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segunda-feira, 20 de abril de 2015

COMENTANDO O MINISTRO


Brasão-Clube-Militar-WordInconcebíveis os comentários do ministro da Defesa, durante a feira anual de armamento, no Rio de Janeiro, diante dos, certamente constrangidos, comandantes militares, a respeito da prisão do tesoureiro do PT João Vaccari, por decisão da Justiça Federal, sob a acusação de suspeita do recebimento de propina em esquema de corrupção na Petrobrás. Mas o ministro não ficou por aí, mais adiante, inquirido por uma repórter, procurou minimizar os atos de extrema violência que, impunemente, vem praticando o MST em diversas regiões do país.

Embora não nos surpreendam as posições do senhor Jacques Wagner, face às suas conhecidas crença ideológica e atuação político-partidária, é preocupante vê-lo à frente das nossas Forças Armadas, órgão de Estado, apolítico e garantidor da lei e da ordem por princípio constitucional. Quando uma autoridade fica abaixo do limite da competência e da postura ética e moral exigidas para o exercício de seu cargo, torna-se muito difícil fazer com que seus subordinados sujeitem-se às suas orientações.


Durante o maior evento comercial de Armamento, Defesa e Soberania Aeroespacial Marta Serrat colunista do www.ojornaldoestado.com.br participa da coletiva de imprensa com o Ministro da Defesa na presença dos tres comandantes das Forças Armadas e pergunta ao Ministro sobre a atuação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra(MST) liderado por João Pedro Stédile.

O Partido dos Trabalhadores pretende OCUPAR as RUAS e literalmente PARTIR para a GUERRA. Partido faz uma ameaça a “militares golpistas”


O Partido dos Trabalhadores pretende OCUPAR as RUAS e literalmente PARTIR para a GUERRA. Partido faz uma ameaça a “militares golpistas”.

Tivemos acesso à pauta de discussões para a próxima reunião do Partido dos Trabalhadores, que ocorrerá em junho próximo. A reação do Partidão, se exitosa, pode acabar de vez com as liberdades e perspectivas de crescimento que nos restam. Vejam aí, discutindo alguns pontos. Ao final disponibilizamos o texto completo, que se chama UM PARTIDO PARA TEMPOS DE GUERRA, da Chapa Virar à Esquerda! Reatar com o Socialismo!.

Em um primeiro momento a liderança petista admite que fracassou em seu projeto de aparelhar o estado no sentido de não mais permitir que instituições privadas e a sociedade organizada implementassem qualquer tipo de oposição eficaz. O PT ao mesmo tempo em que demagogicamente fala em liberdade, no interior do partido faz o possível para retirar da sociedade qualquer possibilidade de reação.

Em vermelho texto do Partido dos Trabalhadores.

“não fomos capazes de realizar transformações estruturais, que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da economia e da política brasileira… Controlando estas alavancas, a oposição de direita, o oligopólio da mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva geral que inclui a desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo à sabotagem por parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo e setores conservadores, a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos derrotar eleitoralmente em 2016 e 2018.”

Nota-se, pelo documento que recebemos, que o partido pretende se denominar “forças trabalhadoras” e controlar as principais alavancas da economia e da política nacional. O partido também reclama do fato da direita criminalizar  os movimentos sociais.

Para os Partido dos Trabalhadores taxar de criminosas as ações de vandalismo do MST e Sem Teto, verdadeiros exércitos à serviço da esquerda, não passa de uma ação conservadora por parte da direita.

O Partido cada vez mais demonstra que percebe o Brasil por um prisma extremamente equivocado. Para o PT existe sempre dois lados, eles e nós. Para eles existe sempre um lado a ser derrotado, e dessa forma haverá sempre desunião e nunca a unidade de pensamento indispensável para a reconstrução do nosso país.

O comando do Partido de Lula e Dilma pretende, após o meio do ano, implementar cinco medidas principais como ações emergenciais para que o partido não perca as eleições municipais de 2016 e gerais de 2018.

No documento, o partido tece criticas à ação da atual Presidente. Para o PT Dilma estaria dividindo a esquerda e dessa maneira fica bem mais fácil o esquema esquerdista ser destruído pela direita.

O partido também deixa claro no texto, que conta com a ajuda da máquina estatal para derrotar a direita nas próximas eleições.

“A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita.”

“Frente a esta situação, o 5º Congresso do PT deve aprovar resoluções que permitam ao Partido, ao conjunto de sua militância, executar cinco tarefas principais.’

