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Enquanto Fachin silencia, Renan Calheiros se empenha contra ele



O colunista do Radar on-line comenta o efeito da sabatina de Luiz Edson Fachin, que disputa uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Lauro Jardim sentencia: “o jogo ainda não está ganho para o advogado”. Do Rio de Janeiro, Felipe Moura Brasil fala sobre o encontro entre o presidente do Senado e Lula. A reunião teve participação especial de Edson Lobão; e Delcídio Amaral. Marco Antônio Villa relembra o escândalo do mensalão, que completou 10 anos.

UMA "INICIATIVA POPULAR" NÃO MUITO POPULAR

 
A CNBB, há vários meses, se empenha em uma campanha para coletar 1,5 milhão de adesões ao seu Projeto de Reforma Política Democrática e Eleições Limpas". Não está fácil. Datas de lançamento e datas de encerramento são definidas, aparentemente sem sucesso. Ou com sucesso? Não tenho como saber. O número de adesões à campanha é um segredo sob sete chaves.

Já escrevi vários artigos a respeito. O assunto me interessa tanto para fins de análise política quanto na condição de católico. Vejo a CNBB reproduzindo, nessa campanha, condutas que, na política, devem ser apontadas como reprováveis. Por exemplo: quantos dos senhores bispos ou padres que mobilizam suas dioceses e paróquias nessa coleta são capazes de fazer uma exposição de 15 minutos que seja, não sobre reforma política, mas sobre o conteúdo do projeto que a CNBB está apresentando?

Pois é... Agora imagine o que estão fazendo com os paroquianos. Suponhamos que consigam, entre os católicos, mobilizar 1,5 milhão de pessoas. Quantos, desse paroquianos, conhecem o que assinaram? A quantos foi informado que esse é o projeto que interessa ao PT? Quantos sabem que num país onde uma eleição parlamentar custa um absurdo o projeto está determinando que os mandatos sejam objeto de duas eleições sucessivas, cada uma com sua própria campanha? Onde uma eleição custa caro, o projeto propõe duas - uma em lista, disputada entre os partidos, para determinar o número de cadeiras que corresponde a cada um, e outra com voto nominal nos candidatos para determinar os eleitos em cada partido. Quantos sabem dessa onerosa novidade?

O site da Coalizão por uma Reforma Política Democrática e Eleições Limpas abre uma telinha onde se lê que "Sua assinatura faz lei". Faz? É claro que não! Quem faz lei é o Congresso Nacional e o projeto de iniciativa popular somente se tornará lei se for aprovado pelo parlamento, coisa altamente improvável porque a maioria parlamentar não parece interessada em aprovar uma reforma política que tenha bênçãos do PT.

Finalmente, um dos aspectos mais valorizados da pretendida reforma é a assim chamada "participação popular", ou seja, a democracia direta. Ora, as experiência de democracia direta não mostram somente sua inviabilidade para as sociedades de massa. Revelam, também, que as mesmas são instrumentos de manipulação. Democracia direta é reunir-se com os companheiros e proclamar que o povo decidiu. No projeto, contudo, a "democracia direta" vira plebiscitária, estabelecendo que as "grandes questões nacionais", como venda de patrimônio público, privatizações, concessões de serviços, grandes obras com impacto ambiental, sejam antecedidos por plebiscito. "Para o mundo que nós vamos debater e decidir!". Democracia plebiscitária é o antônimo de democracia representativa. Entrega as grandes decisões à demagogia dos demagogos e à velocidade das discussões sem fim.

Quando a CNBB afanosamente busca entre os fiéis 1,5 milhão de assinaturas para sua reforma política de "iniciativa popular", não está ela desconsiderando as dezenas de milhões de católicos que não assinaram coisa alguma? Não está ignorando todos os padres e bispos que preferiram não submeter a proposta a suas dioceses e paróquias e todos os que saíram das missas sem assinar? Trata-se de uma iniciativa popular não muito popular, ao que parece.

Por fim, não entendo a ira que suscitam em alguns bispos os leigos que se rebelam contra a posição e o comprometimento da CNBB quando ela invade, na esfera política, a área das "soluções concretas", em relação a cujas divergências a sã doutrina sempre recomendou prudente distância.



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Percival Puggina (70), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar.

PRACINHA DA FEB RECUSA-SE A RECEBER MEDALHA DE DILMA

O ex-combatente da Força Expedicionário Brasileira, Major Antenor Silveira Guedes, de 93 anos, foi convidado pelo governo brasileiro a participar de um evento em homenagem aos soldados que estiveram na Europa na Segunda Guerra Mundial.

