UOL - 21/07/2014
Manifestantes utilizaram coquetéis molotov para enfrentar a
polícia em protesto no Rio, em junho desse ano
O inquérito da Polícia Civil do Rio sobre atos de violência
em protestos indica, segundo reportagem do jornal "O Globo" publicada
nesta segunda-feira (21), que o grupo de manifestantes investigados se
organizava a fim de fabricar e distribuir bombas, coquetéis molotov e ouriços
(peças feita com pedaços de vergalhões).
Ainda de acordo com o jornal, a DRCI (Delegacia de Repressão
a Crimes de Informática) constatou que o armamento seria utilizado para ferir
policiais militares e furar os pneus dos carros da PM. O grupo planejava um
suposto ataque para o dia da final da Copa do Mundo, 13 de julho, diz o jornal.
Com base no relatório, a Justiça decretou na última
sexta-feira (18) a prisão preventiva de 23 pessoas --cinco estão detidas em
Bangu, na zona oeste da capital fluminense, e 18 são consideradas foragidas.
Ontem (20), o TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio) negou habeas corpus para todos
os réus.
No inquérito, a Polícia Civil argumenta que o grupo,
supostamente liderado pela ativista Elisa de Quadros Pinto Sanzi, a
"Sininho", se dividia por meio de comissões. A principal delas, a de
organização, tinha à frente a professora universitária Camila Rodrigues
Jourdan, de acordo com "O Globo".
Em uma escuta telefônica autorizada pela Justiça, captada no
dia 28 de junho do ano passado, Camila demonstraria, segundo áudio obtido pelo
jornal, irritação pelo fato de a Polícia Militar ter apreendido, naquele dia,
artefatos explosivos e ouriços que seriam utilizados em uma suposta
manifestação. De acordo com "O Globo", Camila afirma a um
interlocutor que a ação policial representava "três dias de trabalho
jogados fora".
Protestos e greves
pelo Brasil -21.jul.2014 -
Três ativistas brasileiros pediram nesta segunda-feira (21)
asilo político no consulado do Uruguai no Rio de Janeiro depois de o tribunal
de justiça decretar a prisão preventiva contra eles, acusados de "formação
de quadrilha" por causa da participação nos protestos que começaram no ano
passado no país. A polícia aguarda ao lado de fora do local para prender os
ativistas. A advogada Eloísa Samy foi ao consulado do Uruguai, acompanhada de
David Paixão e Camila Nascimento, em busca de asilo...
Gustavo Maia/UOL
A investigação, que começou em setembro de 2013, é
fundamentada no monitoramento de telefones e e-mails entre os manifestantes. Em
um outro diálogo, também divulgado pelo jornal "O Globo", um dos
investigados diz ter acertado um artefato explosivo em um policial militar. No
inquérito, relata o jornal, esse mesmo manifestante é citado na transcrição de
uma escuta telefônica, na qual ele diz que mataria um PM no dia da final da
Copa.
Fonte: A Verdade Sufocada
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