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terça-feira, 15 de abril de 2014

Don Fernando: ¿por qué no te callas?

Por Cel José Gobbo Ferreira

O respeitável ancião Fernando Henrique Cardoso, outrora presidente desta República, deu aquilo que se chama “um tiro no pé” ao sugerir que o Exército deveria pedir desculpas pelos supostos excessos durante a defesa da sociedade contra as ações desumanas de um bando de marginais a serviço de Havana, Moscou e Pequim.

Se não houver nenhum motivo de ordem geriátrica, somente o entusiasmo socialista criado pelo março negro que acabamos de atravessar, de satanização das FFAA, poderia explicar a infeliz declaração do Sr. FHC.

Esse senhor nasceu em berço militar. Filho do Gen. Leônidas Cardoso, ativo participante do movimento tenentista, neto do Gen. Joaquim Cardoso e com antepassados igualmente sérios e patriotas, o Sr. FHC cedo esqueceu-se dos exemplos familiares e enveredou pelo marxismo e, posteriormente, pelo gramscismo.

Navegando sinuosamente entre o socialismo e o fabianismo, tornou-se refém da Trilateral Commission ao participar da fundação do Diálogo Interamericano, uma entidade entreguista privada, fundada nos Estados Unidos para limitar os esforços dos países latino americanos por uma verdadeira independência política, econômica, militar e tecnológica.

Os militares brasileiros, que ele agora condena, malgrado todas as agruras de um período em que tinham que governar buscando aceitação internacional para aquilo que era descrito lá fora como uma ditadura militar (inclusive por ele próprio), nunca se curvaram às pressões para limitar nosso progresso tecnológico em áreas sensíveis. O agora bravo conselheiro Sr. FHC, quando Presidente da República, de uma vez só assinou em 1995 o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis e em 1998 o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares.

Com isso ele frustrou nossos esforços tanto nas tecnologias espaciais, onde trabalhei por mais de vinte anos, quanto no domínio e exploração autóctones da energia nuclear, para os fins que se revelassem estrategicamente adequados, conforme as circunstâncias. Hoje, tanto nosso Veículo Lançador de Satélites quanto nosso submarino nuclear e demais tecnologias nucleares patinam, por serem proibidos de dispor da tecnologia adequada para seus desenvolvimentos. Isso graças à tibieza e às convicções concordes com uma chamada nova ordem mundial do Sr. FHC. E esses tratados nos escravizarão para sempre!

Responsável por um processo de privatização altamente discutível em sua condução, e acionista majoritário do sempre ilibado Congresso Nacional onde, mercê das barganhas adequadas, adquiriu o direito à reeleição que hoje tanto atormenta o povo brasileiro sério. Não me parece que o Sr. FHC tenha moral para sugerir que o Exército Brasileiro faça o que quer que seja.

Melhor faria se fizesse uma “autocrítica” tão a gosto dos seus colegas marxistas da juventude e assim talvez descobrisse a quem cabe o dever de pedir desculpas à nação brasileira pelos prejuízos causados, se a nós ou se a ele.

O Exército Brasileiro jamais pedirá desculpas por ter agido com patriotismo, profissionalismo e firmeza, qualidades ausentes no Sr. FHC, por ter impedido que nosso país caísse sob o domínio comunista e por ter destruído o embrião daquilo que poderia ser em nosso território uma FARC ou um Sendero Luminoso, bandos de criminosos que há tanto tempo fazem sofrer os povos dos países onde, ao contrário do Brasil, conseguiram se implantar.

Termino parodiando S.M o Rei Juan Carlos quando se dirigiu a um outro falastrão, também chegado a declarações inconvenientes: Don Fernando:¿por qué no te callas?
                  
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NOTÍCIAS ANTIGAS
14 de abril de 1964 - O Globo
HÁ 50 anos
"Teve calorosa acolhida a ideia do GLOBO de, no momento da posse do general Castello Branco na Presidência, amanhã, às 1615 horas, repicarem os sinos das igrejas, soarem os apitos e sirenes dos trens, navios, lanchas, fábricas etc, as buzinas dos carros, ônibus e lotações, enquanto as emissoras de rádio e televisão tocam o Hino Nacional. "


Indústria automobilística sente os efeitos da crise econômica e fala em férias coletivas e demissões


seguro_automovel_01Sinal vermelho – O Palácio do Planalto pode até tentar camuflar a verdade quanto o assunto é a crise econômica, mas a bolha de virtuosismo, lançada por Lula e mantida por Dilma Rousseff, entra na segunda fase de estouros. A presidente tem afirmado de maneira reiterada que a crise resulta do cenário internacional e das manifestações da natureza no País, mas a verdade é que o descompasso econômico é fruto da incompetência que sobra em um governo conhecidamente paralisado.