Antenor esteve no front juntamente com os pracinhas brasileiros contribuindo para a conquista do Monte Castelo, na Itália, em fevereiro de 1945, quando a FEB combateu o exército alemão por 3 meses, a sudoeste da cidade de Bologna.

Major Antenor recebeu muitas honras militares ao longo da vida, muito merecidas. É um homem de muitas estórias, e de muita coragem.

"Lutei pela liberdade do meu país e do mundo. Hoje penso: será que foi em vão? Lutei pro Brasil virar esta grande merda? Um país infectado pelo lulo-comunismo? Valeu a pena?" diz o major.

"Fui convidado a receber uma medalha da presidente Dilma em comemoração aos 70 anos do fim da guerra. É claro que não vou. Não gosto de bandidos. O PT é isso, um partido de vagabundos. O Lula é o chefe do mensalão. A Dilma foi terrorista e metralhava as pessoas."

O nosso heroi mostra-se revoltado com a situação atual do país.

"Já não tenho mais idade pra ter papas na língua. Vou lhe dizer, estou de saco cheio de ver meu país infestado por marginais, bandidos, homossexuais, travestis, comunistas e ambientalistas. Esse monte de vagabundo recebe Bolsa Família, bolsa isso, bolsa aquilo. Ora, trabalhar ninguém quer, né?"


Carta ao Comandante do Exército Brasileiro

Por Walcyr Motta

Exmo Sr. General Ex Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, Comandante do Exército Brasileiro:

Preliminarmente, solicito a V. Exa que aceite minha apresentação: CelIntRef WALCYR MONTEIRO DA MOTTA (AMAN Tu69), vinculado ao Cmdo 1ª RM.

Encheu-nos de esperança a nomeação de V. Exa para o comando da Força; afinal, seu antecessor era homem de apenas duas expressões: “sim senhora” e “permissão para me retirar”.Subserviência total. Esqueceu-se de uma das máximas do General Manuel Luís Osório, o patrono da Cavalaria: “o soldado é obedientemas não é servil”.

Todavia, General, estas esperanças começam a esmorecer. O 31 de março passou e V. Exa nada disse. Ordens de cima? Medalhas continuam a reluzir no peito de marginais condenados a prisão pela Justiça, com sentença transitada em julgado, e providências visando sua cassação não são tomadas, mesmo amparadas e, até, determinadas pela legislação em vigor; sua ordem do dia no Dia do Exército foi, usando nosso jargão castrense, uma ordem do dia M1.

Esperávamos, General, algo mais, uma observação, um recado velado, uma insinuação de que o Exército, o Exército Brasileiro, o Exército de Caxias não aguenta mais ser enxovalhado, achincalhado, vilipendiado, recebendo missões de  polícia, sofrendo um revanchismo injustificável, um revanchismo torpe, por aqueles que não se conformam terem sido derrotados na luta armada, tratado pior que os triários, a última linha das legiões romanas depois das quais a História nada mais fala.

Esperávamos, General, algo como a circular do Gen Castello Branco em 1964. E note-se que, quando a escreveu, o General Castello era oficial general da ativa, Chefe do Estado-maior do Exército. Recordemos alguns trechos: “Os meios militares nacionais e permanentes não são propriamente para defender programas de Governo, muito menos a sua propaganda, mas para garantir os poderes constitucionais, o seu funcionamento e a aplicação da lei... Não sendo milícia, as Forças Armadas não são armas para empreendimentos antidemocráticos. Destinam-se a garantir os poderes constitucionais e a sua existência”.Embora, à época, V. Exa provavelmente cursasse o ginasial (eu era aluno do 2° ano colegial do CMRJ) aposto ter tomado conhecimento deste texto.

O General Paulo Chagas, em seu artigo “O ’Exército de Sempre’ e o Caminho do Dever, publicado no site “Ternuma” (www.ternuma.com.br/index.php/art/2499-o-exercito-de-sempre-e-o-caminho-do-dever-gen-bda-paulo-chagas) tece comentários sobre o silêncio das Forças Armadas. Um trecho merece transcrição:“infelizmente entendo que, se as Forças Armadas continuarem silenciosas em relação aos atos e fatos que interferem em sua missão constitucional, ocorridos interna ou externamente, mantendo-se, por inação, coniventes com os projetos de poder do governo da ocasião, elas verão surgir, rapidamente, a cizânia e a quebra de coesão entre seus quadros e se transformarão (...) em milícias manipuladas pelo interesse corrupto dos políticos, mal equipadas, despreparadas e, principalmente, mais preocupadas em sobreviver do que em servir! Considero que a omissão é a mais destrutiva das atitudes de um soldado, e que será tanto mais destrutiva quanto mais alto seja seu posto ou graduação.”

