Por Gen Bda Paulo Chagas
Li, sensibilizado, o relato da jornalista Mírian Leitão
sobre o que supostamente lhe teria acontecido, em 1972, após ter sido detida
por agentes da Polícia Federal (PF), em Vila Velha (ES), os quais ela
facilmente identificou por força de suas atividades subversivas a serviço do PC
do B, sob o codinome de “Amélia”, dentre elas a de “guardar os rostos” do
inimigo.
Sua prisão, junto com a do seu namorado, segundo ela
própria, não foi, portanto, “um engano”, havia razões para isto, tanto que o
seu codinome já era conhecido pelos órgãos de segurança.
Se levarmos em consideração que, em dezembro de 1972, mais
de cem pessoas tinham sido mortas em consequência de atentados terroristas, 300
bancos tinham sido assaltados por terroristas, 300 militantes comunistas haviam
sido enviados para cursos de terrorismo na China e em Cuba, vários quartéis
haviam sido assaltados para roubo de armamento, 3 diplomatas haviam sido
sequestrados, militares estrangeiros haviam sido justiçados, vários atentados à
bomba haviam sido executados - dentre eles o do Aeroporto dos Guararapes e o
ataque ao QG do II Exército - e que a Guerrilha do Araguaia - comandada,
patrocinada e mobiliada por agentes do PC do B - estava em curso de operações,
é fácil concluir que a militância da jovem jornalista e de seu namorado nos
quadros do partido os enquadrava na categoria de agentes do terrorismo.
Se considerarmos, ainda, o modus operandi do recrutamento
dos comunistas para as Forças Guerrilheiras do Araguaia (FOGUERA), podemos, sem
medo de errar, admitir que os dois jovens detidos naquele dezembro de 1972 estavam,
no mínimo, sendo preparados para reforçar os efetivos da guerrilha.
Em que pese o desrespeito e a intimidação do tipo de
interrogatório a que, supostamente, ela teria sido submetida, inclusive com o
emprego de uma cobra, - cujo comportamento, embora inofensivo naquelas
circunstâncias, não seria necessariamente do seu conhecimento -, bem como o
constrangimento da nudez , da “ameaça” de estupro e dos “cães pastores, babando
de raiva”, é irrefutável que a prisão da jovem jornalista e de seu namorado obedeceu
à lógica das evidências que as circunstâncias e os dados existentes
justificavam, tanto que seu berreiro na calçada não comoveu os passantes!
A Sra Mírian Leitão tem todas as razões do mundo para não
esquecer do que, supostamente, teria acontecido com ela naqueles dias, assim
como também não vejo razão para que ela tenha esquecido dos motivos que a
levaram a receber um codinome – “Amélia” - de uma organização terrorista!
Sua vingança foi sobreviver e vencer (sic), diz que não
cultiva nenhum ódio, o que é demonstração de grandeza de espírito e que a
valoriza como ser humano.
No entanto, a julgar pelo que se sabe das ações e dos
objetivos destrutivos dos militantes e da organização às quais, à época, se
aliou - não menos desprezíveis do que as que diz ter sofrido sob a custódia de
agentes de segurança -, é de se esperar que complemente seu valor pessoal com a
humildade para admitir sua participação, qualquer que tenha sido, nas práticas
terroristas que deram motivo e razão para a guerra da qual se diz vítima.
Confessar, agora, sem pressão, por amor ao Brasil e à
liberdade, que apoiava o terrorismo e que queria para nós o que os irmãos
Castro e o “Chancho” Guevara impuseram a Cuba e pedir desculpas por isto aos
brasileiros, daria a todos nós, aí incluídos seus filhos e netos, muito mais
“segurança no futuro democrático do país”.
Nenhuma ditadura serve para o Brasil – Grupo Ternuma
Fonte: A Verdade Sufocada
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