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terça-feira, 24 de março de 2015

Diante de elevada desaprovação do governo do PT, Caiado defende a renúncia da presidente Dilma


(Dida Sampaio - Estadão)Arrumando gavetas – Se existe inferno astral não política, a presidente Dilma Rousseff está no meio de um tremendo furacão. De acordo com pesquisa encomendada pela Confederação Nacional de Transportes à agência MDA, a petista atingiu a pior avaliação positiva desde outubro de 1999.

Segundo os dados divulgados nesta segunda-feira (23), o governo da presidente Dilma é avaliado positivamente por 10,8% dos entrevistados, em comparação a 8% alcançados no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Apenas 1,9% considerou o governo Dilma como “ótimo” e 8,9% dos entrevistados o avaliaram como “bom”. Para 23,6% dos entrevistados, a administração Dilma é “regular”, de acordo com a CNT/MDA.

A mesma pesquisa mostra que a avaliação negativa do governo Dilma está em 64,8%, o mais elevado índice desde setembro de 1999, quando os levantamentos eram feitos pelo CNT e o instituto Vox Populli.

Dos entrevistados na pesquisa atual, 19,2% disseram que o governo Dilma é “ruim” e 45,6% afirmaram que ele é “péssimo”. A porcentagem dos consultados que não souberam ou não responderam é de 0,8%. Foram entrevistadas 2.002 pessoas em 137 municípios do País, entre os dias 16 e 19 de março de 2015.

Calvário rouge

Também houve aumento expressivo da desaprovação do desempenho pessoal de Dilma Rousseff à frente do governo. A desaprovação atingiu 77,7% e a aprovação está em 18,9%, enquanto 3,4% não souberam ou não responderam.

O último levantamento CNT/MDA sobre a popularidade da presidente foi feito em setembro de 2014, quando a avaliação positiva do governo estava em 41% e a negativa, em 23,5%. Já o desempenho pessoal da petista, naquele momento, era aprovado por 55,6% dos consultados e desaprovado por 40,1%.

Olho da rua

Senador pelo Democratas de Goiás e líder da legenda no Senado Federal, Ronaldo Caiado comentou a recente pesquisa CNT/MDA e defendeu a renúncia como melhor saída para a crise institucional no País.

“A pesquisa revela que nove em cada dez brasileiros não aprovam o governo. Não podemos mais ter medo de discutir medidas definitivas, como a renúncia de Dilma e a antecipação de novas eleições. É isso que se espera de uma estadista que pense no Brasil e não no projeto de seu partido. A sua renúncia seria o mínimo diante de resultados tão negativos”, afirmou Caiado em entrevista a jornalistas no salão azul do Senado.

O balanço revelou também que 68,9% creem que a petista é culpada pelo Petrolão, 67,9% também culpam Lula pelo escândalo; 66,9% não acreditam que Dilma conseguirá superar a crise e 59,7% são favoráveis ao impeachment.

“Esses números aliados à instabilidade econômica e ao agravamento das questões sociais são fatores determinantes para que um governante abra mão da sua posição e convoque novamente a população para ser ouvida. Estamos sob o risco de um agravamento da crise em proporções inimagináveis, levando inclusive a um processo de desobediência civil. A presidente não representa mais aquilo que a população deseja”, analisou.

O PT é "vítima"...


“O exemplo não é a maneira principal de influenciar os outros, é a única maneira possível”. (Albert Schweitzer – Prêmio Nobel da Paz)

Passadas as manifestações, considerando as declarações de dois dos ministros de Sua Excelência Presidenta da República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, e depois as próprias declarações da Senhora Dilma Vana à nação, com todo seu português facilmente compreensível, fica a certeza, o PT é vítima.

O PT é vítima!

Há lógica na afirmativa:

1. Vivemos em um país onde não é o fumante, o indivíduo que opta por fumar, que é responsável pelas doenças que se seguirão. É o cigarro o causador de todo mal, então deve ser proibido o cigarro e seu uso em todos os espaços.

2. Vivemos em um país violento, pouco nos damos conta de que incubamos a violência, muito pouco fazemos para que se tenha uma educação fundamental de qualidade. E muito menos nos damos conta que é a discriminação espacial a principal causa. E se temos um criminoso que incubamos, que faz uso de uma arma, não é ele que deve ser responsabilizado, principalmente quando ela é ilegalmente adquirida, seja fruto de roubos ou furtos, ou através do tráfico internacional, ele é vítima, a arma que deve ser proibida, esta é a razão pela qual tanto se mobilizam para que as armas sejam proibidas, assim se mobilizam. Mas sabemos que há outros motivos, muito claros, cada vez mais claros.

