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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Coletiva senador Aécio Neves - CPI da Petrobras



O senador Aécio Neves classificou, na manhã de hoje (9/04), como vergonhosa a decisão do Senado de impedir as investigações sobre a Petrobras por meio de CPI criada pela oposição.

Inflação oficial avança em março e aproxima Dilma do fogo amigo que cresce sob o comando de Lula


dilma_rousseff_381Fechando o cerco – Inoperante e à frente de um governo paralisado e perdido, a petista Dilma Rousseff disse, há dias, que a inflação está sob controle. Voltando no tempo e parando em dezembro de 2013, a presidente afirmou, em sua mensagem natalina aos brasileiros, que o corrente ano seria de prosperidade e avanços na economia. Tudo o que se viu a te agora foi a repetição de algo conhecido e assustador: uma economia em crise e o descontrole da temida inflação.

Nesta quarta-feira (9), o IBGE informou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação, fechou o mês de março na casa de 0,92%, maior patamar para o mês desde 2003. De acordo com o órgão, alimentos e transportes, itens essenciais na vida dos cidadãos, puxaram a alta.

Os alimentos, maiores responsáveis pela elevação do IPCA em março, registraram alta 2%, seguidos do item transporte, com alta de 1,4%. O tomate, mais uma vez, pesa no orçamento com aumento de 10,7% em março e já acumula inflação de 32% no ano. No Rio de Janeiro, o acumulado em doze meses já ultrapassa o teto da meta de inflação, com 7,87%. Em Recife, o IPCA em 12 doze está em 6,21%, bem próximo do teto de 6,5% do programa de metas de inflação.

A economia brasileira está totalmente fora de controle, mas os palacianos continuam insistindo que o grande problema está no mercado internacional. Uma mentira deslavada e acintosa, pois é sabido que os Estados Unidos e muitos países europeus, que mais sofreram com a crise, começam a se recuperar, enquanto o Brasil refém da incompetência do governo.

Muito além dos índices oficiais, a inflação real, aquela que ataca o brasileiro até mesmo durante o sono, já deixou para trás a órbita de 20% ao ano, o que faz com que o salário do trabalhador acabe antes do final do mês. A situação é tão grave, que a inflação teve participação preponderante na queda da presidente Dilma Rousseff nas recentes pesquisas de intenção de voto.

Não foi por acaso que o governo federal elaborou com celeridade um conjunto de medidas para punir os participantes mais excedidos em manifestações populares. A bilionária Copa do Mundo, que arrancou dos cofres oficiais fortunas incalculáveis, está se aproximando e os protestos serão inevitáveis. Os petistas palacianos conhecem a realidade caótica que avança sobre o País, mas preferiram se valer de regras de exceção para conter os manifestantes e camuflar, mais uma vez, a mentira.

Enquanto Dilma tenta se equilibrar na enxurrada de mentiras que desce a rampa do Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula trabalha nos bastidores para pavimentar o terreno para seu eventual retorno ao poder central. O ex-metalúrgico descarta essa possibilidade quando está diante de câmeras e microfones, mas quem conhece a política nacional e analisa com atenção suas declarações identifica facilmente as digitais do movimento “Volta Lula”. O que explica a guerra intestina que se instalou no Partido dos Trabalhadores, algo que a “companheirada” nega.

Conselho de Ética: petistas tentam blindar o companheiro André Vargas, sócio do doleiro preso por lavagem de dinheiro.


Apesar de questão de ordem apresentada pelo PT, o processo contra o deputado André Vargas (PT-PR) foi instaurado nesta quarta-feira no Conselho de Ética da Câmara. O presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PSD-SP), negou o pedido feito pelo PT para não instaurar o processo contra o petista. O presidente afirmou que o Conselho de Ética é órgão independente, não se submetendo a outros órgãos.

O deputado Zé Geraldo anunciou que o PT recorrerá à Presidência da Câmara contra a decisão de Izar. Em seguida, o presidente do Conselho leu o ato de instauração do processo contra Vargas, que está licenciado do cargo. Zé Geraldo (PT-PA) apresentou uma questão de ordem alegando que, como há uma sindicância sobre o mesmo tema em andamento na Corregedoria da Casa, é preciso aguardar essa instância para depois levar adiante o processo no Conselho.

- Vamos pedir para segurar o trâmite, já que existe uma sindicância na Corregedoria. Aqui nesta Casa não pode ter dois pesos e duas medidas. Aqui é uma Casa de leis e o regimento deve ser cumprido. Houve outros casos em que primeiro tramitou na Corregedoria, para depois vir para o conselho. O caso Lereia, por exemplo. Espero ser compreendido - disse o deputado Zé Geraldo, antes da abertura do processo. Indagado sobre a manobra ser considerada uma tentativa de adiar as investigações para não respingar no PT, Zé Geraldo afirmou: - O PT está sob artilharia pior do que a Ucrânia.

Segundo aliados de Vargas, a ideia é mostrar que é preciso agir com prudência para a produção de provas, ainda que leve mais tempo. Está sendo feito um paralelo com o caso do tucano Carlos Alberto Lereia (GO), que confessou ser amigo do bicheiro Carlos Cachoeira. Primeiro a corregedoria investigou, depois a Mesa decidiu mandar para o Conselho de Ética. No conselho, o relatório pela cassação foi derrotado e aprovaram suspensão do mandato por 90 dias. E até agora, mesmo pronto desde o ano passado para ser levado ao plenário da Casa, não foi votado.

