Por Alexandre K. Azov
Foram incontáveis horas de escuta, dezenas de testemunhas,
sendo 11 ex-participantes do movimento, 3 deles com maior relevância, incluindo
um policial infiltrado, da Força Nacional de Segurança, milhares de horas de
investigação pela Polícia Civil, tudo em conjunto com o Ministério Público,
mandados de prisão emitidos por um juiz. A investigação começou em Junho de
2013, e não foram, portanto, "presos da Copa". Consequência: 23
pessoas presas por atos ilegais. Nenhuma foi presa por gritar que o governo é
corrupto (Se assim o fosse, este que vos fala já estaria atrás das grades),
portanto "preso político" é algo absurdo, tão risível que o consulado
uruguaio (país com governo federal de esquerda) enxotou a advogada Eloisa Samy
de lá.
Foto de pequena reportagem (12/02/2014),
"O
Globo", que reflete bem a contradição de "Sininho".
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Mas são tempos onde o absurdo, o surreal, triunfa, ditando
os rumos de nossa rotina, nossa vida real do dia a dia. Tanto que na última
quinta-feira feira (24), Elisa Quadros, a "Sininho", nossa
"revolucionária" mór, saída das mesas do Baixo Gávea, do alto de sua
propriedade intelectual e biográfica, estava em uma reunião para discutir a
"relação entre manifestantes e a imprensa" , como se a imprensa, não
cansada de ter seus direitos cerceados por qualquer idiota, se ajoelhasse
frente à uma pseudo-ativista, para negociar. Ora, desde quando a imprensa
necessita de autorização para publicar os acontecimentos? Desde quando a
democracia se curva frente a adolescentes mimados, saídos das profundezas de
conhecimentos superficiais com apoio de partidos de extrema esquerda? Quando é
que a sociedade se perdeu no Brasil, a ponto de todo este surrealismo
acontecer? É inconcebível que uma menina mimada, como diria Cazuza, seja levada
a sério por qualquer pessoa, autoridade, órgão, instituição que seja. Com
exceção da polícia, que o fez e foi desrespeitada, mais uma vez, no famoso
"prende e solta" do judiciário brasileiro.
Aqui é necessário um adendo com características brasileiras,
principalmente cariocas: 3 foragidos da justiça (Eloisa Samy e mais dois) foram
levados, nesta semana, por uma deputada estadual do PSOL (tinha que ser), Sra.
Janira Rocha , (parlamentar acusada de ter funcionários fantasmas), em um carro
da ALERJ, após terem o asilo negado. Uma funcionária pública, paga com dinheiro
público, levando foragidos (à época) da justiça, com plena ciência da parlamentar
que, aos berros, nem tentou se defender, apenas "bateu no peito" e
assumiu que o fez. Tal uso do carro e dinheiro público dará em alguma coisa? É
evidente que não. Esta mesma parlamentar estava no restaurante Spaghettilândia,
Centro do Rio, na última quinta-feira (24), junto de alguns
"ativistas", comemorando a libertação dos mesmos, graças ao
desembargador Siro Darlan, também funcionário público, pago com dinheiro do
contribuinte, que deu as costas à sociedade e priorizou o interesse de pessoas pegas
em flagrante, cometendo, planejando e comemorando crimes. Durante meses. Será
que o desembargador apareceu para um choppinho?
Auto-intitulados "presos da Dilma", os
"ativistas", principalmente "Sininho", sempre contaram com
o apoio de um falso paladino da Justiça, Marcelo Freixo, que será merecedor de
um texto aqui em breve. Freixo, em 2010, quando perguntado em quem votaria para
presidente, em eventual segundo turno, não titubeou e afirmou que era dilmista,
por motivos ideológicos. Portanto, o maior aliado político dos "presos
políticos", PSOL e seus parlamentares, é alinhado com o PT. O PSOL veio
das costelas do partidos dos trabalhadores, e isso não poderia dar em boa coisa
e, de fato, não deu. Tanto que os membros dos movimentos de protesto, FIP, MEPR
e OATL, não permitem a presença de políticos, com exceção do PSOL.
Em Fevereiro de 2014, um homem foi morto durante seu
trabalho, que era documentar imagens através de sua câmera. Com Santiago
Andrade, cinegrafista da Band, morria mais um pedaço da frágil democracia
brasileira, que, antes mesmo de sua morte, já tolerava abusos e ataques à
imprensa, com total apoio das ditas "mídias independentes",
patrocinadas indiretamente pelo PT. Quanta contradição...Chegando ao ápice de
Pablo Capilé, líder da "Mídia Ninja",
aparecer em fotos com José Dirceu (presidiário da Papuda, também
auto-intitulado "preso político"). E é preciso dizer: com apoio de
jornalistas também, pessoas que deveriam saber a importância da liberdade de
imprensa, no principal grupo do ramo na internet, passam a mão na cabeça de
todos, condenam a prisão, inclusive dos assassinos do Santiago, acham que a
"mídia golpista" tem mais é que apanhar (Registro rápido: a maior
parte dos que proferem este absurdo é militante do PSOL ou ligados a partidos
de extrema esquerda), e pregam um discurso de inveja misturada com raiva por
qualquer profissional que trabalhe na imprensa normal. Quanta hipocrisia...
