conselho fiscal. Nem mesmo os dois conselheiros indicados pela Petrobras no colegiado de quatro cadeiras recomendaram a aprovação das demonstrações financeiras de 2013, que apontaram um déficit operacional de R$ 2,8 bilhões no principal plano de benefícios dos funcionários da estatal e um rombo que pode chegar a R$ 500 milhões com despesas de administração de planos de outras categorias. Mesmo assim, as contas foram aprovadas no órgão superior da entidade, o conselho deliberativo, abrindo uma crise interna no fundo.

Um grupo de conselheiros eleitos descontentes resolveu recorrer à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão que fiscaliza fundos de pensão, para denunciar a direção da Petros, controlada por sindicalistas ligados ao PT desde 2003. Os resultados dos investimentos da fundação têm recebido pareceres contrários do conselho fiscal há dez anos, mas apenas com o voto dos conselheiros eleitos pelos funcionários. No entanto, as contas sempre foram aprovadas pelo conselho deliberativo, órgão superior, no qual a Petrobras, patrocinadora do fundo, indica o presidente, tendo direito a voto de desempate. A estatal, no entanto, nem tem precisado usar esse recurso.

Os conselheiros vencidos, um suplente e dois conselheiros fiscais também eleitos pelos funcionários foram a Brasília entregar à Previc duas denúncias e duas consultas pedindo maior rigor na fiscalização das contas do fundo.

Nos documentos, obtidos pelo GLOBO, eles apontam que o principal motivo da reprovação das contas da Petros pelo conselho fiscal foi o fato de a maioria dos quase 40 planos de outras categorias que passaram a ser geridos pela fundação durante o governo Lula ser deficitária: não geram recursos suficientes para pagar os custos de administração. Esses custos estão saindo do mesmo fundo de administração dos dois planos originais da Petros, que terão de pagar a aposentadoria de 75 mil funcionários da Petrobras e suas subsidiárias. O cálculo dos conselheiros, baseado em dados que atribuem à própria Petros, é que, em cinco anos, os dois planos perderam pelo menos R$ 200 milhões. Esse montante, alegam, pode chegar a R$ 500 milhões, se for corrigido.


Cabra marcado para mártir

Por Ipojuca Pontes*

ipojuca_pontes_15Escrevi recentemente que os comunistas, em suas distintas siglas, se tornaram especialistas na fabricação de falsos mártires (venerados, depois de mortos, como heróis mitológicos “sacrificados” em combate pelo “porvir de um mundo melhor”, sendo alguns, em seguida, vendidos como semideuses pela agitação de uma colossal máquina de propaganda partidária).

No sujo contexto da guerra cultural que os comunistas travam pela ampliação do poder, citava o caso do “Che” Guevara, assassino psicopata que fracassou miseravelmente em tudo em que meteu a mão: na órbita familiar, à frente de ministério e banco, mas especialmente como guerrilheiro, quando, no Congo, em 1965, açoitado por desmoralizante diarreia, fugiu covardemente do acosso dos mercenários do Coronel irlandês Mike Hoare.

Em particular, citava o caso do venezuelano Simon Bolívar, tido como “libertador visionário” e inspirador da revolução bolivariana do século XXI, herói que, segundo o próprio Karl Marx (outro charlatão de marca), não passava de aventureiro vulgar, escroque e contrabandista de armas a serviço do império britânico – um tipo, enfim que, além de covarde e traidor, tinha como objetivo único tornar-se ditador da América do Sul.

Em âmbito nacional, mencionava a figura de João Pedro Teixeira, um “quadro” assalariado do Partido Comunista, incensado como líder e mártir das Ligas Camponesas de Sapé, na Paraíba, no conflituoso início dos anos 1960. À época, João Pedro e outros ativistas das Ligas, segundo Antonio Dantas, um dissidente do PCB na região, eram mantidos pelo ouro da KGB, a partir, sabe-se hoje, de remessas repassadas pelo Serviço de Inteligência da Polícia Comunista Tcheca (STB), braço estratégico de Moscou para manter acesa a “guerra revolucionária”, via Cuba, no Brasil e outros países da América Latina. (De resto, as denúncias de Antonio Dantas sobre a atuação da KGB no Nordeste, confirmadas pela recente divulgação do vasto acervo do Instituto para Estudos dos Regimes Totalitários da República Tcheca, encontram-se à disposição dos interessados, na Internet, em vídeos do YouTube).

