Por ucho.info
Fala que eu te escuto – Líder do PPS na Câmara dos
Deputados, Rubens Bueno (PR) afirmou que cobrará informações da
Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e da Comissão de
Valores Imobiliários (CVM) sobre suposta fraude na gestão do fundo de pensão
dos Correios, Postalis. Na opinião do parlamentar, o envolvimento de Alberto
Youssef, preso na operação Lava-Jato, é suspeito e destacou a ligação do
doleiro com políticos do PT e da base do governo. Bueno ressaltou que o caso
precisa ser acompanhado pelo Congresso Nacional e lembrou as irregularidades
praticadas em outros fundos de pensão que lesaram milhares de funcionários
públicos.
Rubens Bueno apresentará, nesta semana, dois requerimentos
de informações cobrando detalhes das operações. O primeiro será direcionado ao
Ministério da Fazenda, responsável pela CVM, pedindo explicações sobre os
investimentos e aplicações realizadas pelo fundo. Já o segundo documento será
encaminhado ao Ministério da Previdência, gestor da Previc. O parlamentar
questionará as reais condições administrativas da Postalis assim como a saúde
financeira do fundo e possíveis penalidades aplicadas.
“Onde encontra irregularidades você encontra o PT. É mais um
caso envolvendo a participação do doleiro Alberto Yousseff, que possui ligações
diretas com dirigentes petistas e de partidos da base do governo. Com certeza
alguém abriu as portas para ele, nesse caso, no fundo de pensão dos
funcionários dos Correios. O Congresso precisa acompanhar de perto esse caso.
Precisamos combater e investigar”, disse.
De acordo com reportagem do jornal “O Globo”, a Polícia
Federal investiga operações fraudulentas cometidas no fundo de pensão Postalis,
o terceiro maior do país. O jornal identificou um aporte de R$ 40 milhões, em
2012, no banco BNY Mellon, por meio da gestora DTW Investimentos Ltda., que
teria sido direcionado pelo ex-diretor da fundação, Ricardo Oliveira Azevedo,
após influência do doleiro Alberto Yousseff e dos proprietários da empresa Tino
Real Participação. Ambos foram investigados na operação Lava-Jato. A negociação
teria resultado em rentabilidade inferior à esperada para o fundo de pensão.
Escândalos envolvendo fundos de pensão foram identificados
durante a CPI Mista dos Correios, em 2005, mas a mando do então presidente Luiz
Inácio da Silva a tropa de choque do governo agiu rapidamente para evitar que a
Comissão trouxesse à tona os imbróglios com a chancela petista. O mais novo
detalhe da Operação Lava-Jato pode revelar as conexões entre os muitos
escândalos de corrupção da última década, como há muito afirma o ucho.info.
Vale lembrar que durante depoimento à CPI dos Correios, o
petista Henrique Pizzolato declarou que os repasses de dinheiro do Visanet à
agência de Marcos Valério Fernandes de Souza eram realizados a pedido de Luiz
Gushiken, então homem forte do primeiro governo Lula. Já falecido, Gushiken
sempre teve forte ingerência nos bastidores dos fundos de pensão. Não por
acaso, um conhecido banqueiro oportunista despejou muito dinheiro no caixa do
Mensalão do PT com a promessa de ter facilitado o acesso aos fundos de pensão,
os quais faziam parte dos seus negócios escusos.
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