A Cracolândia, ou Haddadolância — como passei a chamar o
território livre para o tráfico e o consumo de drogas em São Paulo, criado e
agora financiado pela gestão de Fernando Haddad — é um crime moral (e desconfio
que em sentido estrito também) cometido a muitas mãos. E boa parte da imprensa
as tem sujas também, é bom deixar claro, porque defende um programa
delinquente. Peço que vocês assistam a este vídeo veiculado pelo “SBT Brasil”,
apresentado por Joseval Peixoto e Rachel Sheherazade. Volto em seguida.
Então vamos lá:
1: traficante usa crachá da Prefeitura e se finge de
consumidor;
2: o acesso aos hotéis em que moram os viciados é livre;
3: o preço da pedra sobe às sextas, quando a Prefeitura faz
o pagamento aos viciados contratados, que não são obrigados a se tratar;
4: o tráfico é feito à luz do dia; não teme nada nem
ninguém.
Nota-se o esforço da reportagem e dos próprios âncoras para,
digamos assim, compreender a natureza do programa da Prefeitura. Mas será que
ele tem salvação? É evidente que não!
Desde que o programa “Braços Abertos” foi criado, alertei
aqui — e outros também o fizeram — que só mentalidades perturbadas tomariam as
seguintes providências:
a: criariam hotéis exclusivos para viciados;
b: aumentariam a quantidade de dinheiro circulante entre
eles;
c: ofereceriam benefícios sem exigir nada em troca;
d: tornariam o tratamento volitivo.
O resultado seria um só: a região, que já estava mergulhada
no inferno, viraria um paraíso para os traficantes de drogas. E foi o que
aconteceu. Eles circulam livremente pelas ruas e pelos hotéis, agora em
absoluta segurança. Atenção! Eu já acho a chamada “política de redução de
danos” um escandaloso equívoco técnico. Mas isso que faz a Prefeitura petista é
outra coisa: trata-se de incentivo a uma atividade criminosa. Nem o
“socialista” Haddad consegue extinguir as leis do mercado.
Quando o Denarc resolveu prender um traficante na
Cracolândia, vocês se lembram a gritaria da Prefeitura, especialmente de Haddad
e de seu, digamos assim, secretário da Segurança Urbana, Roberto Porto, um
rapaz que tem amigos poderosos na imprensa, mas que não consegue disfarçar nem
assim sua escandalosa incompetência. Faz a linha “coxinha voluntarioso”, a
exemplo de seu chefe.
A Haddadolândia, aliás, é um bom exemplo de área em que a
droga é legalizada. Se vocês querem saber como fica a coisa, passem por lá. Ali
é a terra sonhada por alguns idiotas fantasiados de libertários: já não há
pecado nem perdão.
A verdade insofismável é que a Prefeitura de São Paulo
passou a ser a financiadora indireta do trafico de crack em São Paulo. Não só
isso: ao transformar aquela área numa zona livre para a venda e o consumo de
drogas, passou a fornecer também a segurança com a qual os traficantes sempre
sonharam para exercer a sua atividade.
O conjunto da obra é de uma arreganhada imoralidade. Vamos
ver quantas gerações serão necessárias para que São Paulo se livre de um
desastre chamado Fernando Haddad, a mais perversa das criaturas inventadas por
Lula.
E ele já tem outra na manga do colete: Alexandre Padilha —
aquele cujo ministério assina convênio com laboratório de fachada,
especializado em lavar dinheiro.
Não votei em Haddad, é óbvio. Mesmo assim, fico um tanto
envergonhado. Afinal, ele é prefeito da cidade em que moro. Sempre que me
lembro disso, é como se eu não tivesse me esforçado o bastante para que não acontecesse.
Sei de onde vem esse sentimento… Até algumas pessoas que
votaram nele achavam que seria um mau prefeito. Mas nem os adversários mais
convictos imaginaram que pudesse ser tão ruim.
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