Menina dos olhos do ex-metalúrgico Lula e um dos setores mais beneficiados com as isenções tributárias dos últimos anos, o segmento automobilístico começa a dar sinais de que sentiu os efeitos da crise. Com o recuo do consumidor, que mudou de hábitos e está pensando muito antes de contrair novas dívidas, a indústria automobilística usou de todas as estratégias para tentar desovar, nos últimos dias, um estoque de automóveis que correspondia a trinta dias de produção.

Como a estratégia não emplacou, apesar de todas as investidas do setor na seara de promoções e ofertas, algumas montadoras decidiram apelar às férias coletivas e aos planos de demissão voluntária. Isso porque o estoque de automóveis novos nos pátios das montadoras e nas concessionárias já corresponde a quase dois meses de produção.

Esse cenário não significa que o mercado de automóveis desaqueceu totalmente, pois os consumidores estão preferindo comprar carros usados. Ou seja, evitar demissões nas montadoras exigirá um enorme malabarismo do governo. A situação deve piorar nos próximos meses, quando o governo deve aumentar a carga tributária que incide nos automóveis.

Diante do preocupante quadro de crise econômica, em que o emprego não aumenta e a inflação continua resistente, obrigado a elevação das taxas de juro, a única solução para conter o avanço do mais temido fantasma da economia e baixar o consumo. O governo petista de Dilma Vana Rousseff vem tentando, desde janeiro de 2011, medidas de estímulo à economia – foram 23 medidas até agora – sem que nenhuma tenha apresentado algum efeito prático. Isso porque quando tenta-se combater um dos motivos da crise, provoca-se o surgimento de novo problema em outra ponta. Resumindo, algo parecido com o dito popular do “se ficar o bicho come, se correr o bicho pega”.

Há dias, conversando com profissionais da comunicação, o editor do ucho.info, quando questionado sobre a solução para a elevação de preços provocada pelo consumo excessivo, disse que lamentavelmente a situação chegou a tal ponto que o único remédio seria uma ligeira alta dos índices de desemprego, que em outro vértice surgiria com os custos sociais que cabem ao governo federal. Em outras palavras, o brasileiro acreditou na balela do consumismo lançada por Lula e no atual momento somente desempregado é que o cidadão reduzirá o consumo para um patamar responsável. Isso porque o Palácio do Planalto não apenas aposta na mentira, mas insiste em vender à população a ideia de que o Brasil é o país de Alice, aquele das maravilhas, e que a crise do momento é passageira.

Em termos acadêmicos, a solução citada pode parecer um tremendo absurdo, mas é preciso fechar alguma torneira para minar a resistência da inflação, que continua valente porque o governo não investiu em infraestrutura e tratou a desindustrialização como uma sandice qualquer. Pleno emprego, como vive o Brasil, sem uma indústria que atenda à demanda, é o mesmo que montar uma bomba-relógio. Acontece que desemprego em ano eleitoral é suicídio político.

Pego em flagrante, André Vargas, maior nome do PT no Parlamento, não resiste e vai renunciar ao mandato.

André Vargas era o potencial futuro presidente da Câmara dos Deputados, o terceiro na sucessão presidencial. 
Era o nome mais poderoso do PT no Congresso Nacional.
Depois de um encontro com dirigentes do PT, o deputado André Vargas (PT-PR) decidiu renunciar ao mandato. Na semana passada, ele havia anunciado a renúncia ao cargo de vice-presidente da Câmara. Segundo pessoas próximas ao parlamentar, Vargas irá formalizar na terça-feira a renúncia. O parlamentar já redigiu até uma carta de renúncia, onde reclama que está sendo "massacrado pela imprensa" e que decidiu preservar a sua família.

Aliados de Vargas disseram que ele poderá ler a carta em Plenário, ou simplesmente encaminhá-la à Secretaria Geral da Mesa. O petista vai renunciar nesta terça, ou no máximo, na quarta-feira. O petista disse a aliados que está querendo proteger a família e que os próprios familiares vinham pressionando pela sua saída. Ele disse que estava muito triste em ter que abandonar o mandato. Até então, antes de ser pressionado pelo PT, ele vinha apenas aceitando deixar a vice-presidência da Câmara.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (PT-SP), disse que foi surpreendido e que não ainda não havia sido informado da decisão. — Vejo com surpresa, porque ele declarou que não renunciaria ao mandato. Mas essa é uma decisão pessoal que só cabe a ele — disse Vicentinho. Vicentinho disse ainda que nesta terça-feira começa a discutir a sucessão de Vargas no cargo de vice-presidente da Câmara. O cargo só pode ser ocupado por um petista. (O Globo)