“O controle das armas com a população não tem como objetivo o controle das armas, mas sim o controle da população” (Gerhard Erich Boehme)

3. Vivemos em um país onde não se investe na prevenção de acidentes e na educação para o trânsito, e se um condutor ingere bebidas alcoólica, entorpecentes ou outras drogas, como as anfetaminas, que são substâncias que estimulam o sistema nervoso central e faz com que o cérebro trabalhe mais depressa e cause nas pessoas a impressão de diminuição da fadiga – já que consegue executar uma atividade qualquer por mais tempo- de menos sono, perda de apetite e de aumento da capacidade física e mental. Então o agente, o condutor, ou o caminhoneiro, é vítima, quem é culpado é a bebida, as drogas ou os rebites. A lógica está em proibir o uso do álcool e os rebites. As drogas, não, afinal elas movimentam a economia de um país vizinho, este comandado por um índio sindicalista cocalero, o qual como outros líderes da América Latina tomam parte do Foro San Pablo.

4.  Vivemos em um país onde não se valoriza o livre mercado, muito embora este coloque as nações no rumo do desenvolvimento, justiça e legalidade. Aqui se considera que há negócios escusos, que injustiças são cometidas pelo poder econômico e tantos outros. A lógica é não dar ao cidadão a liberdade para empreender, a lei para haja proteção e que contratos sejam cumpridos e salvaguardar o estado de direito, para que não haja privilégios, usw. Então o cidadão é vítima, deixa de ser responsável, o que justifica a intervenção crescente na economia, mesmo que ela venha a asfixiar a economia, assim asfixiando a geração de emprego, riqueza e renda. É por isso que, mesmo fazendo parte do Catecismo da Igreja Católica, da qual a maioria dos brasileiros são membros, desconsideramos a importância do princípio da subsidiariedade. Não é o cidadão que é responsável e pode exercer suas responsabilidades, ele é vítima, Então a lógica do PT é abominar o mercado, a lógica é não se fazer uso de indicadores de liberdade como os do Heritage Index, e entender as razões do sucesso de muitos países, como a Austrália, Nova Zelândia, Estônia, usw., e aqui perto de nós, o Chile. A lógica é condenar o mercado e não cobrar responsabilidades das pessoas. A lógica é não colocar o princípio da subsidiariedade como fundamental na organização do país.

E é por isso que não devemos nos surpreender com a corrupção. As principais lideranças do PT e de sua base afilhada não são responsáveis por este, que é um dos maiores escândalos de corrupção do mundo, elas são vítimas. São vítimas não apenas o José Eduardo Dutra - que foi também Presidente do PT até a chegada de Rui Falcão, Sergio Gabrielli e Maria das Graças Foster, que foram presidentes da Petrobras, eles não foram responsáveis por alimentar corruPTos e transformar a empresa em caixa para o projeto de poder do PT, cujos esquemas estão agora sendo revelados pela condução da Operação Lava Jato, e a CPI. 

José Eduardo Dutra e  Sergio Gabrielli, indicados pelo ex-presimente Lula, assim como Maria das Graças Foster indicada com pompas pela Excelentíssima Presidenta da República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, foram vítimas da corrupção.

Dutra, Gabrielli e Foster foram vítimas!

E não apenas eles, mas também a Excelentíssima Presidenta da República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, ela é a principal vítima desta corrupção toda.

Dilma foi e é vítima!

A lógica do PT é que a corrupção não tem responsáveis, mas sim que há uma legislação que necessita ser mudada, é por isso que defendem medidas de combate a corrupção ou a reforma política. Os culpados pela corrupção são, na lógica do PT, não foram os agentes que empreenderam o esquema bilionário de corrupção que assistimos, há que se combater a corrupção e se realizar a reforma política. Para eles a Excelentíssima Presidenta da República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, não tem culpa alguma. Para eles pouca importância tiveram os seus passos frente à Petrobras.

