Por Félix Maier
“Meu nome é Dilma Vana Rousseff. Mas também podem me chamar
de Estela, Wanda, Luíza e Patrícia”.
A Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares)
resultou da fusão das organizações terroristas Vanguarda Popular Revolucionária
(VPR) (1) e Comando de Libertação Nacional (COLINA) (2). Pela VPR destacaram-se
Antonio Roberto Espinosa, Carlos Lamarca, Cláudio Marinheiro, Fernando Mesquita
Sampaio Filho e “Mário Japa”. Pelo COLINA, Maria do Carmo Brito, a “Lia”,
Carlos Alberto Soares de Feitas, o “Beto” ou “Breno”, Dilma Roussef e Carlos
Franklin Paixão de Araújo, o “Max”.
“Em 1968 saí daqui do 19º. RI e fui servir em Guaíra, no
Paraná. Lá chegou ao nosso conhecimento de que grupos terroristas que atuavam
no Rio de Janeiro e em São Paulo estavam utilizando aquela área como reunião de
homizio. Em uma operação de informações, cercamos uma fazenda que tinha sido
comprada por um grupo da Vanguarda Popular Revolucionária (VAR-Palmares) e era
o local onde eles faziam treinamento. (...) A intenção deles era começar uma
guerrilha na área rural, através do processo do foquismo, que fora sucesso lá
em Cuba e na China. Estavam treinando ocultar-se em meio à vegetação, enterrar
suprimentos, munição, medicamentos, a caminhar e orientar-se dentro do mato”
(General-de-Brigada Flávio Oscar Maurer - História Oral do Exército/1964, Tomo
8, pg. 309). Nesse depoimento, o general Maurer narra, ainda, que foi baleado
pelo 2º Sargento Venaldino Saraiva, esquerdista fanático, que se suicidou em
12/5/1964. Maurer teve toda a face esquerda dilacerada e passou por várias
cirurgias plásticas.
“A par do Setor de Expropriações, a VAR Palmares possui o
Setor Territorial, incumbido da arregimentação entre estudantes, camponeses e
operários, bem como da ligação, na ocasião oportuna, da coluna guerrilheira com
a região urbana, através da aceitação, divulgação e apoio dessa coluna. Cada
subsetor do Territorial possui dois grupos distintos: SAM, Setor de Ação de
Massas, e GAV, Grupo de Ações Violentas. Ao primeiro, compete conseguir adesões
da doutrinação e induzir as massas à realização de ações de interesse da
organização, greves, passeatas, depredações etc.; ao segundo compete agir no
meio operário, estudantil e camponês, como um órgão de repressão às
manifestações contrárias às ações desenvolvidas pelo SAM, como lhe compete,
outrossim, a tomada violenta de fábricas, panfletagem e justiçamento” (SOLNIK,
2011: 241).
No dia 22/6/1969, a VAR-Palmares roubou em assalto à
Companhia de Polícia do 10º Batalhão da FPESP (São Caetano do Sul) 94 fuzis, 18
metralhadoras INA, 30 revólveres Taurus cal .38, 300 granadas e cerca de 5.000
cartuchos de diversos calibres, aumentando consideravelmente seu arsenal, já
suprido com o assalto à Casa de Armas Diana e ao 4º Regimento de Infantaria (4º
RI) - ação empreendida pelo capitão do Exército Carlos Lamarca, da VPR, junto
com o sargento Darcy Rodrigues.
No Rio de Janeiro, a VAR-Palmares participou do assalto ao
Banco Aliança, Agência Muda (1969), de onde foi roubada a importância de NCr$
54.884,62, ocasião em que foi assassinado o motorista de praça Cidelino
Palmeiras do Nascimento, que conduzia policiais em perseguição aos assaltantes.
Gustavo Benchimol, sobrinho de Ana Capriglione, queria
entrar para o COLINA e procurou Juarez Guimarães de Brito, dizendo que o
falecido Adhemar de Barros, antigo amante de Ana, havia distribuído cerca de 25
milhões de dólares em 10 cofres, escondidos em casas e apartamentos do Rio de
Janeiro. Segundo Gustavo, um desses cofres se encontrava no casarão de sua tia
Ana, em Santa Tereza. Na chamada “Grande Ação”, a VAR-Palmares roubou o cofre
em Santa Tereza, em 18/6/1969, auferindo a quantia de 2,596 milhões de dólares.