Os deputados que representam o PT no Conselho de Ética são: Fernando Ferro (PE), Sibá Machado (AC), Zé Geraldo (PA) como titulares, e Amauri Teixeira (BA), Luis Couto (PB e Margarida Salomão (MG) como suplentes.

O deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) afirma que esse tipo de atitude do PT configuraria uma manobra para protelar a investigação. - É manobra para tergiversar e para beneficiar o possível infrator, totalmente aética. As matérias não são concorrentes, são caminhos diferentes e uma não sobresta a outra. Seria um esbulho ao direito dos partidos de representar no conselho de ética ou na corregedoria. Já tivemos caso semelhante, do deputado João Carlos Bacelar, que tramitou na Corregedoria e no Conselho de Ética - afirmou Alencar.

Mais cedo, em resposta dada por mensagem ao GLOBO, que indagava se ele renunciaria ao mandato de deputado federal ou, pelo menos, ao cargo de vice-presidente da Câmara, André Vargas afirmou: - Não vou renunciar a nada. (O Globo)

Molière e a CPI da Petrobrás

Por Hélio Duque*

Só quem deve teme e um governo que teme a verdade, tentando embaralhar investigações, teme porque não pode pagar o que deve. Instala o monólogo, escondendo a verdade e colocando a mentira em seu lugar. Os recentes acontecimentos envolvendo a criação de Comissões Parlamentares de Inquérito, no Congresso Nacional, prerrogativa constitucional do poder legislativo, comprova o enunciado que inicia o texto.

O rolo compressor para impedir a instalação da CPI que investigaria o processo corrosivo e corruptor que vem vitimando a Petrobrás, chicanas de todo tipo e ordem, são colocadas para impedir que a verdade aflore. A corrupção é alimentada pelos corruptores. Outra frente de resistência às investigações são grandes empresários brasileiros, coniventes historicamente com “mal feitos” e sempre em alerta para levar vantagens, quando a grande vítima é o dinheiro público.

A “Folha de S.Paulo (6-4-2014), página 4, afirma: “Empreiteiras e outros grandes doadores de campanhas eleitorais estão pressionando deputados e senadores governistas e da oposição a desistir da criação de CPIs no Congresso para investigar os negócios da Petrobrás.”

O artigo 58 da Constituição, que define ao parlamento poderes de autoridade judicial, torna-se letra morta, assassinado por autêntico “tartufos”. Lamentavelmente muitos deputados federais e senadores, por mil mesquinhas e farisaicas razões, assumem a linha de frente na revogação do direito de investigar corrupção. Subvertem e conspurcam a representação popular, ao anular uma das prerrogativas inalienáveis do próprio poder que integram.

Relembrando Molière, são os “tartufos” investidos de mandato. Na comédia francesa “Le Tartuffe”, de 1664, o genial Molière, definia que os atos de tartufice se traduzem em utilizar o poder para usufruir vantagens. Tartufo era capaz de mentir, roubar, fraudar com objetivo terminal de assegurar mais privilégios. Quatro séculos depois a comédia molieriana tornou-se realidade no Brasil.

Os “tarfufos” políticos tremem de medo do que possa revelar a CPI da Petrobrás, envolvendo o governo e os seus aliados políticos e empresários em negociatas que estupraram a maior empresa brasileira. A tática de embaralhar a sua especificidade, com a inclusão de denúncias da cartelização do metrô de São Paulo, investigação sobre o Porto de Suape, em Pernambuco, é misturar alhos com bugalhos. Se existem ilicitudes e corrupção nos casos que envolvem os governos paulista e pernambucano, deve-se criar CPI para a rigorosa apuração e punição dos envolvidos. Jamais incluir na pauta determinada da CPI da Petrobrás, que está a merecer mais 2 ou 3 CPIs, para aprofundar o que foi o ato criminoso do seu aparelhamento ao longo dos últimos anos. Onde incompetência e corrupção foram incorporadas à sua administração.

O Congresso Nacional já teve na sua presidência figuras que marcaram a história  brasileira, hoje é presidido pelo notório Renan Calheiros. À altaneria e independência de presidente de um poder, ele prefere ser um soldado submisso dos interesses do executivo. No caso da estatal brasileira ele tem fundamentadas razões para não desejar que se passe a limpo o que lá vem ocorrendo nos últimos 12 anos. A Petrobrás Transporte S/A (Transpetro), maior empresa nacional em logística, é a uma década autêntico feudo intocável do PMDB.

Ao receber a proposição que, com número legal, atendia todos os requisitos para a sua instalação, remeteu para a Comissão de Constituição e Justiça do Senado, onde o governo tem maioria, opinar sobre a sua constitucionalidade. A manobra fraudulenta se fundamentou na apresentação por PT, PMDB e partidos aliados de uma segunda CPI da Petrobrás, embaralhando vários assuntos, com claro objetivo de impedir a Comissão sobre os fatos determinados, delituosos, corruptores que vem vitimando a estatal brasileira. O “mensalão é fichinha” ante o que pode aparecer numa investigação séria, sobre o que aconteceu na Petrobrás.