Vejam as orientações da diretoria petista:

1 – A primeira tarefa é reocupar as ruas. A oposição de direita controla parte importante do Judiciário, do Parlamento e do Executivo, em seus diferentes níveis. Agora está trabalhando intensamente para também controlar as ruas, utilizando para isto sua militância mais conservadora, convocada pelos meios de comunicação, mobilizada com recursos empresariais e orientada pelas técnicas golpistas das chamadas “revoluções coloridas”. Caso a direita ganhe a batalha de ocupação das ruas, não haverá espaço nem tempo para uma contra-ofensiva por parte da esquerda. Assim, a primeira tarefa de cada petista deve ser apoiar, participar, mobilizar e ajudar a organizar as manifestações programadas pelos movimentos e organizações das classes trabalhadoras.

2 – A segunda tarefa é construir uma Frente Democrática e Popular. Há várias iniciativas em curso, algumas delas sem o PT e até mesmo contra o PT. Nosso Partido deve procurar as forças que elegeram Dilma no segundo turno presidencial e que defendem as reformas estruturais, propondo a elas que se constitua uma frente popular em defesa da democracia e das reformas. O programa mínimo desta Frente Democrática e Popular deve incluir a revogação das medidas de ajuste recessivo…

3 – A terceira tarefa é mudar nossa estratégia. Se queremos melhorar a vida do povo, se queremos ampliar a democracia, se queremos afirmar a soberania nacional, se queremos integrar a América Latina, se queremos quebrar a espinha dorsal da corrupção, é preciso realizar reformas estruturais no Brasil, que permitam à classe trabalhadora controlar as principais alavancas da economia e da política nacional.

4 – A quarta tarefa é alterar a linha do governo. É plenamente possível derrotar a direita se tivermos para isto a ajuda do governo. É possível derrotar momentaneamente a direita, até mesmo sem a ajuda do governo. Mas é impossível impor uma derrota estratégica à direita, se a ação do governo dividir a esquerda e alimentar a direita.

5 – A quinta tarefa é mudar o próprio PT. O Partido que temos não está à altura dos tempos em que vivemos. Das direções até as bases, é preciso realizar transformações profundas. Precisamos de um partido para tempos de guerra.

É também neste contexto que deve ser analisada a mobilização de massas do dia 15 de março. Não se trata de descontentamento “republicano e pacífico”, nem da defesa “legítima” do impeachment. A mobilização da direita visa criminalizar não só o PT e o conjunto dos partidos de esquerda, mas também a classe trabalhadora nas suas mais diversas expressões, organizações e movimentos: os sem-terras, os sem-tetos, os sindicatos combativos, os grupos e entidades populares etc. Não pode ser outra a leitura do ódio presente nos atos do dia 15 de março, que abriram espaço até mesmo para manifestações ostensivas da extrema-direita e homenagem a um torturador identificado no relatório final da Comissão Nacional da Verdade.

Por fim o Partido faz uma ameaça a supostos militares da ativa ou da reserva que estariam tramando um GOLPE.

Por isto mesmo, o PT defende tolerância zero com a facção golpista da direita. As articulações golpistas, especialmente as vindas de militares da ativa ou da reserva e de meios de comunicação, devem ser tratadas como determina a Constituição e a legislação nacional.

Ocupar as ruas, construir uma Frente Democrática e Popular, mudar a estratégia do Partido e a linha do governo

1. O Partido dos Trabalhadores está diante da maior crise de sua história. Ou mudamos a política do Partido e a política do governo Dilma; ou corremos o risco de sofrer uma derrota profunda, que afetará não apenas o PT, mas o conjunto da esquerda política e social, brasileira e latinoamericana.

2. A crise do PT decorre, simultaneamente, de nossas realizações e de nossas limitações.

3. Tivemos êxito em ampliar o bem-estar social — por intermédio da geração de empregos e aumento da massa salarial e do poder aquisitivo da população, bem como da adoção exitosa de programas de moradia, saúde e outros — e a soberania nacional, também através de uma política externa “altiva e soberana”. Fortalecemos o Estado, na contramão do Estado Mínimo neoliberal. Ampliamos certos direitos e conquistas democráticas. E são estes avanços que explicam nossas vitórias em quatro eleições presidenciais consecutivas.

4. Mas não fomos capazes de realizar transformações estruturais, que retirassem do grande capital o controle sobre as alavancas fundamentais da economia e da política brasileira.

