A foto simbólica: ao fundo Graça Foster. Atrás de Dilma,
dando-lhe um carinhoso autógrafo, o diretor da Petrobras preso por lavagem de
dinheiro. Quanta intimidade!
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O TCU já avisou que vai responsabilizar a ex-presidente do
Conselho de Administração da Petrobras, Dilma Rousseff, pelo prejuízo de
centenas de milhões de dólares pela compra da refinaria Pasadena. Da mesma
forma, a Polícia Federal já chutou a porta do gabinete de Graça Foster,
presidente da Petrobras, atrás de mais provas contra a gestão da estatal, na
Operação Lava Jato. Hoje as duas estavam no mesmo picadeiro, na maior palhaçada
já montada neste país. A matéria abaixo é da Folha Poder.
Em discurso em Ipojuca (PE) nesta segunda-feira (14), a
presidente Dilma Rousseff defendeu a Petrobras das denúncias, criticou a
"campanha negativa" que, segundo ela, estaria sendo feita contra a
estatal, e afirmou que atos pontuais não vão destruir a empresa.
"Vocês [trabalhadores da Petrobras] são de fato
vencedores. Fazem parte de uma empresa vencedora. Nada, nem ninguém, vai
conseguir destruir isso no nosso país. Nós sabemos que é a maior e mais
bem-sucedida desse país. Esse título deve-se ao apoio ao povo brasileiro, que
sempre lutou e se orgulho pela Petrobras", disse.
A Petrobras é alvo de denúncias e de uma CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) que pode ser instalada no Congresso nesta semana.
Dilma afirmou ainda que a empresa já é investigada por
órgãos como a CGU (Controladoria Geral da União) e Polícia Federal e defendeu
uma apuração rigorosa de "malfeitos". "Mais que uma empresa, a
Petrobras é um símbolo da luta do nosso povo, da afirmação do nosso país, e um
dos maiores patrimônios de cada um dos 200 milhões de brasileiros. Por isso, a
Petrobras jamais vai se confundir com qualquer malfeito, ato de corrupção ou
qualquer ação indevida, que quaisquer pessoas, das mais às menos graduadas. Nós
estamos com determinação aqui nos comprometendo a cada dia que passar, vai ser
apurado com o máximo de rigor. O que tiver de ser punido, será com o máximo de
rigor."
Em crítica velada à oposição, Dilma diz que há pessoas
"trabalhando contra" a estatal. "Não podemos permitir, como
brasileiros, que amam essa empresa, que defendem esse país, que se utilizem de
ações individuais e pontuais, mesmo que que grave, que se destrua a nossa
empresa ou suje a imagem. Ou confundir quem trabalha a favor e quem trabalha
contra."
A presidente ainda disse que os governos petistas, dela e do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, aumentaram os índices de produtividade
da empresa. "Está errado dizer que a Petrobras está perdendo valor
comercial. Manipulam dados, distorcem fatos e desconhecem a realidade do
mercado mundial de petróleo. Em 2003, ela valia R$ 15,5 bilhões e hoje o valor
chega a R$ 98 bilhões. Nós multiplicamos por seis o lucro líquido, que passou
de R$ 8,1 bilhões para R$ 23,6 bilhões", assegurou. A presidente não citou
quem estaria manipulando os dados.
Ao encerrar o discurso, Dilma criticou a "campanha
negativa" sobre a estatal. "Como presidenta, mas sobretudo como
brasileira, defenderei em qualquer circunstâncias e com todas as minhas forças
a Petrobras. Vou combater todo tipo de malfeito, tráfico de influência, corrupção,
ou ilícito de qualquer espécie. Mas não ouvirei calada a campanha negativa que
quer, por proveito político, ferir a imagem dessa empresa. A Petrobras é maior
que qualquer um de nós. Ela tem o tamanho do Brasil", disse, ao fim do
discurso, sendo aplaudida pelos operários, que cantaram o coro "olê, olê,
olê, olá. Dilma, Dilma".
Em Pernambuco, a presidente participa da cerimônia alusiva à
viagem inaugural do navio Dragão do Mar e do batismo do navio Henrique Dias, no
Estaleiro Atlântico Sul. À tarde, no mesmo momento em que Eduardo Campos lança
pré-candidatura, Dilma vai a Serra Talhada (a 413 km do Recife) para inaugurar
a 1ª etapa e a ordem de serviço da 2ª etapa da Adutora Pajeú e para o
lançamento do edital do Ramal do Agreste.
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