Os métodos utilizados por João Pedro Teixeira à frente das Ligas Camponesas de Sapé eram, para dizer o mínimo, brutais. Por exemplo: se o trabalhador rural tinha sua terrinha, dava-se bem com o patrão e não queria saber das Ligas, o ativista glorificado, junto com seus asseclas, para forçá-lo a entrar na associação, enfiava uma canga de bode ou um chocalho de boi no pescoço do indefeso. Em seguida, para desmoralizá-lo publicamente, arrastava-o estrada afora às vistas de sua família e para apupos da horda debochada.

Outro método diabólico, disseminado nos manuais de Mao para dobrar o proprietário rural, consistia em ocupar suas terras, durante meses, pela prática de improvisados “mutirões”. O ativista das Ligas, ao lado de 100 ou 200 liderados, todos de foice em punho, aparecia numa fazendola e dizia ao proprietário que precisava de suas terras, sem remuneração, para colher uma agricultura de subsistência. Muitos fazendeiros, acuados, aceitavam a ocupação; outros não. Daí eclodia o conflito, quase sempre sangrento.

(Um desses conflitos, o da Fazenda Miriri, resultou numa carnificina braba, com a morte de camponeses e policiais, um deles trucidado a golpes de foice pelos invasores).

Hoje, no entanto, de modo sistemático, tais fatos, corriqueiros na guerra rural promovida pelas Ligas Camponesas financiadas pelo comunismo internacional, são todos sonegados pela tendenciosidade interpretativa da camarilha acadêmica, por historiadores engajados e pela incontável legião de comentaristas catequizados pela sanha ideológica marxista.

De minha parte, entendo que João Pedro Teixeira é o caso perfeito da estratégia comunista para fabricar a história segundo seus propósitos de dominação: depois de doutrinado, o “quadro” do PC de Sapé foi conscientemente jogado às feras e transformado em mártir para gáudio dos seus mentores ideológicos.

Para consagrá-lo, foram escritos dezenas de livros, teses universitárias, programas de televisão e até filmes. Um deles, “Cabra Marcado Para Morrer”, do marxista Eduardo Coutinho, obra de pura propaganda, elevou o ativista das Ligas à categoria de pranteado santo. Mas o fato concreto é que o documentário não passava, formalmente, de uma mistura dos filmes posados do primitivo cinema mudo do Recife, feitos por Jota Soares e Gentil Roiz, e das reportagens do Globo Repórter dos anos 70, chupadas canhestramente do telejornalismo da CBS News. De fato, Coutinho não sabia filmar. Os seus filmes de ficção – por exemplo, “ABC do Amor” (episódio) e “Faustão” – foram retumbantes fracassos de público e crítica. Quem duvidar é só checar.

Fonte: ucho.info

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*Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

PMDB desiste de impedir CPI da Petrobras.


Lideranças peemedebistas fecharam questão em torno da atuação na CPI da Petrobrás e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deve desistir de recorrer ao plenário do Supremo Tribunal Federal. Na avaliação da cúpula do partido, o desgaste de questionar a decisão da ministra Rosa Weber, que determinou a imediata instalação da comissão, foi empurrada para "a conta" do partido. O próprio PT, da presidente Dilma Rousseff, desistiu de apelar ao STF para tentar inviabilizar as investigações.

Em Roma desde a semana passada, onde acompanhou ao lado do vice-presidente Michel Temer a missa em ação de graças pela canonização do padre José de Anchieta, Renan conversou por telefone com nomes de peso do partido, insatisfeitos com sua iniciativa de recorrer, anunciada na quinta-feira.