5. Controlando estas alavancas, a oposição de direita, o oligopólio da mídia e o grande capital desencadearam uma ofensiva geral que inclui a desmoralização política e ideológica do petismo, o estímulo à sabotagem por parte de setores da base aliada, a pressão para que o governo aplique o programa dos que perderam a eleição, a mobilização de massas dos setores conservadores, a ameaça permanente de impeachment e a promessa de nos derrotar eleitoralmente em 2016 e 2018.


17. É neste contexto que deve ser interpretada a mais recente onda de violência policialmilitar contra a juventude pobre e negra das periferias das grandes cidades e contra os movimentos sociais, em especial nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia. Não se trata de desvio nem de novidade, pois tem sido esta a prática das PMs desde a Ditadura Militar. Mas sinaliza uma ação organizada de setores da direita que apostam no extermínio e no fascismo.

18. É também neste contexto que deve ser analisada a mobilização de massas do dia 15 de março. Não se trata de descontentamento “republicano e pacífico”, nem da defesa “legítima” do impeachment. A mobilização da direita visa criminalizar não só o PT e o conjunto dos partidos de esquerda, mas também a classe trabalhadora nas suas mais diversas expressões, organizações e movimentos: os sem-terras, os sem-tetos, os sindicatos combativos, os grupos e entidades populares etc. Não pode ser outra a leitura do ódio presente nos atos do dia 15 de março, que abriram espaço até mesmo para manifestações ostensivas da extrema-direita e homenagem a um torturador identificado no relatório final da Comissão Nacional da Verdade.

19.O impasse político desgasta a esquerda (que não consegue maioria congressual para implementar mudanças) e fortalece a direita (que sonha em utilizar a maioria congressual não apenas para achacar e sabotar o governo, mas também para fazer o impeachment).

20.O Partido dos Trabalhadores defende que a solução para a crise política passa por mais democracia, não por menos democracia. Por isto reafirmamos nossa defesa da Assembleia Constituinte, da participação popular e da legitimidade dos processos eleitorais. Se a oposição de direita quer nos derrotar, que se organize para disputar as eleições de 2016 e 2018.

21. Por isto mesmo, o PT defende tolerância zero com a facção golpista da direita. As articulações golpistas, especialmente as vindas de militares da ativa ou da reserva e de meios de comunicação, devem ser tratadas como determina a Constituição e a legislação nacional.

22.O Partido dos Trabalhadores deve compreender, também, por quais motivos setores importantes da direita –- inclusive lideranças como Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso –- flertam abertamente com o discurso e a perspectiva golpista.

23.A influência da extrema-direita decorre de um impasse econômico-social de fundo vivido pelo Brasil há várias décadas. Assim como 1954 e 1964 não foram por acaso, o que está ocorrendo agora também não é por acaso.

24.Toda vez que o Brasil teve governos que adotaram uma política externa soberana, que garantiram progressos na qualidade de vida do povo e certa ampliação nas liberdades democráticas, as classes dominantes reagiram em favor das medidas opostas: dependência externa, restrições às liberdades, desigualdade social.

25.Hoje vivemos mais um destes momentos de definição entre dois caminhos para o Brasil: ou bem regressamos ao desenvolvimento conservador de viés neoliberal, com dependência externa, restrições às liberdades democráticas e aprofundamento da desigualdade social; ou bem avançamos em direção a um desenvolvimento de novo tipo, democrático-popular e articulado ao socialismo.


As características fundamentais do atual período internacional são: a) ainda estamos numa etapa de defensiva estratégia do socialismo; b) e sob uma hegemonia capitalista como nunca antes na história; c) por isto mesmo, o capitalismo vive uma profunda crise; d) que por sua vez aguça uma disputa inter-capitalista que vai adquirindo contornos cada vez mais agressivos; e) o que ajuda a entender a reação defensiva expressa na formação de blocos regionais.

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Valores e Princípios



A importância de uma campanha pela moralidade e a ética no poder público como a recentemente lançada pelo Clube Militar do Rio de Janeiro. Depoimento do general da reserva Clovis Bandeira para o programa Agentes de Cidadania da Voz do Cidadão.

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O Gen Clóvis Bandeira é editor de pensamento do Clube Militar

PARABÉNS, EXÉRCITO DE CAXIAS !

