A Presidenta Dilma Rousseff garantiu ontem a empresários que
não haverá baderna na Copa do Mundo da Fifa. Para sua profecia dar certo, sol
falta Dilma combinar, direitinho, com os manifestantes organizados. Na maioria
das cidades, o clima é de desencanto com a competição. A tradicional
organização espontânea da torcida, para torcer pela Seleção Brasileira, não
acontece – apesar do esforço de marketing do governo e da Rede Globo. Por
enquanto, por tudo de empacado até agora, o evento já recebe o singelo apelido
de “Copa do Jegue”.
Não existe esquema de segurança tão perfeito que seja capaz
de conter ataques assimétricos. Protestos imprevisíveis ou organizados em
grande volume marcarão a “Copa das Copas” (como a ufanista marketagem tenta
vender o torneio futebolístico no tal “País do Futebol”). No imaginário
coletivo, na visão de todas as classes sociais, mais esclarecidas ou não, a
Copa deixa um legado de promessas não cumpridas, obras incompletas,
infraestrutura ineficiente e, talvez o pior de tudo para a imagem do desgoverno
petralha, evidências de corrupção, desperdício de dinheiro público e aumentos
especulativos de preços de produtos e serviços.
Mais que torcer pelo sucesso do time de Felipão (para dar
uma ajudinha na campanha reeleitoral), Dilma precisa rezar – e muito – para que
não ocorra qualquer tipo de catástrofe que gere demandas no setor público de
saúde. Em nenhuma das grandes capitais, existe um esquema confiável de
atendimentos de emergência, em casos de catástrofe – que podem ser geradas até
por atos de terror, sempre previsíveis nestes grandes eventos transnacionais.
Os Institutos Médicos Legais de nenhum dos estados da federação conseguirão dar
conta se algo de ruim acontecer.
Pior: por falta de acordos internacionais, o turista que
morrer por aqui – e não puder ser oficial e legalmente identificado - tem
grande chance de acabar enterrado como indigente. Se houver problemas de
segurança, a Copa das Copas se transformará, facilmente, na Copa do Caos. Dá para
entender, perfeitamente, porque o Presidentro Lula da Silva, em seu
subconsciente, recomendou que, não tiver transporte, metrô até a porta dos
estádios, o torcedor deve deixar a babaquice de lado e ir ao jogo até de jegue.
O triste é que o teimoso bichinho foi quem acabou com a
imagem arranhada – e não o espertalhão sindicalista de resultados que reina
como oculto chefão dos maiores negócios no Brasil Capimunista. A Copa da Fifa
foi apenas uma das muitas brincadeiras mi ou bilionárias...
Padrão Dilma
Nota da Havelange detonou
Joana Havelange, filha do ex-presidente da CBF Ricardo
Teixeira e neta de João Havelange, ex-presidente da Fifa, deixou ontem a
petralhada mais PT da vida que nunca.
Só porque a ilustre Diretora do Comitê Organizador Local da
Copa do Mundo (COL) compartilhou um texto viral no Instagram, que não foi
originalmente escrito por ela, aparentemente para condenar a onda de protestos
ao sabor da Copa:
“Não apoio, não compartilho e não vestirei preto em dia
nenhum de jogo do Mundial. Quero que a Copa aconteça da melhor forma. Não vou
torcer contra, até porque o que tinha que ser gasto, roubado, já foi. Se fosse
para protestar, que tivesse sido feito antes. Eu quero mais é que quem chegue
de fora, veja um Brasil que sabe receber, que sabe ser gentil. Quero que quem
chegue, queira voltar. Quero ver um Brasil lindo. Meu protesto contra a Copa
será nas eleições. Outra coisa, destruir o que temos hoje, não mudará o que
será feito amanhã”.
Chute nos mensaleiros
Help, Buffalo Bill...
Entre torcer e distorcer...
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