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quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A devassa do porão de um site 171 vai antecipar a dedetização da esgotosfera


Está pronta para sair do forno da Câmara uma CPI dos Crimes da Internet, proposta pelo deputado Sibá Machado, líder da bancada do PT. Como essa raridade da fauna amazônica ainda não foi devassada pela ciência, ignora-se o que pretendia o parlamentar do Acre ao disparar o tiro no pé: comandada pela maioria antigovernista, a comissão não poupará a máquina montada pelo governo para insultar adversários, louvar incompetentes e absolver criminosos.

A rajada da Lava Jato que inundou o porão do site Brasil 247 (podem chamar de 171 que ele atende) acabou precipitando a dedetização da esgotosfera, um amontoado de cortiços infestados de ex-jornalistas que prosperam como comerciantes de textos e “eventos” de quinta categoria. Apresentam-se como “blogueiros progressistas”. São apenas canalhas. E os mais notórios, constata o comentário de 1 minuto para o site de VEJA, encaixam-se no perfil do meliante capturado pela Polícia Federal.


Todos foram editores de economia ou diretores de publicações especializadas em assuntos econômicos. Todos perderam a pouca vergonha para ganhar muito dinheiro. Todos se tornaram esquerdistas desde criancinha assim que o lulopetismo chegou ao poder. Todos são financiados por empresas estatais. Todos enriqueceram com “seminários” patrocinados pela Petrobras e pela Caixa Econômica Federal. Por tudo isso e muito mais, todos merecem cadeia.

O que está ruim pode piorar



Noblat comenta a situação do governo Dilma, depois da nova prisão do Ex-Ministro José Dirceu.

O paralelo entre agosto de 1954 e agosto de 2015



O historiador e comentarista político da Jovem Pan Marco Antonio Villa faz um comparativo entre o mês de agosto de 1954 que resultou no atentado da rua Toneleiros que causou o suicídio do então presidente Getúlio Vargas, com a atual situação da presidente Dilma Rousseff.

Coragem brasileiros!

Por Sérgio Paulo Muniz Costa

O Almirante Othon Luiz PInheiro da Silva é
referência na área nuclear, sendo considerado
o "Pai do Programa Nuclear Brasileiro"
Que se vão tantos quantos forem necessários para que vivamos sem corrupção e, acima de tudo, sem medo. Temos leis e temos instituições

Já circula pela Internet um currículo do presidente licenciado da Eletronuclear, almirante da reserva, preso no último dia 28 na nova fase da Operação Lava Jato.

A divulgação, de viés petista desde suas origens, pratica aquilo que se pode chamar de jornalismo temerário, assinalando que não importa saber se ele é culpado ou inocente, mas sim que se trata do “Pai do Programa Nuclear Brasileiro”, para depois atacar a justiça e a imprensa.

Sem qualquer preocupação em desmentir as notícias sobre as razões da prisão preventiva, a iniciativa vai além do usual procedimento quadrilheiro de responder acusação com acusação, para sim embaralhar fins e meios que justifiquem a corrupção. O tal do dossiê deveria ter outro nome: “Como o PT enterrou o programa nuclear brasileiro”.

Tem razão o Financial Times em comparar o Brasil a um filme de horror sem fim, pois a corrupção no País é simplesmente de dar medo, na medida em que ela põe tudo a perder: carreiras, famílias, patrimônios, honras e méritos acumulados ao longo de uma vida.

Tomemos como exemplo o depoimento de um diretor da Petrobrás acusado de corrupção que optou pela delação premiada. Logo em sua abertura, ele coloca sua promoção a Diretor da empresa como seu “Generalato”, o qual, segundo ele, dependeria uma indicação política.

O que seria um inconveniente a qualquer meritocracia se revelou, no curso das investigações, uma prática criminosa nas mais altas esferas da República. Não poucos brasileiros podem ter se identificado, pela idade e aspirações profissionais, à carreira do diretor delator na Petrobrás, até uma certa altura.