A provável mudança de rota na estratégia de Renan vai de encontro ao que já havia sido acordado entre os correligionários, em uma sequência de jantares nas últimas semanas. "Entrar com recurso no pleno para quê?", questionou o líder peemedebista no Senado, Eunício Oliveira (CE), um dos que ligou para o presidente do Senado para lhe dizer que "ele havia se precipitado" ao distribuir a nota sobre o recurso.

Renan retorna hoje ao Brasil e amanhã, assim que reassumir os trabalhos no Senado, vai reunir os membros da Mesa Diretora para falar sobre a desistência do recurso. A reunião, contudo, visa evitar mais desgastes, tirando do presidente do Senado a responsabilidade integral e deixando a decisão para o colegiado.

Na avaliação de um líder peemedebista, embora Renan seja o citado pela liminar do Supremo, por ser o presidente do Senado, o custo político de questionar a instalação da CPI da Petrobrás seria compartilhado pelo PMDB como um todo.
Na semana passada, após receber a notícia de que Rosa Weber decidiu a favor da CPI para investigar exclusivamente as denúncias contra a Petrobrás, como defendia a oposição, o Palácio do Planalto acionou os líderes da base aliada. A orientação foi que o PT não recorreria. Pesquisas internas mostram que a avaliação de Dilma já sofre desgaste por causa da CPI. O recurso caberia a Renan, como presidente do Senado, numa tentativa de institucionalizar a manobra.

Copa. Para tentar blindar a presidente, os governistas vão dar prioridade à indicação de parlamentares fiéis ao Planalto. PT e PMDB têm direito cada um a 4 das 13 vagas da CPI, enquanto o PSDB terá 2 nomes e o DEM, 1. Além disso, a aposta é que a proximidade da Copa do Mundo, que começa em 12 de junho, reduzirá os holofotes sobre a investigação no Congresso.

A oposição agora quer tentar instalar uma CPI mista, incorporando deputados à investigação. "A CPMI tem um peso político novo. Não podemos desprezar o apoio de 230 deputados", justificou o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP).

Para tentar brecar a CPMI, mais ameaçadora ao governo, a base vai argumentar que a decisão de Rosa Weber se ateve ao processo no Senado. "O que foi decidido pelo Supremo foi a CPI do Senado. Não vamos aguardar o STF receber uma ação de CPMI. Vamos tocar essa que já está apresentada", disse o líder do PT, Humberto Costa (PE).

Tucanos e democratas vão destacar que a CPI mista já cumpriu os critérios regimentais exigidos e que não há argumento jurídico que impeça os deputados de participarem da investigação. A liderança do DEM na Câmara cogita levar a questão mais uma vez ao Supremo, caso Renan, que também é o presidente do Congresso, opte pela CPI restrita a 13 senadores.(Estadão)

Cientistas publicam livro com 15 verdades que abalam o ambientalismo

Postado por Luis Dufaur

O professor Istvan Marko, coordenador 
do trabalho conjunto
Um grupo de cientistas publicou em 2013, na Bélgica, o livro "Climat: 15 vérités qui dérangent" (Clima: 15 verdades que perturbam).

Porém, segundo “Nouvelles de France”, a grande mídia censurou esse livro como se fosse “herético”.

O coordenador da obra é o doutor Istvan Marko, presidente da European Chemical Society e professor na Universidade Católica de Louvain, na Bélgica.

O trabalho coletivo não pretende ser exaustivo, mas põe o dedo na chaga de 15 realidades que patenteiam a fragilidade das teses dos adeptos da luta contra o CO2.