Investigar, em profundidade, o tráfico de influência, os obscuros negócios em grau inacreditável de malversação das suas finanças, afetando o próprio patrimônio do povo brasileiro, (seja pela parte estatal de 52% ou pelos 48% do seu capital ser da parcela minoritária dos acionistas) é o que a sociedade esclarecida e os brasileiros decentes desejam e esperam que aconteça.

Impedir que a minoria parlamentar possa investigar o executivo, é violentar a Constituição, deflorando-a, para erigir em seu lugar “táticas bolivarianas” tão ao gosto de detentores do poder nacional. No passado, um constitucionalista; no presente vice-presidente da república, Michel Temer, tirou a máscara, decretando: “O resultado prático de CPI é zero”. Por conveniência e desonestidade intelectual, esquece das CPIs dos Anões, do Collor, do Mensalão e tantas outras com resultados práticos e concretos na punição dos envolvidos em atos ilícitos e corruptores.

Com ou sem CPI, é impossível segurar os fatos já conhecidos que vem dilapidando pelo roubo, a maior empresa da América Latina. Se a “inflação de delitos e traficâncias patrimonialistas” ocorridas nos últimos anos são sempre colocadas debaixo do tapete, com a Petrobrás será diferente. Certamente novas delinquências aparecerão. A Polícia Federal deve ter muito a revelar proximamente. Quem viver verá. Daí o medo é pavor dos “tartufos” que se adonaram da Petrobrás.


Fonte: Alerta Total
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* Hélio Duque é doutor em Ciências, área econômica, pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Foi Deputado Federal (1978-1991). É autor de vários livros sobre a economia brasileira.

Maranhão: grupo do caudilho Sarney troca candidato incompetente por ex-padeiro de Serra Pelada


edinho_lobao_04Situação difícil – O clã político comandado pelo caudilho José Sarney, senador da República pelo PMDB, começa a enfrentar os efeitos colaterais de cinco décadas de desmando, incompetência e corporativismo. Nos últimos três meses, em meio às muitas crises que sobram no Maranhão, o mais miserável estado brasileiro, Roseana Sarney tentou impulsionar a candidatura de Luís Fernando Silva, atual secretário de Infraestrutura, ao Palácio dos Leões, mas a governadora foi obrigada a jogar a toalha.

Preocupada com o futuro político da “famiglia”, Roseana se viu obrigada a abrir mão de uma candidatura ao Senado e permanecer no governo, como forma de garantir a hegemonia política do grupo, algo cada vez mais difícil. Diante da candidatura nada empolgante de Luís Fernando Silva, o escolhido para tentar salvar o clã foi Édison Lobão Filho (PMDB), um incompetente conhecido nacionalmente e que só está senador porque é suplente do pai, Édison Lobão, ministro de Minas e Energia.

A missão dada a Edinho, como é conhecido o candidato da “famiglia”, não é das mais fáceis. Roseana e seus comparsas políticos enfrentam um enorme desgaste no Maranhão, o que dificulta a tarefa de um incompetente como Lobão Filho. Fora isso, o candidato da oposição é Flávio Dino (PCdoB), que na última eleição quase derrotou a filha de José Sarney nas urnas. Uma semana mais de campanha e Dino teria vencido a corrida ao governo maranhense.

Como se não bastasse os problemas do grupo no Estado, o senador José Sarney não tem saído bem nas negociações com o Palácio do Planalto. Sarney bem que tentou pegar carona na crise entre o PMDB e o governo petista de Dilma Rousseff, mas a estratégia fracassou. A ideia era costurar um acordo para que o PT não lançasse candidato ao governo do Maranhão e também não apoiasse Flávio Dino. Acontece que o PCdoB é parceiro obediente do governo do PT, o que impediu que os palacianos deixassem Dino à beira do caminho.

Como se sabe, confiar em palavra de político é sinal de irresponsabilidade, mas o Palácio do Planalto havia sinalizado com a possibilidade de apoiar Flávio Dino e Luís Fernando Silva. Isso porque os palacianos sabiam que eram mínimas as chances de Silva arrancar uma vitória das urnas. Com a entrada de Edinho Lobão na disputa, a situação do governo de Dilma Rousseff volta à seara da dificuldade. Édison Lobão não sabe como trocar uma lâmpada queimada e muito menos conhece a diferença entre gasolina e etanol, mas mesmo assim é ministro de Minas e Energia, pasta das mais importantes. Fora isso, Lobão é um dos ministros mais próximos de Dilma Rousseff.

Os brasileiros podem aguardar, pois nesse impasse, que se criou a partir da troca do candidato do clã de José Sarney, a possibilidade de uma nova frente de crise entre o PMDB e o Palácio do Planalto é muito grande.

Deixando de lado as questões políticas, uma eventual vitória de Lobão Filho será uma enorme tragédia para o Maranhão, unidade da federação que há décadas sofre com o coronelismo exercido por José Sarney, que transformou o estado em espécie de capitania hereditária. Edinho é um playboy conhecido no Maranhão, mas seu maior feito, até agora, foi comandar uma padaria em Serra Pelada, onde o pai tem pai é protagonista de causos nada republicanos.

Golpe contra a História.