Alvo de escândalos de corrupção e sem caixa, Petrobras pode reduzir participação no pré-sal


petroleo_26Pane seca – Em meio à grave crise que foi acirrada com os inúmeros escândalos de corrupção, a Petrobras continua sangrando os próprios cofres para passar à opinião pública uma imagem austera e de preocupação com o futuro. Ao custo de muito dinheiro, a petroleira intensificou a veiculação de campanha publicitária que trata de investimentos da ordem de R$ 20 bilhões em refinarias para produzir combustíveis de qualidade e ecologicamente corretos.

Ao brasileiro não importa saber se a empresa investe dinheiro para produzir um combustível adequado aos padrões internacionais do momento, mas, sim, o destino das fortunas que foram desviadas da empresa por meio de falcatruas não apenas consentidas pelo governo petista, mas com a participação de integrantes de vários partidos, incluindo o PT, nos esquemas criminosos.

A Petrobras enfrenta sérios problemas de caixa, tendo atrasado em diversas ocasiões, nos últimos meses, pagamento a fornecedores. A situação é tão crítica, que a empresa já trabalha, com o staff palaciano, na busca de uma solução que permita alterar o sistema de partilha do pré-sal, tão alardeado pelo desgoverno de Dilma Rousseff. Isso porque a Petrobras enfrenta dificuldades para investir na prospecção de petróleo e gás na camada pré-sal.

A ideia da Petrobras e do governo, que vem sendo mantida em sigilo, é reduzir a participação de 40% da Petrobras na partilha do pré-sal, medida que comprometerá o valor da empresa no mercado, assunto que Dilma prefere fingir que não existe.

O governo do PT não apenas inviabilizou a Petrobras no presente, com os muitos desmandos e casos de corrupção, mas inviabilizou a maior empresa brasileira em relação ao futuro. Com o anúncio da exploração de petróleo no pré-sal e a participação da Petrobras no negócio, a petroleira verde-loura viu o seu valor de mercado disparar, mas meses depois foi obrigada a assistir à própria derrocada, que surgiu no horizonte no vácuo do banditismo político que reina no Brasil.

Não custa lembrar que por ocasião do leilão do pré-sal, o Palácio do Planalto comemorou de forma efusiva a participação da Petrobras acima do percentual mínimo de participação (30%) estabelecido por lei. Na ocasião, o ucho.info alertou para o perigo de a empresa não ter recursos para fazer frente aos investimentos necessários. Para participar do pagamento de bônus à União, no valor total de R$ 15 bilhões, a Petrobras precisou fazer considerável esforço financeiro. O grupo vencedor do leilão do pré-sal é formado por Petrobras, Shell, Total e duas petroleiras chinesas.

Discurso absurdo e contraditório de Dilma derruba as ações da Petrobras na Bolsa.


O Ibovespa opera em queda nesta segunda-feira, 14, puxado, em parte, pela baixa das ações da Petrobrás. As ações da Petrobrás ampliaram suas perdas nesta tarde após a defesa feroz da petroleira feita pela presidente Dilma Rousseff em discurso durante cerimônia de viagem inaugural do navio petroleiro Dragão do Mar e batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul, em Ipojuca (PE).

Seguindo orientações do seu mentor e antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente defendeu a Petrobrás e disse que não vai permanecer calada enquanto detratores, que têm interesses políticos, ferem a imagem da estatal.

Esse foi o primeiro evento público que reuniu Dilma e a presidente da Petrobrás, Graça Foster, desde o início da onda de denúncias envolvendo a petroleira após o Estado revelar, em março, que a presidente Dilma deu aval à polêmica compra da refinaria de Pasadena com base em um relatório "falho", segundo a presidente.

Por volta das 14h51, o Ibovespa perdia 0,76%, aos 51.474,59 pontos. Petrobrás ON tinha queda de 1,35%, cotada a R$ 15,40. Petrobrás PN perdia 1,30%, cotada a R$ 15,98, em comparação com retrações em torno de 0,40% antes do discurso de Dilma sobre a companhia.

Segundo Dilma, as avaliações sobre a recente queda de valor de mercado da Petrobrás distorcem dados e manipulam análises, transformando eventuais problemas conjunturais de mercado em fatos irreversíveis e definitivos. "Defenderei em quaisquer circunstâncias e com todas as minhas forças a Petrobrás", afirmou. Ela acrescentou que a produção da Petrobrás vem crescendo nos últimos anos e que a empresa é a que mais investe no Brasil. A presidente lembrou que em 2003, no início do governo Lula, a Petrobrás valia no mercado R$ 15,5 bilhões, e hoje, mesmo com problemas, vale R$ 98 bilhões.