Eis essas 15 verdades:

1. O IPCC não é um organismo científico, mas político.
2. O IPCC alimenta uma constante confusão entre ciência e política.
3. O IPCC está no centro de uma coalizão de poderosos interesses particulares.
4. O IPCC recusa todo debate científico racional com cientistas opostos às suas teses.
5. O IPCC denigre os argumentos apresentados em sentido contrário e põe obstáculo à liberdade de expressão, tratando os cientistas que não compartem suas posições como dissidentes do tempo da URSS.
6. O CO2 não aumentou em função das emissões de combustíveis fósseis desde 1750.
7. A elevação da temperatura média global no último meio século não foi atípica em relação aos últimos 1300 anos.
8. O CO2 proveniente de combustíveis fósseis não contribui significativamente para o aumento da temperatura desde a metade do século XX.
9. A teoria do “aquecimento global causado pelo homem” se baseia em modelos ou simulações fundadas em hipóteses e aproximações.
10. As observações da realidade fornecem dados naturais (atividade do sol, vulcões, correntes oceânicas, nuvens, etc.) que pesam na evolução do clima, mas os modelos do IPCC não as levam apropriadamente em consideração.
11. As teorias do IPCC não recolhem o consenso científico.
12. A imprensa não apresenta a problemática do aquecimento global com o recuo crítico e a imparcialidade requeridos pela deontologia jornalística.
13. As contribuições dos governos ao IPCC geralmente aumentam o viés criticado acima.
14. A popularidade das teorias do IPCC resulta de uma difusão midiática unilateral e do apoio de certos partidos e líderes de opinião.
15. Os encarregados de tomar decisões econômicas e financeiras tiveram que adaptar suas políticas às imposições da luta contra o aquecimento global, com prejuízo de sua produtividade e competitividade.

O Dr Istvan Marko, professor de Química Orgânica, com colegas da Universidade Católica de Louvain

Istvan Marko, editor do livro, explicou em entrevista no dia 7 outubro de 2013:

“Desde 1998, jamais aumentaram tanto as emissões de CO2, porém a temperatura do globo ficou estável. Nesse período foi emitido um terço do CO2 produzido desde o início da era industrial, sem causar nenhum efeito na temperatura mundial. Porém, o IPCC espalha que o aquecimento global se deve ao aumento das emissões de gás estufa de origem humana com uma probabilidade 90 a 95%. Na verdade, o CO2 aumenta após a elevação da temperatura, e nunca o inverso. Se a temperatura sobe nos trópicos, o CO2 aumenta por volta de 8 a 11 meses mais tarde. (…)

“Se o aquecimento global não é devido principalmente à atividade humana, qual é a sua causa?

“Há muitas. Por exemplo, a influência direta da atividade solar e uma correlação com as manchas solares. Se essas forem numerosas, em geral vai ficar quente.

“Se o sol apresenta menor número de manchas, um número maior de raios cósmicos atingirá a terra, criando nuvens de baixa altitude que impedirão os raios solares de atingir a terra e fazendo abaixar a temperatura”.



Esquema Vargas-Youssef detona Padilha e onda de lama se aproxima cada vez mais da petista Gleisi


andre_vargas_22Tiro certeiro – Os desmentidos e ameaças do petista Alexandre Padilha aos que o acusam de ligações com o doleiro Alberto Youssef duraram pouco. Novas denúncias demonstram que seu ex-assessor, Marcus Cézar Ferreira de Moura, é o executivo do Labogen, laboratório-lavanderia criado pelo doleiro Alberto Youssef em parceria com o deputado federal André Vargas para lesar os cofres públicos através do Ministério da Saúde.

De acordo com as investigações da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, o Labogen lavou pelo menos US$ 113,38 milhões entre janeiro de 2009 e dezembro de 2013. Parte do dinheiro teria sido remetida para o exterior, em especial para a China, por meio de contratos de câmbios fraudulentos. Esse cenário fez com que a candidatura de Padilha ao governo de São Paulo, pelo PT, subisse no telhado.

A próxima vítima das traficâncias da dupla Vargas-Youssef deve ser a senadora Gleisi Hoffmann, candidata petista ao governo do Paraná. André Vargas, apontado pelas investigações da PF como sócio oculto de Youssef, continua como coordenador da campanha da senadora petista e permanece com a incumbência de arrecadar fundos e distribuir recursos para campanhas do PT no Paraná. Irritado com a falta de apoio de Gleisi, Vargas tem distribuído informações capazes de deixar a senadora em situação muito complicada.