Por Bruno Braga
Este 31 de Março marca os 50 anos da intervenção militar no país. A “memória” cultural que circula para relembrar 1964, no entanto, é uma falsificação. O que se lê, o que se vê, o que se ensina nas escolas e universidades é predominantemente uma peça panfletária. Uma versão dos fatos forjada pelos revolucionários, que depois de perderem o embate direto naquele episódio recorreram a uma estratégia lenta e sorrateira para derrotar os seus “inimigos”: a própria subversão cultural. O sucesso desta estratégia é comprovado não só pelas conquistas eleitorais, mas sobretudo pelo domínio dos meios de ação, com os quais os revolucionários se arrogam legitimados a consagrar a história falsificada que eles mesmos fabricaram, proclamando-a através de uma “Comissão da Verdade”. Nesta ficção, João Goulart é inegavelmente um dos protagonistas. No final 2013, uma sessão solene no Congresso Nacional estabeleceu a “devolução simbólica” do mandato de Jango. Pretendia-se corrigir uma injustiça cometida. O ex-presidente fora vítima dos “golpistas” por manifestar a intenção de promover “reformas de base” em favor do “povo”. Uma atitude nobre, na qual os militares viram, de forma “paranoica”, uma “ameaça comunista”.

Flávio Tavares, no entanto, narra algo que corrói imediatamente a imagem insigne criada para vestir João Goulart. O que conta o revolucionário – que hoje atua disfarçado de jornalista e escritor - faz do “herói” um autêntico TRAIDOR da nação.

Em 1962 – isto é, durante o governo de João Goulart e, portanto, em um sistema dito “democrático” - o Serviço de Repressão ao Contrabando destruiu POR ACASO o plano das Ligas Camponesas de formar um campo de treinamento no interior de Goiás.

Encontrou algumas armas e muitas, muitas bandeiras cubanas, retratos e textos de discursos de Fidel Castro e do deputado pernambucano Francisco Julião, manuais de instrução de combate, além dos planos de implantação de outros futuros focos de sabotagem e uma minuciosa descrição dos fundos financeiros enviados por Cuba para montar o acampamento e todo o esquema de sublevação armada das Ligas Camponesas noutros pontos do país (ROLLEMBERG, 2001, p. 25).

Todo o material apreendido comprovava a incursão de Cuba no Brasil. Fidel Castro – com o objetivo de fomentar a revolução SOCIALISTA-COMUNISTA, e sustentado pela União Soviética – fornecia armas e dinheiro, dava instruções e promovia a formação no combate de guerrilha com a implantação de campos de treinamento com fazendas compradas em Goiás, Acre, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul (ROLLEMBERG, 2001, p. 24).

Diante da intervenção estrangeira armada, qual foi a atitude de João Goulart, o Presidente da República? Tomou imediatamente a posição de defender o território nacional? Não. Ele entregou toda a documentação para o “inimigo”, para um ministro cubano!

O ministro cubano despediu-se de Jango e tomou um avião da Varig para chegar ao México e, de lá, retornar a Havana. Nunca chegou, porém. Antes de aterrizar na escala em Lima, no Peru, o Boeing caiu e morreram todos os passageiros. A pasta de couro em que o ministro Zepada levava a documentação foi encontrada entre os destroços e entregue à CIA norte-americana, que divulgou os documentos num carnaval acusatório a Cuba pelas três Américas (apud ROLLEMBERG, p. 26).

Jango descumpriu CRIMINOSAMENTE o dever de – como Presidente da República – proteger o país e garantir a sua segurança interna (Cf. CF 1946, art. 89, I, IV). Ele TRAIU a nação. Isto bastaria – independentemente de qualquer outra atitude ou das relações espúrias que mantinha - para retirar-lhe o mandato.

Mas a História transformou-se em instrumento de autoglorificação. Não importa a pesquisa, a investigação, nem o estudo. O objetivo é costurar uma narrativa que consagre a ascensão do poder revolucionário. João Goulart é parte desta mitologia. Um personagem construído com a espetacularização da exumação dos seus restos mortais: contratação de empresas de eventos; peritos – entre eles um cubano - apresentados ao público como elementos de ficção científica; a condução solene dos despojos, que não se sabe sequer se são mesmo do ex-presidente, pois os “competentes” peritos erraram por duas vezes a retirada deles. O ato final desta peça – a cerimônia no Congresso Nacional que consagrou Jango “herói da nação” - tinha à frente a atual Presidente da República. Dilma Rousseff. Ela, que participou de grupos terroristas durante o Regime Militar com o propósito de fazer do Brasil um país SOCIALISTA-COMUNISTA pela força das armas. Um desfecho disparatado que expõe a fraude construída para recordar os 50 anos da intervenção militar no Brasil. Este 31 de Março marca um autêntico golpe – um golpe contra a História. 

BIBLIOGRAFIA.
ROLLEMBERG, Denise. “O apoio de Cuba à luta armada no Brasil”: o treinamento guerrilheiro. MAUAD: Rio de Janeiro, 2001.



Ele teve 25 votos a favor no Senado.

Gim Argello cumprimenta Renan Calheiros e Romero Jucá. Os dois, no dia de hoje, deram um golpe, rasgaram a Constituição e abafaram a CPI da Petrobras. Ontem, os dois quase conseguiram aprovar o nome do condenado Argello para o TCU. Triste e podre Brasil.
O presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Augusto Nardes, afirmou nesta quarta-feira (9) que a condenação em segunda instância do senador Gim Argello (PTB-DF), cotado para assumir o cargo de ministro do tribunal, "complica muito" sua situação.

