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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Chegando no Pai, nos filhos e na conta do Espírito Santo?

 
O Brasil é a república da impunidade? Pior que isto: é a terra do rigor seletivo. Aos inimigos do Estado Capimunista aplica-se duramente lei penal. Puxa cadeia quem não tem poder nem dinheiro. O País já tem a terceira maior população carcerária do mundo: 711.463 presos em condições medievais de dignidade humana. A conta inclui 147.937 pessoas na eufemística “prisão domiciliar”. São números de junho, tabulados pelo Conselho Nacional de Justiça. Vide relatório.

O quadro fica mais apavorante porque o sistema prisional tem um déficit de 354 mil vagas. Se fossem cumpridos os 373.991 mandados de prisão em vigor, teríamos mais de 1 milhão de encarcerados em uma nação com uma população absoluta de quase 200 milhões de habitantes. Não há dinheiro suficiente para construir penitenciárias. O custo médio de uma casa de detenção para 500 presos chega a R$ 30 milhões. A conta nunca vai fechar na abertura de novas vagas nas masmorras.

As penitenciárias existentes, em sua maioria, são “escolas do crime”. Os “reeducandos” sofrem violências, tortura psicológica e desrespeito total aos mais elementares direitos humanos. Postos em liberdade ou fugitivos, geralmente subjugados por facções criminosas, eles se transformam em ameaça real à sociedade. Curiosamente, no Brasil, quem deveria estar preso fica solto, numa boa. Cadeia é para pé de chinelo. Os poderosos chefões vivem acima da lei e da ordem.

A questão é mais de hegemonia que de poderio econômico. Enquanto o crime se organiza cada vez mais, gerencial, tecnológica e financeiramente falando, aumenta a sensação social de insegurança, impunidade e injustiça. Aí mergulhamos no lodaçal podre da maior tragédia brasileira: a falta de vontade política, competência e capacidade para aplicar, corretamente, conceitos, recursos e soluções para os mais elementares problemas.

A cada dois anos, quando temos eleições, a questão da segurança pública é sempre apontada como grande preocupação. A queixa vem junto com a falta de saúde, de educação, de emprego e de infraestrutura. Também a acompanha a carestia, a inflação, a alta carga tributária, a desonestidade dos políticos e por aí vai... Os problemas nacionais estão mais que identificados há séculos. No entanto, insistimos em não resolvê-los. Por masoquismo, burrice, incompetência - ou seja lá por qual motivo mais ou menos votado.

A Segurança Pública foi o tema central de um congresso promovido pela Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo, na quinta e sexta-feira passada, por iniciativa do Grão Mestre Ronaldo Fernandes. Assustadoras foram as principais constatações do encontro, cujo conteúdo das palestras, após um debate e filtragem, servirá de base para a formulação de uma proposta de plano de ação social. Embora nossa Constituição Federal cuide do assunto em seu artigo 144, há 26 anos nossos congressistas ainda não cumpriram o dever de regulamentar o parágrafo 7º. Sem definir um Sistema de Defesa Social, contendo uma visão ampla de segurança e ordem públicas, o Brasil continuará sendo o País do crime, da violência e da impunidade.

Não adianta um modelo repressivo de produtividade crescente, como já acontece hoje, com resultados policiais positivos, se os números e a sensação real de violência continuam crescendo, gerando todo tipo de prejuízo para a sociedade. Como de costume, a segurança pública será o tema principal da pirotecnia verbal de candidatos ao executivo e legislativo em outubro. Novamente, é alto o risco do discurso demagógico não se transformar em efetiva ação para a implantação de uma Política Nacional de Segurança Pública.

Enquanto isso, assistimos ao espetáculo dantesco da população ser afetada e desafiada pela governança do crime organizado. Ainda não refeitos do escândalo do Mensalão, julgado com algum rigor pelo Supremo Tribunal Federal, mas com reeducandos condenados já desfrutando a liberdade que sempre tiveram para fazer o que quisessem, temos, agora, os desdobramentos da Operação Lava Jato – que fazem o Mensalão parecer roubo da galinha da vizinha.,,

Só um imbecil não enxerga que a Petrobras – maior transnacional brasileira – foi usada pelo maior esquema de lavagem de dinheiro nunca antes visto na História do Brasil. Só uma besta quadrada pode supor que o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, agiram por conta própria, sem nenhum comando acima deles, na lavagem estimada, inicialmente, em R$ 10 bilhões – número que deverá aumentar, muito, se as investigações tomarem o rumo desejado pelo Ministério Público Federal e pelo juiz Sérgio Fernando Moro – que atuou no escândalo do Banestado (milagrosamente abafado em seus efeitos, para não gerar maiores estragos políticos).