Cursos exigentes, responsabilidades pesadas, empreitadas difíceis e sucessos de dar orgulho, tudo isso foi jogado no lixo, por conta de sua submissão a um poder político pervertido ao ponto de se arrogar direito de promover, cooptar, corromper e se eximir de qualquer responsabilidade, não necessariamente nessa ordem.

É de dar medo, e é para dar mesmo, ao servidor público que ambiciona o coroamento de sua carreira, ao empresário de sucesso que quer fechar bons contratos com base nas vantagens de sua empresa e produto, ao profissional liberal que encontrou o seu espaço, dentre outros, todos a partir de seu mérito, trabalho  e esforço.

Num ambiente como o que vai se consolidando no Brasil, o quê de imoral, ilegal e amoral lhes será pedido em troca de ascensão ou sucesso? Quando baterão às suas portas para achacá-los com a ameaça de fim de carreira,  negócios ou mero ganha pão?

Esse medo, na verdade, é de todos os brasileiros, não só dos mais bem-sucedidos ou instruídos. É também o medo de que os desvios de recursos paralisem os serviços assistenciais críticos para os mais pobres, de que o derretimento da moeda leve pelo ralo o já combalido poder de compra, e acima de tudo, de que nada aconteça aos responsáveis por tudo isso que já nos acontece, pois resultará na realização dos nossos piores medos.

É aterradora a possibilidade de a nossa diplomacia ter favorecido no exterior empresas nacionais envolvidas em corrupção, que programas de defesa tenham servido a vultosas transferências ilegais de dinheiro e que o tráfico de influência de um ex-mandatário seja uma operação casada, pois uma ou mais dessas possibilidades confirmadas pelas investigações em curso ou vindouras caracterizarão o completo domínio do Estado brasileiro pela quadrilha que está no Poder.

Mas apavorantes mesmo, pois estão praticamente consumados, são o anunciado abraço de afogado da presidente aos governadores levando ao fundo a responsabilidade fiscal e a capitulação do Procurador-Geral da República em pedir o afastamento do investigado que tem poder para impedir investigações e mudar a lei que pode investigá-lo.

Isso representa a neutralização das últimas defesas contra duas ameaças bem reais ao Estado brasileiro: a insolvência das finanças públicas e o colapso do estamento legal. É realmente de dar medo o que pode vir por aí.

Mas ao falarmos de medo, uma sensação comum a todos nós, é obrigatório tratarmos da única reação possível a esse medo que vai paralisando o País.

E ela pode ser ilustrada com uma estória que os nossos pracinhas trouxeram da guerra, o lugar de todos os medos. Uma companhia de Infantaria da nossa Força Expedicionária tinha dentre os seus integrantes um jovem  mato-grossense chamado Jovino. Homem do interior, pouco afeito às aparências, Jovino era constantemente repreendido por esquecimento ou desajuste de alguma peça de uniforme ou equipamento.

Na linguagem da caserna, Jovino seria o perfeito “mocorongo”, não fosse um detalhe: ele era um combatente excepcional. Voluntário para todas as missões, era comum encontra-lo “fazendo a ponta” do seu grupo de combate, arriscando-se e se safando sempre.

Tantas fez o Jovino que acabou levando um tiro. Ferido, com alguma gravidade, foi evacuado ao longo de sucessivos escalões até um distante hospital de campanha. Semanas mais tarde, o seu Capitão comandante foi avisado de que o Jovino fugira do hospital e que era provável que ele aparecesse na linha de frente à procura de seus companheiros. Não deu outra. Dois dias depois, apareceu o Jovino esfarrapado, sujo e barbado perante o seu comandante.

De nada adiantou explicar-lhe que a guerra não era uma bagunça, que já fora substituído, que não havia armamento para ele, que não deveria ter fugido do hospital, etc. etc. Os olhares que se fixaram  no Capitão encaminharam a solução: brasileiramente, arrumou-se um fuzil e um lugar para o Jovino na guerra e ele ajudou a terminá-la.

Muitos anos mais tarde, o Capitão comandante do Jovino, já Coronel, às vésperas de passar para a reserva, soube que o seu antigo soldado estava internado no Hospital Central do Exército, gravemente enfermo. O Coronel não hesitou e foi visitá-lo.

