Celebramos, com renovado entusiasmo, a data de nascimento de
Luiz Alves de Lima e Silva, o Patrono do Exército Brasileiro, que se
imortalizou, no Panteão dos Heróis da Pátria, como o Duque de Caxias, o
Pacificador.
De lá, Caxias observa seu Exército marchando alinhado com os
valores da nacionalidade brasileira, que ajudou a forjar nas lutas internas
para preservar a unidade da Pátria – evitando sua fragmentação – e nas
externas, para manter sua soberania e integridade territorial.
De lá, Caxias observa seu Exército, sem alarde, com retidão
de propósitos, irmanado com a sociedade brasileira – de onde provém e a quem
serve –, na teimosa luta para construir o futuro de grandeza para o qual o
Brasil está vocacionado.
De lá, Caxias observa que, transcendendo tempos e
conjunturas, a solidariedade do Soldado, sua coerência de atitudes, o
sentimento de patriotismo, os predicados de bravura, o amor à legalidade, a
desambição pessoal, a humildade, a honradez, o espírito de serviço, a não
indiferença e o nacionalismo são os mesmos de sua época, quando serviu ao Império,
no passado.
Como herdeiro do legado de Caxias, para prosseguir cumprindo
sua missão com acerto, o Exército tem trabalhado arduamente – junto com a
Marinha do Brasil e a Aeronáutica, sob a coordenação do Ministério da Defesa,
com planejamento, constância e solidez. “O pôr do sol tem marcado apenas o
início de mais uma jornada”. A missão continua sendo o nosso farol; os
princípios e valores, nossas regras de engajamento nas operações das quais
participamos diuturnamente, expondo-nos a riscos e à permanente avaliação da
opinião pública.
O Soldado, cedo, desapega-se de regionalismos – serve ao
Brasil. Atua em regiões desfavorecidas, carentes da presença do Estado e
desejosas de segurança, de ordem e progresso. E faz isso com o mesmo sentimento
de solidariedade e afeto de quem está no seio de uma grande família.
Sabemos que contribuir com o esforço de defesa de um país
continente, dissuadir intenções hostis insuspeitas, respaldar decisões
soberanas, entre tantas outras, não são tarefas para amadores. Conscientes
disso, extraindo o máximo dos meios disponíveis, temos investido na capacitação
do nosso Exército, particularmente no seu preparo profissional, no adestramento,
no exercício da liderança, no respeito aos direitos de cada ser humano e na sólida
modelagem do caráter institucional.
Sabe-se que “a Idade da Pedra não acabou por falta de
pedras”, mas porque o homem aprendeu com o passado, não se conformou com o
presente e desafiou o futuro. Nesse sentido, há algum tempo, estamos
vivenciando um profundo processo de transformação, que, em última instância,
são mudanças – já em curso – que estão nos transportando da Era Industrial para
a Era do Conhecimento.
O foco é a operacionalidade da Força, emoldurada por uma
forte gestão orientada para resultados, com contratos de objetivos, extinção do
que já cumpriu sua finalidade e não mais justifica sua existência, nova
doutrina de emprego, novos materiais e poder de combate preparado por
capacidades.
Preserva-se o DNA da Força e dá-se-lhe mais flexibilidade,
modularidade, mobilidade e real poder para dissuadir ou para lutar o combate
convencional, o das percepções, o da 4ª geração, o nunca visto.
Prontidão é a palavra-chave. Sabemos que, sempre que houver
perigo e a situação o exigir, seremos chamados.
Soldados do meu BRASIL, parabéns pelo seu dia maior! Este é
o nosso Exército; o Exército Brasileiro do futuro, do presente, de Caxias; que
inspira confiança pelos valores que cultua, pela sua forte coesão e pelo
comprometimento de cada um e de todos; que aceita desafios, enfrenta o
desconhecido, “entrega a mensagem a Garcia”– cumpre a missão.
Parabéns por se inspirarem nos exemplos de Caxias, nosso
Patrono!
Continuem determinados, olhando para a frente, fazendo por
merecer a confiança que a sociedade em nós deposita e trabalhando “SEMPRE PELO
BRASIL”.
Brasília, DF, 25 de agosto de 2014
General de Exército Enzo Martins Peri
Comandante do Exército
Comandante do Exército
Fonte: Noticiário do Exército
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