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'Para eleitor, Dilma é somente criatura de Lula'



O historiador e colunista de VEJA Marco Antonio Villa diz no "Aqui entre nós" que Dilma seria uma candidata nanica sem a figura de Lula e que Marina Silva errou ao oferecer a outra face na luta contra as mentiras do PT. Confira a entrevista.

Saudações ao Manifesto dos Generais da Reserva de Alta Patente

Por Valmir Fonseca

Circula na internet, inclusive saiu em conhecido jornal, o festejado Manifesto.

Nele, além do repúdio aos abusos da Comissão da Verdade, a veemente contestação das declarações do melífluo ministro da defesa, não faltaram as claras e contundentes considerações contra o malfadado governo que nos mergulha na lama da podridão.

Contudo, ao que tudo indica, este foi o primeiro e último Manifesto, pois a possibilidade da reeleição do “poste sem luz” deverá reforçar a sua capacidade de prosseguir difamando as Forças Armadas.

Ninguém pode esquecer que a Comissão da Verdade existe e atua conforme e de acordo, com as determinações do governo petista.

Portanto, para demonstrar o seu poderio, em caso de reeleição, cumpre adivinhar que em breve as perseguições e as difamações contra as Forças Armadas, e mesmo contra os Oficiais - Generais que assinaram o Manifesto, deverão ser desencadeadas.

Diante do tenebroso futuro só nos resta acreditar que logo, e diante da submissão e subordinação da sociedade brasileira, teremos que trocar as canetas e os computadores para empunhar instrumentos mais contundentes, fortes o suficiente para expulsar para “os quintos dos infernos” esta canalha que se apossou do nosso País.

A velha estória do “invadiram o jardim do nosso vizinho, depois a sua casa, prenderam a sua família, mas nada fizemos”, nós já conhecemos.

Depois, na ausência de qualquer reação, prosseguiram, conspurcaram outros lares, outras entidades, e, como sempre, nada fizemos.

Há décadas invadiram a nossa dignidade e chutaram a nossa honra, por isso, existe um forte cheiro no ar, de revolta, que ultrapassa os umbrais de uma folha de papel.

Basta o grito de “vamos expulsar esta canalha”, para surgirem soldados, cidadãos armados, para com a força, determinação e capacidade darem um basta na lama e na patifaria que inundam a nossa Pátria.

Que o valoroso Manifesto, escudo surgido após de décadas de perseguições, seja o último, pois a sua continuação será o peso da revolta e da indignação.

Quando ela surgir, estaremos prontos para “entrar em forma”.

Viva o contundente e impoluto Manifesto.


Fonte: Alerta Total

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Valmir Fonseca Azevedo Pereira é General de Brigada reformado.

SOCIALISMO E COSTELA

Por Percival Puggina

Embora pilote minha churrasqueira com razoável competência, não sou perito em cortes de carnes. Li outro dia que o corte de costela é o mais consumido no Rio Grande do Sul. Pessoalmente, porém, não sou bem sucedido nas ocasiões em que tento assá-las. Repete-se algo que muitas vezes ouvi anfitriões comentarem em churrascadas alheias: "Esta costela não é bem aquela". Entende-se por "aquela", nessa frase, a costela ideal, com bastante carne, pouca gordura, osso delgado, macia e saborosa.

Quando me falam em socialismo, em comunismo, sempre me lembro dessas costelas que não dão certo. As experiências históricas com o socialismo jamais correspondem a "aquele" socialismo ao qual o vendedor de ideologia está se referindo. Você refuga a tese apontando os fracassos do socialismo e do comunismo (este definitivamente saiu do vocabulário com vergonha do próprio nome), e o vendedor de ilusões o interrompe para dizer que "aquilo" nunca foi o verdadeiro socialismo. Mas veja só, enquanto a costela, vez por outra, pode exibir um precioso corte "daquela", o socialismo não tem sequer uma solitária laranja de amostra que possa ser observada no pé da laranjeira. Sua principal sedução é assim apontada por Norberto Bobbio: “O socialismo é cativante porque cada um pode idealizá-lo como desejar”.

A grande acusação que lançam contra o capitalismo ou economia de mercado é a de ser um sistema que beneficia os ricos e responde pela miséria do mundo. No entanto, se dermos uma olhada no mapa da pobreza extrema do World Food Program, veremos que ela se concentra em regiões e nações que não têm e nunca tiveram uma economia baseada na livre iniciativa, no empreendedorismo. Não se conhece um único país cuja sociedade tenha sido rica e que empobreceu devido à sua inserção no mercado global. Do mesmo modo, não se conhece um único país cuja sociedade tenha evoluído econômica, social e politicamente enquanto se manteve num ambiente de economia estatizada e centralizada. Pelo viés oposto, os países europeus e asiáticos que se libertaram do comunismo em fins do século passado e adotaram a economia de mercado encontram-se, hoje, em diferentes mas ascendentes níveis de evolução econômica e social. Tampouco se conhece uma única sociedade que, tendo vivido sob o regime comunista e dele se libertado, manifeste desejo de retornar àquela desgraceira.



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Percival Puggina (69), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões, integrante do grupo Pensar+.

Como administrar a herança maldita de Dilma, mesmo que seja a Dilma



O próximo presidente da República terá uns dos maiores desafios da história na área econômica. Ele terá que administrar a herança maldita de um país que retrocedeu, uma inflação que ganhou resistência, um crescimento pífio e gastos sem fim. O colunista de VEJA e ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, analisa o cenário o dá a receita que deve ser seguida pelo próximo presidente.