Lá conversaram, e Jovino, cego, passava as mãos nas medalhas do Coronel, lembrando como eles as haviam conquistado juntos. Em determinada altura, o Coronel, emocionado, disparou a pergunta de muitos anos ao Jovino:  “- Jovino, eu sei que você é um homem muito corajoso, mas você nunca teve medo de morrer?” Ao que Jovino respondeu: “- Ah meu Capitão, não sei se fui corajoso não, eu sei é que eu tinha medo de ter medo”. Na sua simplicidade, Jovino havia alcançado a sublime definição de coragem.

Em janeiro de 1822, os brasileiros se uniram para sustentar aquele que lhes daria a sua Independência e seria seu Imperador. Nove anos mais tarde, cobraram-lhe respeito quando ele o perdeu por eles e o deixaram partir quando ele não o recuperou. Em 1889, viram partir outro Imperador, querido, aderindo ao novo regime quando entenderam que o antigo não servia mais ao País.

Em 1930 derrubaram uma República arrogante e corrupta que pretendia prescindir de sua representação. Quinze anos mais tarde, destronaram o seu libertador que havia se transformado em ditador. Concederam-lhe nova chance nas urnas, consternaram-se com sua fraqueza e choraram sua morte.

Dez anos depois, chamaram seus militares para por fim ao caos que a demagogia, corrupção e subversão haviam instalado no País e vinte anos depois disseram que não os queriam mais na política.

Este nunca foi um país de alguém, de um imperador, de uma oligarquia, de um ditador ou de um projeto. O Brasil nunca viveu de mitos e se houve quem pretendeu encarna-los, logo a nação o despachou ou o viu pelas costas. 

Esta não é uma República de procuradores, como tampouco é uma República sindicalista. Esta é uma República de cidadãos nascidos e acolhidos em um país que não se tornou grande e forte pelo medo. Se assim aconteceu, foi pelo medo de tê-lo, como o Jovino.
Portanto, fora Lula, fora Dilma, fora Renan, fora Cunha! Quem mais?

Que se vão tantos quantos forem necessários para que vivamos sem corrupção e, acima de tudo, sem medo. Afinal, temos muito mais do que já tivemos no passado em situações tão perigosas quanto à de hoje: temos leis e temos instituições.



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Paulo Muniz Costa é Doutor em Ciências Militares e Historiador.

Dirceu ainda não descobriu que nada é tão absurdo quanto morrer na cadeia por Lula


 

Conforme as circunstâncias e as conveniências, o companheiro José Dirceu jura ter feito o que nunca fez ou nega ter sido o que comprovadamente foi. Despejado da Casa Civil em junho de 2005, por exemplo, o doutor em luta armada que só atirou com balas de festim caprichou na pose de guerrilheiro condecorado para proclamar-se “camarada de armas” de Dilma Rousseff. Em novembro de 2010, no trecho do Roda Viva reproduzido no vídeo acima, amputou um bom pedaço da biografia com a frase espantosa: “Eu não era deputado no governo Fernando Henrique”.

“Eu fui eleito em 78″, acrescentou sem ficar ruborizado. Só se foi eleito Comerciário do Ano de Cruzeiro do Oeste, no interior do Paraná, onde se entrincheirou na caixa registradora do Magazine do Homem entre 1975 e 1979, quando a decretação da anistia animou o falso Carlos Henrique Gouveia de Mello a restaurar o nome de batismo e retomar a militância política. Elegeu-se deputado federal em 1990. Derrotado na disputa pelo governo federal em 1994, assumiu no ano seguinte a presidência do PT.

Durante o primeiro mandato de FHC, o comandante do partido fez o diabo para impedir que o inimigo vitorioso governasse. De volta à Câmara em 1998, liderou a mais raivosa bancada oposicionista da história do Congresso: todos os projetos e propostas do presidente tucano foram rejeitadas pela tropa em permanente estado de beligerância. A menos que um gêmeo univitelino tenha assumido o papel do irmão durante esse largo período, as fotos que aparecem no fim do vídeo comprovam que o ex-deputado federal José Dirceu é capaz até de negar que José Dirceu foi deputado federal.