"Isso complica muito a situação dele em termos de poder assumir um cargo no tribunal, porque tem a questão da idoneidade que fica comprometida", disse Nardes, após uma audiência na Câmara dos Deputados.

Nardes evitou afirmar se a condenação de Argello, revelada hoje pela Folha, impediria sua posse no cargo, mas deu a entender que o TCU pode avaliar se a indicação descumpre a Constituição. "Nós estamos habilitados a fazer qualquer análise em relação à questão no cumprimento da Constituição ou não em relação aos indicados para o TCU", disse. Segundo o presidente, o TCU se pronunciará oficialmente sobre o caso durante a sessão da tarde de hoje.

O senador Argello é o nome apoiado pelo Palácio do Planalto e por líderes partidários para a vaga de ministro do TCU, que é vitalícia e tem como função julgar prestações de contas.

Conforme a Folha revelou, Argello foi condenado em 2009 pela 5ª Vara da Fazenda Pública do DF por irregularidades na época que presidia a Câmara Legislativa local. O órgão criou em 2002 quatro cargos comissionados "em moldes artificiais" para, segundo a Justiça, aumentar o salário dos servidores. Os valores foram pagos por quase três anos. O total a ser devolvido ainda será calculado. (Folha Poder)

Gilberto Carvalho faz tráfico de influência ao forçar financiamentos ao MST, afirma Caiado


gilberto_carvalho_11Abuso de poder – Líder da Minoria no Congresso Nacional, o deputado feder Ronaldo Caiado (DEM-GO) acusou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, de praticar tráfico de influência ao interferir em estatais para a liberação de recursos em favor da entidade ligada ao MST para financiar evento que terminou em tumulto, em Brasília.

Carvalho esteve, nesta quarta-feira (9), na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados para explicar o repasse de recursos governamentais ao MST, as críticas ao comportamento da PM do Distrito Federal em manifestação do MST e as denúncias do ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Jr., de que teria recebido propina enquanto trabalhava com o prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel.

“Quando um ministro de Estado liga para um presidente da Caixa Econômica, nessa hora, ele não está solicitando, é uma ordem para liberar os recursos. Não é uma pessoa comum interferindo, isso é tráfico de influência! Tira a liberdade das estatais de decidirem as prioridades dos patrocínios”, opinou Caiado.

Na mesma audiência pública, Gilberto Carvalho admitiu ter feito gestão para que Caixa, BNDES, Petrobras e INCRA repassassem cerca de R$ 1,5 milhão à Abrapa, ONG ligada ao MST, para financiar congresso do movimento que terminou em tentativa de invasão do STF e do Palácio do Planalto, além de deixar 32 feridos. A afirmação foi feita após questionamento do democrata Efraim Filho (PB).

Caiado solicitou ao ministro informações detalhadas sobre a aplicação de recursos de patrocínio a ONGs e sobre a forma de escolha e atuação do comitê de patrocínio da Secretaria-Geral, segundo Carvalho, responsável por deliberar sobre a aprovação desses recursos. “Quando perguntado pelo deputado Efraim Filho, o ministro afirmou que ele próprio havia interferido e não um comitê de patrocínio, como disse depois, e isso configura tráfico de influência”, acrescentou Ronaldo Caiado.

Denúncias de Tuma Jr.

Os deputados Alexandre Leite (DEM-SP) e Caiado questionaram o ministro sobre seu recuo em relação à decisão de processar Tuma Jr., que acusou-o de receber propinas de empresários e repassá-las ao ex-ministro José Dirceu – condenado no processo do Mensalão do PT – enquanto trabalhava com prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel.

“O senhor afirmou que iria processar Romeu Tuma Jr. em dezembro de 2013. Se nega todas as acusações o melhor a fazer não seria acioná-lo na justiça? As denúncias são graves e foram publicadas. Me causa estranheza esse fato até porque as outras pessoas citadas ou está morta ou está presa, condenado no processo do Mensalão”, disse Leite.

O ministro Gilberto Carvalho disse na audiência que, ao contrário do que declarou no ano passado, não dará palanque a Tuma Jr. e apenas o processará quando achar conveniente.

Deputada denuncia Gilberto Carvalho como arrecadador de propina: " você era conhecido como o homem do carro preto". Petista teria extorquido pai da deputada.

 
A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) afirmou nesta quarta-feira (9), durante audiência pública na Comissão de Segurança da Câmara, que o atual ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, recolhia dinheiro de propina em Santo André durante o governo do ex-prefeito da cidade Celso Daniel, assassinado em 2002.

Carvalho estava presente à audiência, para a qual foi convocado pelos deputados da comissão. Mara Gabrilli disse que o próprio pai teria sido extorquido e que Carvalho era conhecido como o "homem do carro preto". "O senhor sempre foi conhecido como o homem do carro preto, e eu não falo isso porque eu li, eu falo isso porque eu vi. O homem do carro preto era o homem que pegava os recursos extorquidos de empresários e levava para o [ex-presidente do PT] José Dirceu", disse a deputada.