Agora, o Banco Central do Brasil revelou que Paulo Costa controlava 1.832 contas correntes da Petrobras, entre maio de 2004 e abril de 2012.  Mais de 90% das contas correntes (1.726) geridas por Costa são do Banco do Brasil. Centenas delas só tiveram o vínculo retirado no sistema do BC no dia da deflagração da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, em 17 de março deste ano. O mesmo ocorreu nos bancos BNP Paribas e Santander.

Tal fato chama atenção para outro absurdo já denunciado fartamente por investidores da Petrobras. Costa e Youssef podem ter tido ingerência sobre os fundos BB Millenium 6, Marte e Vênus. Suspeita-se que R$ 7 bilhões tenham virado pó nestas operações financeiras sob suspeita e alvos de inquéritos estranhamente arquivados pela Comissão de Valores Mobiliários. Paulo Roberto Costa foi preso por tentativa de destruição de provas...

Acontece que as provas aparecem do nada. Agora, Veja revelou o conteúdo bombástico dos depoimentos da contadora Meire Bonfim Poza, que trabalhava para o doleiro Youssef. Meire demonstrou à PF o envolvimento de políticos do PT, PMDB e PP com os esquemas de Youssef (e, por extensão, Paulo Costa), principalmente nos negócios com a Petrobras. Meire também garantiu que havia um fluxo constante de entrada e retirada de dinheiro, em pelo menos três empreiteiras: OAS, Camargo Correa e Mendes Júnior. Segundo a testemunha, “o dinheiro que entrava nesse esquema de pedágio era uma coisa que não dava para controlar. Eram malas e malas de dinheiro".

Em resumo: no embalo da lição do Mensalão, e depois do legado da Operação Lava Jato, independentemente do resultado eleitoral de outubro-novembro, o corrupto regime capimunista do Brasil precisará ser passado a limpo. Youssef e Paulo Roberto não são os pais da sacanagem na Petrobras e adjacências.

O Pai, o Filho e as contas lá fora, no Espírito Santo, se forem investigadas, renderão muitas prisões. O problema é faltar vaga para o pagamento da penitencia... Mas, pelo menos, a maioria dos brasileiros demonstra que cansou de dizer amém para a tanta corrupção... 

Wikipediagate


Gerenciadora da segurança de tráfego de dados oficial do governo federal, a Telefônica-Vivo garante enviou um comunicado reservado à Presidência da República para deixar “claro” (sem trocadilho) um fato objetivo:

“Não há probabilidade de invasão no sistema do Palácio do Planalto, criptografado com várias senhas, depois dos problemas de segurança que tivemos no ano de 2012-2013” (por causa do problema da espionagem da NSA, denunciado por Edward Snowden).

Quem usou o IP 200.181.15.10 para alterar a Wikipédia dos jornalistas Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg é de dentro da Presidência da República.

Não houve invasão de sistema e nem foi um visitante que fez login e usou algum computador lá de dentro, sem permissão.

Ou seja, Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho, General José Elito, Aloísio Mercadante e Thomas Traumann têm o dever legal de revelar publicamente o nome de quem cometeu o cibercrime, denunciando-o à Polícia Federal, para que seja aberto um inquérito, para futuro processo pelo Ministério Público Federal, com condenação provável pela Justiça Federal.

Tem culpa Dilma?


Uma coisa é indiscutível: tem muito poder, mas muito poder mesmo, quem usou a rede do Palácio do Planalto para fazer a petralhagem contra os jornalistas das Organizações Globo. A sacanagem feita está gravada e fica registrada por seis meses.

Quem fez a sacanagem precisa ser seu nome revelado.

O risco é o denunciado revelar que agiu cumprindo ordens superiores...

Aí o Boi, a Vaca, o Veado e outros bichos menos votados devem ir para o brejo...

Alguns até com grandes chances de enjaulamento...

Conversão?


Vai embarcar ou não?


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