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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Como o governo dos incapazes capazes de tudo não vai mudar, o Brasil só sairá da crise se mudar urgentemente de governo


Em dezembro de 2013, o deputado federal Duarte Nogueira, do PSDB paulista, constatou que “nos governos do PT há os incapazes e os capazes de tudo”. Passados menos de dois anos, os dois tipos se fundiram: são incapazes capazes de tudo tanto Dilma Rousseff quanto os pais-da-pátria e mães-da-nação que compõem a comissão de frente do pior governo de todos os tempos.

Como constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, só gente assim é capaz de jurar, sem ficar ruborizada, que não existe mais nada a cortar nos gastos públicos. Como assim? E o paquiderme ministerial com 38 tetas? E as 140 estatais, todas devastadas por esquemas corruptos semelhantes ao que superou a barreira do bilhão agindo na Petrobras? E a farra que sangra o Bolsa Família, codinome do maior programa oficial de compra de votos do mundo?

E as embaixadas sem serventia? E as comitivas presidenciais de matar de inveja um sheik da OPEP? E o colosso de cargos de confiança que transformou o petista desempregado numa espécie extinta? E a imensidão de dólares enterrados no exterior pelo BNDES? E o perdão das dívidas de países africanos explorados por ditadores companheiros? E a clemência criminosa que poupa de cobranças os caloteiros da Receita Federal, fora o resto?

Já que não há o que cortar, recita o coro dos cínicos, é preciso criar novos impostos e aumentar os existentes. Na quarta-feira passada, diante das insistentes tentativas de ampliar a obesidade da carga tributária obscena, um senador fez o perfeito resumo da ópera: “Ao governo, cabe abandonar o mantra obsessivo de mais e piores impostos e operar uma reforma profunda do Estado, reduzindo Ministérios, cargos comissionados, e revendo contratos. Agora é a hora da verdade. O governo não cabe mais no PIB brasileiro e precisa reavaliar todos os seus programas e conferir prioridade aos que devem ser mantidos”.


Não, quem disse isso não foi Aécio Neves ou qualquer outro senador da oposição. Foi, quem diria, Renan Calheiros. Por isso mesmo, faltou a conclusão essencial: como o governo não vai mudar, o Brasil só sairá da crise se mudar urgentemente de governo. Se a farsa que vai completando 13 anos não acabar, acaba o país. A menor distância entre a normalidade econômica e a falência é uma dilma.

Sem ilusões. O que já era ruim agora está pior



O ministro Levy e todo o governo estão tentando minimizar a importância do rebaixamento da nota de avaliação do País, pela Standard & Poors, e as implicações negativas que isso pode ter para o andamento da economia que já está pra lá de ruim.

É muito estranha, principalmente, a postura do ministro. Não combina com o currículo dele. Levy assumiu o Ministério da Fazenda com a proposta de um ajuste das contas que garantisse um superávit, este ano, de 1,2% do PIB. Ele era a grande aposta de uma austeridade maior, de um compromisso efetivo do governo com o reequilíbrio das finanças. Em vez disso, as contas estão no vermelho, em nível recorde, com a economia numa recessão brutal.

E a proposta orçamentária do ano que vem, que foi uma das coisas que precipitaram a perda do grau de investimento, prevê um rombo de mais de 30 bilhões de reais. Mesmo assim, o ministro afirma que o governo está fazendo um esforço louvável para reduzir as despesas e comemora o fato de ter cortado 80 bilhões de reais do orçamento deste ano.

Vale observar que não foi corte de gastos, mas sim de uma intenção de gastos que havia sido autorizada pelo Congresso.A situação aperta e você desiste de gastar o que pretendia. Só que isso não quer dizer que você esteja colocando as finanças em ordem. Você pode continuar gastando mais do que recebe, mesmo economizando. E é isso que está acontecendo com o governo. Fez cortes sim. Mas nada que assegure um superávit. E a arrecadação, a receita, estão caindo porque a economia perdeu fôlego.

O pior é que nada de novo foi apresentado mesmo com o rebaixamento do País, da perda de selo de bom pagador. Segundo o ministro a intenção ainda é de um superávit de 0,7% do PIB no ano que vem. Mas as ações pra garantir esse resultado, revertendo o déficit já previsto, só devem ser anunciadas mais para o final do mês. Desse jeito, a crise econômcia, a política e a de confiança só tendem a ganhar força. O comportamento do mercado refletiu bem isso.

O dólar só não subiu mais porque a disparada das últimas semanas já antecipou, em certa medida, o rebaixamento da nota do Brasil, e o Banco Central ofertou contratos, que são uma espécie de venda de dólares, pra dar mais proteção contra as oscilações do dólar - mais um bilhão e meio de dólares - o que segurou um pouco a pressão. Mas o dólar ainda fechou o dia em alta forte. Não dá pra ter ilusões. Se as perspectivas já eram ruins, agora estão piores. Não só pelo rebaixamento, mas também por essa postura meio alienada do governo.

Rebaixamento: problema e solução



Nesta edição de Pronto Falei, o comentarista político Reinaldo Azevedo fala sobre o rebaixamento da nota do Brasil pela agência de classificação de risco Standard & Poor's e o país perdeu agora o grau de investimento. Isso aconteceu porque a situação fiscal se deteriorou de maneira brutal. Reinaldo Azevedo destaca que as grandes despesas dos governos petistas pioraram a situação. A S&P rebaixou ainda nesta quinta-feira (10) empresas, entre elas a Petrobras. Reinaldo fala sobre o que pode acontecer nas duas agências de risco - Moody's e Fitch. Reinaldo diz ainda que com essa decisão da S&P se adensa o clima em favor do impeachment.