Não bastassem seus vínculos com Vargas, Gleisi está ameaçada por nova denúncia. Um esquema ilícito e muito lucrativo envolvia a empresa JN Rent a Car, empresa do finado José Janene que até recentemente mantinha contrato de locação de veículos com os Correios. Com sede em Londrina, a JN teria faturado R$ 77,5 milhões ao longo de oito anos. O caso pode acabar respingando em Gleisi porque, desde 2011, os Correios são comandados por Paulo Bernardo, ministro das Comunicações. Bernardo é o marido de Gleisi Hoffmann.


Contundo, engana-se quem pensa que o esquema de locação de carros para órgãos federais limitou-se ao contrato com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. De acordo com informações obtidas pelo ucho.info, o esquema é muito maior e pode atingir inclusive o Palácio do Planalto, através de negócios escusos feitos em importantes ministérios.

Um ano depois de Pasadena, Dilma autorizou comprar Okinawa, com as mesmas cláusulas e problemas.


A compra da refinaria americana de Pasadena não foi o único negócio polêmico feito pela Petrobras no exterior. A aquisição da refinaria de Okinawa, no Japão, em 2007, um ano após a negociação de Pasadena, também tem um histórico de resultados frustrados e de promessas de produção que hoje, como admite a própria estatal, não têm como ser cumpridas.

A Petrobras comprou, por US$ 52 milhões, fatia de 87,5% do capital da refinaria japonesa Nansei Sekiyu, na ilha de Okinawa. A refinaria teria capacidade para produzir 100 mil barris por dia, a mesma de Pasadena, no Texas. Era essa capacidade que, teoricamente, justificava os investimentos e planos da Petrobras. Em abril de 2008, a estatal anunciou que a planta estava produzindo apenas 35 mil barris por dia, mas que iria "aumentar gradativamente a produção até a carga máxima, visando, além do mercado japonês, chegar a Cingapura, Vietnã e Malásia".

O problema é que, por causa de restrições ambientais e regras de segurança impostas pelo Japão, a Petrobras sabia que Okinawa não tinha permissão para atingir a capacidade plena. Essa condição acaba de ser reconhecida pela estatal. Questionada sobre o assunto, a empresa informou ao Valor que, "apesar da capacidade nominal da refinaria ser de 100 mil barris por dia, o processamento máximo é de 53 mil, em obediência aos limites definidos por legislação local relacionada a impactos ambientais (Energy law)".

A carga processada na refinaria confirma as limitações. Em 2009, a produção foi de 45 mil barris por dia. Em 2010, caiu para 41 mil. Nos três anos seguintes, produziu 47,5 mil, 50 mil e 39 mil barris por dia, respectivamente.

A negociação de Okinawa passou pelo crivo dos mesmos executivos e conselheiros que aprovaram Pasadena, com José Sérgio Gabrielli na presidência e Dilma Rousseff, na época ministra da Casa Civil, como presidente do conselho. Como ocorreu em Pasadena, o contrato de Okinawa continha cláusula "put", com regras de saída do negócio. A sócia da Petrobras na refinaria, a trading Sumitomo, que tinha 12,5% da refinaria, exerceu o direito e vendeu sua participação por US$ 29 milhões. No total, Okinawa já custou US$ 192 milhões à Petrobras. (Valor Econômico)


No entanto, em 21 de setembro de 2012, a Petrobras emitiu uma nota dizendo que a refinaria havia produzido 95.000 barris, um recorde desde a sua aquisição.

Consciência sobre a conservação do planeta Terra


Assista esse vídeo.. Esse vídeo foi criado com o único propósito de tocar a sua consciência sobre a conservação do nosso planeta.

Seios do Brasil - Paródia


As vilhenenses Fabiane Rozella e Danieli Rozella, juntamente com Cleberson Nogueira realizaram uma paródia com a música "Seios de Minas" da cantora Paula Fernandes, na qual, através da letra da canção mostram suas indignações com a situação do Brasil.