Coerentemente, o chefe da quadrilha do mensalão continua jurando que não chefiou a quadrilha do mensalão. Previsivelmente, o reincidente sem cura alcançado pela Operação Lava Jato agora faz de conta que conhece só de vista os diretores da Petrobras que nomeou, que nunca ouviu falar nos empresários que extorquiu disfarçado de consultor e que soube do Petrolão pelos jornais. Muita gente anda recuperando a memória em Curitiba. E se o guerreiro abandonado por oficiais e soldados rasos revogasse a opção pela amnésia?

“É mais fácil matarem Dirceu do que ele fazer uma delação”, garantiu nesta terça-feira seu advogado Roberto Podval. Aos 69 anos, José Dirceu pode descobrir que nada é mais difícil e mais absurdo que morrer na cadeia por Lula.

Em reuniões no Peru, Dirceu falou de Lula e Petrobras


PARCEIRA – A consultora Zaida Sisson, petista e aprista, elo de Dirceu para expandir negócios com empreiteiras no Peru
PARCEIRA – A consultora Zaida Sisson, petista e aprista, 
elo de Dirceu para expandir negócios com empreiteiras no 
Peru (Reprodução/VEJA)
A brasileira Zaida Sisson, que recebeu 380.000 reais do petista, abriu as portas para o ex-ministro no país. Ela é suspeita de lavagem de dinheiro – e está na mira da Lava Jato

Vídeos obtidos pelo site de VEJA mostram a desenvoltura com que o ex-ministro José Dirceu circulava no alto escalão do governo peruano no segundo mandato do ex-presidente Lula - mesmo réu no processo do mensalão e defenestrado da Casa Civil em 2005. Em encontros com autoridades do país, o petista chega a se referir a estratégias comerciais do Planalto. E afirma que o Peru era uma das prioridades de Lula. Um dos encontros precede uma visita de Estado do ex-presidente ao país andino. Ao saber que o tema Petrobras seria tratado, Dirceu afirma: "Isso é importante". As portas para Dirceu no Peru foram abertas por meio da parceria com a mulher de um ex-ministro peruano, que recebeu do petista 378.785 reais. Outros 180.000 dólares (cerca de 620.000 reais) foram desembolsados pela Galvão Engenharia a pedido de Dirceu. Com a ajuda da brasileira Zaida Sisson de Castro, de 63 anos, o ex-ministro "expandiu sua consultoria para atuar no Peru", segundo a Polícia Federal - e passou a circular na cúpula do governo peruano.

Elo de Dirceu no país, a consultora Zaida era mulher do arquiteto peruano Rodolfo Luis Beltrán Bravo. Ele foi ministro da Presidência (1989-1990) no primeiro governo de Alan García, titular do Ministério do Comércio Exterior e diretor do Banco Central da Reserva, além de conselheiro comercial na embaixada peruana na Venezuela. Formado nos Estados Unidos e no Brasil, Rodolfo Beltrán já foi condecorado pelo governo brasileiro com a ordem Grã-Cruz da Medalha Cruzeiro do Sul.

Em 2 de novembro de 2009, Zaida levou Dirceu a uma reunião com o então primeiro-ministro do Peru, o político do Partido Aprista Peruano Javier Velásquez Quesquén, ex-presidente do Congresso Nacional. À época, ela prestava serviços à filial peruana da Galvão Engenharia - a empreiteira disse à Justiça que Dirceu esteve em uma reunião com Zaida e autoridades do governo do Peru, em defesa de interesses da empresa. No mesmo período, o marido de Zaida ocupava a diretoria do Agrorural, programa governamental de desenvolvimento produtivo agrário e rural do Ministério da Agricultura, no segundo governo do ex-presidente Alan García. Dirceu já estava com mandato cassado, réu no mensalão e longe do Palácio do Planalto, mas parecia falar em nome do governo brasileiro.

