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quinta-feira, 13 de março de 2014

O PMDB deveria rever seus conceitos.

Por CoroneLeaks (Coturno Noturno)

Ato de fundação do PMDB, em 1980: Ulisses Guimarães, Paulo Brossard e Teotônio Vilela 
cumprimentam a militância. 34 anos depois o partido pode se reencontrar com o povo.

Nestes últimos dias, o PMDB corrupto, fisiológico, toma-lá-dá-cá, passou a ser olhado com outros olhos pelo eleitorado formador de opinião, que milita principalmente nas redes sociais. Sua rebelião contra o governo e o projeto hegemônico do PT teve o dom de começar a recuperar a imagem perdida de um grande partido, praticamente da noite para o dia. O PMDB passou a ser assunto nos blogs e redes sociais, acordou uma militância adormecida, composta principalmente por ex-eleitores e pela juventude do partido.

O Brasil anda atrás de soluções e respostas rápidas. Joaquim Barbosa, pela condução do julgamento do Mensalão, saltou em poucos meses para 15% das intenções de voto na corrida presidencial. A âncora de TV Raquel Sheherazade virou musa da noite para o dia, pela sua defesa intransigente do Estado de Direito e da ética na política. Nas redes, mesmo gastando milhões com militância paga, o PT é derrotado, sistematicamente, por campanhas espontâneas que surgem do dia para a noite, criticando, duramente, o governo e a presidente da República.

Indo direto ao ponto, a pergunta que não quer calar: o PMDB vai fazer uma aliança com boa parte da opinião pública, que não quer Dilma por mais quatro anos, ou aceitará ser achincalhado por uma presidente que, orientada pelo seu marqueteiro, só pensa em dividendos eleitorais e transforma o PMDB no vilão do país? 

O povo brasileiro mandou um sinal claro: quer recuperar o velho PMDB. Dilma e o PT também mandaram mensagem muito clara: querem destruir o que resta da imagem do aliado de ocasião, mostrando ao povo brasileiro que basta acenar com algumas migalhas que os porcos voltam correndo para o chiqueiro.

Nos bastidores...

Um dia depois de dizer que a aliança com o PT estava “garantidíssima”, Michel Temer, vice de Dilma, declarou para deputados que o visitaram e que impuseram ao governo a maior derrota política dos últimos anos:

"O que o partido resolver, eu estou junto. Faço o que for bom para o partido. Se querem fazer uma convenção que declare a independência do PMDB, que saia do governo, que façam. É preciso que saibam que essa convenção não será feita para mim, para me manter na vice”.

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