Durante a luta armada (da qual não participei – as unidades em que servi não foram engajadas naquele combate) companheiros nossos receberam missão de exterminá-la. Cumpriram a missão! De armas nas mãos, com risco da própria vida e, pior, com risco de suas mulheres e filhos que ficavam expostos à sanha dos terroristas. General, o que o nosso Exército faz, hoje, por estes homens? Nada, General!São xingados,chamados de assassinos, torturadores, denunciados por comissões da verdade totalmente espúrias e revanchistas. Sofrem processos judiciais absurdos.

Tem que custear advogados para a sua defesa com seus próprios recursos; ainda bem que o nosso excelente nível remuneratório permite que tais despesas sejam suportadas. O que fizeram para merecer tal tratamento? Cumpriram a missão! Os terroristas, como já disse, não se conformam de terem sido derrotados e, mesmo anistiados, fazem de tudo para infernizar a vida daqueles que os derrotaram e, pior, com o beneplácito, a conivência, a cumplicidade, o incentivo do governo constituído que, “mutatis mutandis”, é terrorista. E, tal qual o poema de Maiakowski, não dizemos nada! E não fazemos nada!

Preocupa-nos ainda, General, o atual estado de penúria da Força. Circula na Internet boatos de que o combustível do Exército esgotar-se-ia em julho; que a munição estocada seria suficiente para uma hora de combate; que seria adotado o regime de meio expediente nos quartéis em virtude de restrições de rancho. Consta que no PDC (Palácio Duque de Caxias), no Rio de Janeiro, torneiras teriam sido retiradas dos banheiros para economizar água e que não se estaria ligando os aparelhos de ar condicionado para economizar energia. A maior preocupação, General, consiste em, num quadro desses, como barrar forças e situações adversas caso venham a ocorrer (e, com certeza, ocorrerão).

Vivemos dias preocupantes e sombrios. A tentativa de tomada do poder (tal qual em 1964 eles já têm o governo) desta vez, não será, numa primeira etapa, pela força. Basta ler Gramsci. O Gen Coutinho, Sérgio Augusto de Avellar Coutinho, recentemente falecido, brindou-nos com “A Revolução Gramscista no Ocidente”, onde, num fantástico poder de síntese, conseguiu resumir os não sei quantos volumes dos “Cadernos do Cárcere”, de Antonio Gramsci, em um pequeno livro de 135 páginas. Lê-lo (acredito que V. Exa já o tenha feito), fazendo um paralelo do que ali está escrito com o que acontece atualmente no Brasil, é mergulhar fundo na situação do Brasil de hoje, é muito mais que uma radiografia do momento nacional, é uma verdadeira ressonância magnética deste momento. Iniciamos a “fase estatal”, a transição para o socialismo. E o que fazemos? Nada!

E o decálogo? V. Exa se lembra do decálogo? Decálogo para tomada do poder pela via pacífica? Tomei conhecimento do decálogo quando cadete, quando na AMAN estudávamos Guerra Revolucionária. Acredito que V. Exa também o tenha feito embora não sejamos contemporâneos na Academia.

Recordemos:
  • controlar politicamente o Judiciário;
  • desmoralizar o Congresso Nacional;
  • amordaçar o Ministério Público;
  • arrochar a coleta de impostos;
  • valer-se de dossiês para impor a vontade a banqueiros, empresários e adversários políticos;
  • direcionar a produção artística e cultural e controlar a imprensa (e, hoje, a INTERNET)
  • instalar núcleos de ativistas em todos os órgãos da administração pública;
  • promover a instabilidade no campo;
  • desmoralizar e desmantelar as Forças Armadas, inclusive com a criação de forças paralelas e
  • desarmar a população.


Como V. Exa pode notar, o que acontece hoje, no Brasil, não é mera coincidência; é um processo pensado, planejado, com execução acompanhada em seus mínimos detalhes.

Ademais, o que vemos no nosso dia a dia? Vemos uma incitação à luta de classes, quando se joga brancos contra pretos, patrões contra empregados, ricos contra pobres. Vemos uma total degradação moral com a televisão mostrando comportamentos sexuais esdrúxulos, principalmente se levarmos em consideração a hora em que são apresentados, quando as crianças ainda estão acordadas, tudo de acordo com a doutrina marxista-leninista; vemos um ex-presidente da república (sem erro de ortografia, com minúsculas mesmo) conclamar milícias ilegais e assassinas para uma guerra civil, vemos o líder dessas milícias, nada mais que um bandido, solicitar apoio a governos estrangeiros, parceiros no Foro de São Paulo, para combater nessa guerra civil; vemos organizações narcoterroristas estrangeiras treinando e instruindo gente dos chamados movimentos sociais para o combate. E que faz o nosso Exército, o que fazem as nossas Forças Armadas para neutralizar este quadro? Nada!