Desconsideram que ela, a Excelentíssima Presidenta da República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, foi:

a) Ministra de Minas e Energia de 1 de janeiro de 2003 a 21 de junho de 2005, e assim esteve no comando do Ministério que tem a Petrobras como uma das empresas sob sua gestão;

b) Ministra Chefa da Casa Civil, entidade que promove o loteamento político e assim absorve do poder legislativo por parte do executivo que representa - e essa é a principal característica e definição de ditadura como consta nos dicionários - e

c) Presidência do Conselho de Administração da Petrobras desde 2003 até o dia 22 de abril de 2010, quando saiu devido ter se candidatado à Presidência, mas deixou em seu lugar o navegador genovês Guido Mantega, seu principal braço direito até então.

E vale sempre lembrar que a Petrobras sempre teve suas principais decisões tomadas no Palácio do Planalto, isto desde que foi criada, com destaque depois de 1961, em especial na indicação dos principais cargos na empresa, muitos ocupados pelas pessoas mais competentes que tivemos no Brasil, como Ernesto Geisel, Araken de Oliveira, Hélio Beltrão e Ozires Silva. Destes, destaco Hélio Beltrão e Ozires Silva que dignificaram o termo brasileiro, sem aspas.

Realmente, o “brasileiro” tem que entender que ela foi vítima. Não deve ser penalizada. Na lógica do PT devemos combater a corrupção, não preveni-la, como deveríamos fazer com todos os crimes, Pela lógica do PT não se deve cobrar responsabilidades, os agentes dos crimes são vítimas, devem ser mantidos impunes. Segue a lógica pela qual não entendem que temos polícias que atuam na prevenção ao crime, como as polícias militares e as polícias rodoviárias,  assim como os militares nas fronteiras e, caso ele, o crime ocorra, devemos ter justiça, e então as polícias que atuam neste campo, que dão os primeiros passos, como as polícias civis, técnicas ou técnico-científicas e a Polícia Federal.  É a reforma política que deve ser aprovada e deve-se adotar medidas de combate à corrupção, não preveni-la.

Realmente, o “brasileiro” tem que acatar o pronunciamento do ministro da Secretaria Geral da Presidência, devem desconsiderar que ele ocorreu com um tom ameaçador, na linha da defesa de um partido e não da nação, foi totalmente desconexo com a realidade e com o desejo da população.

Apresentar como soluções uma reforma política, com o financiamento público de campanha, que tende a concentrar ainda mais poder nas mãos do governo, e novas medidas contra a corrupção, quando nosso maior problema é a impunidade, é um desrespeito à inteligência dos brasileiros.

O financiamento público de campanha implica em mais ônus ao contribuinte e centraliza o poder em Brasília. Não faz sentido impor ao contribuinte que ele contribua com candidatos que apresentam propostas contrárias à que defende. Seria uma aberração contra a democracia.

Eu me mostro descrente quanto a possibilidade da Excelentíssima Presidenta da República Federativa do Brasil, a Senhora Dilma Vana Rousseff Linhares, ou o futuro presidente da República, seja quem for, colocar a reforma política como prioridade. Até porque teria que passar pelo legislativo, ou melhor deveria esta proposta vir do Congresso, e não o contrário. Assim, uma reforma só virá se a sociedade pressionar.
Nos últimos anos tivemos alguns avanços, como na participação popular na política. "O Ficha Limpa, que é um projeto de iniciativa popular, e a Lei 9.840, que pune a compra de votos, são exemplos de uma participação mais ativa da sociedade.

Vindo do PT, a proposta do financiamento público é ainda mais temerária, pois pode trazer mecanismos que façam com que os partidos sejam praticamente estatizados.

E fico impressionado como o PT consegue tirar o foco do tema central, o de não deixar impune quem de fato é o agente, conseguem mobilizar os “brasileiros” para que o debate seja feito na continuidade dos temas como o da proibição do cigarro, do álcool, das armas, do livre mercado, da corrupção ou da liberdade do cidadão decidir quem deve apoiar, financiar e votar. Não se pode cobrar responsabilidade, é inaceitável no nosso país que lideranças política sejam exemplo, não podemos valorizar o princípio da subsidiariedade: o “brasileiro” é vítima.

O PT é vítima, o "brasileiro" é vítima e as nossas autoridades não devem dar o exemplo e ser exemplo, devem ser mantidas impunes.



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Gerhard Erich Boehme é Engenheiro.