O vídeo foi postado na tarde desta quarta-feira, 02, e já está fazendo sucesso nas redes sociais, inclusive foi compartilhada pela Fan Page "Jornal Rational", no facebook.

A música se chama Seio do Brasil, "Seio do Brasil, nosso descontentamento com o Brasil. Nós somos Brasileiros e merecemos respeito!", diz a discrição do vídeo.

Roubalheira de Pasadena: Petrobras buscou sócio para evitar críticas à Lula.


Documentos confidenciais da Petrobrás obtidos pelo Estado indicam que a estatal pretendia incluir um sócio na compra da refinaria de Pasadena, no Texas (EUA), com o objetivo de "camuflar" a extensão da transação em solo estrangeiro e evitar uma contradição com o discurso nacionalista do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação aos negócios da estatal. O texto não menciona se a entrada de um parceiro - a japonesa Mitsui & Co. - na operação seria economicamente vantajosa para a empresa brasileira.

O texto de 11 páginas foi assinado por Luis Carlos Moreira da Silva, gerente executivo internacional de Desenvolvimento de Negócios da Petrobrás. O documento data de 2005, um ano antes da efetivação da compra da primeira metade de Pasadena pela estatal brasileira, e é tratado como "confidencial". Procurada, a Petrobrás disse que não comentará o assunto.

"A participação da Mitsui nesta aquisição, ou outro sócio financeiro, visa reduzir a exposição política da Petrobrás com a aquisição de ativos de refino no exterior, enquanto existe um apelo interno para a construção de novas refinarias do Brasil", diz o documento.

De acordo com a exposição realizada pela Diretoria Internacional da estatal, independentemente de ser ou não mais vantajoso para a Petrobrás dividir a compra da refinaria com um sócio, essa condição era vista como fundamental sob o ponto de vista político.

Em 2002, o então candidato do PT começou sua campanha à Presidência criticando a gestão da Petrobrás, na época sob comando do PSDB, por fazer encomendas de petroleiros e plataformas a estaleiros estrangeiros. Lula citou uma concorrência para construção de um navio em Cingapura e prometeu que, em seu governo, daria preferência a investimentos e encomendas da Petrobrás em solo brasileiro.

Na campanha seguinte, quando a Petrobrás comprou a participação em Pasadena com base em um plano de investimentos elaborado desde a gestão tucana, o então presidente candidato à reeleição atacou a oposição dizendo que o PSDB privatizaria a Petrobrás.

Oferta. Os executivos da Petrobrás ofereceram a parceria à Mitsui em julho de 2005, quando a ideia era adquirir 70% das ações de Pasadena. Os japoneses enviaram uma carta demonstrando interesse em participar do negócio. No documento, ao qual o Estado também teve acesso, a Mitsui disse que já haviam "firmado parcerias anteriores com a Petrobrás envolvendo valores que passaram dos US$ 5 bilhões".

A parceria não avançou porque a Astra Oil, dona de 100% da refinaria texana, concordou em vender apenas 50% de sua participação. Foi essa a cota comprada pela Petrobrás em 2006, operação que, seis anos depois, se completou com a compra da metade restante, ao custo total de US$ 1,18 bilhão. No último dia 15, em audiência no Senado, a atual presidente da estatal, Graça Foster, reconheceu que a compra "não foi um bom negócio".

A própria presidente Dilma Rousseff, em resposta à reportagem do Estado em março, afirmou que só aprovou a compra de 50% de Pasadena em 2006, quando era ministra da Casa Civil e comandava o Conselho de Administração da Petrobrás, por ter recebido um resumo técnico "falho" e "incompleto".

A aquisição da refinaria é investigada por Polícia Federal, Tribunal de Contas da União (TCU), Ministério Público e Congresso por suspeita de superfaturamento e evasão de divisas. O conselho da Petrobrás autorizou, com apoio de Dilma, a compra de 50% da refinaria e de estoques de petróleo por US$ 360 milhões. Posteriormente, por causa de cláusulas do contrato, ela foi obrigada a ficar com 100% da unidade, após longa disputa judicial.


