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terça-feira, 6 de maio de 2014

Mensalão do PT: Genoino tenta voltar à prisão domiciliar e embolar o caso até a progressão de regime


jose_genoino_26Óleo de peroba – De volta ao Complexo Penitenciário da Papuda, onde cumpre, em regime semiaberto, pena de prisão por corrupção ativa, José Genoino Neto não desiste de ser protagonista de um dramalhão que desde o início não convenceu. Na segunda-feira (5), os advogados do mensaleiro recorreram ao Supremo Tribunal Federal para que o plenário da Corte decida sobre a permanência do petista na Papuda. Genoino estava desde o final de 2013 em prisão domiciliar por causa de alegada cardiopatia.

Uma junta médica formada por cardiologistas da Universidade de Brasília (UnB) avaliou o quadro de saúde de Jose Genoino e informou ao STF que o ex-presidente do PT está “plenamente restabelecido” da cirurgia a que se submeteu em meados de 2013 para a correção de uma dissecção da aorta. Os advogados do mensaleiro querem derrubar a decisão do presidente do Supremo e relator da Ação Penal 470, ministro Joaquim Barbosa, ao mesmo tempo em que requerem que os demais magistrados analisem relatório do médico do presídio da Papuda. O profissional declarou em documento que a unidade prisional não conta com equipamentos e infraestrutura para a realização de exames médicos.

É importante lembrar que condenados pela Justiça com situação de saúde muito pior encontram-se no sistema prisional brasileiro, sem qualquer tipo de regalia. Se José Genoino de fato continua alimentando o ideal comunista, que ele aceite a decisão do ministro Joaquim Barbosa e enfrente uma situação que é comum a todos. Até porque, esse é o ideário do comunismo.

Na verdade, o que os advogados de José Genoino tentam é criar chicanas jurídicas que garantam um sem fim de discussões, todas embaladas por essa ópera bufa permitindo que o petista volte a cumprir a pena em regime domiciliar. A estratégia tem como base o fato de que em agosto próximo Genoino poderá requerer a progressão da pena, o que pode culminar com a concessão do regime aberto. Ou seja, os advogados não estão medindo esforços para mais uma vez zombar da sociedade brasileira, que não mais suporta os escândalos de corrupção e a impunidade.

Os advogados alegaram questões humanitárias no documento protocolado no STF, mas Genoino não pensou no tema quando participou do maior e mais ousado escândalo de corrupção da história nacional. Fora isso, o mensaleiro jamais invocou questões humanitárias por ocasião dos muitos escândalos ancorados pelo Partido dos Trabalhadores, que usou o Mensalão do PT para tentar viabilizar um projeto totalitarista de poder, o qual começa a desmoronar.


Para quem chegou à sede da Polícia Federal, em São Paulo, erguendo o braço com o punho cerrado, em suposta demonstração de força e coragem, José Genoino está muito covarde.

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