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sábado, 19 de abril de 2014

Os petralhas não tomam jeito

Por Mário Ribeiro*

Os petralhas nunca cedem, não tomam jeito, nem se envergonham; mesmo condenados, aprisionados e com toda farsa escancarada, não arredam pé no vale-tudo pela "causa".

A memória dos 50 anos da Revolução, ou Golpe de 1964, trouxe à baila desatinos reveladores de que, em busca do poder, nossos políticos quase nunca abriram mão de interesses mesquinhos

Olhar mais atento mostra que mais do que se preocuparem com reais necessidade da população, gostavam mesmo é de promover golpes, renúncias, mudanças constitucionais e planos econômicos, sob a balela da busca pela construção de um novo País, coisas de democracia esculhambada, mas democracia.

Esse estígma acabou permitindo à esquerda chegar ao poder após insistente e dissimulada campanha durante décadas, sempre em nome da velha "causa" comunista e de impôr na marra o viés obsessivo de desprezo aos princípios democráticos.

À frente do processo, um torneiro mecânico sem habilidades maiores para o trabalho – inclusive sem dedo mínimo, decepado no torno em que trabalhava – dominou as massas e tornou-se presidente.

Em dois mandatos promoveu a ocupação da "cumpanheirada" no Poder e, como se nada tivesse com o maior escândalo da história republicana – o "mensalão" –, conseguiu eleger a atual presidente, "vendida" como "poste" competente no processo de perpetuar o partido no poder.

O tempo revelou seu total despreparo para o cargo e desmedida paixão pela ideologia ultrapassada, marcando sua administração pelo uso maciço de factóides e a destruição do Plano Real.

No bojo de mais corrupção e roubalheira com saques sem fim do dinheiro público – cujo símbolo máximo foi a espantosa ocultação de dinheiro dentro de cuecas em uso – vieram apoios financeiros a ditaduras na África, injeção maciça de grana na adorada Cuba do deus Fidel, escândalos como no escritório da presidência em São Paulo comandado por uma tal Rosemary, que sumiu do mapa sem que nada lhe acontecesse, até culminar com a quase falência da Petrobras, símbolo da sanha estatizante.

Aí surge a revelação de negócio estranho, com cheiro de imenso "por fora", na compra de refinaria em Pasadena, o que escancarou uma série de escândalos em meio à inflação sem freios, tudo somando para abalar a reeleição da presidente.

Ressalte-se ato do vice-presidente da Câmara dos Deputados, que antes da descoberta de suas transações com doleiro manjado por tramóias, desacatou o Presidente do STF com gesto torpe de levantar punho cerrado como é próprio de psicopatas da esquerda.

Com o caos instalado no governo de sua comandada, o chefe maior, denominado "Barba" pelo sistema de repressão ao qual prestava serviços, que supõe-se de alcaguetagem, arregimenta a volta de notórios "quebra-paus" do partido.

Para mostrar quem de fato manda na bagunça pátria, convoca falsa imprensa de blogs mantidos à custa de verbas estatais, ameaça censura e controle aos meios de comunicação, reúne-se com a presidente em hotel em São Paulo e articula a inviabilização de CPI sobre os escândalos de Pasadena através de jogada instrumentalizada pelo inominável presidente do Senado.

Assim, faz valer sua marca registrada de tentar impedir investigações e queda nas pesquisas eleitorais.

É isso aí: os petralhas nunca cedem, não tomam jeito, nem se envergonham; mesmo condenados, aprisionados e com toda farsa escancarada, não arredam pé no vale-tudo pela "causa".

Não é demais supor consequências nada agradáveis em futuro próximo de um País dominado por graves manifestações de psicopatia, corrupção vergonhosa e escárnio contra todos.




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*Mário Ribeiro é jornalista e publicitário.- Publicado no Diário do Comércio.

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