Parte desse dinheiro (cerca de 1 milhão de dólares) foi entregue ao embaixador
da Argélia no Brasil, Hafid Keramane, para aquisição de armas, custear a viagem
de terroristas àquele país e auxiliar Miguel Arraes a criar a Frente Brasileira
de Informações (FBI). “O assalto ao cofre ocorreu na tarde de 18 de julho de
1969, no Rio de Janeiro. Até então, fora ‘o maior golpe do terrorismo mundial’,
segundo informa o jornalista Elio Gaspari em seu livro ‘A Ditadura Escancarada’.
(...) A ação durou 28 minutos e foi coordenada por Dilma Rousseff e Carlos
Franklin Paixão de Araújo [“Max”, amante de Dilma], que então comandava a
guerrilha urbana da VAR-Palmares em todo o país e mais tarde se tornaria pai da
única filha de Dilma” (“O cérebro do roubo ao cofre”, revista Veja, 15/1/2003,
pg. 36). O ex-ministro Carlos Minc, que hoje participa de passeatas para a
liberação da maconha, foi um dos que participaram do roubo, junto com Juarez
Guimarães de Brito, Wellington Moreira Diniz, Fernando Ruivo, José Araújo
Nóbrega, o ex-sargento Darcy Rodrigues, Sônia Lafoz, o ex-açougueiro João
Domingues. O ator da TV Globo, José Abreu, militante da VAR-Palmares, teria
participado do transporte do dinheiro do cofre (cfr. “No volante”, de Luiz Carlos
Azedo, Correio Braziliense, 30/1/2013). Ao todo, foram 13 os assaltantes: “São
treze, a única mulher fui eu. Teve essa história que houve essa mulher...
[Dilma Rousseff?] Em alguns lugares falam de outra mulher, mas não houve...”
(depoimento de Sônia Lafoz a Solnik - pg. 246).
No livro do jornalista Solnik - ucraniano, no Brasil desde
1958, ficou preso no DOI-CODI de São Paulo em 1973 -, consta que não houve a
participação direta de Dilma Rousseff no roubo do cofre, já que pertencia ao
comando nacional da organização terrorista, assim como seu amante “Max”. Os
chefões terroristas normalmente eram preservados das ações de rua, para evitar
suas prisões, no caso da casa cair. Em depoimento no mesmo livro, Sônia Lafoz
diz: “Éramos poucas mulheres na luta armada, muito poucas. No cofre, só estava
eu de mulher. As mulheres que fizeram muitas ações, vamos ver... Maria do Carmo
era direção, Inês Etienne era direção, a própria Dilma, não cruzei com ela, mas
sabia da existência dela, sabia que nunca fizera ação armada. Nunca tive
reunião com ela, eu tinha pouco contato com as mulheres. Carmen Giacomini era
da ação armada, uma das poucas” (pg. 146).
Conforme revelação de Maria do Carmo (pg. 213-214), parte da
quantia de 1 milhão de dólares entregue ao embaixador da Argélia teria voltado
à guerrilha brasileira via Ângelo Pezzuti, da VPR. Posteriormente, o número da
conta na Suíça teria sido repassado ao ex-sargento Onofre Pinto, por ordem de
Lamarca. Como ocorreu com a maior parte do dinheiro roubado pelos montoneros
(3) na Argentina, o dinheiro do cofre que chegou a Onofre também sumiu.
Sônia Lafoz fez o papel de “irmã” de Lamarca (“César”),
quando este esteve internado em um hospital para fazer cirurgia plástica,
disfarçado de “cabeleireiro”, ou seja, disfarçado de homossexual, com cueca
vermelha, já que naqueles tempos apenas mulheres e boiolas faziam este tipo de
cirurgia.
Dilma trocou parte dos dólares roubados em casas de câmbio
no Rio, por ter aparência de socialite, não despertando suspeitas. “Mário Japa”
assim se referiu a ela: “Veja as roupas dela, o modo de falar...
Burguesinha...” (SOLNIK, 2011: 94). Segundo Solnik, Juarez Guimarães e Maria do
Carmo foram “guardiões” de novecentos mil dólares, Inês Etienne de trezentos
mil e “Max” de outros trezentos mil (cfr. pg. 138). Uma pergunta deve ser feita
à amante de “Max”: onde foi parar o dinheiro? Até hoje, Dilma não soltou um pio
sobre o assunto.
No Rio Grande do Sul, foram assaltados o Banco do Estado do
Rio Grande do Sul (Porto Alegre, Agência Tristeza, 28/1/1970) e o Banco do
Brasil, Agência Viamão, RS (18/3/1970).
Em São Paulo, houve tentativa de assalto em um
estacionamento, assalto a um supermercado do Sesi, no Cambuci, assalto ao
Supermercado Peg-Pag e 3 assaltos a supermercados diferentes do Grupo Pão de
Açúcar, todos no ano de 1970.
Em 1/1/1970, a título de comemoração do aniversário da
Revolução Cubana, a VAR-Palmares sequestrou em pleno voo um avião Caravelle, da
Cruzeiro do Sul, que fazia a linha Montevidéu-Porto Alegre-Rio de Janeiro,
desviando-o para Cuba. O sequestro foi planejado por James Allen Luz, que o
executou com cinco comparsas, dentre os quais Jessie Jane Vieira de Souza,
posteriormente diretora do Arquivo do Rio de Janeiro, com sede na antiga
dependência do DOPS.
Uma das integrantes da VAR-Palmares, do setor de
Inteligência, foi Elizabeth Mendes de Oliveira, a “Bete Mendes” de novelas e
seriados como “Beto Rockfeller” e “A casa das sete mulheres”, que usava o
codinome “Rosa” na clandestinidade, talvez querendo ser a “Rosa de Luxemburgo”
brasileira. Bete Mendes “fazia parte do núcleo da VPR do Colégio de Aplicação,
onde foi colega de Pérsio Arida” (SOLNIK, 2011: 187). A então deputada federal
petista Bete Mendes, em visita ao Uruguai com uma comitiva do Presidente Sarney,
em 1985, acusou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, então adido militar
naquele país, de ter sido torturado por ele nas dependências do DOI/CODI do II
Exército (São Paulo), onde a terrorista passou 18 dias presa depois de ter sido
detida no “aparelho” da Rua General Bagueira, 79, com documentos falsos e
roubados para uso do grupo terrorista. “Rosa” ficou presa entre os dias 29 de
setembro e 16/10/1970.
A tortura foi negada pelo coronel Ustra no livro Rompendo o Silêncio (clique para download). Antes da denúncia, “Rosa” já havia sido
entrevistada pela revista Afinal(2/7/1985) e pelo Pasquim (17 Fev a 05/3/1986),
ocasiões em que não citou a tortura, indício de que além de boa atriz é também
uma boa mentirosa, o que pode ser corroborado pelas declarações de “Max” no
jornal Zero Hora, de 20/8/1985. O Centro de Comunicação Social do Exército
convidou Bete Mentes para “guerrear” em um documentário da FEB, provando que o
outrora grandioso Exército Brasileiro perdeu sua bússola. De lá para cá, a
coisa piorou muito, e o Exército, com a criação do Ministério da Defesa, hoje é
apenas uma força de janízaros castrados, sob comando de otomanos petistas, ou
seja, é apenas uma eficiente empreiteira do PAC petista, como visto nas obras
do aeroporto de Guarulhos, onde conseguiu economizar R$ 150 milhões – uma
aberração, dentro da ética petista de assalto aos cofres públicos.
Após a prisão de “Rosa”, a VPR fez ainda as seguintes ações:
assalto a um carro de transporte de valores da Transfort S/A, em Madureira,
Rio, RJ, junto com o MR-8, em 22/11/1971, ocasião em que os terroristas levaram
2 metralhadoras, 2 pistolas calibre 45 e 1 espingarda calibre 12, e
assassinaram o suboficial da reserva da Marinha, José Amaral Villela, chefe de
segurança do carro de transporte; assalto ao Curso Fischer, Tijuca, Rio, RJ, no
dia 14/1/1972; assassinato do marinheiro inglês David A. Gutheberg, no Rio de
Janeiro, RJ, no dia 05/2/1972, numa atuação de “Frente” com a ALN, VPR e PCBR;
assalto ao Banco da Bahia e ao Banco de Crédito Territorial, em São Cristóvão,
Rio, RJ, no dia 25/2/1972; assalto ao Banco Territorial, na Avenida Brasil,
Rio, RJ, em “frente” com o MR-8 e PCBR, em abril de 1972; assalto ao Banco
Nacional, de Braz de Pina, Rio, RJ, em julho de 1972, em “frente” com o PCBR; assalto
ao Banco Itaú, em Botafogo, Rio, RJ, em outubro de 1972, em “frente” com o
PCBR; assassinato do Dr. Otávio Gonçalves Moreira Júnior, em Copacabana, Rio,
RJ, no dia 25/2/1973, em “frente” com a ALN e PCR; no Rio Grande do Sul,
assalto ao Banco Francês e Brasileiro, em Porto Alegre, RS, no dia 14/12/ 1973,
em “frente” com o PCBR; em São Paulo, assaltos à Empresa Paulista de Ônibus
(Vila Prudente, Out 1970), ao supermercado Pão de Açúcar (Rua Baturité) e Pão
de Açúcar (Barão de Jundiaí), ambos em Nov 1970; ao Supermercado Gigante (Lapa,
Fev 1971), em “frente” com o PRT; à Fábrica de Parafusos Mapri (Vila
Leopoldina, Mar 1971), em “frente” com o PRT; à firma RCA-Victor (Jaguaré, Mai
1971); à Empresa de Ônibus Tusa (Freguesia do Ó, 10/5/1971), ocasião em que foi
morto o soldado PM Manoel Silva Neto; tentativa de assalto a uma casa de armas
(Av. Rangel Pestana), quando o proprietário foi ferido a tiros, após reagir e
evitar o assalto; tentativa de assalto a uma casa de armas (Lapa), evitado por
um vigia; tentativa de assalto à residência de um colecionador de quadros, na
Rua Veríssimo Glória.
No interior do Rio, um terreno seria utilizado para
fabricação de bombas de plástico: “O projeto era de montar uma ‘fábrica de
bombas’ e fora desenhado por um engenheiro químico egípcio, ligado à Al Fatah e
ao Setembro Negro, que se aproximou de Espinosa [Antonio Roberto Espinosa] e se
ofereceu para colaborar com a VAR-Palmares. Era um cara de olhos muito vivos e
atentos, que diziam mais que sua boca. (...) - Um leilão de velhos telefones
públicos a manivela. Isso me interessa - disse o egípcio. (...) - Esses
aparelhos funcionam como ímãs, dos quais precisamos para nossas bombas por
controle remoto” (SOLNIK, 2011: 150). Em seu livro, Solnik não informa se o
projeto foi consumado.
Durante certo tempo, Delfim Netto esteve na lista dos
“sequestráveis”, quando os terroristas descobriram que todo fim de semana o
“tsar” da economia viajava a Jundiaí.
Tadeu, um estudante de Geologia e apaixonado (não
correspondido) por Dilma Rousseff, dizia que ela “é a reencarnação da
Krupskaya, e Krupskaya e a própria Dilma são reencarnações de Helena de Troia”
(SOLNIK, 2011: 191). Aos não-terroristas, convém esclarecer que a bibliotecária
bolchevique Nadezhda Konstantinovna Krupskaja foi a mulher de Lênin.
No discurso de posse da Presidência, em 2011, Dilma Rousseff
afirmou que não se envergonhava do passado. Mesmo que Dilma tenha apenas
servido café aos “camaradas d’armas” das organizações terroristas a que se
associou (POLOP, COLINA e VAR-Palmares), ela tem, também, as mãos sujas de
sangue. “Só em 1969, ela organizou três ações de roubo de armas em unidades do
Exército no Rio. Quando foi presa, em janeiro de 1970, o promotor militar que
preparou a acusação classificou-a com epítetos superlativos: ‘Joana D’Arc da
guerrilha’ e ‘papisa da subversão” (revista Veja, 15/1/2003, pg. 37).
“Em depoimento à revista Claudia, Dilma contou sua queda:
‘Fui presa no centro de São Paulo, dia 16 de janeiro de 1970, aos 22 anos, por
falha minha. De manhã, havia ido ao encontro de um companheiro, que não
apareceu. Era um mau sinal, eu não deveria ter tentado o segundo encontro à
tarde, numa lanchonete. Entrei e ouvi: ‘Você está cercada’. Andei rápido até
uma loja de móveis. Pensei em escapar pelos fundos, mas me pegaram. Eram três
equipes, muitos homens’. Nos interrogatórios cruéis, Dilma conseguiu preservar
Carlos Araújo e Maria Celeste Martins, sua companheira de pensão, junto com a
qual guardava as armas da organização” (SOLNIK, 2011: 169). Nem por nada, a antiga
terrorista é conhecida nas redes sociais como Dilminha Bang Bang...
Armas do grupo guerrilheiro VAR-Palmares |
Se a atual comandanta-em-chefa das Forças Armadas nunca
pediu desculpas, por não ter tem vergonha dos crimes que suas organizações
terroristas cometeram, por que o Exército teria que pedir desculpas ao povo
brasileiro, se livrou o Brasil de uma guerra civil e de um governo comunista
nos moldes cubanos, que era o objetivo dos terroristas de esquerda, como Dilma
Rousseff? A propósito, o sonho de Dilma Rousseff, ainda hoje em dia, é
transformar o Brasil num sistema totalitário fascista, com ingredientes
gramscistas e comunistas, dentro dos objetivos estratégicos propostos pelo Foro de São Paulo. Prova disso é sua afinidade com o regime assassino cubano, pelo
qual nutre uma paixão doentia, dando total apoio político e suporte financeiro
de bilhões de reais via BNDES - caso do porto de Mariel, que, entre outras
coisas, serve para traficar armamento para a Coreia do Norte. Não é exagero
afirmar que, com o governo petista, a capital do Brasil mudou-se para Havana,
com sucursais do inferno em Brasília, Caracas e Buenos Aires. Outra prova
irrefutável de que Dilma continua comunista como sempre foi é seu alinhamento
automático com a ditadura de Nicolás Maduro, ao ficar calada frente ao massacre
de estudantes promovido pelas tropas de choque bolivarianas na Venezuela, com
detenções arbitrárias e torturas como empalação, com apoio de agentes cubanos
que hoje mandam nas Forças Armadas e na economia daquele país por intermédio de
empresas de fachada. Isso significa que Dilma Rousseff não tem problemas com a
tortura, desde que esta não seja aplicada contra ela e sua querida esquerda
latino-americana.
Nestes tempos de diabolização dos militares, convém fazer
uma pergunta básica aos comissários do povo bolcheniquim da (c)Omissão Nacional
da Verdade e aos farsantes esquerdistas em geral: o que esses terroristas
assassinos da VAR-Palmares e congêneres esperavam receber das Forças Armadas
brasileiras? Flores e barras de chocolate? Desculpas?
Notas:
(1) VPR - Vanguarda Popular Revolucionária
A VPR originou-se da fusão de remanescentes do Movimento
Nacionalista Revolucionário (MNR) (4) com dissidentes paulistas da POLOP (5).
Teve como líder maior o ex-capitão do Exército, Carlos Lamarca. O chefe do
Setor de Inteligência da VPR era Ladislas Dowbor, nascido na Polônia, que
participou do sequestro do cônsul do Japão em São Paulo, Nobuo Oguchi, e
posteriormente foi preso e banido do território nacional em troca da liberdade
do embaixador alemão Von Holleben, sequestrado no Rio de Janeiro.
Carlos Lamarca desertou do 4º Regimento de Infantaria, em
Quitaúna, Osasco, SP, em 1969, roubando 63 FAL, cinco metralhadoras INA,
revólveres e muita munição da Companhia onde comandava. O plano era levar mais
500 FAL do depósito de armamento do Batalhão, o que não ocorreu porque Lamarca
teve que antecipar seu plano.
No dia 22/7/1968, a VPR já havia roubado 9 FAL do Hospital
Militar do Cambuci, em São Paulo.
Em 26/6/1968, a VPR explodiu um posto de sentinela do QG do
então II Exército, em São Paulo, matando a sentinela, soldado Mário Kozel
Filho.
Em 12/10/1968, a VPR assassinou o capitão do Exército dos
EUA, Charles Chandler, projetando-se perante as organizações terroristas
nacionais e internacionais. João Quartim de Moraes, junto com o ex-sargento
Onofre Pinto e Ladislas Dowbor, foi o “guia” do “tribunal revolucionário” que
condenou Chandler, que foi morto por Pedro Lobo de Oliveira (VPR), Diógenes
José de Carvalho Oliveira (VPR) e Marco Antonio Braz Carvalho (ALN).
Em 1970, a organização terrorista sequestrou diplomatas
estrangeiros: o cônsul-geral do Japão em São Paulo, Nobuo Okuchi, no dia
11/3/1970, para libertação do terrorista “Mário Japa”; o embaixador da
República Federal da Alemanha no Brasil, Ehrenfried Anton Theodor Ludwig von
Holleben, no dia 11/6/1970; o embaixador suíço no Brasil, Giovanni Enrico
Bucher, em 07/12/1970, libertado em troca de 70 presos terroristas enviados ao
Chile do Presidente marxista Salvador Allende (24 desses terroristas eram da
VPR), onde foram recebidos de braços abertos no dia 13/1/1971. Nesse sequestro,
participaram Carlos Lamarca e Alfredo Sirkis; Lamarca desfechou dois tiros à
queima-roupa contra o agente Hélio Carvalho de Araújo, que veio a falecer no
dia 10/12/1970. O sequestro durou 40 dias e seria o último realizado por
organizações terroristas no País.
“Ao tratar do sequestro do mesmo embaixador, o livro [A
Ditadura Derrotada, de Elio Gaspari] registra as dificuldades para completar a
lista dos que seriam libertados em troca da vida do diplomata e à página 341
registra que 18 presos se recusaram a deixar o país. Até hoje ninguém esboçou
uma explicação para o estranho fato de presos que, segundo a versão assoalhada
e reiterada convictamente por Gaspari, eram torturados e mortos, recusarem a
liberdade e o fim das torturas. Curioso!”(General-de-Divisão Raymundo
Maximiliano Negrão Torres - HOE/1964, Tomo 14, pg. 82).
A VPR possuía sítio em Jacupiranga, SP, próximo à BR-116,
para treinamento de guerrilha, onde colocou como proprietário o “laranja” Celso
Lungaretti. O sítio depois foi desmobilizado, quando a VPR deslocou seus
guerrilheiros para a área de Registro, no Vale da Ribeira. Uma das ações mais
covardes desta organização, ocorrida durante a “Operação Registro”, foi o
assassinato do tenente da PM/SP, Alberto Mendes Júnior, em Registro, SP, depois
que o mesmo se entregou como refém a um grupo de terroristas, em troca da vida
dos soldados de seu pelotão (10/5/1970).
Acusado de tê-los traído, o tenente Mendes foi executado com
violentos golpes de coronha de fuzil na cabeça, desfechados por Yoshitane
Fujimore (que viria a morrer em tiroteio com as Forças de Segurança de SP em
5/12/1970) e Diógenes Sobrosa de Souza. Ali mesmo o tenente Mendes foi
enterrado. O local foi apontado por Ariston (“Rogério”), participante do
episódio, depois de preso, e feita a exumação do corpo, no dia 9/9/1970,
desmentindo as inverdades de Lamarca sobre o assassinato:“Depois de algumas
discussões, julgamos e justiçamos o Tenente Paulo Mendes Júnior, que ia como
prisioneiro. Foi fuzilado e o seu corpo lançado ao Rio Ribeira, para que não
servisse de sinal à direção que seguíamos” (depoimento de Carlos Lamarca em A
Esquerda Armada no Brasil, de Antonio Caso).
No mês de setembro, descoberto o crime, a VPR emitiu um
comunicado "ao povo brasileiro", onde tentou justificar o frio
assassinato, no qual aparece o seguinte trecho:"A sentença de morte de um
tribunal revolucionário deve ser cumprida por fuzilamento. No entanto, nos
encontrávamos próximos ao inimigo, dentro de um cerco que pôde ser executado em
virtude da existência de muitas estradas na região. O tenente Mendes foi
condenado e morreu a coronhadas de fuzil, e assim o foi, sendo depois enterrado".
Hoje, o capitão Mendes Júnior é o patrono da PM/SP.
No início de 1971, a VPR tinha mais militantes no exterior
(Cuba, Chile e Argélia – banidos e foragidos) do que no Brasil. Carlos Lamarca
morreu em Brotas de Macaúbas, interior da Bahia, em 17/9/1971, ao resistir à
prisão. Como recompensa por estes e muitos outros atos criminosos, a família de
Lamarca, embora já recebesse pensão do Exército Brasileiro, foi “presenteada”
com uma indenização de mais de 100 mil reais (11/9/1996), doada pela famigerada
“comissão dos desaparecidos políticos”, criada no primeiro governo FHC. Com
essa ignomínia, o 11 de setembro deveria ser instituído como o “dia da
traição”, como já sugeriu o deputado Jair Bolsonaro.
Um dos principais terroristas da VPR foi Diógenes de
Oliveira, hoje “Diógenes do PT”, que foi o “PC” da campanha de Olívio Dutra
(PT/RS) para governador e esteve metido em rolo do jogo do bicho. Outro
“militante” da VPR foi Henri Phillipe Reichstul, presidente da Petrobrás
durante o Governo FHC. Sua irmã francesa, Pauline, também “militante” da VPR,
morreu em um tiroteio no Recife, em janeiro de 1973, depois de fazer um curso
de guerrilha em Cuba e tentar a reestruturação da VPR no Brasil. Pela morte da
irmã, Henri recebeu R$ 138.300,00, em junho de 1997.
Militante da VPR e da VAR-Palmares foi também o Secretário
do Trabalho do Rio de Janeiro, Jaime Cardoso (Governo Garotinho), que teve como
Chefe de Gabinete Rafton Nascimento Leão, antigo “militante” da VAR-Palmares. A
fusão da VPR com o COLINA resultou na VAR-Palmares de Dilma Rousseff e de
outros “honoráveis terroristas”.
(2) COLINA - Comando (ou Corrente) de Libertação Nacional
Comando (ou Corrente) de Libertação Nacional: atual
Congresso de Libertação Nacional, o antigo COLINA foi criado em 1968 como
dissidência da POLOP.
Em 1969, com recursos “expropriados” em assaltos, o COLINA
instalou três “aparelhos” em Belo Horizonte, que foram desbaratados pela
polícia; na ação contra o 3º aparelho, situado na Rua Itacarandu, foram mortos
pelo COLINA o agente Cecildes Moreira de Faria e o guarda civil José Antunes
Ferreira, além de ferir gravemente o investigador José Reis de Oliveira.
No dia 31/3/1969, o COLINA assaltou a agência do Banco
Andrade Arnaud, na Rua Visconde da Gávea, Rio, onde foi morto o comerciante
Manoel da Silva Dutra.
O COLINA recebeu a adesão de 2 grupos: o Núcleo Marxista
Leninista (NML) e a Dissidência da Dissidência (DDD, e em julho de 1969
fundiu-se com a VPR, dando origem à Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares
(VAR-Palmares).
Teve entre seus quadros o engenheiro Leovi Antonio Pinto
Carisio, que acusou, no ano 2000, o tenente do Exército, Carlos Alberto del
Menezzi, de torturador, sem apresentar provas; o tenente foi demitido da ABIN,
onde trabalhava, enquanto Aloysio Nunes Ferreira (o “Ronald Biggs” tapuia, que
em 1968 participou do assalto ao trem-pagador Santos-Jundiaí) permanecia
Secretário-Geral de FHC, sendo posteriormente alçado a Ministro da Justiça -
exemplo típico de que a Lei da Anistia é aplicada apenas para beneficiar os
antigos terroristas.
Segundo Jacob Gorender, em seu livro Combate nas Trevas, o
assassinato, no dia 1/7/1968, do major do Exército da Alemanha Ocidental,
Edward Ernest Tito Otto, então cursando a ECEME, teria sido um equívoco, já que
os assassinos do COLINA pensaram tratar-se do capitão Gary Prado, do Exército
da Bolívia, que havia participado do combate ao foco de guerrilha que Che
Guevara tentava implantar naquele país, onde acabou morto.
(3) Montoneros
Ala armada do Movimento Peronista (“Soldados de Perón”):
surgida em 1966, sequestraram, em 19/9/1974, em Buenos Aires, os irmãos Jorge e
Juan Born, herdeiros do conglomerado Bunge y Born. Pela libertação dos mesmos,
os Montoneros receberam US$ 64 milhões, incluindo ações, bônus e outros
documentos negociáveis. O dinheiro desse sequestro e outros assaltos renderam
US$ 70 milhões e era controlado por Mario Firmenich, “El Pepe”, e Roberto “El
Negro” Quieto. Um banqueiro judeu-argentino, David Graiver, foi escolhido para
depositar US$ 40 milhões nos EUA, porém o avião desapareceu sobre o México com
todo o dinheiro. O restante do dinheiro, após a morte de “El Negro”, passou
para a supervisão dos cubanos, em 1977, que ajudaram os sandinistas com US$ 1
milhão, a FMLN (El Salvador) com 200 mil, outro tanto para a URNG (Guatemala).
O MIR (Chile) teria recebido a maior soma. Guerrilheiros de outros países
centro-americanos também receberam dinheiro. Em 1988, Firmenich foi preso no
Brasil e em 1990 anistiado pelo presidente Menem.
(4) MNR - Movimento Nacionalista Revolucionário
O MNR foi organizado por Leonel Brizola, João Goulart e
outros exilados no Uruguai. Brizola era o líder idealizado por Fidel Castro
para a Revolução no Brasil, devido a seu “nacionalismo anti-imperialista”, ou
seja, contra os EUA. Após a Contrarrevolução de 1964, por intermédio de Lélio
Telmo de Carvalho, o grupo de Brizola no Uruguai obteve ajuda de Cuba:
treinamento de guerrilha e auxílio financeiro de mais de um milhão de dólares.
Foram enviados a Cuba Herbert José de Souza, o “Betinho”, seguido de Neiva Moreira
e do ex-coronel do Exército Dagoberto Rodrigues (na Tricontinental, Brizola
enviou Aloísio Palhano, ex-membro do CGT). Pressionado por Cuba, para
justificar os recursos financeiros, Brizola criou em 1966 o Movimento
Nacionalista Revolucionário (MNR), para implantar a guerrilha no campo. O MNR
articulou a Guerrilha do Caparaó, na região do Pico da Bandeira, em Minas
Gerais, onde todos os integrantes foram presos em 1967, depois de serem
denunciados às autoridades, por abaterem reses, antes mesmo de desencadear
qualquer tipo de ação armada. Havia muitos "pombos-correios" que
levavam dinheiro de Fidel Castro para Brizola, exilado no Uruguai, a exemplo de
"Betinho", mais tarde uma espécie de Madalena arrependida, com sua
campanha nacional “pela ética e contra a fome”. Brizola não contratou advogados
para os presos do MNR e não prestou conta dos dólares cubanos.
"Betinho" confirmou o desvio de dinheiro cubano (200 mil dólares)
feito por Brizola, que passou a ser chamado por Fidel de el ratón (Jornal do
Brasil, 17/07/1996). Os remanescentes do MNR uniram-se à esquerda da POLOP para
criar a VPR.
(5) POLOP - Organização Revolucionária Marxista Política
Operária
Teve entre seus quadros Nilmário Miranda, integrante do
naipe de espadas vingadoras da “Comissão dos Desaparecidos Políticos” - grupo
revanchista criado no 1º governo FHC, que deu início às indenizações a parentes
de terroristas, como Lamarca e Marighella - verdadeiro assalto ao erário. Por
sua obra pecuniária, poder-se-ia chamar o petista, que recebia dinheiro de
entidades esquerdistas européias, de “Numerário Miranda”. Outros intelectuais
da POLOP foram: Dilma Rousseff (“Estela”), então com 17 anos, Érico Izackes
Sachs (“Ernesto Martins”), Éder Simão Sader (“Raul Villa”), Rui Mauro de Araújo
Marini e Teotônio dos Santos. A POLOP era considerada radical até mesmo por
Francisco Julião, líder das Ligas Camponesas. Da POLOP surgiram o Partido
Operário Comunista (POC) e o Comando de Libertação Nacional (COLINA). O COLINA
foi criado em 1968 e tinha entre seus líderes Ângelo Pezzuti, Carlos Alberto
Soares de Freitas, Apolo Hering Lisboa, Herbert Eustáquio de Carvalho, Jorge
Raimundo Nahas, Maria José de Carvalho Nahas, Inês Etienne Romeu e Dilma Vana
Rousseff Linhares. Membros da POLOP em São Paulo, junto com o MNR de Brizola,
criaram a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) de Lamarca.
Bibliografia:
AUGUSTO, Agnaldo Del Nero; MACIEL, Licio; NASCIMENTO, José
Conegundes do (Organizadores). ORVIL - Tentativas de Tomada do Poder, Schoba
Editora, São Paulo, 2012.
CASTAÑEDA, Jorge. Utopia Desarmada - Intrigas, dilemas e
promessas da esquerda latino-americana. Companhia das Letras, São Paulo, 1994
(o livro chegou a ser proibido em Portugal).
MOTTA, Aricildes de Moraes (Coordenador Geral). História
Oral do Exército - 1964 - 31 de Março - O Movimento Revolucionário e sua
História. Tomos 1 a 15. Bibliex, Rio, 2003.
SOLNIK, Alex. O cofre do Adhemar - A iniciação política de
Dilma Rousseff e outros segredos da luta armada. Jaboticaba, São Paulo, 2011.
P.S.: A respeito do ano 2014 (Annus Petraliorum 12 – Ano dos
Petralhas 12), que é o ano por excelência de satanização do Exército
Brasileiro, em virtude do cinquentenário do movimento cívico-militar de 1964,
reuni vários textos sobre o assunto em MEMORIAL 31 DE MARÇO DE 1964.
Fonte: Libertatum
Nenhum comentário:
Postar um comentário