No debate promovido pela TV Record, ofendida com referências
às bandidagens na Petrobras, Dilma Rousseff conseguiu dos organizadores 30
segundos adicionais para informar que foi ela quem demitiu o ex-diretor Paulo
Roberto Costa. Usou o direito de resposta para mentir, provou nesta
quinta-feira a reportagem do Globo que restaurou a verdade amparada na ata da
reunião que registrou a mudança no comando da área de Abastecimento e Refino. O
documento prova que o executivo larápio saiu porque quis. Saiu para gastar em
sossego os milhões que tungara. E saiu coberto de elogios por colegas de
diretoria (ou de quadrilha).
Há dias, depois de afirmar que Marina Silva mentiu ao negar
que votou contra a CPMF, a candidata à reeleição ensinou que espancar a verdade
é “um desvio de caráter” que desqualifica seu portador para o exercício da
Presidência da República. Os brasileiros decentes entendem que desta vez Dilma
tem razão. O que ninguém entende é o que espera a presidente para cair fora do
cargo. Como sabe até a grama do Palácio da Alvorada, a história da demissão que
não houve é só mais uma entre as milhares de provas de que a doutora em nada
mente mais do que respira.
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