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segunda-feira, 12 de maio de 2014

Universidade de Harvard realizará Missa Negra Satânica


Instituição fundada por pastor e que começou ordenando pastores agora se envolve com satanismo 

Missa Negra
Com o secularismo crescendo nos Estados Unidos, satanistas parecem cada vez mais dispostos a desafiar os cristãos buscando tempo e espaço igual na esfera pública, sob o pretexto da liberdade religiosa.

Agora, com o patrocínio de um grupo estudantil, a Universidade de Harvard vai permitir que o Templo Satânico de Nova Iorque realize uma Missa Negra nas dependências da universidade na segunda-feira (12 de maio de 2014).

A missa será feita no subsolo do Salão Memorial. Mas quem está fazendo objeções ao evento não são as igrejas evangélicas, muito menos as igrejas calvinistas. Fortes objeções estão vindo da Igreja Católica.

Quem tinha a obrigação de fazer oposição feroz são os calvinistas. De acordo com Wesley Campbell, a Universidade de Harvard foi fundada para levar os estudantes a conhecer Deus. Harvard, que foi estabelecida em 1636, foi nomeada em homenagem ao pastor calvinista John Harvard (1607–38), que deixou como herança para a universidade toda a sua biblioteca e metade de sua propriedade. Embora nunca tivesse filiação formal a uma igreja, Harvard treinava principalmente pastores calvinistas. Hoje, embora nunca confesse formalmente que é marxista, Harvard treina principalmente esquerdistas.

Com a Missa Negra, Harvard chega ao ápice do distanciamento de suas origens. As cerimônias de Missa Negra costumam profanar o pão da Santa Ceia. Esse é um aspecto da cerimônia que os católicos interpretam como ataque principalmente à Igreja Católica.

No entanto, muito mais do que a Igreja Católica, as igrejas calvinistas deveriam ter muito mais interesse em denunciar a Missa Negra em Harvard. Pelo menos no Brasil, grupos calvinistas passam, através de blogs e sites, o tempo inteiro quase que só denunciando seus vizinhos evangélicos, os neopentecostais, como se eles fossem obrigados a adotar o calvinismo ou estivessem profanando a Bíblia, Calvino, a Reforma e toda as suas outras tradições e teologias.

A blogosfera calvinista brasileira é ativa, permanentemente atenta e vigilante com relação às “heresias” pentecostais e neopentecostais, mas estranhamente omissa diante dos graves problemas — especialmente o liberalismo teológico da Teologia da Missão Integral — que grassam em seu próprio meio.

Se, em vez de pastores calvinistas, Harvard tivesse inicialmente ordenado pastores pentecostais ou neopentecostais, a blogosfera calvinista não perderia a oportunidade de apontar isso como referência importante dos malefícios do pentecostalismo e neopentecostalismo.

Será que o alastramento do satanismo oferece, na perspectiva desses calvinistas tendenciosos, menos ameaça do que o neopentecostalismo?

Seja como for, o Templo Satânico de Nova Iorque está satisfeito de ocupar esse espaço outrora “calvinista,” e parece particularmente determinado a promover o satanismo sob a desculpa de apoiar a liberdade religiosa.

A decisão de se permitir uma Missa Negra dentro da Universidade de Harvard ocorre num momento em que o Templo Satânico de Nova Iorque requisitou a instalação de uma estátua de Baphomet de mais de 2 metros de altura, fundida em bronze, num lugar de honra na frente do prédio do governo do estado de Oklahoma. A estátua satânica ficará ao lado do monumento dos Dez Mandamentos que foi erigido em 2012.

Estátua de Baphomet
Lucien Graves, que já foi estudante de Harvard e é hoje porta-voz do Templo Satânico de Nova Iorque, disse ao noticiário televisivo ABC News que os esforços para erigir a estátua de Baphomet no prédio do governo estadual refletem a iniciativa da organização satânica de “celebrar o progresso dos EUA como uma nação pluralista fundada no Estado laico.”

Graves disse: “A mensagem por trás do nosso monumento tem muito mais relação com a formação dos valores constitucionais dos EUA do que os Dez Mandamentos possivelmente têm.”

A presença do monumento dos Dez Mandamentos no prédio do governo estadual tem causado mal-estar entre militantes esquerdistas. Ryan Kiesel, diretor-executivo da filial da ACLU (sigla em inglês que significa União das Liberdades Civis Americanas) em Oklahoma, disse que o monumento tem de ser removido, pois viola a separação entre Estado laico e Cristianismo. A ACLU entrou com uma ação legal para remover os Dez Mandamentos.

No entanto, a ACLU não mostrou interesse em entrar com um processo para remover a estátua de Baphomet.

Na quinta-feira passada, a Arquidiocese de Boston pediu que Harvard cancelasse o evento, dizendo numa declaração: “A comunidade católica de Boston expressa sua profunda tristeza e forte oposição ao plano de realizar uma ‘missa negra’ no campus da Universidade de Harvard.”

Se a arquidiocese tivesse o mesmo espírito belicoso da blogosfera calvinista brasileira, apontaria não só que Harvard ordenava originalmente pastores calvinistas, mas também que a maior denominação calvinista dos EUA — a Igreja Presbiteriana dos EUA (conhecida pela sigla PCUSA) — é completamente omissa a eventos esquerdistas e satânicos em Harvard e é até mesmo envolvida nessa apostasia.

Se a PCUSA estivesse espiritualmente bem, poderia também dar uma declaração pública mais ou menos assim: “A comunidade calvinista dos Estados Unidos expressa sua profunda tristeza e forte oposição ao plano de realizar uma ‘missa negra’ no campus da Universidade de Harvard.”

Em vez disso, a PCUSA ordena pastores gays, apoia o aborto e promove boicotes contra Israel — o que não a deixa espiritualmente muito distante do que acontece em Harvard. Tiveram origens semelhantes e hoje estão basicamente no mesmo “espírito.”

Dá para imaginar uma universidade que leva o nome de um pastor calvinista e começou formando pastores calvinistas agora realizando Missa Negra?

Com informações do WND.

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