Dilma também falou que os órgãos de fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas da União, o Ministério Público Federal, a Polícia Federal e a Controladoria Geral da União estão sempre atentos para exercer suas funções. "O que tiver de ser apurado será apurado com rigor", comentou. Ela mencionou que a auditoria da Petrobrás, o programa de prevenção à corrupção da empresa e as comissões de apuração "são os mais eficazes mecanismos de controle e fiscalização internos". (Estadão)

“CPI X-Tudo”: desesperada, Dilma reúne-se com senadores do PMDB e acaba na rede de computadores


x-tudo_01Linha de tiro – A crise que chacoalha o Palácio do Planalto no rastro da corrupção que jorra na Petrobras fez com que a presidente Dilma Rousseff ignorasse os assessores incumbidos da articulação política do governo, chamando para si a negociação com senadores para tentar estancar a criação de uma CPI para investigar a petroleira, algo que pode implodir o PT.

Preocupada com os desdobramentos do caso, assunto que depende de decisão do Supremo Tribunal Federal, Dilma se apressou e chamou quatro senadores para uma conversa em palácio. Com a presidente, tratando do assunto Petrobras, estiveram os senadores peemedebistas Renan Calheiros (AL), Eunício Oliveira (CE), Eduardo Braga (AM) e Vital do Rêgo (PB). O cardápio do encontro foi como blindar o governo contra os efeitos colaterais dos escândalos da Petrobras e da Operação Lava-Jato, uma vez que a engendrada “CPI X-Tudo” não evitará estragos ao governo e ao PT.

Como contrapartida, Dilma reforçou a promessa de apoiar o PMDB em vários estados nas próximas eleições, o que significa que em algumas unidades da federação o PT não lançaria candidatos aos governos estaduais ou, então, deixaria de apoiar outra legenda ou coligação. É o caso dos estados da Paraíba, Maranhão, Ceará, Alagoas, Amazonas, Goiás e Rio de Janeiro, para começar.

Levando em consideração o currículo dos interlocutores de Dilma que participaram da reunião palaciana na última semana, não é difícil avaliar o nível do governo que tem a responsabilidade de administrar o Brasil e seus problemas, alguns com complexidade proporcional à dimensão territorial do País.

Dilma e o PT não estão preocupados com a população brasileira, assim como agem e pensam os senadores que se reuniram com a presidente com o objetivo de esconder sob o tapete oficial mais uma forte onda de corrupção, desta vez envolvendo a maior empresa brasileira, a corroída Petrobras.

À sombra do desrespeito aos direitos dos cidadãos, que no caso em questão são os verdadeiros donos da Petrobras, o governo e os senadores peemedebistas citados patrocinaram mais um acordo espúrio e criminoso, assunto que em qualquer país minimamente responsável já teria levado seus protagonistas à prisão.

Por conta desse conchavo chicaneiro, que atenta contra a democracia ao impedir a realização de uma CPI para investigar a petroleira, Dilma caiu na rede e tornou-se alvo de inteligente, crítico e bem humorado vídeo – “Todos os Lobos da Presidenta” –, que você confere abaixo.

A era do medo

Por Valdo Cruz - Folha de SP

Com a CPI, certamente, chegaremos lá!
BRASÍLIA - A valentia demonstrada em público por muitos nos últimos dias não passa de fachada. O sentimento que predomina em Brasília, salvo algumas exceções, é de temor em relação ao que pode vir por aí de uma CPI da Petrobras e, principalmente, da Polícia Federal.
O medo só fez aumentar na última sexta-feira, depois que a PF iniciou a segunda fase da operação Lava Jato, focada em operações da petroleira.

Naquele dia e no fim de semana, as conversas entre atores políticos e empresariais versavam sobre o risco de perda de controle.
Sinal de que há muita coisa arquitetada de forma nada republicana em negócios com a estatal que, se vier a público, pode complicar a vida de muita gente tida como boa nos gabinetes da capital federal.

 Não é de hoje que o corpo técnico da estatal, aquele não se mete em relações políticas para galgar cargos, reclamava do uso político da Petrobras e dos consequentes negócios feitos por essa turma na empresa.

Lembro de ter ouvido, de um deles, que as negociatas ganharam proporções insuportáveis. Pedi informações para levantar algumas delas. Resposta: coisa de profissional, não deixam rastros. Mas um dia a casa cai, desabafou ele. Talvez tenha chegado tal momento.

