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Governo anuncia corte de gastos e propõe retorno da CPMF



O governo federal fez o anúncio nesta segunda-feira (14) de um bloqueio adicional de gastos no orçamento do ano que vem. Com a medida, o governo pretende congelar cerca de R$ 26 bilhões que seriam destinados aos cofres públicos. O possível retorno da CPMF também foi assunto da pauta.

O GRAVÍSSIMO PECADO DOS OMISSOS


1. O PAÍS PERDE TRINTA ANOS EM 13

 Os responsáveis pela crise brasileira podem ser classificados em três grupos principais. O primeiro inclui políticos, governantes e formadores de opinião que, numa rara e fecunda combinação de ignorância, incompetência e desonestidade, jogaram o país no abismo. O segundo é formado pelos que se beneficiando do governo concederam sucessivos mandatos a quem, diligentemente, conduzia o país de volta aos anos 80. Uniram-se no palco para a grande mágica petista: o país perde trinta anos em 13! O terceiro é o dos tão descontentes quanto omissos. Refiro-me à turma que não sai do sofá. Quando a água bate nas canelas, pegam as velhas listas telefônicas e sentam em cima. Estes últimos incorrem no gravíssimo pecado de omissão. Eu ficaria feliz se os ônus do que vem por aí incidisse, direta e pessoalmente, sobre cada um desses três grupos em vez de se repartir de modo tão injusto sobre o conjunto da população.

2. OMISSOS!

 É gravíssimo o pecado dos omissos no atual momento histórico brasileiro! O sujeito lê uma pesquisa e fica sabendo que quase 70% da população quer o impeachment da presidente e que ela conta com a confiança de menos de 8% da sociedade. Diante desses dados, em seu comodismo, ele se considera contado e se dá por representado. Naquela cabeça de cidadão omisso, o dado da pesquisa fala por ele. Representa-o.

3. TERCEIRIZAM O PRÓPRIO DEVER

Pouco importa se seu congressista, ou o Congresso inteiro, não o fazem. Pouco lhe interessa se o único assunto das lideranças com poder de fogo no parlamento é a formação de um "acordão" que mantenha tudo como está. Não o perturba a inconfiabilidade dos tribunais superiores. Ele terceirizou todas as suas responsabilidades cívicas. Ou o fez para as Forças Armadas, que não podem e não devem intervir fora das previsões constitucionais. Ou o fez para o juiz Sérgio Moro, como se o bravo magistrado e a sala onde trabalha não estivesse situada no andar térreo do enorme e pouco confiável edifício judiciário. A pachorra dos processos criminais contra personalidades do mundo político é simétrica à pachorra dos cidadãos omissos. E esta serve àquela.

4. MOBILIZAÇÃO OU CAOS

No entanto, o fio pelo qual pende esse trágico governo, só poderá ser rompido quando a mobilização do povo, fonte legítima de todo poder, alcançar proporções multitudinárias, se dezenas de milhões (e não centenas de milhares) forem às ruas, pacífica e ordeiramente, rugir de modo reiterado e insistente sua inconformidade para desestabilizar a quietude das instituições.

Uma das páginas mais aviltantes da nossa história está sendo escrita no tempo presente com as tintas da ignorância, da incompetência, da desonestidade e da omissão.


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Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

Só há uma saída política e econômica para o Brasil, a saída de Dilma



O professor Marco Antônio Villa comenta o anúncio do plano de corte de gastos do governos e enfatiza que, para o Brasil sair das crises econômica e política só resta uma opção: a saída de Dilma Rousseff do poder.

CUT protesta na Paulista contra pacote de Dilma



CUT faz manifestação na Avenida Paulista e critica pacote anunciado pelo Governo Dilma.

Dilma está com os votos pró impeachment e os dias contados



A coluna 'Veja Bem' com Felipe Moura Brasil mostra que a contagem dos votos pró-impeachment e o roteiro discutido pela oposição levam o desgoverno de Dilma Rousseff ao desespero.

Refugiados são batata quente nas mãos da Europa



A crise dos refugiados na Europa está gerando uma versão muito simplificada. Dizem que a Hungria tem se comportado de um jeito cafajeste. E que a Alemanha, ao contrário, tem reagido com muita generosidade. Pode até ser um pouco isso.

Mas vamos pintar esse quadro com menos contrastes. A crise é imensa. A União Europeia afirma que já recebeu desde janeiro 500 mil refugiados. O dobro do que em todo o ano passado. Os refugiados sírios são maioria.

Eles chegam à Grécia e começam a subir na direção do Norte. Poderiam escolher um trajeto mais perto do litoral adriático. Mas teriam mais montanhas e mais fronteiras. Então seguem um caminho mais longe do mar. Chegam até a Sérvia, tentam entrar na Hungria, e depois viram à esquerda para chegar à Áustria e à Alemanha.

A Hungria fechou a fronteira com a Sérvia. Construiu uma cerca de arame farpado de 175 quilômetros. E prendeu 60 refugiados que arrebentaram com a cerca para entrar no país. O primeiro-ministro húngaro se chama Viktor Orban. É um conservador. Mas o país dele é pequenininho. A Hungria tem só 10 milhões de habitantes, e já gastou este ano, com os refugiados, 220 milhões de dólares. A Hungria é pouco receptiva aos refugiados. No ano passado, 43 mil pediram asilo. Mas só 260 vistos foram emitidos.

A Alemanha é um país bem maior e mais rico. Tem 80 milhões de habitantes. Mas também está em dificuldades com tanta gente chegando. Está controlando a identidade de quem chega desde o fim de semana. Acreditava há três meses que receberia este ano 450 mil refugiados. Vai receber 800 mil ou mais. A população não despreza esses estrangeiros.

Existem 350 projetos de acolhimento, tocados sobretudo por voluntários. Mas o governo tem medo da infiltração de terroristas islâmicos. E há também os grupos neonazistas, que praticam atos de hostilidade contra estrangeiros. Já foram mais de 100 este ano. O resumo da ópera é o seguinte: a Europa está com uma enorme batata quente nas mãos.

É assim que o mundo gira.