Apesar de não ter vingado a sociedade com a Petrobrás em Pasadena, a Mitsui mantém outros negócios com estatais brasileiras no País. Os japoneses atuam nas obras da Hidrelétrica de Jirau, em Rondônia, cujo custo passou de R$ 9 bilhões para R$ 17,4 bilhões. Nesse consórcio, a Mitsui é sócia da GDF Suez e das estatais Chesf e Eletrosul, do Grupo Eletrobrás. (Estadão)

TORTURA

Por Armando Luiz Malan de Paiva Chaves

A mídia politicamente engajada – ou comprada -  não descansa no afã de dar voz aos derrotados e acusar os militares de torturadores.

 A acusação é coletiva, abrangente e indiscriminada. Abjeta, generaliza para a totalidade dos integrantes desse numeroso segmento da população. Envolve ativa, reserva e reformados. Computa os que ainda não vestiam farda ou serviam em unidades sem qualquer ingerência no enfrentamento da subversão terrorista.  Ao buscar aviltar a instituição, ignora que, em muitos anos corridos, conserva os maiores índices de aprovação da opinião pública.

Por sua coesão, pela uniformidade de atitudes, pelo regime de trabalho e de vida a que se submetem voluntariamente, pela farda que vestem, os militares não são avaliados como indivíduos e sim como integrantes de sua coletividade, para elogios ou condenações, aqueles eventuais, essas contumazes.

A condenação coletiva é um erro, uma injustiça.

O exame aprofundado do Estatuto dos Militares revela um Código de Honra. Sua base institucional é a hierarquia – ordenação da autoridade, e a disciplina – rigorosa observância e integral acatamento das leis e regulamentos, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever. Dentre os preceitos da Ética Militar, estão os de respeitar a dignidade da pessoa humana e proceder de maneira ilibada na vida pública e particular. Os Deveres Militares compreendem, a mais de outros, a probidade e a lealdade em todas as circunstâncias e a obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade. A tortura, como apregoada pelos que foram presos por envolvimento na subversão, não tem lugar nesse Código de Honra.

Um pai que pressiona o filho para dizer a verdade exerce uma ação psicológica. Um interrogador que exerce o dever de obter a confissão de um preso não pode sentar-se à sua frente e esperar que confesse. Vale-se de recursos psicológicos para induzi-lo a tal. A variedade desses meios corre por conta do interrogador, mas lhe é vedado desrespeitar a dignidade do interrogado, submetendo-o a sevícias e castigos corporais. Os militares respeitaram a dignidade dos suspeitos. Ainda que tenham ocorrido exceções, foram investigadas quando chegaram ao conhecimento das autoridades e, sempre que comprovadas, receberam as devidas punições.

As milionárias indenizações pagas com o dinheiro do povo aos subversivos que roubaram, mataram inocentes, assassinaram representantes da lei e “justiçaram” companheiros, sequestraram embaixadores o os maltrataram em cárcere privado, tiveram sempre como argumento convincente a tortura aplicada por militares.  Mentiram, como até hoje mentem, valendo-se da técnica gramsciana e dos mandamentos de Lenin, na tentativa de esconder a fragorosa derrota e implantar o socialismo marxista por que lutaram e ainda lutam.


Líder do PPS questionará déficit bilionário no fundo de pensão da conturbada Petrobras


dinheiro_101Mínimos detalhes – Rubens Bueno (PR), líder do PPS na Câmara dos Deputados, protocolará, nesta segunda-feira (28), pedido de informações à Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) sobre a saúde financeira da Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social), controlada por sindicalistas do PT desde 2003. A Previc é o órgão responsável pela fiscalização nos fundos de pensão.

