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quarta-feira, 26 de agosto de 2015
O limite político da crise econômica
Por Nivaldo Cordeiro
Quando o PT e Dilma Rousseff sairão do poder? Ninguém sabe,
mas penso que os fatos se precipitaram pela desordem provocada pela crise
econômica. O dead line será quando o Brasil perder o grau de investimento, que
sinalizará para a fuga de capitais em massa. A desordem alcançaria níveis
gregos.
Colombianos na Venezuela: refugiados ou bandidos ?
Por Veja.com
Paramilitares, narcotraficantes, terroristas,
contrabandistas e Guarda Bolivariana... A fronteira entre a Colômbia e a
Venezuela é uma selva, e Diogo Schelp, Nathalia Watkins e Duda Teixeira a
explicam.
Dilma só economiza em arrependimento
A coluna 'VEJA Bem' com Felipe Moura Brasil relembra a
distinção de dois tipos de arrependimento feita por Benedetto Croce
(1866-1952), o "moral" e o "econômico", para analisar o
"errei" de Dilma Rousseff.
ONG calcula 36 milhões de escravos no mundo
O assunto de hoje é a escravidão. É aquilo que a Lei Áurea
aboliu no Brasil, há 127 anos. Pois bem, a escravidão continua a existir. E
existem entidades que estudam essa questão. Uma delas é uma ONG com sede na
Austrália, que se chama Walk Free. Ela acredita que quase 36 milhões de pessoas
sejam hoje escravas em todo o planeta.
Para alguns especialistas, esse número é exagerado. Mesmo
assim, a ONG diz que essa condição horrorosa persiste numa lista de países
encabeçada pela Índia, onde existem 14 milhões de escravos. Estão em seguida a
China e o Paquistão. A revista inglesa Economist abordou recentemente o
assunto. Disse que a escravidão está crescendo em alguns países muçulmanos.
Citou o caso do Marrocos, onde meninas são entregues pelas famílias muito pobres,
para serviços domésticos nas casas das famílias mais ricas.
Mas a novidade mais assustadora vem desse grupo militar que
controla parte da Síria e do Iraque, que é o Estado Islâmico. Ele sequestra
mulheres e adolescentes da etnia dos iazidis, e as revende por até 200 dólares
a bordeis do Oriente Médio. Os iazidis são um povo monoteísta, respeitável e
muito antigo. O Estado Islâmico também pratica o crime de sequestrar
adolescentes, para vende-las como esposas a muçulmanos que praticam a
poligamia.
Um grupo de 140 professores universitários lançou no ano
passado um manifesto, em que alerta o Estado Islâmico de que isso é crime, e
que não ter nenhum fundamento no Alcorão. O país com mais escravos per capita é
a Mauritânia, na África do Norte, onde uma lei que criminaliza a escravidão foi
aprovada apenas há oito anos. Mesmo assim, a lei é pouco aplicada.
No Golfo Pérsico, o pequeno emirado do Qatar aboliu a
escravidão em 1952, há apenas 63 anos. Mas há denúncias sobre o uso de trabalho
escravo em grandes obras públicas. O governo tomou algumas medidas, porque sabe
que esse tipo de coisa emporcalha a imagem do emirado, que pretende sediar a
Copa do Mundo de 2022. É assim que o mundo gira.
Roda Viva: Entrevista com o historiador Boris Fausto
Por Roda Viva
Historiador fala dos casos atuais de corrupção, da presença
do Judiciário e do papel da oposição no Brasil de hoje.
Autor de obras essenciais para a compreensão da República,
como “A Revolução de 1930”, o historiador Boris Fausto se vale da extraordinária
intimidade com o passado para analisar o presente e fazer projeções sempre bem
fundamentadas sobre o futuro. Em 2014, depois de esbanjar talento também em
romances policiais, ele decidiu escrever um diário sobre as mudanças ocorridas
no cotidiano e na alma pela morte da mulher com quem convivera por 49 anos. O
resultado foi “O Brilho do Bronze”, outro sucesso de público e crítica, que
trata com excepcional sensibilidade de temas especialmente delicados.
O convidado desta noite transformou o Roda Viva gravado no
início de agosto numa lição de vida e numa aula de Brasil. A bancada de
entrevistadores foi composta por Paulo Werneck (editor e curador da Flip 2015),
Janice Theodoro da Silva (professora de história da América da USP), Ivan
Marsiglia (jornalista e sociólogo), Iris Kantor (professora do departamento de
História da USP) e Roldão Arruda (jornalista).
Fonte: Veja