Por Ives Gandra da Silva Martins

PARABÉNS AOS COMPONENTES DO EXÉRCITO DE CAXIAS ! - 1648 - 2015

O EXÉRCITO BRASILEIRO

É notável verificar como o Exército, no curso da história, procura valorizar os elementos da cultura multifacetada dos brasileiros.

HÁ BATALHAS que marcam a história, confirmam a vocação de um povo ou modificam o curso dos acontecimentos.

Entre as primeiras, encontra-se a batalha de Waterloo, que, embora tenha representado um marco histórico, não retratou, entretanto, a queda de um império, cujas sementes da derrota já estavam definidas na fracassada invasão da Rússia. A batalha de Maratona está entre aquelas que notabilizam a vocação de um povo de preservar seus valores frente aos de outros povos, no caso, os persas. Já a batalha de Kadesh, que estancou o avanço egípcio e definiu as fronteiras hititas, no choque entre as duas civilizações, está entre as que modificam o curso dos acontecimentos.

A batalha de Guararapes foi daquelas, entretanto, em que os três aspectos se fizeram presentes. Marcou a história, confirmou a vocação de um povo e modificou o curso dos acontecimentos no Brasil.

Pela primeira vez, brancos, negros, índios, reinóis e aqui nascidos enfrentaram o domínio holandês e o venceram, sendo considerada a verdadeira batalha pela nacionalidade.

Por essa razão, o Exército brasileiro, que tem como função constitucional histórica preservar as raízes de nossa civilização, na feliz expressão de Alfredo Ellis Jr., em face da peculiar maneira de ser desse povo, diverso, em variados aspectos, dos demais povos latino-americanos, escolheu a batalha de Guararapes, a batalha da afirmação nacional, como sua data maior. O distante 19 de abril de 1648 é, pois, o momento em que se pôde falar, pela primeira vez, num Exército nitidamente brasileiro.

É notável verificar como o Exército, no curso de nossa história, tem procurado valorizar os elementos próprios da cultura multifacetada pertinente dos brasileiros, não só em território pátrio, mas também no exterior, quando dos relevantes serviços prestados, por exemplo, por seu corpo expedicionário, durante a Segunda Guerra Mundial, da participação em missões de paz da ONU ou da OEA.

Como professor da Escola de Comando e Estado Maior do Exército no Curso do CPEAEx (Curso de Política, Estratégia e Alta Administração do Exército) desde 1990 e lecionando para coronéis, que durante um ano estudam toda a fascinante e variável realidade do país, posso hoje dizer que o papel das Forças Armadas, tão bem delineado na Constituição cidadã de 1988, está voltado à integração nacional, à proteção das instituições democráticas e de nossas fronteiras contra os riscos externos, representados por movimentos de internacionalização de partes de nosso território, que surgem, principalmente, no que concerne à Amazônia.

Pelo referido curso da ECEME passam, todos os anos, coronéis que estão para ser indicados ao generalato, sendo a preocupação de seus diretores e professores a de que aprofundem seus conhecimentos sobre os grandes temas da atualidade brasileira e mundial, no campo do direito, da política, da economia, das relações internacionais, das questões sociais etc. Concluem, portanto, o curso, superiormente instruídos. Gostaria, como sugeri em meu livro "O Estado de Direito e o Direito do Estado" (Lex Editora, 2006), que os políticos brasileiros cursassem também uma escola semelhante voltada ao estudo dos grandes temas nacionais, a fim de que se preparassem melhor> para representar o povo brasileiro.

Impressiona-me o nível da Escola de Comando. A participação em bancas de mestrado em ciências militares tem me permitido avaliar o alto padrão acadêmico dos oficiais que conquistam o título de mestre com suas excelentes dissertações. É de se lembrar que a ECEME desenvolveu doutrina própria sobre o papel e a ação das Forças Armadas, hoje seguida por outros países do continente.

É, pois, nesse quadro de uma nova realidade nascida com a "Constituição cidadã", conforme definição de Ulysses Guimarães (1916-1992), que está o Exército brasileiro bem cumprindo sua função maior de guarda das instituições, proteção de nossas fronteiras - principalmente a Amazônia -, integração nacional e, essencialmente, assegurar o regime democrático, de que é o grande avalista.

Parabéns, pois, pelo seu dia comemorativo.




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Ives Gandra da Silva Martins, é professor emérito da Universidade Mackenzie e UniFMU, das escolas de Comando e Estado-Maior do Exército e Superior de Guerra; presidente do Conselho Superior de direito da Fecomercio e do Centro de Extensão Universitária (CEU).