General Augusto Heleno: defesa da democracia e da manutenção
dos militares fora da política.
“A ideia de um Partido Militar é um absurdo”,
diz (Foto: Agência Brasil)
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O general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, primeiro
comandante dos mais de 6 mil militares de diferentes países que integraram o
contingente inicial da Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização
do Haiti) e ex-comandante Militar da Amazônia, informou ao blog que não é
filiado a nenhum partido, que não pretende se filiar e que não é candidato à
Presidência da República ou a outro cargo político qualquer.
“Uma candidatura à Presidência sem uma forte estrutura
partidária por trás seria uma aventura”, assinala o general, objeto do
interesse de um grande número de brasileiros que cogitam de sua disputa ao
Planalto em outubro próximo. “E o país não comporta mais aventuras depois da
Presidência de Fernando Collor [1990-1992]“.
Para o general, a opção de filiar-se a um partido de menor
projeção e, depois, precisar sair à procura de recursos para financiar uma
campanha, “de pires na mão”, significaria “acabar assumindo compromissos que
mais tarde precisarão ser pagos, e isto não é comigo”.
Pergunto se não lhe interessaria candidatar-se a senador ou
a deputado futuramente (uma vez que, não tendo filiação partidária, não poderia
concorrer em outubro próximo):
– Veja bem, isso não levaria a nada. É difícil ter uma
participação mais significativa dentro de um quadro político em que as coisas
já estão delineadas. Do jeito que a coisa está montada, uma só pessoa que
pretenda alterar o atual estado de coisas vai acabar morrendo de desgosto ou,
por ingenuidade, ou desconhecimento, ser envolvido em algo negativo.
E acrescenta:
– Não há salvadores da pátria. O problema do país é
acertarmos em termos de escolha. É algo de formação das pessoas, de muito longo
prazo. Nossa democracia está consolidada, mas me preocupa o fato de que a
juventude em geral, o que inclui seus melhores quadros, está muito afastada da
participação na política. Há muita gente que tem condições intelectuais e de
formação e pode contribuir para o país mas não é cooptada pela política. A
estrutura atual é perversa, e precisa ser mudada em profundidade.
Pergunto sobre os supostos 5,6 milhões de votos que
determinada pesquisa indicaria que alcançaria caso concorresse ao Planalto:
– Esses supostos 5,6 milhões de votos apareceram em
reportagem da revista IstoÉ. Não sei de onde tiraram esse número. Se isto for
verdadeiro, é fruto do que pude contribuir com meu trabalho no Exército, é
produto, talvez, da generosidade com que meus ex-comandados espalharam minhas
eventuais virtudes. De todo modo, embora tudo seja muito desvanecedor para mim,
5,6 milhões de votos não são nada num colégio de 130 milhões de eleitores.
Para o general, “pregar a volta dos militares” ao poder —
como alguns têm feito — “é estupidez”:
– Alguém que pense assim e esteja a meu favor quer, na
verdade, me empurrar para o buraco. Ter essa postura é afrontar tudo o que foi
conquistado em muitos anos. O único caminho para o país — está comprovado — é a
democracia. É inimaginável se controlar a liberdade das pessoas. O único
caminho de fortalecimento e desenvolvimento para o Brasil é a democracia.
Qual seria sua opinião sobre um certo “Partido Militar
Brasileiro”, que está sendo fundado?
– É um absurdo. Quando os militares tiverem vínculo com
algum partido político estaremos perdidos. Essa ideia é absurda.
Pretende declarar apoio público a algum candidato a
presidente, no primeiro ou no segundo turno?
– Não vou apoiar publicamente nenhum candidato, nenhum me
comove. Prefiro ficar como espectador.
O general se diz muito satisfeito com suas tarefas como
diretor de Educação Corporativa e de Comunicações do Comitê Olímpico
Brasileiro. “Trabalho com algo que sempre me fascinou — a educação, o ensino”.
Conta que também tem feito palestrar por vários Estados brasileiros, em geral
sobre três temas — liderança, a Amazônia e o problema do Haiti.
– Faço as palestras, mas não tenho coragem de
cobrar. Faço de graça.
Eu votarei no mestre Jair Bolsonaro, ele é o único homem com colhões para enfrentar e peitar essa quadrilha de bandidos do PT!
ResponderExcluirÉ uma pena que o General Heleno não irá se candidatar! Ele é uma pessoa que merece todo o nosso respeito!
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