De acordo com reportagem do jornal O Globo publicada no domingo (27), por causa de ingerência política do PT o fundo amarga déficit operacional de R$ 2,8 bilhões no principal plano de benefícios dos funcionários, além de um rombo que pode chegar a R$ 500 milhões com despesas de administração de planos de outras categorias.

“A ação do PT é inversa à de Midas; onde ele coloca as mãos, as coisas desandam, por causa da má gestão e principalmente pelo DNA da corrupção que ele carrega”, disse Rubens Bueno. O líder informou que questionará, no requerimento, a origem dos déficits e a capacidade financeira da Petros para pagar aposentadorias a seus beneficiários, dentre outras informações.

Bueno criticou o aparelhamento promovido pelo PT não apenas na Petros, mas também em todo o governo. “Esse aparelhamento se dá ainda na Petrobras, na Caixa Econômica Federal, no Banco do Brasil e sem nenhum pudor”, acrescentou o parlamentar. “Por causa dessa prática do PT, assistimos, há anos, seríssimos prejuízos a categorias de trabalhadores, a estatais e ao Brasil como um todo”.

Na avaliação de Rubens Bueno, a Petros “foi vítima da as sanha predatória do braço sindical do PT, com a anuência criminosa dos gestores da Petrobras, através de sua representação no conselho deliberativo do fundo”.

Contas rejeitadas

Em dez anos, foi a primeira vez que as contas da Petros foram rejeitadas pela unanimidade do conselho fiscal do fundo. As razões foram o enorme déficit operacional e o rombo nas despesas apresentados após a ação do PT desde 2003 dentro da instituição.

O conselho deliberativo, cujos membros são indicados pela Petrobras, patrocinadora do fundo, vem aprovando as contas mesmo com o parecer contrário do conselho fiscal. Agora, conselheiros descontentes com as decisões foram a Brasília pedir providências à Previc, como maior fiscalização nas contas do fundo.

Os conselheiros eleitos pelos funcionários da Petrobras vêm rejeitando os resultados dos investimentos da Petros no conselho fiscal há uma década. Entretanto, as contas sempre são aprovadas pelo conselho deliberativo, que é superior e cujo presidente é indicado pela Petrobras. Para piorar a situação, um dos representantes dos funcionários, dirigente da Federação Única dos Petroleiros, filiada à CUT, vota a favor do presidente do conselho. O conselho conta com seis conselheiros, três eleitos pelos funcionários e os demais indicados pela Petrobras.

Ocultismo financeiro

A Petros aplicou pelo menos R$ 1 bilhão no banco BVA, instituição financeira que está em processo de liquidação desde meados de 2013. Fora isso, a Fundação tem mais de R$ 700 milhões aplicados em fundos de investimentos da gestora do banco, o Vitoria Asset Management. Como se não bastasse, a Petros financiou diretamente acionistas da instituição, que estão sendo cobrados na Justiça, e ainda empresas ligadas ao banco, que alegam ter sido vítimas de empréstimos falsos.

Conforme revelou o jornal “O Estado de S. Paulo” na edição do último sábado (26), o BVA gerou um rombo de R$ 8 bilhões, no banco e nos fundos, com os empréstimos que concedeu em apenas três anos. As dívidas estão sendo executadas ou renegociadas para se tentar reduzir o prejuízo, mas alguns casos podem se estender por longos anos na Justiça.

É o caso de um empréstimo de R$ 100 milhões feito pela Petros à empresa de call center Vidax Teleserviços, de Mogi das Cruzes, por intermédio do banco BVA. Desde março de 2013, o fundo tenta executar a dívida, mas a Vidax alega que só recebeu metade do dinheiro, o que impossibilitou suas operações e a fez fechar as portas no fim de 2012, demitindo quase 30 mil funcionários.


De acordo com a história relatada pela Vidax no processo, a empresa estava em dificuldades financeiras desde 2008, mas vinha sendo auxiliada pelo BVA. O banco concedia empréstimos sob a condição de pagamentos de comissões de até 25% do total do financiamento. A empresa alega ainda que o banco tornou-se efetivamente sócio da companhia.