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domingo, 16 de agosto de 2015
GRAMPO REVELA LIGAÇÃO DE LULA A EXECUTIVO DA ODEBRECHT
Por Diário do Poder
Na conversa com o ex-presidente, Alexandrino, preso
4 dias
depois, fala em 'acertar o posicionamento' (Foto: AE)
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PF GRAVA TELEFONEMA DE LULA COM UM DIRETOR PRESO DA
ODEBRECHT
A Polícia Federal citou o nome do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva nos autos da Operação Lava Jato sobre a empreiteira Odebrecht. Em
relatório final de interceptação telefônica da Operação Erga Omnes, 14ª fase da
Lava Jato, a PF informa ao juiz federal Sérgio Moro que o ex-presidente
conversou com o executivo Alexandrino de Salles Ramos Alencar, da empreiteira
Odebrecht no dia 15 de junho de 2015. Quatro dias depois do telefonema,
Alexandrino Alencar foi preso com o presidente da maior empreiteira do País,
Marcelo Bahia Odebrecht.
Segundo o relatório, Lula estaria preocupado com ‘assuntos
do BNDES’. A PF não grampeou o ex-presidente. Os investigadores monitoravam os
contatos do executivo, por isso a conversa foi gravada.
“Outro contato considerado relevante ocorreu em 15 de junho
de 2015 às 20:06, entre Alexandrino Alencar e o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. Nele ambos demonstram preocupação em relação aos assuntos do BNDES
referindo-se também a um artigo assinado por Delfim Netto que seria publicado
no dia seguinte sobre o tema. Alexandrino disse também que Emilio (Emilio
Odebrecht) teria gostado da nota que o Instituto Lula ( … ” criado pelo ex-presidente
em 2011, depois que ele deixou o governo, para trabalhar pela erradicação da
fome no mundo, aprofundar a cooperação com os países africanos e promover a
integração latino-americana, entre outros objetivos”) teria lançado depois da
divulgação do laudo pericial acerca da contabilidade da empresa Camargo Corrêa,
que teria doado três milhões de reais ao Instituto entre 2011 e 2013 e efetuado
pagamentos a Lils Palestras Eventos e Publicidade LTDA na ordem de R$ 1,5
milhão no mesmo período”, assinalou o delegado federal Eduardo Mauat da Silva,
que integra a força-tarefa da Lava Jato.
O Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES) é alvo de uma CPI no Congresso, que investiga suspeitas de empréstimos
contrários ao interesse público feitos durante as gestões de Lula e da
presidente Dilma Rousseff – 2003 a 2015.
Outro nome citado no relatório é de Marta Pacheco Kramer,
executiva da Odebrecht. Segundo a PF, Alexandrino Alencar disse que Marta seria
ligada ao Instituto Lula.
“O investigado também recebeu ligações de Marta Pacheco
Kramer na data da deflagração da operação as 06:06 da manhã do dia 19 de junho
de 2015. Curiosamente, Marta foi identificada pelo próprio Alexandrino como
vinculada ao “Instituto Lula” o que restou consignado junto ao auto de
arrecadação lavrado na residência do investigado acerca dos contatos
telefônicos feitos pelo mesmo quando da chegada da equipe”, informou o delegado
federal Eduardo Mauat da Silva. (AE)
Instabilidade do mercado internacional afeta economia do Brasil
As instabilidades do mercado internacional desta semana
acabam interferindo diretamente na economia brasileira. A desvalorização da
moeda da China e queda do dólar contribuem para esse cenário.
Num dia só, o pelego metido a valentão prometeu lutar por Dilma ‘de arma na mão’ e anunciou a rendição do exército da tubaína
Cara balofa de quem repete a sobremesa, silhueta de quem só
sua a camisa em comício e tem o peso calculado em arrobas, o companheiro Vágner
Freitas é uma das incontáveis provas ambulantes de que os líderes sindicalistas
do lulopetismo só se mostram bons de briga quando combatem pratos de comida
empunhando garfo e faca. A fachada sem parentesco com a de um militar
profissional não o impede de fingir que nasceu e cresceu num quartel. Nesta
quinta-feira, por exemplo, Freitas apareceu fantasiado de oficial condecorado
na missa negra celebrada pela salvação do governo moribundo.
O vídeo resume a performance do general de cordão
carnavalesco. Depois de confundir boné com quepe e trocar a presidência da CUT
pelo comando de outra tropa de chanchada, Freitas caprichou no dilmês erudito:
“Quero dizer em alto e bom tom que somos defensores da unidade… nacional, na
construção de um projeto nacional de desenvolvimento para todos e para todas”.
Feita a introdução, desandou na beligerância: “Isso implica agora, nesse momento,
ir pras ruas entrincheirados, com arma na mão, se tentarem derrubá a presidenta
Dilma Rousseff”.
O entusiasmo da soldadesca reunida num salão do Planalto
animou-o a reiterar a declaração de guerra à sensatez e ao estado de direito:
“Seremos, presidenta Dilma… qualquer tentativa de atentado à democracia, à
senhora ou ao presidente Lula, nós seremos o exército que vai enfrentá essa
burguesia na rua”. Além das divisões do MST chefiadas por João Pedro Stédile,
os 71% de brasileiros indignados com a era da canalhice teriam de enfrentar um
segundo exército movido a tubaína, sanduíche de mortadela e cédulas de 50
reais. Certo? Errado, informou a pronta retirada empreendida por Freitas.
“Foi apenas uma figura de linguagem”, recuou o falastrão. “É
a arma da construção da democracia. É a arma do debate das ideias, nunca de
nenhum tipo de violência física, nada bélico”. Nesta sexta-feira, uma nota
oficial consumou a rendição sem luta. Não se deve enxergar na discurseira “um
chamado à violência, ao uso de armas de fogo”, diz um trecho. “Nossas armas são
o poder de convencimento, a organização, a formação política, a mobilização, o
debate de ideias, a ocupação dos espaços, sejam as ruas, sejam os locais de
trabalho, a greve geral, essa sim a nossa maior arma”.
A bravata confirmou que valentia de pelego cevado nos
banquetes, mesadas e favores do poder dura menos que um dia. Foi concebida para
assustar os milhões de brasileiros fartos de corrupção e incompetência. Acabou
transformado num motivo a mais para que, neste 16 de Agosto, os protestos de
rua mostrem com contundente clareza que é o povo quem manda no país.