Daí o medo que toma conta de Brasília, principalmente daqueles que, nos últimos anos, apadrinharam diretores na estatal. Daí que, em nome da sobrevivência, tudo indica que deve ser acionada a tropa de choque governista para sufocar qualquer tipo de investigação. Ainda mais em ano eleitoral.

A politicalha diz que a presidente Dilma não havia compreendido que, mesmo livre de qualquer conexão com malfeito na estatal, seu governo corre o risco de ser uma das vítimas de uma devassa na Petrobras.

Como explicar, por exemplo, o apoio em sua campanha de aliados que se lambuzaram na estatal. Daí que, em nome da eleição, o medo deve vencer a valentia. A conferir.



Sob suspeita, Dilma Rousseff e Graça Foster montam circo para "defender" a Petrobras.

A foto simbólica: ao fundo Graça Foster. Atrás de Dilma, dando-lhe um carinhoso autógrafo, o diretor da Petrobras preso por lavagem de dinheiro. Quanta intimidade!
O TCU já avisou que vai responsabilizar a ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Dilma Rousseff, pelo prejuízo de centenas de milhões de dólares pela compra da refinaria Pasadena. Da mesma forma, a Polícia Federal já chutou a porta do gabinete de Graça Foster, presidente da Petrobras, atrás de mais provas contra a gestão da estatal, na Operação Lava Jato. Hoje as duas estavam no mesmo picadeiro, na maior palhaçada já montada neste país. A matéria abaixo é da Folha Poder.

Em discurso em Ipojuca (PE) nesta segunda-feira (14), a presidente Dilma Rousseff defendeu a Petrobras das denúncias, criticou a "campanha negativa" que, segundo ela, estaria sendo feita contra a estatal, e afirmou que atos pontuais não vão destruir a empresa.

"Vocês [trabalhadores da Petrobras] são de fato vencedores. Fazem parte de uma empresa vencedora. Nada, nem ninguém, vai conseguir destruir isso no nosso país. Nós sabemos que é a maior e mais bem-sucedida desse país. Esse título deve-se ao apoio ao povo brasileiro, que sempre lutou e se orgulho pela Petrobras", disse.

A Petrobras é alvo de denúncias e de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que pode ser instalada no Congresso nesta semana.

Dilma afirmou ainda que a empresa já é investigada por órgãos como a CGU (Controladoria Geral da União) e Polícia Federal e defendeu uma apuração rigorosa de "malfeitos". "Mais que uma empresa, a Petrobras é um símbolo da luta do nosso povo, da afirmação do nosso país, e um dos maiores patrimônios de cada um dos 200 milhões de brasileiros. Por isso, a Petrobras jamais vai se confundir com qualquer malfeito, ato de corrupção ou qualquer ação indevida, que quaisquer pessoas, das mais às menos graduadas. Nós estamos com determinação aqui nos comprometendo a cada dia que passar, vai ser apurado com o máximo de rigor. O que tiver de ser punido, será com o máximo de rigor."

Em crítica velada à oposição, Dilma diz que há pessoas "trabalhando contra" a estatal. "Não podemos permitir, como brasileiros, que amam essa empresa, que defendem esse país, que se utilizem de ações individuais e pontuais, mesmo que que grave, que se destrua a nossa empresa ou suje a imagem. Ou confundir quem trabalha a favor e quem trabalha contra."

A presidente ainda disse que os governos petistas, dela e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aumentaram os índices de produtividade da empresa. "Está errado dizer que a Petrobras está perdendo valor comercial. Manipulam dados, distorcem fatos e desconhecem a realidade do mercado mundial de petróleo. Em 2003, ela valia R$ 15,5 bilhões e hoje o valor chega a R$ 98 bilhões. Nós multiplicamos por seis o lucro líquido, que passou de R$ 8,1 bilhões para R$ 23,6 bilhões", assegurou. A presidente não citou quem estaria manipulando os dados.

Ao encerrar o discurso, Dilma criticou a "campanha negativa" sobre a estatal. "Como presidenta, mas sobretudo como brasileira, defenderei em qualquer circunstâncias e com todas as minhas forças a Petrobras. Vou combater todo tipo de malfeito, tráfico de influência, corrupção, ou ilícito de qualquer espécie. Mas não ouvirei calada a campanha negativa que quer, por proveito político, ferir a imagem dessa empresa. A Petrobras é maior que qualquer um de nós. Ela tem o tamanho do Brasil", disse, ao fim do discurso, sendo aplaudida pelos operários, que cantaram o coro "olê, olê, olê, olá. Dilma, Dilma".

