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Petrolão: para curar a ressaca dos protestos que chacoalharam o governo, PF prende Renato Duque


renato_duque_04Sol quadrado – Finalmente a Justiça conseguiu reverter o que ela própria, em decisão incompreensível, criou no âmbito da Operação Lava-Jato. Na manhã desta segunda-feira (16), a Polícia Federal prendeu, no Rio de Janeiro, Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras e acusado de envolvimento no Petrolão, o maior escândalo de corrupção da história em todos os tempos.

Entre os crimes investigados nesta etapa da Lava-Jato estão associação criminosa, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, uso de documento falso e fraude em licitação.

O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos decorrentes da Operação Lava-Jato, elencou, em seu despacho, os motivos que embasaram a nova ordem de prisão contra Duque. De acordo com o magistrado, o Ministério Público Federal descobriu que o ex-diretor da estatal continuou lavando dinheiro mesmo depois da deflagração da operação da PF, em março de 2014.

Moro destacou na decisão que Renato Duque “esvaziou” suas contas na Suíça e enviou € 20 milhões para contas secretas no principado de Mônaco. Os recursos, não declarados à Receita Federal, foram bloqueados pelas autoridades monegascas.

Para o juiz, durante as investigações foram detectados fortes indícios de que Duque mantém contas bancárias nos Estados Unidos e em Hong Kong.

O MPF, que requisitou o bloqueio dos recursos às autoridades de Mônaco, acredita que Duque transferiu o dinheiro para o principado e para outros países diante da possibilidade de, repetindo o que ocorreu com Paulo Roberto Costa, ter o dinheiro confiscado.

Na decisão, Moro afirmou que a quantia apreendida em Mônaco, não declarada ao fisco brasileiro, é “incompatível” com os rendimentos que o executivo tinha como funcionário da Petrobras.

A prisão de Renato Duque acontece um dia após as impressionantes manifestações em todo o País – contra o governo do PT, a crise econômica e a corrupção desenfreada – o que preocupa sobremaneira a cúpula da legenda.

Ligado ao PT, mais precisamente a José Dirceu, o que lhe rendeu a indicação ao cargo, Duque poderá contar o que sabe caso a prisão preventiva se prolongue, em função dos efeitos psicológicos provocados pelo cerceamento da liberdade. Os petistas temem que Duque repita o gesto de Paulo Roberto Costa, que aderiu à tese da delação premiada.

No PT era quase unânime a ideia de que a liberdade de Renato Duque era garantia de seu silêncio. O cenário começou a mudar a partir do depoimento de Pedro Barusco, ex-gerente da estatal, que durante depoimento na CPI da Petrobras acusou Duque e João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, de envolvimento no escândalo.

Considerando que Barusco, que era subordinado a Renato Duque, já devolveu ao Estado brasileiro US$ 97 milhões, dinheiro desviado dos cofres da petrolífera, não é difícil imaginar o montante surrupiado pelo afilhado do mensaleiro José Dirceu.


Como sempre afirma o UCHO.INFO, a Operação Lava-Jato ainda está em seus primórdios, por isso os brasileiros devem estar atentos ao desdobramento do caso e cobrar a exemplar punição dos responsáveis pelo escandaloso roubo ocorrido na maior empresa nacional. Lembrando, sempre, que a presidente Dilma Rousseff e o agora lobista Lula sempre souberam do esquema criminoso.

O que vai pelo Mundo:
Programa satiriza escândalo da Petrobras e Dilma Rousseff



Last Week Tonight, com John Oliver, passa na HBO dos EUA e Canadá. O panelaço da semana passada, contra a presidente do Brasil, foi destaque no programa.

Fonte: YouTube

O fim do governo Dilma começou neste domingo
O Brasil não tolera mais 45 meses de Dilma e PT



Augusto Nunes debate com o colunista Ricardo Setti, o historiador Marco Antonio Villa e o diretor de redação do site de VEJA Carlos Graieb sobre as manifestações que tomaram o país neste domingo contra o governo Dilma. Entenda mais sobre esse movimento de insatisfação popular no primeiro bloco do Aqui Entre Nós.



Os colunistas de VEJA Augusto Nunes, Marco Antonio Villa e Ricardo Setti debatem com o editor de Brasil, Silvio Navarro, as consequências das manifestação de domingo. O sentimento de insatisfação com o governo de Dilma Rousseff e o Partido dos Trabalhadores levou milhões de brasileiros as ruas. E o governo se faz de cego.

Protesto em Copacabana



Marcelo Madureira participa do protesto em Copacabana.

'Governo Dilma começou a terminar nesse domingo'



No Radar On-Line, com Lauro Jardim, com os protestos de ontem ainda ecoando no coração do governo, começam hoje as discussões com os partidos aliados para as nomeações do segundo escalão. Geraldo Samor, em VEJA Mercados, analisa os reflexos das manifestações na economia. Acompanhe a opinião dos colunistas de VEJA um dia após os protestos anti-governo que ganharam as ruas do Brasil.