Por Luis Dufaur
Por vezes até a natureza traz surpresas aos dirigentes
eclesiásticos e políticos, empenhados em levar seus países a uma miséria como a
cubana, apresentada por eles como mais de acordo com a pobreza ensinada por
Jesus Cristo (e pelo “Capital” de Karl Marx)!
Na Argentina, por exemplo, a presidente “chavista” Cristina
Kirchner está ativamente empenhada em quebrar a riqueza agropecuária do país e
das classes tradicionais e conservadoras ligadas à terra.
Enquanto ela não consegue frear a produção e as exportações
recordes de produtos agrícolas, outra notícia lhe veio a contragosto de uma
frente diversa.
Na província de Neuquén, Patagônia, ficou impossível omitir
a existência das mais promissoras jazidas de gás e petróleo do mundo, noticiou
a agência AFP.
Em 2013, o governo americano qualificou a jazida de Vaca
Muerta, na província de Neuquén, como a 2ª maior reserva mundial de gás de
xisto e a 4ª em petróleo de xisto.
Segundo a Accenture, a maior empresa de consultoria do
mundo, Vaca Muerta tem o maior potencial de produção de combustíveis fósseis
não convencionais conhecido fora dos EUA.
Enquanto algumas das maiores companhias petrolíferas do
mundo estão disputando áreas, outras já começaram a extração.
Só que o método de extração é o fracking ou fragmentação
hidráulica, arbitrariamente detestado pelo ambientalismo.
A formação geológica de Vaca Muerta se estende numa área de
30.000 km2, onde os combustíveis fósseis não convencionais podem ser extraídos
numa profundidade pequena para estes casos, numa região quase despovoada, sem
riscos nem mesmo hipotéticos de danificar alguém.
Segundo dados da Administração americana para Informação
sobre a Energia, o potencial de Vaca Muerta é de 27 bilhões de barris. Essas
reservas de gás e petróleo atenderiam às necessidades da Argentina durante 400
anos.
Assim que começou a produção, mais uma surpresa: por baixo
de Vaca Muerta, numa profundidade média de 5.000 metros, existe outra jazida de
gás e petróleo de xisto com tamanho e potencial aproximados, segundo as primeiras
estimativas, aos da própria Vaca Muerta.
Trata-se da jazida de Los Molles, que poderia começar a ser
explorada dentro de cinco anos, segundo informou “Clarín” de Buenos Aires.
“Nós falamos de Vaca Muerta, mas Los Molles é tanto ou mais
importante como reserva de gás e petróleo”, explicou o engenheiro Gustavo
Nagel, presidente da estatal de Neuquén GyP.
Apontando gráficos, a deputada provincial Beatriz Kreitman,
ativista ambientalista empenhada em desmoralizar o aproveitamento dessa
riqueza, disse: “A pérola de Vaca Muerta é Los Molles ... é o segredo melhor
guardado”.
A empresa alemã Schlumberger já trabalha nas perfurações de
Vaca Muerta. Os especialistas provêm de todo o mundo: mexicanos, dominicanos,
poloneses, além de argentinos de todas as províncias.
As tecnologias de fragmentação hidráulica usadas no local
são menos poluentes que as da exploração de combustíveis fósseis convencionais.
Mas a obstinação ambientalista contra o progresso não
pondera as boas razões. E no caso argentino, ela se tornou subitamente muito
“espiritual”, inimiga da riqueza, segundo certas pregações ouvidas em igrejas
“progressistas” ou em discursos panteístas e neocomunistas verdes.
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