Em Pernambuco, a presidente participa da cerimônia alusiva à viagem inaugural do navio Dragão do Mar e do batismo do navio Henrique Dias, no Estaleiro Atlântico Sul. À tarde, no mesmo momento em que Eduardo Campos lança pré-candidatura, Dilma vai a Serra Talhada (a 413 km do Recife) para inaugurar a 1ª etapa e a ordem de serviço da 2ª etapa da Adutora Pajeú e para o lançamento do edital do Ramal do Agreste.

A solenidade acontece no Complexo Portuário de de Suape, que ganhou destaque no noticiário político nos últimos dias por ter sido incluído pelo Senado na ampla CPI da Petrobras. Dilma ainda defendeu a presidente de Petrobras, Graça Foster, que deve ser ouvida no Senado amanhã. "No início do governo Lula, eu ministra e ela, secretária nacional de Petróleo e Gás, ela comigo iniciou esse projeto de conteúdo local. Deu muito de seu esforço para que se tornasse realidade. Cumprimento ela de forma toda especial", afirmou.

Coordenador da campanha de Gleisi pode acabar preso por causa das contas fajutas entregues ao TSE


andre_vargas_09Sol quadrado – O caminho do deputado André Vargas (PT), ex-vice-presidente da Câmara e coordenador da campanha de Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná, para a cadeia passa pelo crime de falsidade ideológica com fins eleitorais, dizem fontes ligadas ao STF. O deputado, que é suspeito de ser o sócio oculto do doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava-Jato, montou uma intrincada engenharia financeira para disfarçar a origem dos recursos que abasteceram suas campanhas e as generosas doações que fez para montar uma bancada do PT no estado sulista. Nas falhas desses esquemas está a chave que pode levá-lo a contemplar o nascer do astro-rei de forma geometricamente distinta.

O inquérito sobre crime de falsidade ideológica para fins eleitorais é relatado pelo ministro Teori Zavascki (STF), que já concluiu que o petista transformou sua conta oficial de campanha em um duto para que doações de origem espúria fossem distribuídas a outros candidatos da legenda. Perto de R$ 900 mil de origem desconhecida foram repassados a candidatos só no Paraná. A investigação do caso, que está em curso no Supremo, tem por objetivo descobrir a origem dos recursos que passaram pelas contas eleitorais de Vargas e abasteceram o caixa de “companheiros”.

No Paraná, Vargas, o deputado favorito do doleiro Alberto Youssef, financiou a campanha de toda a bancada estadual do PT, a começar pelo presidente do partido, deputado Enio Verri. Outros felizes beneficiários da criminosa generosidade de André Vargas foram os deputados estaduais Tadeu Veneri, Luciana Rafagnin, Professor Lemos, Toninho Wandscher, Péricles Mello e Elton Welter. Todos eles estão com as respectivas contas de campanha sob minuciosa investigação, com direito a cruzamento de dados e checagem rigorosa pelo STF.

Assessores técnicos do ministro Teori Zavascki já notaram diversas incongruências nas contas de André Vargas e nas doações que o parlamentar fez e recebeu na campanha de 2010. As doações feitas por Vargas (R$ 893,9 mil) superam de longe o patrimônio pessoal declarado pelo deputado em 2010, que não passava de R$ 572 mil. Além disso, correspondem a quase o dobro do que o deputado teria gasto na própria campanha (R$ 468 mil). Indícios evidentes de que as contas do deputado, apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), muito mais escondem do que revelam.

Casal 20 na mira                            

Também está sendo dissecada a prestação de contas do ministro Paulo Bernardo (PT) na campanha de 1998, em que André Vargas, então seu coordenador de campanha, acabou réu, junto com o doleiro Alberto Youssef, em processo sobre caixa dois.

Para a revista Veja, Vargas insinuou, com a sutileza de um elefante rechonchudo, que Bernardo é beneficiário do propinoduto da Petrobras, além de ter, juntamente com Gleisi Hoffmann, ligações profundas e nada republicanas com a agência de publicidade Heads, de Curitiba, dona da maior parte da publicidade do governo federal no estado. Casada com Paulo Bernardo, a arrogante Gleisi aparece como doadora da campanha de André Vargas na eleição de 2010. É nas contas de campanha que está o enigma que poderá encurtar o caminho do amigo do doleiro à cadeia.

Justiça incentiva a corrupção

Um dos fatores que colaboram para o avanço da corrupção no País é a cegueira do TSE diante das prestações de conta entregue pelos candidatos. No caso dos gastos de André Vargas na campanha de 2010, o valor de R$ 468 mil é insuficiente até mesmo para eleger um vereador em Londrina, reduto político do petista.