A reunião precedeu uma visita de Estado do ex-presidente Lula, no dia 11 de dezembro daquele ano. No fim do encontro, Dirceu perguntou a Velásquez se Lula não iria ao Peru em breve. Zaida interveio e respondeu que sim, e o premiê Velásquez acrescentou que conversariam sobre a Petrobras. Dirceu fez um sinal positivo com a mão e disse: "Isso é importante".
Na reunião, Dirceu conversou em "portunhol" com o então presidente do Conselho de Ministros sobre o desenvolvimento do Brasil, defendeu a integração tecnológica e disse que o Peru seria a saída "preferencial" que o Brasil buscava para o Pacífico. Ele também afirmou que muitas empresas brasileiras estavam interessadas em investir no país. "Tem muitos empresários brasileiros que querem vir ao Peru", afirmou Dirceu.

"O Lula tem o Peru como prioridade na América do Sul. As relações com Paraguai e Bolívia são de outro tipo porque temos contencioso e temos que apoiar o desenvolvimento desses países. O Peru está em outro nível. E com a Argentina temos problemas e mais problemas porque é natural, são duas economias que competem", diz Dirceu. "Estou à ordem. Basta me convocar que estou sempre à disposição do Peru", despediu-se.

A audiência foi gravada em vídeo e publicada por Zaida em um canal de vídeos na internet. O registro da reunião foi apagado depois que o site de VEJA questionou Zaida sobre sua atuação profissional e seus elos com Dirceu. Ela não respondeu.
No mês seguinte, Lula faria mais um incentivo aos investimentos brasileiros no Peru, inclusive com crédito do BNDES. O ex-presidente palestrou a empresários peruanos e brasileiros, reuniu-se reservadamente com Alan García, e depois com o atual presidente, Ollanta Humala, do Partido Nacionalista Peruano. Lula ainda assinou onze acordos de cooperação com o país andino, na área de transporte aéreo, comércio e energia, como a construção de uma hidrelétrica na fronteira com o Acre. "Os empresários brasileiros, Alan - e tem muitos aqui que você conhece -, sabem que desde 2003 eu tenho feito uma pressão imensa para que eles façam investimento na América do Sul, porque a similaridade que existe entre nós permite extraordinárias oportunidades de investimentos do Peru no Brasil, do Brasil no Peru. Eu poderia pegar a Petrobras, que está aqui, que ainda está investindo pouco no Peru; poderia pegar a Vale do Rio Doce, que está aqui; e as coisas que eu mais discuto com eles é fazer investimento no Peru, produzir coisas no Peru, gerar empregos no Peru e exportar o excedente para o Brasil para que a gente possa equilibrar a balança comercial entre Brasil e Peru", disse Lula.

Buscas - Zaida Sisson foi apontada pelo delator Milton Pascowitch como parceira de negócios de Dirceu no Peru e indicada pelo petista para "atuar na obtenção de contratos para a Engevix". Eles se conheceram durante uma viagem ao país em 2008 com Dirceu, Gerson Almada e José Antonio Sobrinho. Na ocasião, também se reuniram com ministros das Águas, de Energia e com o presidente da Petroperu. O Ministério Público Federal (MPF) afirma que há indícios de lavagem ou ocultação de dinheiro por parte dela. Um endereço em nome de Zaida na Rua Amaral Gurgel, região central de São Paulo, foi alvo de buscas da Lava Jato na segunda-feira. O Ministério Público pediu o bloqueio de bens dela, na quantia de 364.398 reais, referentes a vinte transferências identificadas entre janeiro de 2009 a abril de 2010. "Há evidências de que os serviços contratados pelas empreiteiras da JD não foram realizados. Portanto, há elementos de prova de que Zaida tenha recebido recursos de propina dessas empreiteiras para atuar em favor das empresas no Peru", afirma o MPF.

Zaida recebeu de Dirceu pagamentos que somam ao todo 378.785 reais entre 2008 e 2011, segundo a Receita Federal. Os repasses aparecem em relatório do Fisco na movimentação declarada da JD Assessoria e Consultoria, empresa de Dirceu usada, segundo delatores e investigadores do petrolão, para movimentar propina. Zaida recebeu por meio da Blitz Trading, empresa que abriu em 2003 no Brasil. A empresa tem como principal objeto social a representação comercial, agenciamento de comércio de máquinas, equipamentos, embarcações e aeronaves. A sede é um apartamento em Porto Alegre (RS). Também é sócia da Blitz a filha da consultora, Carol Sisson, estudante de jornalismo e blogueira de moda em São Paulo. Zaida ainda é dona da SC Consultoría, registrada em Lima, capital do Peru.