E que vemos mais, General? Vemos um quadro de corrupção institucionalizada. O mensalão foi um escândalo. Resultou na cúpula do partido do governo condenada a prisão, com sentença transitada em julgado, ou seja, sem mais possibilidade de recurso. O mensalão, porém, comparado ao PTrolão, deveria ser julgado num Juizado Especial de Pequenas Causas. Imagine V. Exa quando abrirem a caixa preta do BNDES. Por muito menos, Getúlio suicidou-se. Por uma Fiat Elba Collor renunciou para não sofrer impechment. O povo, General, já percebeu e já disse “não” a esta situação com marchas quelotaram as principais cidades brasileiras. A presidente está acuada. Não aparece em público, se o fizer, sabe que receberáuma uníssona, estrondosa e retumbante vaia. A Nação, bem como o Estado, estão a deriva.

Constituímos, nós, Exército Brasileiros, nós Forças Armadas, a “Grande Barreira”, a ultima ratioregis”. O povo brasileiro confia em nós e nós, ainda, confiamos em nossos comandantes. Não nos decepcionem.

Antes de encerrar, General, um fato novo. Leio no blog Alerta Total carta de uma mãe de aluna do CMRJ. Narra aquela senhora que, os livros de História e Geografia adotados no Colégio, antes escritos por historiadores militares e publicados pela BibliEx estão sendo substituídos, por pressão do governo, por outros, de cunho marxista leninista. Isto é fato General? V. Exa tinha conhecimento disto? Estamos “jogando a toalha”? Estamos sucumbindo à sanha vermelha? Estamos permitindo que nossas crianças, nossos “curumins”, sejam “catequizados” por esta corja? Leia o artigo “Colégio Militar do RJ com orientação comunista?”, de Percival Puggina. Como já disse foi publicado no blog “Alerta Total”, neste domingo, 10/05/2015.

Finalmente, deixo a V. Exa uma expressão do Mal Deodoro da Fonseca que, mesmo sendo amigo do Imperador e apesar da crise de asma e dos 39° de febre, montou em seu cavalo baio para dar vivas à República: “o Exército é um leão que dorme e que um dia pode acordar raivoso.”

Queira aceitar Gen Villas Bôas (e merecer) a nossa admiração, os nossos respeitos e a nossa continência.

SELVA!

BRASIL ACIMA DE TUDO!

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Walcyr Monteiro da Motta é Coronel reformado do EB. Carta escrita e enviada em 10 de maio de 2015.

A duvidosa franqueza do Dr Fachin


Caros amigos

Assisti, hoje, parte da arguição do Dr Luiz Edson Fachin pelo Senado Federal. Confesso que me teria dobrado à sua simpatia, à sua verve e à sua argumentação se não soubesse que foi indicado pela Governanta Dilma Rousseff para o cargo pelo qual era avaliado.

Poucos brasileiros se interessariam pela sabatina e pela pessoa do sabatinado se não fossem conhecidos os interesses escusos, as artimanhas e a falsidade visceral do partido do governo e seu projeto de poder, particularmente após o escárnio de que foram vítimas na eleição que renovou o mandato da Sra Dilma Rousseff.

Desta forma, Fachin foi à arguição com seu dossiê aberto, conhecido e estudado por todos que efetivamente se interessam em solapar a estratégia do Foro de São Paulo (FSP) para o Brasil e sua transformação em outra Venezuela.

Se não fosse a máxima do “dize-me com quem andas e te direi quem és”, o Dr Fachin poderia ser uma unanimidade, mesmo que burra, conforme Nelson Rodrigues, mas, infelizmente, para ele, ele carrega e carregará para sempre a suspeita sobre a sinceridade do seu discurso face à vinculação do seu nome ao PT e à Governanta Dilma. Diz uma coisa hoje, mas, será que não fará outra amanhã? Não consigo esquecer que até a vaca tossiu!

É difícil acreditar na franqueza de um advogado que, em qualquer tempo e por qualquer razão, tenha vinculações e simpatia pelo MST, mesmo conhecendo os métodos destrutivos pelos quais este agrupamento de desordeiros “luta” por suas supostas causas.

Sabendo que o domínio do judiciário é etapa do plano de poder do PT, mesmo após a interposição do obstáculo da “Lei da Bengala”, fica muito difícil acreditar no discurso do simpático Dr Fachin!


Para o bem da Nação, é preciso continuar o empenho pela reprovação do seu nome no plenário do Senado, na próxima terça feira, lembrando sempre que não se deve ceder terreno ao adversário e que toda e qualquer derrota de Dilma e do PT mais reforça a defesa da democracia no Brasil!