Por Vitor Vieira
Mais uma bomba: doleira brasileira presa na Espanha revela
ligação do dinheiro desviado da Petrobras e outros órgãos do governo petista no
financiamento do tráfico de cocaína da máfia italiana ‘Ndranghetta.
Ouça o relato do jornalista Vitor Vieira na Rádio Vox.
Do blog Vide Versus de Vitor Vieira:
Está presa na Espanha a doleira brasileira Maria de Fátima
Stocker, gaúcha de 41 anos, nascida no município de Vicente Dutra, mas com
parentes morando no município de Parobé, região metropolitana de Porto Alegre.
Maria de Fátima Stocker está presa na Penitenciária Madrid V - Soto Mayor, na
Espanha, há cerca de 20 dias. Mária de Fátima Stocker foi presa pela Interpol,
em uma operação na qual participaram representantes das polícias especiais da
Espanha, Suiça, Inglaterra e Itália.
Quem encaminhou à Interpol o pedido para a sua prisão foi a
Polícia Federal de Santos, no litoral paulista.
A investigação que acabou levando até o pedido de prisão
dela, deferido pela Justiça Federal, foi iniciada após um alerta da polícia
italiana a respeito do tráfico de duas toneladas mensais de cocaína pura,
originária do Peru e da Bolívia, promovido pela máfia italiana ‘Ndranghetta.
Os traficantes peruanos e bolivianos ingressavam no porto de
Santos à noite, arrombavam contêineres com destino a portos europeus e neles
inseriam a carga de cocaína. Depois avisavam seus comparsas da máfia
‘Ndranghetta para invadir navio na Itália e resgatar a cocaína de dentro dos
contêineres.
A ‘Ndranghetta pagava para a doleira Maria de Fátima
Stocker, que passava aviso ao doleiro Alberto Youssef, avisando que já estava
com o dinheiro, e que ele podia passar o valor correspondente, no Brasil, aos
traficantes donos da cocaína pura. Onde o doleiro Youssef levantava o dinheiro
para financiar os pagamentos do tráfico de cocaína? Junto com seus
relacionamentos no PT e no governo petista, nos desvios de recursos públicos,
da Petrobras e de outros órgãos governamentais, como no Ministério da Saúde.
A operação de investigação internacional levou mais de dois
anos. Nesse ínterim, foram barradas algumas das exportações mensais de duas
toneladas de cocaína pelo porto de Santos. Então a máfia ‘Ndrangheta tentou
transferir suas operações de embarque da droga para o Amapá, onde mergulhadores
enviados da Itália tratavam de afixar a carga ao casco de navios. Uma dessas
cargas foi mal afixada e boiou, alertando a Polícia Federal. Os mergulhadores
tiveram tempo para fugir.
Em Santos, o alerta da polícia italiana gerou a Operação
Monte Pollino, que se conectou com a Operação Lava-Jato.
A doleira Maria de Fátima Stocker é uma mulher que saiu do
Brasil e foi morar na Suiça. Lá, conheceu um executivo de um banco suiço e
passaram a viver juntos. Ela adotou os filhos do suiço e adquiriu a cidadania
da Suiça. Ao se separarem, ela foi morar em Londres, onde também mora uma irmã
sua, casada com um iraniano.
As duas já eram monitoradas pelos serviços secretos
norte-americanos, especialmente a NSA (National Security Agency). Foi a NSA que
avisou os serviços policiais italianos, e estes avisaram a Polícia Federal
brasileira.
A Polícia Federal, no Brasil, passou a investigar uma
operação de tráfico de cocaína e bateu de frente com um gigantesco esquema de
desvio de recursos públicos no governo petista de Dilma Rousseff e na maior
estatal brasileira, a Petrobras, gerando recursos que serviam para financiar o
tráfico internacional de cocaína.
Este cenário talvez ajude a compreender a grande
irritabilidade que se apoderou do governo da petista Dilma Rousseff contra o
governo americano e o presidente Obama, inclusive com o cancelamento de visita
oficial à Casa Branca. Agora, as duas operações foram deflagradas praticamente
ao mesmo tempo, uma no Brasil e outra nos países europeus.
Maria de Fátima Stocker deverá ser defendida na
Justiça Federal brasileira pelo advogado Eduardo Jobim, de Santa Maria.
Fonte: Mídia Sem Máscara
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