Gilberto Carvalho rechaçou de imediato as acusações e negou envolvimento em um suposto esquema. "A senhora nunca me viu num carro preto, a senhora nunca presenciou nada, eu não a conhecia. Eu conheci a sua irmã, Rosângela, que foi falar na prefeitura, depois da  morte do Celso. A senhora não pode afirmar isso", contestou Carvalho.

O ministro foi convocado pela Comissão de Segurança para falar sobre acusações do ex-secretário-nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior. No livro "Assassinato de  Reputações", lançado recentemente, ele diz que Carvalho chegou a confessar a ele, Tuma Júnior, que era responsável por recolher propina de um esquema de corrupção em Santo André a fim de abastecer campanhas eleitorais do PT.

O assassinato de Celso Daniel em 2002 levou o Ministério Público de São Paulo a concluir que a morte foi encomendada após descoberta do suposto esquema de corrupção. A Polícia de São Paulo, no entanto, concluiu que houve um crime comum.

Na audiência da Câmara, Mara Gabrilli cobrou explicações do ministro sobre o caso. "O senhor é um ministro de estado e o senhor não fala disso? Isso não incomoda o senhor, que era braço direito desse prefeito?", questionou a deputada. A deputada também perguntou por que Carvalho não pediu ao Supremo Tribunal Federal que acelerasse o processo que investiga Sérgio Sombra, suposto coordenador do esquema. "A senhora conhece uma coisa chamada independência entre os poderes?", questionou Gilberto Carvalho.

O ministro afirmou que a morte de Celso Daniel faz doer "muito a alma". Disse também que que, à época do assassinato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a Brasília para conversar com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, para solicitar a entrada da Polícia Federal no caso. Relatou também ter procurado o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, para pedir uma investigação isenta.

Dossiês

Durante a audiência, Carvalho também negou que tivesse participado da elaboração de dossiês, durante o governo Lula, para atingir adversários políticos. Em seu livro, Tuma Júnior relata que materiais com falsas acusações eram produzidos pelo Ministério da Justiça e Polícia Federal, com aval do Planalto, para desmoralizar quem desagradasse ao governo. Um dos alvos teria sido o atual governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

"Quero que ele prove se eu tive alguma conversa com ele falando alguma coisa de dossiê. Vai ter que provar. Porque não é assim, não posso chegar e dizer que tal pessoa pediu isso se ela não pediu. Não pedi nunca ao senhor Tuma e a ninguém que fosse produzido dossiê, até porque não considero isso uma forma adequada de luta política", afirmou o ministro.

Ele afirmou que não leu o livro de Tuma Júnior, mas voltou a dizer que irá processar o ex-secretário. "A meu juízo, ele combina fatos reais com uma série de inverdades, para dar validade a essas inverdades. Mas o que eu quero dizer é que eu nego peremptoriamente, e vamos nos encontrar no momento adequado, que eu julgar adequado, na Justiça", declarou. Ele disse que ainda não moveu uma ação judicial por considerar que não chegou o momento adequado. (G1)

Fabricantes de mártires

Por Ipojuca Pontes*

ipojuca_pontes_13Na sua guerra incessante para fechar o cerco sobre a sociedade democrática, os comunistas, através dos tempos, em suas distintas siglas (entre elas, o PT), se tornaram especialistas na fabricação de falsos mártires, que são venerados como heróis mitológicos “sacrificados” em combate pela criação de um “mundo melhor”. Feitos semideuses por força da atuação de uma máquina de propaganda colossal, eles são exaltados em prosa e verso como figuras exemplares que imolaram suas vidas em defesa “da justiça e da liberdade”.

Na prática, dentro do sujo contexto da guerra cultural que os comunistas travam pela perpetuação do poder, tais heróis, depois de mortos, são explorados até os ossos como instrumentos da mais pura mistificação psicossocial, cujo objetivo tem sido confundir as massas e estabelecer no seio da sociedade, como medida de valor, o reino da mentira – ou, na imagem de Fernando Pessoa a propósito da fabricação do mito, no “nada que é tudo”.

Para sustentar em escala industrial a fabricação de tais mártires, a militância vermelha parte, quase sempre histérica, para a absoluta manipulação do aparato do mundo universitário, parlamento, igreja, editoras, ongues e meios de expressão como o teatro, cinema, etc. – e, claro, a mídia amestrada.

Mas é preciso dizer o seguinte: examinados com o mínimo de isenção, verifica-se que os mártires do exército comunista, entoados em prosa e verso, não são mártires de coisa alguma, antes pelo contrário: são perfeitos exemplares de ativistas políticos fanatizados, impostores, assassinos, traidores e até inocentes úteis a serviço da guerra vermelha.

O caso mais eloquente do falso mártir é o do guerrilheiro “Che” Guevara, assassino psicopata que fracassou miseravelmente em tudo que meteu a mão: na órbita familiar, à frente de ministério e banco, atuando como diplomata e comandante. Nas selvas do Congo, por exemplo, em 1965, seu prestígio de guerrilheiro foi totalmente destruído pelos mercenários do Coronel Mike Hoare, irlandês que pôs o “Che” a correr, entre desmoralizantes evacuações de diarréia, do território africano – prenúncio, de resto, de sua morte acachapante na Bolívia imposta pelos soldados do capitão do exército Gary Prado.

