Páginas

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Petistas já temem que Lava Jato junte pontas de lavagem de grana e tráfico de drogas com o Mensalão

 
A petralhada e seus empreiteiros parceiros já estão apavorados com as consequências na devassa nas contas do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, da mulher e filhas dele, autorizada pela 13ª Vara Federal de Curitiba a pedido da força tarefa do Ministério Público Federal. Investigações da Polícia Federal indicam que o esquema de Paulo Roberto teria promovido um desvio de R$ 300 milhões em negócios da estatal de economia mista, entre 2004 e 2012.

Como ninguém crê que Paulo seja o chefão final das operações, com ou sem CPI, os escândalos na Petrobras tendem a chegar a conclusões fatais para a permanência do PT e seus comparsas no poder. Também determinada pelo juiz Sérgio Moro, a quebra de sigilo bancário das transações financeiras feitas entre a Petrobras, Camargo Corrêa e a empresa Sanko Sider, para a construção superfaturada da Refinaria Abreu e Lima, pode desnudar outros esquemas de corrupção muito maiores. Maior medo da cúpula petista é que as investigações envolvam o grupo Odebrecht – onde Paulo Costa chegou a ocupar um cargo no conselho de administração da Brasken.

O Conselho de Controle de Atividades Financeiras confirmou que o grupo de Yousseff, com mais três doleiros, movimentou R$ 10 bilhões, de forma atípica, nos últimos anos. Youssef já foi indiciado por mandar US$ 444 milhões, ilegalmente, para o exterior. Investigadores já desconfiam que a grana que vai para fora é a mesma que volta, lavada e disfarçada, no formato de supostos “investimentos diretos estrangeiros”. O dinheiro ajuda financiar compras de ações, fusões e aquisições de empresas no Brasil. O grupo mafioso, comandado por políticos, usa laranjas para adquirir menos de 4% da participação em ações ordinárias de empresas, o que dificulta a identificação dos “investidores”.

Por isso, ainda em segredo, o foco operacional da Lava Jato é atingir, de imediato, o sistema de corrupção que tem Paulo Costa como uma sardinha que permitirá a fisgada, no futuro, dos grandes tubarões para quem ele realmente trabalhava. O objetivo agora é juntar pontas de um quebra-cabeça que parte do esquema de lavagem de dinheiro feito pela “República dos Doleiros”. Começa por Alberto Yousseff e passa pela doleira brasileira Maria de Fátima Stocker, presa na penitenciária espanhola de Madri V, depois de apanhada pela Interpol, por evidências de ligação com financiamento ao tráfico de drogas, a partir do Porto de Santos, para a máfia italiana Ndrangheta.

Investigadores apostam que, a partir de tais conexões que unem Yousseff e Maria de Fátima, se possa chegar a outro esquema que chega a um dos foragidos no Mensalão: o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, preso na Itália e com grandes chances de extradição para o Brasil depois da Copa do Mundo. Se a Lava Jato conseguir uma conexão com o Mensalão e outras operações da PF, como a Porto Seguro, a mansão do PT vai desabar, por implosão. Caberá ao Supremo Tribunal Federal decidir se abre investigação contra o deputado federal André Vargas, desfiliado tática e forçosamente do PT, por ligações evidentes com o doleiro Alberto Yousseff. A aposta é que Vargas, acuado, detone outros elementos do sistema. Se ele não o fizer, acredita-se que o doleiro Youssef, que já delatou todo mundo no escândalo do Banestado, no ano 2000, certamente o fará.

Capacete dourado

 

Pau que dá em Chico...

Os tucanos desejam esmerdalhar o PT na CPI Mista do Metrô de São Paulo, criada ontem no Congresso.

O senador e presidenciável Aécio Neves e o líder do partido no Senado, Aloysio Nunes prometem denunciar evidências de cartel em obras do governo federal envolvendo a transnacional francesa Alstom, nas licitações para a compra de trens do metrô de Porto Alegre e Belo Horizonte:

“Existe indício mais evidente de uma combinação do que essa? O Cade detectou indícios fortes e abriu investigação de cartéis e mais outros empreendimentos levados a efeito pelo governo federal, no Metrô do Recife e no Metrô do Distrito Federal. Então vamos examinar todos os cartéis apontados pelo Cade”.

Devassa Geral

 

Vitória dos credores de Eike

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou várias medidas de reestruturação da OGX, de Eike Batista.

O bilionário, que sofreu um arresto bancário de R$ 122 milhões, imposto pela Justiça, terá sua participação societária reduzida a 5% na empresa, que agora se chama OGPar.

E quem tem crédito com a empresa terá prioridade para comprar participação na empresa, em recuperação.

Eike Batista é alvo de investigação da Polícia Federal pelos crimes de manipulação de mercado, insider trading (uso de informação privilegiada) e lavagem de dinheiro.
Se fosse no Brasil...

O ex-primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi começou hoje a pagar o vexame de seu primeiro dia de trabalho social obrigatório no Instituto Sagrada Família - um centro especializado em vítimas de Alzheimer, em Cesano Boscone, perto de Milão.

É dessa forma alternativa que Berlusconi inicia o cumprimento da pena de um ano de serviços sociais por fraude fiscal.

O ex-chefe de Governo foi condenado a quatro anos de prisão, reduzidos a um graças a uma anistia, em 1º de agosto do ano passado no julgamento do caso Mediaset, pena que cumpre com trabalhos em benefício da comunidade.

Sangrada família maranhense



Nenhum comentário:

Postar um comentário