Naquele ano (2010), Vargas foi o terceiro candidato a deputado federal mais votado do Paraná, com pouco mais de 150 mil votos. Para alcançar essa quantidade de votos, o petista gastou pelo menos R$ 7,5 milhões, o que significa que cada voto lhe custou R$ 50, valor considerado normal nos bastidores da política nacional.

Terror dos petistas é que nome de Palocci e de 47 políticos apareçam em documentos da Lava Jato


A Operação Lava Jato tem tudo para produzir novos estragos para figuras chaves do PT – algumas até que andam meio fora de cena. O medo agora é que, em meio a documentos e computadores apreendidos na Petrobras, surja o nome de Antônio Palocci Filho, ex-ministro da Fazenda de Lula e ex-chefe da Casa Civil de Dilma. A cúpula petista já teme que, além do já queimado deputado federal André Vargas, as investigações da Polícia Federal também apontem ligações de negócios entre Palocci e o doleiro Alberto Youssef – que tinha como parceiro Paulo Roberto Costa – ex-diretor de Abastecimento da Petrobras.

A Lava Jato mexe com grandes interesses políticos e econômicos, deixando o escândalo do Mensalão no chinelo. O doleiro Youssef já teria passado à Polícia Federal os nomes de pelo menos 47 parlamentares que costumavam utilizar seus serviços. O grande temor é que apareçam detalhes sobre financiamentos milionários de empresas parceiras em negociatas para campanhas eleitorais. Como as investigações estão fora do controle do governo, tudo pode acontecer. Informações comprometedoras tendem a vazar. A operação abafa está em andamento, mas encontra dificuldades técnicas...

Apesar da Lava Jato, a Presidenta Dilma Rousseff se preocupa mesmo é com a repercussão negativa dos escândalos da Petrobras sobre sua governabilidade. Nem Dilma, que anda mais nervosa que nunca, gritando com todos os assessores diretos, acredita que possa ser alvo de um impeachment. Mas ela sabe que crescem as chances de, assim que sair da Presidência da República, ser processada por responsabilidade pelas decisões tomadas nos tempos em que presidiu o Conselho da Petrobras, no governo Lula.

Investidores já acionaram o Ministério Público Federal contra Dilma e Guido Mantega (atual presidente do Conselhão da Petrobras). Para piorar a situação, o procurador do Ministério Público Federal no Tribunal de Contas da União, Marinus Marsico, já fez uma representação ao TCU pedindo que se apurassem responsabilidades na diretoria-executiva e eventualmente nos conselhos da Petrobras: “Configurado o débito, tem-se o rol de responsáveis que são obrigados a devolver esses recursos. O tribunal também pode aplicar multas, que podem ser proporcionais ao débito ou decorrentes de atos de gestão temerários, ilegítimos, antieconômicos. O problema é que não é factível que se paguem as multas”.

Revelações Digitais?

 
Além do que pode respingar da Operação Lava Jato, muitos outros problemas não faltam para serem investigados cuidadosamente na Petrobras. As compras das refinarias Pasadena (Texas), Nansei (Japão) e San Lorenzo (Argentina). Aluguel de plataformas superfaturadas, terceirizações e quarteirizações milionárias, absolutamente sem controle e que podem ser fontes de “mensalões”, superfaturamento nos contratos bilionários de obras que mal começam e nunca terminam, como a Refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) e o complexo Petroquímico do RJ (em Itaboraí).

A BR Distribuidora sofrerá uma devassa por causa das ações sobre o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras. Além dela, merecem apuração também outras bilionárias “caixas Pretas” que envolvem as finanças da empresa: Petrobras International Finance (PFICO) e Petrobras Global Finance B. V. (sediada em Rotterdam, na Holanda, que capta euros e dólares para a estatal). Também precisa ser visto como ocorreram investimentos da Petrobras no fundo BB Millenium - operado em 2006 e 2007, com a ajuda de grandes bancos transnacionais e brasileiros. Sem falar de negócios com a Odebrecht (Brasken), White Martins (Gemini) e BGT Pactual (PetroÁfrica), entre outros.

Todos esses fatos, alguns com investigação da Polícia Federal ou denúncia pelo Ministério Público Federal, já bastariam para a abertura de uma CPI exclusiva para a Petrobras. Mas, se nenhuma CPI for aberta, nada se altera. A Justiça, se acionada, tem a obrigação de impedir que dirigentes da empresa e seus conselheiros saiam impunes, no final das contas, que rendem grandes prejuízos à União (acionista majoritária) e aos investidores minoritários.

