Por Stefano Gennarini
NOVA IORQUE, EUA, 11 de julho de 2014 (C-FAM) — Os países e
instituições mais poderosos do mundo que promovem “direitos” homossexuais estão
encontrando resistência mesmo em lugares em que os ativistas gays pensavam que
a batalha já estava ganha.
A meta de normalizar relações de mesmo sexo por meio da
legislação está enfrentando obstruções em assembleias legislativas, tribunais e
entre as pessoas do mundo inteiro.
Embora os ativistas gays estejam de forma vitoriosa
conseguindo que as sociedades do Ocidente exijam a aceitação da conduta
homossexual de modo geral, eles não estão conseguindo a aprovação legal de
direitos sociais e econômicos especiais em grande escala para lésbicas, gays,
bissexuais e transexuais (LGBT).
Em apenas alguns lugares, os ativistas LGBT parecem ter
alcançado o que eles chamam de “igualdade.” Mas mesmo aí, o sucesso deles é
limitado.
Nos Estados Unidos — um país em que os direitos LGBT são os
mais avançados — mais da metade dos estados definem o casamento como a união de
um homem e uma mulher, e muitos estados não permitem que duplas de mesmo sexo
adotem.
Até mesmo na Europa, onde a poderosa Comissão da U.E. tem
usado todo o seu poder a favor de diretos LGBT, e tem feito de modo vitorioso
com que a maioria dos países da U.E. aprove arranjos de união civil para
indivíduos de mesmo sexo, vários países não só têm rejeitado o “casamento” de
mesmo sexo, mas têm também aprovado emendas constitucionais que simultaneamente
proíbem o “casamento” de mesmo sexo. A Croácia, a Hungria e a Eslováquia são os
mais recentes.
A Finlândia é o membro mais recente da União Europeia a
rejeitar o “casamento” de mesmo sexo. No mês passado, um comitê do parlamento
finlandês impediu o parlamento de votar sobre “casamento” de mesmo sexo, pela
segunda vez desde 2012, por uma votação de 10 a 6. A Finlândia é o único país
nórdico em que “casamentos” de mesmo sexo não são realizados.
O “casamento” de mesmo sexo é um assunto tão sensível que a
Comissão Europeia e o Tribunal Europeu de Direitos Humanos adotaram uma
abordagem suave, favorecendo em vez disso uniões civis. O presidente da
Organização dos Estados Americanos recentemente disse que sua organização não
imporia o “casamento” de mesmo sexo. Até mesmo o Supremo Tribunal dos EUA não
impôs o “casamento” de mesmo sexo.
Adoção por duplas de mesmo sexo é de algumas maneiras um
assunto mais difícil, principalmente na Europa. Poucos países europeus permitem
que duplas de mesmo sexo adotem. O debate público muitas vezes foca nos
direitos das crianças, para grande efeito dos oponentes da adoção gay.
Nos países do Hemisfério Sul, os ativistas LGBT e os
governos que os apoiam estão tendo uma batalha árdua para convencer populações
inteiras de que o que eles consideram conduta sexual pervertida deveria ser
aceita pela sociedade.
Só neste ano, Uganda e Nigéria de forma polêmica aumentaram
as penas legais para a conduta homossexual além de restringirem o ativismo em
prol do “casamento” de mesmo sexo e outros direitos LGBT. Muitas nações
africanas estão buscando leis semelhantes, e os políticos que fazem campanhas
dessas questões encontram apoio da população.
O Grupo Africano, um bloco de negociação da ONU, selecionou
Uganda para a presidência da Assembleia Geral depois que os Estados Unidos e a
Europa ameaçaram punir Uganda por suas novas leis. A escolha enviou uma forte
mensagem de que os africanos não estão cedendo.
Os setores da burocracia da ONU na vanguarda de iniciativas
polêmicas de direitos LGBT na ONU provavelmente não prosseguirão depois da
eleição de um novo Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos da Jordânia.
As leis são apenas uma das áreas em que os ativistas LGBT
estão enfrentando obstáculos. Algumas culturas nem mesmo consideram a noção de
“casamento” de mesmo sexo e adoção, e nem mesmo têm palavras para descrevê-los.
Um autor do blog pró-família Englishmanif recentemente
escreveu que a língua chinesa não tem uma palavra para [o termo genérico]
“casal” ou [o termo genérico] “pais.” Em chinês, ele explica, a palavra é
literalmente “maridoesposa” para casal e “paimãe” para pais.
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Tradução: Julio Severo
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