Por Agência Senado
Em entrevistas nesta quinta-feira (27), os senadores Aécio
Neves (PSDB-MG) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) disseram esperar que o pedido de
criação da CPI da Petrobras seja lido pela Mesa do Senado na sessão
deliberativa de terça-feira (1º). Pela manhã, a oposição apresentou documento
com 28 assinaturas a favor da CPI, uma a mais que o mínimo exigido.
Randolfe lembrou que a leitura, em momento a ser decidido
pela Mesa, só pode ocorrer em sessão deliberativa, por isso a expectativa de
que a formalização aconteça na terça. Ele e Aécio criticaram a possibilidade de
o governo convencer senadores a retirar assinaturas do requerimento.
– É inaceitável que haja qualquer tipo de pressão sobre os
parlamentares que assinaram o pedido de CPI. Eu não acredito que qualquer um
dos signatários possa se submeter a chantagem. É uma ameaça, um ataque, uma
violência inaceitável à integridade do Congresso Nacional – disse Aécio.
Para Randolfe, embora legal, a retirada de assinaturas não
seria moral nem republicana.
- O moral e republicano seria ficar à disposição de todos os
mecanismos de investigação – afirmou Randolfe.
'Inevitável'
Os dois senadores disseram que a instalação da CPI já é
inevitável e ressaltaram a possibilidade de uma CPI mista – a oposição na
Câmara ainda tenta obter as 171 assinaturas necessárias naquela Casa. Eles
também pediram bom senso ao governo para que a oposição tenha direito ou à
presidência ou à relatoria da CPI.
Para os dois senadores, a investigação da Petrobras é um
desejo da sociedade brasileira.
– O foco é saber como está sendo administrada a principal
empresa brasileira e por que a principal empresa brasileira deixou de ser uma
das principais empresas da América Latina – assinalou Randolfe.
Aécio voltou a afirmar que as denúncias “são extremamente
graves”.
– Os casos Pasadena e Abreu e Lima precisam ser
investigados. Queremos investigações e a punição exemplar dos responsáveis –
apontou Aécio.
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