Por indicação de Dirceu, Zaida foi contratada pela filial peruana da Galvão Engenharia por 5.000 dólares mensais para "analisar aspectos sociológicos e políticos do Peru", prestar assessoria e divulgar o nome da empreiteira em eventos no país. O contrato foi firmado com a SC Consultoría e durou de três anos, segundo a informações da empreiteira, o que daria um pagamento de 180.000 dólares. Ela ajudou a Galvão Engenharia em um contrato com a estatal de águas e esgoto de Lima, Sedapal. A Galvão declarou à Justiça que Zaida "realizou reuniões periódicas com representantes da empresa e ministros da Agricultura [setor em que o marido atuava], com o presidente regional de Tumbes, prospectou projetos de interesse nas áreas de infraestrutura, saneamento e rodovias, sendo que em ao menos uma dessas reuniões José Dirceu esteve presente".

Dilma - A consultora mora no exterior há cerca de quinze anos. Em 2002, ela foi delegada do PT no Peru durante as eleições presidenciais e fez campanha para o ex-presidente Lula. Zaida se apresenta na imprensa local como dirigente petista e militante do Partido Aprista Peruano (Apra). O nome dela aparece em um abaixo-assinado com objetivo de "denunciar" a violação de direitos humanos à Anistia Internacional por ocasião da condenação de Dirceu no mensalão. Nas eleições de 2010, ela deu entrevistas a rádios peruanas defendendo a eleição da presidente Dilma Rousseff. "Dilma é uma economista fantástica", diz Zaida.

Zaida e o ex-ministro Beltrán se conheceram em 1965 durante uma competição de natação no Rio Grande do Sul. Nos anos 2000 se reencontraram, reataram o romance e agora vivem em Lima. Eles se apresentam atualmente como consultores privados na América Latina com clientes na área de petróleo, gás e energia. Em um currículo online, Zaida afirma ter sido executiva de contas de consultoria governamental para a Petrobras e a PDVSA, estatal de petróleo venezuelana. Ela fez parte da diretoria da Capebras (Câmara Binacional de Comércio e Integração Peru-Brasil). A entidade tem como associadas subsidiárias peruanas de empreiteiras flagradas na Lava Jato, como Odebrecht, Queiroz Galvão, Camargo Correa, Andrade Gutierrez, Galvão Engenharia, além da Petrobras Perú, vendida pela estatal brasileira à chinesa CNPC.

Governo é o grande "gastão" do Brasil



Rodrigo Constantino diz que "enquanto o setor dos bancos cresce 20% a despeito da crise, o setor industrial cai a mesma porcentagem por conta da situação econômica do Brasil". Acompanhe em 'A Lente Liberal'.

BOLSONARO esculacha deputado Henrique Fontana-PT/RS



Jair Bolsonaro responde Deputado Henrique Fontana PT/RS que, sem argumentos para defendera roubalheira do seu partido, calunia as Forças Armadas e vitimiza marginais de esquerda que queriam impor a ditadura do proletariado no Brasil

Filho de oficial nazista rompe com família e se converte ao judaísmo



O médico Bernd Wollschlaeger, 57, rompeu com a família após descobrir o papel que seu pai Arthur Wollschlaeger, um comandante de tanque condecorado pelo ditador nazista Adolf Hitler, teve na Segunda Guerra (1939-1945).

Após converter-se ao judaísmo, Wollschlaeger mudou-se em 1987 para Israel, onde adquiriu a cidadania israelense e serviu por dois anos no Exército como oficial médico. Um dos protagonistas do documentário "Fantasmas do Terceiro Reich", da brasileira Claudia Sobral, Wollschlaeger vive desde 1991 na Flórida, nos EUA.