Outro herói cultuado pelas esquerdas, Simon Bolívar, inspirador da Revolução Bolivariana promovida por Hugo Chávez, tido como “libertador visionário”, não passava, segundo o próprio Karl Marx, de reles milico oportunista, cuja única ambição, a pretexto de unificar a América Hispânica, era se tornar ditador da América do Sul. Num célebre artigo publicado em 1858 no “New York Daily Tribune”, em que traçava o perfil de Bolívar, o “Pai do Socialismo Científico” (outro charlatão inigualável) afirmava, com riqueza de dados, que o herói venezuelano não passava de um escroque vulgar, mero contrabandista de armas a serviço do governo britânico – enfim, um sujeito que, além de covarde, traía os comparsas a três por quatro.

Em solo pátrio, temos o caso do paraibano João Pedro Teixeira, um “quadro” do Partido Comunista tornado líder e mártir das Ligas Camponesas da cidade de Sapé, nos anos 1960. João Pedro, segundo Antonio Dantas, dissidente da direção do PCB na região, era assalariado da KGB, via STB, o Serviço de Inteligência da Polícia Secreta Comunista Tcheca que repassava a grana de Moscou para Cuba, Argentina (Instituto Morazon), Brasil e outros países da América Latina cooptados para manter acesa no campo a “guerra revolucionária”. Aliás, muitos desses “quadros” do Partido Comunista, sub-heróis da guerra financiada no Nordeste pela KGB, entre eles Nego Fubá e Pedro Fazendeiro, eram catequizados para fazer a reforma agrária “na lei ou na marra” e tinham livre trânsito em Havana e Pequim.

Na minha modesta opinião de jornalista que escrevia à época no Correio da Paraíba, João Pedro é mais um caso manifesto da hagiolatria vermelha: depois de manipulado e jogado conscientemente às feras, foi transformado em mártir obedecendo à estratégia comunista de escrever a história segundo seus parâmetros.

Fonte:  ucho.info


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* Ipojuca Pontes, ex-secretário nacional da Cultura, é cineasta, destacado documentarista do cinema nacional, jornalista, escritor, cronista e um dos grandes pensadores brasileiros de todos os tempos.

Em decisão inédita, o TCU convoca a presidente da Petrobras para esclarecer rombo de R$ 7 bilhões e atraso de 3 anos no Comperj.

 
O Tribunal de Contas da União decidiu convocar a presidente da Petrobras, Graça Foster, e o ex-presidente da estatal Sergio Gabrielli para prestar esclarecimentos sobre um contrato que a Petrobras firmou com a empresa MPE, para execução de obras de tubulação no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos maiores projetos de refino em construção pela estatal.

Há um descompasso de quase 12 meses entre o avanço previsto e o realizado nas obras. O contrato firmado com a MPE foi fechado em R$ 731 milhões. Em 2012, o TCU chegou a apontar indícios de superfaturamento de R$ 163 milhões nas obras e pediu a paralisação dos repasses. A Petrobras, no entanto, entrou com recursos e conseguiu levar o contrato adiante.

Em audiência realizada nesta quarta-feira, 9, a ministra Ana Arraes determinou audiência com a diretoria da Petrobras e com a sua presidente, para prestar esclarecimentos sobre porque não adotaram medidas de sanção contra a empresa para que a situação fosse resolvida.

O procurador do Ministério Público Lucas Rocha Furtado argumentou que, dada a gravidade do caso, deve sim ser confirmada a audiência com Graça Foster. O ministro Raimundo Carreiro acolheu na íntegra o voto de Ana Arraes e fez uma defesa veemente de que era preciso, sim, realizar a oitiva de Graça Foster.

“Não estamos punindo ninguém, estamos pedido que venham esclarecer”, emendou Ana Arraes. “Acompanhamos esse processo desde 2012. Fui até a obra, temos tido a maior paciência e o maior zelo. Aqui se chama para conversar e esclarecer. Não há nenhuma ofensa nem desrespeito”, disse a ministra.

A situação das obras das tubovias, segundo Ana Arraes, se agravou consideravelmente. A ministra classificou a atuação da Petrobras como “desastrosa e injustificada” e disse que a estatal, após um ano de constatação de problemas, não adotou nenhuma sanção, emitindo apenas cartas de advertência sem efeito prático. “A leniência e complacência da estatal com a contratada chama a atenção”, disse Ana Arraes.

Segundo a ministra, havia informações suficientes nas mãos da Petrobras, que demonstravam a MPE enfrentava dificuldades financeiras para se manter à frente do contrato. As obras das tubovias estão paradas.

O atraso nas obras de tubulação (tubovias) do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), segundo o TCU, pode acarretar uma perda potencial de receita de R$ 230 milhões mensais para a petroleira. O prejuízo está atrelado a paralisações das obras das tubovias. A paralisação foi recomendada pelo próprio TCU. Essas estruturas são essenciais para fazer a ligação de diferentes estruturas que formam o complexo, que está sendo construído no município de Itaboraí.

Os atrasos podem implicar não apenas na perda de receita, mas também na assinatura de novos termos aditivos em contratos de outras estruturas, que dependem das tubovias para operar. O custo total do Comperj, inicialmente calculado em R$ 19 bilhões, chegou a cerca de R$ 26 bilhões. A inauguração, prevista para ocorrer no segundo semestre de 2013, passou para fim de 2016.