Vale repetir as palavras do procurador do Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU), Marinus Marsico, definindo bem a situação surreal da estatal de economia mista: “A Petrobras está afundando. Há uma mistura de má gestão com o fato de ter se tornado um braço político do governo. Se a empresa não fosse pública, já tinha quebrado”.

Agora, o desafio é a energia para solucionar tantos problemas e tornar a Petrobras uma empresa com boa governança e lucrativa para os investidores e brasileiros que dela dependem.

Na mira da Justiça

 
Flamengagem

Vencer o Vasco com gol roubado, praticamente na prorrogação, para ganhar o Campeonato Carioca, é motivo de meia vitória para rubro-negros que tenham um pouco de vergonha na cara.

Triste foi ver o goleiro do Mengão, Felipe, pregar que título “roubado é mais gostoso”...

Eis o momento lamentável vivido pelo desorganizado e cada vez mais pobre futebol brasileiro, desvalorizado moral e financeiramente.

Por isso, a flamengagem de ontem, gerada por incompetência da arbitragem, merece ser avaliada com cuidado.

Zé Luta pelo amigo Zé


Que fase! Dilma inaugura obra inacabada pela segunda vez.

 
A presidente Dilma Rousseff inaugura na tarde desta segunda-feira (14) uma obra no interior de Pernambuco que já havia sido parcialmente inaugurada pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB), seu provável adversário nesta eleição, e por ela mesma. O governo federal informou que a presidente vai ao município de Serra Talhada, no sertão pernambucano, para inaugurar a "primeira etapa" da Adutora do Pajeú.

De acordo com o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), esta etapa é composta pelos trechos Floresta-Serra Talhada, Calumbi-Flores e Carnaíba-Afogados da Ingazeira. O primeiro trecho (118 km) foi inaugurado pela própria presidente em 25 de março de 2013, em uma cerimônia em Serra Talhada, onde volta nesta segunda-feira.

Já o segundo trecho (18 km) foi inaugurado pelo ex-governador e pelo ex-ministro da Integração Fernando Bezerra (PSB) em 2 de setembro do mesmo ano, quando o PSB ainda comandava a pasta e Campos fazia parte do governo Dilma. A presidente não participou do ato. O terceiro e último trecho (60,84 km), único ainda inédito, ficou pronto no final do ano passado.

Funcionários da Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento) disseram à Folha não haver qualquer novidade no trecho da adutora que fica em Serra Talhada. Segundo publicação no site do Dnocs no último dia 3, a inauguração da "primeira etapa" deveria acontecer em Afogados da Ingazeira, município sertanejo contemplado pelo trecho final dessa etapa da obra.

"A ordem de serviço para início da obra da 2ª etapa da Adutora do Pajeú deverá ser assinada pela presidente Dilma Rousseff, em solenidade no município de Afogados da Ingazeira, em Pernambuco, quando será também inaugurada a 1ª etapa do Sistema Adutor do Pajeú", informava o site do Dnocs.

No entanto, a Folha apurou que, além das questões logísticas, já que Serra Talhada é uma cidade maior e fica mais perto de aeroporto, o Palácio do Planalto levou em consideração questões políticas para definir a cidade visitada pela presidente: o prefeito de Afogados da Ingazeira é do PSB, enquanto o de Serra Talhada é do PT.

O prefeito de Afogados, José Patriota (PSB), disse não saber por que seu município não receberia a visita da presidente. "Não é comum um presidente ir duas vezes no mesmo lugar. É muito bom, mas é raro. Muitas pessoas estão com esta pergunta, que deve ser formulada ao governo federal", afirmou Patriota. Além de apoiador de Campos, Patriota é presidente da associação de municípios pernambucanos, que tem feito muitas críticas ao governo Dilma por causa da queda nos repasses feitos pela União.

A OBRA

A primeira etapa da adutora tem 196,84 km de extensão, capta água no lago Itaparica, em Floresta, e está totalmente situada em Pernambuco. A segunda, cuja ordem de serviço será assinada nesta segunda-feira, terá 400,4 km e depende da conclusão da transposição do rio São Francisco para funcionar, já que a captação de água será feita no eixo leste da obra que se arrasta desde 2007 e só deve ficar pronta no final do ano que vem.

Essa nova etapa da adutora atenderá 16 municípios pernambucanos e oito paraibanos. A obra foi licitada por RDC (Regime Diferenciado de Contratações) e será feita pela MRM Construtora Ltda, por R$ 88,5 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). (Folha de São Paulo)