Por Carlos Rollsing, de Recife
De acordo com dentista do ex-governador, a única opção é
coletar restos do corpo e fazer exames de DNA
Dentista de Eduardo Campos há 25 anos, Fernando Cavalcanti
chegou a residência da família em Recife (PE) na manhã desta sexta-feira e
informou aos jornalistas que foi impossível fazer o reconhecimento do corpo do
ex-governador de Pernambuco pela arcada dentária. O exame foi impossibilitado
porque a violência do acidente aéreo dilacerou os corpos.
— O estrago e a explosão foram muito grandes. Ficaram apenas
restos, não foi possível fazer o reconhecimento pela arcada dentária. Não
sobrou nada. Dessa forma, a única opção é coletar o material que restou e fazer
exames de DNA — disse o dentista.
Segundo Cavalcanti, os restos mortais estavam em tamanho
estado de destruição que não era possível determinar quem era Eduardo Campos e
os outros seis passageiros da aeronave. O dentista ainda afirmou que, em
Santos, as estimativas apontavam a necessidade de 72 horas para a finalização
do trabalho de reconhecimento dos restos mortais, contando a partir de
quarta-feira. Isso indica que esta etapa poderá ser concluída até sábado.
Depois, os restos mortais devem ser levados a Recife, onde ocorrerá o velório e
o enterro.
Acidente aéreo matou sete pessoas
Candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos morreu na
manhã de 13 de agosto, em um acidente de avião em Santos, no litoral paulista.
A queda da aeronave, que ia do aeroporto Santos Dumont (RJ) ao aeroporto de
Guarujá (SP), matou outras seis pessoas — dois assessores, um fotógrafo, um
cinegrafista e dois pilotos.
Nascido em Recife (PE) em 1965, o ex-governador de
Pernambuco Eduardo Henrique Accioly Campos era o terceiro colocado na corrida
presidencial, atrás de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB). Campos era
neto e herdeiro político de um dos mais influentes líderes da esquerda
nacional, o também ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes. Casado há mais de
20 anos com a economista Renata Campos, o candidato deixa cinco filhos, com
idades entre 21 anos e cinco meses.
Com a morte de Campos, o nome da vice em sua chapa, Marina
Silva (PSB), despontou como favorito. De acordo com o Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), em caso de falecimento de candidato, o partido do substituído
tem de pedir o registro da nova candidatura em até 10 dias. O prazo conta a
partir do fato que motivou a substituição.
Fonte: Zero Hora
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