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sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Dilma insinua que adversários acabarão com valorização do salário mínimo

 
SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição em outubro, aproveitou um evento em que recebeu apoio de seis centrais sindicais nesta quinta-feira para insinuar que seus adversários irão acabar com a política de valorização do salário mínimo caso vençam a eleição.

Dilma voltou a repetir a uma plateia de sindicalistas, reunidos no Ginásio da Portuguesa, em São Paulo, que seus três principais compromissos são a valorização do salário mínimo, a manutenção dos empregos e dos direitos trabalhistas.

Sem citar nominalmente o candidato do PSDB, Aécio Neves, que está em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto atrás da presidente, Dilma disse que quando o tucano cita "medidas impopulares", ele fala em acabar com a valorização do salário mínimo. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, do PSB, aparece em terceiro lugar na corrida presidencial.

"Sabe qual é a medida impopular a que eles se referem? É acabar com a política de valorização do salário mínimo. Essa é a medida", disse a presidente.

Aécio chegou a afirmar em entrevistas que, se eleito, estará preparado para adotar "medidas impopulares" caso as considere necessárias para o país, mas à época não chegou a esclarecer quais seriam essas medidas.

No seu discurso, Dilma manteve o ataque aos adversários e disse que o projeto que representa, iniciado com a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2002, é diferente do representado pelos seus rivais no pleito de outubro.

"Eles (adversários) acham que é muito perigoso a gente viver numa situação de pleno emprego, sabem por quê? Porque numa situação de pleno emprego o trabalhador tem mais poder", disparou.

"Sempre falam em modificar a CLT (consolidação das leis trabalhistas). Querem modificar para tirar direitos trabalhistas", disse.

Entre as centrais sindicais que declararam apoio a Dilma está a Força Sindical, que já foi liderada pelo deputado federal Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (SD-SP), que atualmente preside o Solidariedade e apoia Aécio, além de ser um feroz crítico de Dilma.

Paulinho esteve com o tucano na manhã desta quinta-feira na porta de uma fábrica em São Paulo e, na ocasião, o candidato tucano se comprometeu a garantir a valorização do salário mínimo e prometeu corrigir a tabela do imposto de renda.

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