Segundo o cronograma da Petrobras, o Comperj registrou cerca de 68% de avanço físico nas obras em janeiro. Previsto para ocupar uma área total de 45 km quadrados, o complexo prevê capacidade de processamento de 165 mil barris de petróleo por dia. (Informações do Valor Econômico)

Imprensa: Acorde!

Por Paulo Roberto Gotaç*

Um aviso à grande imprensa do meu país, que, por motivos que poucos conhecem mas que muitos desconfiam quais sejam, certamente ligados a dependência da subvenção oficial que a mantém viva, insiste de modo unilateral num tema polêmico: cesse a lavagem cerebral que está impondo aos leitores e espectadores, visando a mobilizar os jovens de hoje que não viveram os tempos obscuros de 1964, a adotarem uma postura na qual há uma clara intenção de demonizar as forças armadas que, atendendo aos apelos da sociedade da época, à beira da pulverização, conforme fartamente documentado pelos precursores e antepassados dos que hoje assumem posições discutíveis nas redações e estúdios, carregaram sozinhas - os segmentos civis que apoiaram as ações, posteriormente se "ajeitaram" no poder e alguns estão aí até hoje - a responsabilidade das consequências daquilo que tinha que ser feito.

Pare, querida e ainda livre imprensa, com essa torrente de colagens e montagens porque os seus órgãos de comunicação serão os mais atingidos, se for bem sucedida a ditadura que está solertemente sendo montada por quem  está hoje no poder, ex-guerrilheiros que afirmam hipocritamente, com forte apoio dos atuais impérios jornalísticos, que suas ações àquela época  tinham como objetivo defender a democracia.

Amada imprensa, caso a estratégia que estão tendo a liberdade de montar, graças aos governos que se seguiram ao "golpe" -termo convencionalmente adotado para enfatizar a desmoralização - e que foram conduzidos, é claro, com alguns erros e exageros, por aqueles que hoje estão sendo apresentados como carrascos, se aquela estratégia for concretizada, os jovens jornalistas que hoje se dedicam a fazer falsos heróis serão descartados como inocentes inúteis, muitos deles mandados para trabalhos no campo ou promovidos a "delegados". E o chopinho, nunca mais...

Querida imprensa, é preciso entender que a sociedade não está mais conseguindo engolir o blá-blá-blá revanchista e parcial com o qual está sendo bombardeada, mesmo porque o governo há mais de dez anos no poder transformou o país num balaio de crises que está deixando a população em estado de apreensão.

Vêem-se crises para onde se olha: na educação, na saúde, na segurança, nas estatais em estado falimentar, na classe política mergulhada em corrupção e domada pelo poder central, na justiça completamente dilapidada pelo aparelhamento no âmbito das togas, no apoio a atos totalitários aqui nas nossas fronteiras e na infraestrutura que está tirando o produto brasileiro da competição internacional, entre muitos outros iminentes desastres.

Imprensa do meu país: acorde, enquanto é tempo.


Fonte: Alerta Total


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*Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

Conselho de Ética da Câmara abre processo contra André Vargas, que não pode mais renunciar


andre_vargas_10Fila do abate – O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (9), instaurar processo disciplinar para apurar a conduta do petista André Vargas (PR), vice-presidente da Casa, na esteira das denúncias de envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal por suspeita durante a Operação Lava-Jato. Presença obrigatória em nove entre dez escândalos de corrupção no País, Youssef é acusado de comandar um esquema criminoso de lavagem de dinheiro que teria movimentado mais de R$ 10 bilhões.

Com a instauração do processo, o Conselho de Ética terá de investigar se de fato houve quebra de decoro parlamentar por parte de Vargas. Dependendo da decisão do colegiado, o petista pode ter o mandato cassado por decisão do plenário da Câmara.

O referido processo resultou de representação apresentada pelos partidos de oposição. PSDB, Democratas e PPS requereram investigação com base no fato de André Vargas ter viajado com a família em jatinho alugado pelo doleiro Alberto Youssef.

Integrante da tropa de choque de André Vargas, o deputado federal Zé Geraldo (PT-PA) tentou evitar a abertura do processo no Conselho de Ética, apresentando questão de ordem, em que argumentava a ausência de provas contra o colega de legenda, o que, na visão do petista, impede o Conselho de analisar o caso antes da Corregedoria da Câmara, que recebeu representação do PSOL com o mesmo objetivo.

Após intensa discussão entre os parlamentares presentes à sessão, o presidente do Conselho de Ética, deputado Ricardo Izar Jr. (PSD-SP), rechaçou o pedido do petista Zé Geraldo sem submetê-lo a votação. Geraldo afirmou que apresentará recurso à Presidência da Câmara em favor da questão de ordem.

Com a instauração do processo no Conselho de Ética, André Vargas perde a oportunidade de renunciar ao mandato, como queriam a bancada petista e a cúpula do partido. Até mesmo o malandro Lula tentou convencer Vargas a renunciar, mas sua incursão foi mal sucedida. Com esse cenário, André Vargas corre o sério risco de ter o mandato cassado, uma vez que o PT decidiu atirá-lo aos leões para desviar a atenção da opinião pública, cada vez mais indignada com a usina de escândalos de corrupção em que se transformou o governo federal.