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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A candidata à reeleição fingiu que estava de luto para fugir da luta contra a verdade



No começo da tarde de 13 de agosto, o alto comando da campanha de Dilma Rousseff reuniu-se com a candidata à reeleição para tratar da morte de Eduardo Campos. Em poucos minutos, ficou decidido que a presidente deveria:

1. Num pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV, elogiar o adversário morto, caprichar na cara de viúva e decretar três dias de luto oficial.

2. Aproveitar o luto oficial para decretar três dias de luto particular e suspender por 72 horas todas as atividades eleitorais.

3. Aproveitar o luto eleitoral para marcar o gol de placa: adiar a entrevista que concederia ao Jornal Nacional na mesma noite para outra data, de preferência depois da eleição e, com isso, livrar-se do perigoso desfile de explicações indecifráveis, falatórios sem pé nem cabeça, álibis de punguista em começo de carreira, contas aritméticas de 171, obras imaginárias, escândalos impunes e vigarices de variado calibre, fora o resto.

Imediatamente, um dos Altos Companheiros comunicou à TV Globo que Dilma estava enlutada demais para usar a voz durante 15 minutos. Conversa fiada, atesta o vídeo acima. Na véspera, sem acidentes aéreos a evocar, a turma havia fugido do encontro com Renata Lo Prete no Jornal das Dez, da Globonews, que nos dias anteriores recebera os principais adversários da presidente. Dilma cancelou a aparição no Jornal Nacional não em sinal de respeito a Eduardo Campos. Fingiu que estava de luto para fugir da luta contra a verdade.

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