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domingo, 4 de maio de 2014

Neo-paganismo com pele de ambientalista é denunciado na França

Por Luis Dufaur
Raízes anticristãs do ambientalismo no hippismo anárquico
Analisando a parcialidade de certa mídia contra os cientistas que defendem com seriedade a falta de argumentos e de base na realidade da propaganda do “aquecimento global”, o site “Nouvelles de France” foi em busca da causa dessa propaganda tão tergiversadora.

De início, ele descartou aquilo que considerou “teses sempre fáceis demais”, que põem a culpa em lobbies econômicos ou em algum complô internacional.

Pesquisando a origem do mito aquecimentista, o site encontrou, no fim dos anos 1960, sua motivação ideológica. Ele se refere aos tempos da explosão do movimento hippie, do pacifismo e do esquerdismo cultural alimentado por Moscou contra os países livres e prósperos.

Na revista Science (vol. 155, pág. 1203), já em 1967 se encontra a seguinte frase, de autoria do historiador Lynn White Jr.:

“Nós continuaremos padecendo um agravamento da crise ecológica se não recusamos o axioma cristão segundo o qual a única razão de ser da natureza é servir ao homem”.

Para o site francês, essa afirmação condensa o primeiro ponto de partida do ecologismo radical hodierno: a proclamação filosófica de que “o homem não tem direito algum sobre a natureza. Pelo contrário, deve se submeter a ela, e, se não o fizer, a deusa Natureza vingar-se-á, por exemplo com o aquecimento global”.

O site cita também Maurice Strong, secretário-geral da Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente de 1970 a 1972; secretário-geral da ECO-92 no Rio de Janeiro, em 1992, e até 2005 conselheiro especial de Kofi Annan (então secretário geral da ONU) para questões ambientais:

“É possível que cheguemos a um ponto em que, para salvar o mundo, 
a solução será o afundamento da civilização industrial”.
Segundo o site, tal pensamento condensa um segundo aspecto da filosofia ambientalista radical: “O ódio da sociedade industrial, que seria culpada de submeter a natureza por meio do trabalho humano”.

O Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas, dirigido também por Maurice Strong e publicado em junho de 1990 com o título “Uma só Terra” (“Only One Earth”), convocava a celebração de um dia de reflexão sobre a atitude dos homens em relação à Terra.

Esse documento, de fato, é um manual de orações que deveriam ser recitadas nesse dia.

Isso já não tem nada que ver com a ciência nem com a política da ONU. O Programa entra decididamente no âmbito religioso, ou – diz o site francês – no neo-paganismo.

Eis o início da primeira prece. As outras são do mesmo teor e concluem com um Aleluia dedicado ao planeta:

“Ato de contrição.

Nós nos esquecemos daquilo que somos.
Nós nos afastamos da evolução do cosmos.
Nós nos separamos dos movimentos da terra.
Nós demos as costas aos ciclos da vida”.

Em 1997, tendo sido atribuído a Christine Stewart, então ministra do Meio Ambiente do Canadá, a apresentação de dados climáticos falsificados, ela respondeu descaradamente:

“Pouco importa que a parte científica seja completamente falsa, há benefícios colaterais para o meio ambiente... A mudança climática nos fornece a melhor chance de trazer justiça e igualdade ao mundo. É um excelente meio para redistribuir as riquezas”.

Eis – conclui o site – a terceira coluna do templo ecologista: a utopia político-social, que acreditávamos varrida da história em 1991 com a queda do comunismo. Ela visa organizar um “decrescimento” com dano para os “ricos”, até que estes fiquem iguais aos “pobres”.

Retrocesso a adoração panteísta da natureza

Em suma:

— naturalismo filosófico;

— recusa da indústria, do trabalho humano, da civilização e do progresso;

— neopaganismo;

— igualitarismo (marxista?)

“Nouvelles de France” conclui, dizendo que há uma coerência nessas colunas: o “retorno à selva”, tão amado nos círculos neopagãos.

Segundo estes, houve um estilo de vida não cristão numa época abençoada onde não havia nem ricos nem pobres.

Naquela época todo o mundo vivia primariamente, com um mínimo de agricultura e de artesanato.

A humanidade, então, estava convencida de que só havia um grande mestre: a Natureza, venerada na figura de certas árvores ou mananciais.

Assim, avançando seus métodos próprios de investigação, uma publicação oriunda do continente europeu chegou a uma conclusão em muitos pontos análogas à do livro de Dom Bertrand de Orleans e Bragança, Psicose ambientalista – Os bastidores do eco-terrorismo para implantar uma religião ecológica, igualitária e anticristã.




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