“Eu sou favorável à CPI porque a CPI é um instrumento institucional, portanto, pra você apurar falcatruas”, diz Lula no começo do vídeo. “A CPI é uma coisa importante pro Brasil. Acho que ao invés de criar as dificuldades, era melhor criar as facilidades para que ela se instalasse. E se está com medo é porque talvez tenha, quem sabe, o rabo preso”.
O que deu na cabeça do ex-presidente? A demasia de remorso o
obrigou a criar juízo? Está com medo do inferno? Resolveu protagonizar a mais assombrosa
conversão de todos os tempos? Quer entrar para a História depois de ter caído
na vida? Frei Betto o convenceu de que todo pecador tem salvação? Nada disso: o
que parece uma incisiva declaração de apoio à instauração da CPI da Petrobras é
apenas conversa de 171. O palavrório despejado em 1996, durante o programa de
Serginho Groismann, perdeu o prazo de validade.
O Lula do século passado enxergava maracutaias de meia em
meia hora. O Lula do terceiro milênio é coisa que não caberia numa só CPI.
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