Por Paulo Roberto Gotaç
A pouco mais de uma semana do início da copa do mundo, todo
o noticiário está dominado pela retórica de Felipão sobre os fundamentos
táticos da sua equipe e pelas entrevistas totalmente vazias concedidas por
nossos craques mais falantes, só para cumprir
formalidades.
Neste momento de pré-festa, alguns dados preocupantes sobre
a economia e notícias constrangedoras relacionados com o panorama político do
país, como a publicação pelo governo de decreto mal intencionado em relação ao
regime democrático, estão sendo escondidos sob um tapete que está ficando cada
vez mais curto.
Recentes edições de qualquer grande jornal dão conta, entre
outras notícias desalentadoras, da decisão da Suíça de romper a cooperação
judicial com Brasil em virtude de vazamento de sigilo no Caso Alstom, das
demissões que a indústria automobilística está a efetivar, em virtude da queda
de vendas de veículos novos, e de que o saldo comercial para o mês de maio é o
menor em doze anos.
Acrescente-se a tudo isso o desempenho anêmico do crescimento
do PIB no trimestre, que força os especialistas de mercado a revisões sombrias
sobre o crescimento anual da economia, e a proximidade de uma eleição cuja
campanha, já iniciada, promete ser das mais rasteiras da História.
Passada a ressaca da tão desejada conquista no futebol ou a impensada mas provável frustração pela
derrota, o que nos reserva o segundo semestre?
Nenhum futurólogo se atreverá a responder.
Fonte: Alerta Total
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Paulo Roberto Gotaç é Capitão de mar e Guerra, reformado.
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