Por ucho.info
Camisa listrada – A farsa da cardiopatia grave de José
Genoino Neto, que lhe rendeu alguns meses de prisão domiciliar, terminou por
volta das 15 horas desta quinta-feira (1), quando o mensaleiro adentrou ao
Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, cumprindo ordem expressa do
presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, que deu prazo
de 24 horas para que o petista retornasse à prisão.
Condenado a quatro anos e oito meses de prisão por corrupção
ativa, Genoino ficará inicialmente no Centro de Internamento e Reeducação
(CIR), onde também encontra-se o Ali Babá do Mensalão do PT, o ex-deputado José
Dirceu de Oliveira e Silva, o Pedro Caroço.
A decisão de Barbosa foi tomada com base em laudo médico
emitido por cardiologistas que avaliaram José Genoino. No documento, entregue
ao STF no começo desta semana, os médicos destacaram que o quadro de saúde do
petista está “plenamente estabilizado”.
O presidente do STF, em sua decisão, afirma que a recente
perícia médica “indica, claramente, a ausência de doença grave que constitua
impedimento para o cumprimento de pena no regime semiaberto”.
“O quadro clínico do condenado José Genoino não apresenta
qualquer singularidade comparado ao de centenas de outros detentos que
atualmente cumprem pena privativa da liberdade no Distrito Federal. Os dois
laudos fornecidos pela junta médica oficial (que o apenado não conseguiu
desqualificar) afirmam taxativamente que o quadro clínico do condenado não
apresenta a gravidade alegada”, frisou Barbosa.
Cumpridas as formalidades que seguem o ato prisional, José
Genoino poderá pleitear o direito ao trabalho externo, o que permitirá ao
petista sair para trabalhar durante o dia. No caso de o pedido ser aceito pela
Justiça, o mensaleiro será transferido para o Centro de Progressão
Penitenciária (CPP) de Brasília, onde estão os presos com autorização para
trabalhar externamente, como Delúbio Soares e Valdemar Costa Neto.
Enquanto isso não acontece, Genoino terá de dividir com o
“companheiro” José Dirceu uma confortável cela de 23 metros quadrados ,
com mordomias a que presos comuns não têm direito, como chuveiro elétrico,
forno de microondas e TV de plasma. Ou seja, um espaçoso quarto de hotel
fincado no Planalto Central e custeado pelo suado dinheiro do contribuinte.
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