Faltando pouco mais de um mês para o início da Copa do Mundo
no Brasil, os governos dos Estados Unidos, da Grã-Bretanha e da Alemanha já
publicaram em seus sites na internet uma série de recomendações de segurança
para seus cidadãos que virão ao país participar do evento. Além das dicas de
praxe – como não andar com muito dinheiro, usar celulares e câmeras
fotográficas discretamente e nunca reagir a assaltos -, há avisos sobre os
altos índices de criminalidade nas cidades-sede, as constantes manifestações de
rua que terminam em vandalismo, incidentes violentos e pessoas feridas e até a
ocorrência de sequestros-relâmpagos. “Algumas vítimas foram agredidas e/ou
estupradas”, avisa a página do Escritório de Assuntos Consulares do
Departamento de Estado dos EUA.
A página do governo americano é a mais extensa. Sobre os
protestos, o site destaca que a polícia costuma utilizar gás lacrimogêneo para
dispersar a multidão, e que nessas situações os cidadãos americanos devem
permanecer em locais seguros, com portas e janelas fechadas. Diz ainda que, no
Rio, os turistas devem evitar visitar favelas não pacificadas. No caso dos
locais com Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), devem tomar bastante cuidado,
já que “a capacidade da polícia de prover assistência, especialmente à noite,
pode ser limitada”. O site também alerta para assaltos, muitas vezes com tiros,
em áreas perto de pontos turísticos, como o Cristo Redentor e a Floresta da
Tijuca.
Operação
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), demonstrou
nesta segunda-feira tranquilidade em relação ao sucesso da operação de
segurança para a Copa do Mundo, destacando a importância da integração com as
forças federais de segurança, incluindo as Forças Armadas. “Vamos ter um
contingente muito forte de policiais durante a Copa. O (secretário de
Segurança, José Mariano) Beltrame vai detalhar isso, mas vamos ter um plano
muito forte, uma integração muito forte”, disse Pezão, após participar da posse
da diretoria da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (AmCham Rio).
O reforço no patrulhamento anunciado na sexta-feira já
começou. Serão empregados mais 2.000 PMs nas ruas. Para isso, férias foram
suspensas e folgas, reduzidas. A Associação de Praças da PM anunciou que vai
recorrer à Justiça para barrar a medida. O porta-voz da Polícia Militar
fluminense, tenente-coronel Claudio Costa, afirmou que o reforço vai acontecer
em todos os batalhões operacionais. O esquema estava previsto para ser colocado
em prática apenas na Copa, mas foi antecipado após o Instituto de Segurança
Pública (ISP) divulgar que houve grande crescimento nos principais indicadores
de violência no primeiro trimestre deste ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário