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sábado, 12 de abril de 2014

Insegura quanto à sua reeleição, Dilma inaugura obra que ficará pronta em 2015 e que ainda depende de licença ambiental.


A presidente Dilma Rousseff inaugurou nesta sexta-feira, em Porto Alegre, um emissário para escoamento de esgoto que funcionará integralmente apenas em março de 2015. A obra, que custou R$ 146 milhões e foi parcialmente financiada com recursos da Caixa, iniciou a fase de testes no dia 12 de março. Dilma fez questão de participar da cerimônia porque acompanhou as negociações para o financiamento do projeto quando ainda era secretária da Fazenda no governo do prefeito do Alceu Collares (PDT), entre 1985 e 1988.

A presidente visitou a estação acompanhada do governador Tarso Genro (PT) e do prefeito José Fortunati (PDT). A estação de tratamento Serraria, que faz parte do Programa Integrado Socioambiental (Pisa), só poderá operar plenamente daqui a um ano, quando a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) irá avaliar a necessidade de se alterar a estrutura implantada. O impasse começou no final de 2012, quando o Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) solicitou a licença de operação ao órgão ambiental correspondente.

O Pisa tem orçamento de R$ 672 milhões - quase metade dele financiado pela Caixa. A estação vai elevar para 77% o índice de esgoto tratado em Porto Alegre, mas ainda não recebeu aval para funcionar porque houve redução em um quilômetro no tamanho da tubulação que despeja esgoto no Rio Guaíba. A Fepam considerou insuficientes os estudos adicionais sobre a viabilidade de manter o despejo final em 1.600 metros, em vez dos 2.600 metros do projeto original.


O acordo firmado em dezembro do ano passado entre a prefeitura e o governo do estado prevê que a estação inicie a operação com apenas 13% de sua capacidade (530 litros por segundo) e chegue a 60% (2,5 mil litros por segundo) em março de 2015, se o modelo de dispersão for cumprido. Não está descartada a possibilidade de que o emissário seja prolongado em mais um quilômetro por exigência da Fepam, o que demandaria mais 18 meses de obra a partir do ano que vem. (O Globo)

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