Certos grupos realmente acham romântico o outro lado da lei,
o que é extremamente bonito em um filme de Hollywood, mas é terrível na vida
real. Quando uma investigação de meses é jogada no lixo, com a canetada de um
desembargador leniente, desde sempre, com a ilegalidade, que joga para a
platéia, ao invés de prestar contas à Constituição, é sinal de algo está muito
errado com nossas percepções, como cidadãos.
Não, não são presos políticos. São presos. Seja Zé Dirceu ou
Sininho (eventual futura candidata à presidência? Quem sabe? Se Dilma pode, por
que não? Dirá que lutava pela "liberdade"). São indivíduos
conscientes, que acreditavam piamente no que faziam, envolvidos na prática de
desafiar a lei, sem temer as consequências. Foram presos, em um país onde é
preciso implorar para ir para a cadeia, então, não, não queiram colocar o
delegado, o MP, o juiz, como carrascos. Carrasco seria um grupo que incendiaria
um prédio, com pessoas dentro, sem pensar duas vezes.
Por falar em prédio público, a UERJ, faculdade bancada pelo
dinheiro do contribuinte, foi palco, nesta semana, de um encontro da FIP, e
dentre os temas levantados e acordados, estavam: "voltar às ruas para
destruir o Estado e estudar uma forma de o movimento punir os juízes que estão
deferindo as prisões"; deve haver também: "combatividade sem
negociação"; e, antes de saberem da decisão do desembargador, "formas
de causar tumulto nos presídios"; e, para o futuro, interferência em
comícios políticos, com infiltração de membros nos atos, causando tumulto e
quebra-quebra; e buscar atrair o apoio dos Sindicatos. Ou seja, nós,
contribuintes, pagamos a conta da universidade para que grupos, ao invés de
estudarem, discursem abertamente contra o estado democrático de direito e
planejem terrorismo. Porque não há outro nome no dicionário para isso.
No grupo MPER, segundo afirmam em sua página no Facebook, as
máximas de seus ideais revolucionários são Mao Tsé-Tung e Josef Stalin, dois
dos maiores genocidas da História. O MPER tem em seu "currículo" o
fato de ter marchado contra o Consulado dos EUA no Rio, jogado pedras e
coquetéis molotov contra o prédio, além de quebrar bancos e um McDonald's, em
2003, feito comemorado e lembrado após 10 anos, com expressões de envergonhar
qualquer um que já tenha passado da puberdade. São anti-imperialistas,
anti-capitalistas, "anti-tudo" e, mesmo assim, mantém uma página no
Facebook, expoente máximo do capitalismo americano.
Este ranço esquerdista, que contamina mentes e corações,
inclusive de professores e através de professores, é um câncer nos pulmões do
Brasil. Nosso país, ao contrário de grande parte dos vizinhos, não tem e nunca
teve vocação para as paranoias contraditórias de Marx e seus discípulos. Eles
pertencem ao que houve de mais atrasado na história recente, e estes partidos,
ditos de esquerda, com uma mente no século passado, continuam perpetuando este
falso ideal de "igualdade", "justiça",
"revolução", "quem bate cartão não vota em patrão" e
outros, sob muitas aspas, para os jovens de todas classes e rendas, tornando a
manipulação ideológica de jovens em um dos mais graves crimes morais
existentes.
O movimento perpétuo de auto-vitimização, somado ao
movimento de personificação de heróis de areia, que não se sustentam, seja
Dirceu, Lamarca, Freixo ou Sininho, prova o quão atrasado o Brasil está, o
quanto de educação e cultura ainda são necessários para nos tirar das trevas de
ideologias de sistemas falidos, e passarmos por um "iluminismo",
atrasado, porém necessário.
O descontentamento com a situação política no Brasil é
divulgado sistematicamente pela imprensa.
É através da imprensa, independentemente de qual veículo,
que a população, inclusive os "manifestantes" citados, fica sabendo dos
crimes do poder público. Não fosse a imprensa e sua incansável natureza de
trazer luz às sombras, o país estaria muito pior do que se encontra.
É extremamente simplista culpar a imprensa, xingar uma
repórter da TV Globo na rua, bater em fotógrafos na saída do presídio,
assassinar cinegrafista, mas parece que, para determinadas pessoas desprovidas
de inteligência, e com alta taxa de cinismo, este é o caminho mais fácil. Este
perfil de ódio à imprensa, que encontra eco nos setores radicais do PT e outros,
tende a agradar inúmeros setores da sociedade. Seja desembargador, professor,
filósofo, político, o que não falta, no Brasil, são pessoas que detestam a
liberdade de imprensa.
Fonte: Diário da Corte
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Siglas - (Fonte: Polícia Civil)
FIP - Frente Independente Popular - Organização que abriga
vários grupos de manifestantes e defende a violência em protestos. Comandado
por Elisa Quadros, a "Sininho".
OATL - Organização Anarquista Terra e Liberdade -
Organização que reúne alto número de professores, entre eles Camila Jourdan.
MEPR - Movimento Estudantil Popular Revolucionário - Adepta
da doutrina maoísta, também defende a "causa palestina".
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