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terça-feira, 22 de abril de 2014

ERA UMA VEZ...

Por Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Todos conhecem a estória da Branca de Neve.

Nos tempos do onça, uma meiga princesinha, cheia de candura, por sua estupenda beleza caiu na canhota da sua madrasta e rainha.

Por inveja da megera, a desventurada jovem fugiu e padeceu, até encontrar os seus queridos anõezinhos e viver alegre e faceira.

Tempos depois, a bruxa descobriu e com uma maçã envenenada enrolou a charmosa, que com a infeliz dentada na fruta, mergulhou num sono profundo. Mas, como no final o bem se dá bem, veio o beijo do príncipe encantado, ela despertou, e a perversa estrumbicou - se.

A Branca casou com o príncipe e viveram felizes para sempre.

Mas a nossa estória é o inverso.

Um dia, a mais bagulhosa das “guerrilheiras”, uma feiosa e mortiça figura, caiu nas boas graças do fagueiro canastrão do gueto de Vera Cruz, que na ausência do Dirceu, empolgadíssimo, decretou: “ela é o cara”. Assim, ela foi, e ele quedou-se nas proximidades dando palpites.

Contudo, o ignominioso ex - rei, propositadamente, apesar de aconselhar constantemente a curta de idéias, com segundas intenções, escamoteou da “cara” algumas dicas fundamentais.

Apesar de aconselhar de que o importante é prometer e empurrar com a barriga, propositadamente (?), não foi exitoso em ensiná - la a retirar da bolsa alguns macetes, como enfiar um bonezinho de alguma entidade pró qualquer besteira na cabeça, mudar de opinião sempre que feder o perguntório, de  criar coisas inimagináveis e inexequíveis, como o PAC 3, o PAC 4 ...

Viajar amiúde para o estrangeiro, e se hospedar luxuosamente, que é uma demonstração de que o País está com a bola toda.

Investir na propaganda que é a alma do negócio. E dar bolsas mesmo que o reino afunde. Com convicção fazer discursos sem nexo e manter o olhar rútilo e fixo no horizonte, pois os votantes não entendem bulhufas.

Tentou ensinar que o básico é o deboche, e o de avacalhar os adversários, mas a sem neurônios, apesar de horas treinando na frente do espelho mágico, nunca conseguiu esboçar nem um arremedo de sorriso sarcástico em relação aos desafetos.

“Defenda - se com veemência, afirme que não sabe de nada, que não ouviu, nem viu nada, como fiz com o PNDH 3 e com o mensalão, e jure que o imbróglio de Pasadena foi engendrado, enquanto você estava absorvida com os problemas nacionais”.

Contudo, no frigir dos ovos, a anta cercada por seus trinta e nove anõezinhos esfolou - se (há controvérsias).

Hoje, o reino está em polvorosa, pois a ungida é tão fraca e destrambelhada que até uma oposição apareceu, sinal de que o futuro da esfinge é periclitante.

Ultimamente, invocaram o Merlim, na esperança de que o mago possa reverter a fatídica hipótese de que a infausta dama seja escorraçada do reino com o seu séquito de magarefes.

Oxalá, a verborrágica simpatia, com o rabo entre as pernas vá ocupar o seu lugar no quinto dos infernos para acompanhar no ostracismo, o seu melífluo guru.

Seus inimigos, hoje, às gargalhadas afirmam, “a cara não serve nem para administrar uma lojinha de R $ 1,99”.

Acredite quem quiser!

Brasília, DF, 22 de abril de 2014.



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