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terça-feira, 3 de junho de 2014

Copa do Mundo e período eleitoral antecipam o fim do ano político para o próximo dia 11 de junho


vida_mansa_02Sem solução – Há muito – décadas, quiçá séculos – fala-se que o Brasil é o país do futuro, mas esse alardeado amanhã jamais deu o ar da graça. E se depender da boa vontade da classe política esse futuro jamais chegará. Não porque os políticos rejeitam esse acontecimento, mas porque a letargia que domina o setor deveria ser analisada como caso de polícia. E cá não estamos a focar os casos de corrupção, mas a destacar a má vontade dos nossos políticos.

Faltando apenas nove dias para o início da Copa do Mundo, cujo jogo inaugural acontecerá em São Paulo no próximo dia 12 de junho, o Congresso Nacional anunciou que na presente semana faria um esforço concentrado com o objetivo de votar – na Câmara e no Senado – pelo menos 54 projetos de lei que estão na fila em ambas as Casas legislativas. Para que o tal esforço (é piada o uso dessa palavra por quem não trabalha) fosse possível, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados combinaram que as votações se estenderiam de da segunda-feira (2) à próxima sexta-feira (6). Isso porque deputados e senadores não querem ser interrompidos durante a Copa.

Pois bem, como sempre acontece no Congresso, na segunda-feira o quorum ficou aquém do exigido para a abertura de sessões, permitindo dessa forma a votação de matérias que dormitam no parlamento nacional. Nova tentativa foi deflagrada nesta terça-feira (3), mas a expectativa é que mais uma vez o fracasso tome conta da pauta.

Em conta rápida, cada parlamentar, no Congresso Nacional, custa 130 mil mensais ao contribuinte, ou seja, senadores e deputados federais, juntos, arrancam do bolso do brasileiro a bagatela de R$ 77,2 milhões a cada trinta dias. Dinheiro que faz a alegria do ser humano em qualquer parte do planeta.

Como a partida final da malfada e desnecessária Copa do Mundo está agendada para o dia 13 de julho, o chamado recesso parlamentar do meio do ano começará no dia seguinte, 14 de julho, estendendo-se até final do sétimo mês do ano. Descanso merecido, pois esses incansáveis representantes do povo brasileiro trabalham de sol a sol, sempre impulsionados pelo altruísmo.

Na sequência do recesso parlamentar inicia-se o período eleitoral, que em muitas cidades brasileiras deve terminar após a realização do segundo turno, em 26 de outubro. Encerradas as disputas, vencedores e vencidos retomam a rotina, o que não obrigatoriamente significa que a política verde-loura retomará os trilhos. Afinal, campanhas eleitorais são extenuantes e cada candidato precisa de alguns dias de descanso, pois homem de ferro só existe na tela do cinema e nas histórias em quadrinhos.


Finda a ressaca político-eleitoral, o Brasil mergulhará no clima pré-natalino, ocasião em que as pessoas começam a se preocupar com as compras e as festas de final de ano. Isso significa que em termos políticos o ano de 2014 já foi pelos ares, uma vez que seu final se dará na próxima quarta-feira, 11 de junho, um dia antes da abertura da Copa. Mesmo assim, os brasileiros não devem se preocupar, já que em janeiro de 2015 os políticos estarão de férias. Em fevereiro, os parlamentares tomam posse e logo em seguida, no dia 13, começa o Carnaval. A sorte é que o Brasil é um país rico e sem qualquer tipo de problema.

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