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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Eduardo Campos não pôde ser reconhecido pela arcada dentária

Por Carlos Rollsing, de Recife

Eduardo Campos não pôde ser reconhecido pela arcada dentária Cristiano Mariz/EspecialDe acordo com dentista do ex-governador, a única opção é coletar restos do corpo e fazer exames de DNA

Dentista de Eduardo Campos há 25 anos, Fernando Cavalcanti chegou a residência da família em Recife (PE) na manhã desta sexta-feira e informou aos jornalistas que foi impossível fazer o reconhecimento do corpo do ex-governador de Pernambuco pela arcada dentária. O exame foi impossibilitado porque a violência do acidente aéreo dilacerou os corpos.

— O estrago e a explosão foram muito grandes. Ficaram apenas restos, não foi possível fazer o reconhecimento pela arcada dentária. Não sobrou nada. Dessa forma, a única opção é coletar o material que restou e fazer exames de DNA — disse o dentista.

Segundo Cavalcanti, os restos mortais estavam em tamanho estado de destruição que não era possível determinar quem era Eduardo Campos e os outros seis passageiros da aeronave. O dentista ainda afirmou que, em Santos, as estimativas apontavam a necessidade de 72 horas para a finalização do trabalho de reconhecimento dos restos mortais, contando a partir de quarta-feira. Isso indica que esta etapa poderá ser concluída até sábado. Depois, os restos mortais devem ser levados a Recife, onde ocorrerá o velório e o enterro.

Acidente aéreo matou sete pessoas

Candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos morreu na manhã de 13 de agosto, em um acidente de avião em Santos, no litoral paulista. A queda da aeronave, que ia do aeroporto Santos Dumont (RJ) ao aeroporto de Guarujá (SP), matou outras seis pessoas — dois assessores, um fotógrafo, um cinegrafista e dois pilotos.

Nascido em Recife (PE) em 1965, o ex-governador de Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos era o terceiro colocado na corrida presidencial, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Campos era neto e herdeiro político de um dos mais influentes líderes da esquerda nacional, o também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Casado há mais de 20 anos com a economista Renata Campos, o candidato deixa cinco filhos, com idades entre 21 anos e cinco meses.

Com a morte de Campos, o nome da vice em sua chapa, Marina Silva (PSB), despontou como favorito. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em caso de falecimento de candidato, o partido do substituído tem de pedir o registro da nova candidatura em até 10 dias. O prazo conta a partir do fato que motivou a substituição.



Fonte: Zero Hora

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