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sábado, 12 de abril de 2014

PF reúne mais provas de corrupção na Petrobras. Jucá, Renan e vários políticos envolvidos tentam enterrar a CPI.


A revista Época acaba de revelar novos detalhes sobre a mega investigação da Polícia Federal que, hoje, chutou a porta da própria presidente da Petrobras. Graça Foster, dizem os jornais, recebeu a PF com toda a delicadeza. Ora, bolas. E tinha outro jeito? Poderia sair algemada da estatal se negasse as informações determinadas nos mandados de busca e apreensão. Leia aqui as escandalosas revelações da revista. Ao que tudo indica, várias quadrilhas agem dentro da Petrobras. Cada uma possui o seu feudo e bilhões são roubados diante dos olhos embasbacados dos pequenos acionistas e de todos os brasileiros. Um trecho da reportagem chama atenção e revela porque os senadores do PT e do PMDB estão em pânico, jogando suas biografias no vaso sanitário, atacando o direito da Oposição de instalar a CPI exclusiva para investigar a Petrobras. Leiam abaixo:

Quanto mais graves as evidências dos Petro-rolos, mais difícil se torna criar uma CPI no Congresso. Está em jogo a sobrevivência política de vários parlamentares, que dependem de doações das empreiteiras suspeitas de bancar o esquema. Para matar a CPI, o senador Romero Jucá, do PMDB, se reuniu na segunda-feira com colegas de partido na casa do presidente do Senado, Renan Calheiros.

Em meio à azáfama causada pelo afastamento do petista André Vargas da vice-presidência da Casa, ficou acertado como Jucá resolveria a delicada missão de decidir a disputa entre governo e oposição em torno da CPI para investigar a Petrobras. Na manhã seguinte, na reunião da Comissão de Constituição e Justiça, Jucá decidiu que o Senado poderia criar uma CPI ampla para investigar não apenas a Petrobras (como queria a oposição), mas também contratos do metrô de São Paulo e do Porto de Suape, em Pernambuco.

Era o que a oposição não queria, mas também não era exatamente o que o governo almejava. A oposição reclamou. O governo não comemorou. Queria que Jucá tivesse negado a criação de qualquer CPI, mesmo uma capaz de produzir dados para desgastar politicamente os candidatos da oposição à Presidência, Aécio Neves, do PSDB, e Eduardo Campos, do PSB.

Nesta semana, está marcada uma sessão do Congresso em que Renan Calheiros lerá o pedido de criação de outra investigação, uma CPI mista de senadores e deputados, também para investigar a Petrobras. Existe o risco de, por ser uma semana de feriado, poucos parlamentares comparecerem. O líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy, e o líder do PMDB, Eduardo Cunha, dois dos articuladores da CPI mista, não estarão lá, e sim na China, em viagem oficial.


Mesmo que a CPMI seja criada, o caminho até a instalação será longo. O tempo está se esvaindo, e as chances de ela ser criada diminuem. Enquanto a Polícia Federal trabalha para elucidar os crimes, o Congresso trabalha para enterrar a CPI.

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