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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

GEN MARCO FELÍCIO - "ALERTA A NAÇÃO - Eles que venham, por aqui não passarão!!!" - Candidato à Deputado Federal/MG - 2560 - DEM

"Enquanto vivermos a atual situação de afastamento das Forças Armadas da Política, abre-se para a Reserva um novo papel de cunho político, no chamado regime democrático: o de opinar livremente sobre assuntos políticos e o da representação política, através de bancada de deputados, defendendo os interesses da classe e da Instituição militar e parceira valiosa das chefias militares para aprovação de projetos de interesse das Forças.
Até quando os militares da Reserva, se manterão marginalizados?"

General Marco Antonio Felício da Silva


ALERTA À NACÃO
"ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO!”

Este é um alerta à Nação brasileira, assinado por homens cuja existência foi marcada por servir à Pátria, tendo como guia o seu juramento de por ela, se preciso for, dar a própria vida. São homens que representam o Exército das gerações passadas e são os responsáveis pelos fundamentos em que se alicerça o Exército do presente.

Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto publicado no site do Clube Militar (leia aqui), a partir do dia 16 de fevereiro próximo passado, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo.

O Clube Militar é uma associação civil, não subordinada a quem quer que seja, a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência. Anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação efetiva em casos relevantes da História Pátria.

A fundação do Clube, em si, constituiu-se em importante fato histórico, produzindo marcas sensíveis no contexto nacional, ação empreendida por homens determinados, gerada entre os episódios sócio-políticos e militares que marcaram o final do século XIX. Ao longo do tempo, foi partícipe de ocorrências importantes como a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República, a questão do petróleo e a Contra-revolução de 1964, apenas para citar alguns.

O Clube Militar não se intimida e continuará atento e vigilante, propugnando comportamento ético para nossos homens públicos, envolvidos em chocantes escândalos em série, defendendo a dignidade dos militares, hoje ferida e constrangida com salários aviltados e cortes orçamentários, estes últimos impedindo que tenhamos Forças Armadas (FFAA) a altura da necessária Segurança Externa e do perfil político-estratégico que o País já ostenta. FFAA que se mostram, em recente pesquisa, como Instituição da mais alta confiabilidade do Povo brasileiro (pesquisa da Escola de Direito da FGV-SP).

O Clube Militar, sem sombra de dúvida, incorpora nossos valores, nossos ideais, e tem como um de seus objetivos defender, sempre, os interesses maiores da Pátria.

Assim, esta foi a finalidade precípua do manifesto supracitado que reconhece na aprovação da “Comissão da Verdade” ato inconseqüente de revanchismo explícito e de afronta à lei da Anistia com o beneplácito, inaceitável, do atual governo. 

28/02/2012

PAULO EDUARDO MARTINS vence o PT na Justiça Eleitoral

Paulo Eduardo Martins, jornalista, ferrenho crítico do governo petista e candidato à Deputado Federal pelo Paraná venceu na Justiça Eleitoral as duas ações que o PT havia movido contra ele e sua campanha às Eleições 2014.

Em um novo vídeo o Candidato continua em sua campanha: "O PT deve ir para o lixo da História..."



Em seu primeiro vídeo de campanha o jornalista falava acerca da luta contra as mazelas petistas:
“Corrupção generalizada, mensalão, Petrobras saqueada. Enquanto os brasileiros agonizam, mandam o nosso dinheiro pra Cuba, pra ditadores, pra companheirada, falam até em controlar a mídia. Não podemos permitir que eles transformem o nosso país numa Venezuela. Precisamos parar o PT, me ajude a enfrentar essa gente …”
Tendo sido a causa das ações impetradas pelo PT junto à Justiça Eleitoral.



Vou votar em você, Aécio

Por Enio Mainardi

Aécio, meu velho, vou votar em você. Não que eu queira, verdadeiramente. Mas sobrou você como a nossa, talvez, última barreira sanitária contra esse vírus ébola que é o petismo. Cada vez que vejo nas entrevistas o teu rosto sorridente, penso: como ele pode se mostrar tão feliz? Você parece que está vivendo permanentemente dentro de um comercial de tv - enquanto nós ficamos de fora, nos sentindo tão inseguros, tão sem saída. 

Deve ser uma estratégia de campanha você contrastar tua figura "presidenciável" com o daquela senhora odiável e desprezível que parece sempre estar tão mentalmente desorganizada, tão alienada do mundo.

Mas ela tem a caneta na mão e assina papéis que compram Pasadena, que importa médicos fajutos, que prefere investir em Cuba, Venezuela ao invés de nosso tão desesperadamente carente Brasil. E que sorrateiramente sancionou esse maldito Decreto 8243 que vai criar os Sovietes, que significa a liquidação do nosso (ainda) regime democrático. 

Vou votar em você Aécio. Pode ser que você esteja mineiramente quieto e se fingindo de morto enquanto vai costurando acordos políticos que, no fim, vão virar o veneno que fará o PT entrar em coma e morrer. Pode ser. Mas reconheça que muitos do que votarão em você o farão principalmente para se opor ao PT. 

Esquecendo, por um momento, dos votos dos "bolsas", somos nós que faremos a diferença. E nós queremos botar fé que você seja o cavaleiro de armadura reluzente, que com a sua espada Durindana vai estraçalhar as hostes inimigas. Nós queremos que você seja o nosso Campeão. 

Sei que não é novidade o que estou aqui dizendo, e que é inocente quem põe sua vida na mão dos outros, confiando inteiramente no Líder sob o qual faremos a guerra. Mas que outra possibilidade temos, além de você? 

Aécio, fala! são tantos os temas que estão sendo discutidos por tantos, inclusive aqui no Face. Mas você não fala e nós ficamos conjecturando o que te faz tão convencional, tão discreto. Você é neto do Tancredo, que era cheio de manhas, espertezas, tão bom jogador de poker que foi. Talvez seja assim mesmo que se deve jogar numa eleição como esta, você deve saber - temos que confiar em teu critério. Mas estamos ressabiados. 

Queremos colocar pólvora e bolas de aço em nossas espingardas, sair das trincheiras e correr contra o inimigo que nos amedronta, e que nos empurra para a defensiva. Precisamos de tua voz e entusiasmo, Aécio. O tempo está correndo contra nós. 

Desculpe falar tanto em nós, nós. Seria mais apropriado dizer que, talvez, esta opinião seja só minha.


Dúvidas Eleitorais

Por Osmar José de Barros Ribeiro

A recente e trágica morte do candidato do PSB à Presidência da República mexeu com a emotividade do povo. A ampla cobertura midiática do evento, desde o início insinuando que Marina Silva, então candidata a vice, tinha grandes possibilidades de ser apontada como cabeça de chapa em substituição ao falecido Eduardo Campos, provocou toda uma onda de opiniões favoráveis, haja vista ela possuir bom capital de votos, como ficara claro na eleição anterior. A insinuação logo se tornou realidade e uma disputa que seria limitada a Dilma Rousseff pelo PT e Aécio Neves pelo PSDB, passou a ser uma disputa entre este e Marina, com vistas ao segundo turno da eleição presidencial.

Aos que não se alinham às ideologias esquerdistas e/ou sonham ver o Poder Executivo ocupado por alguém que alie competência administrativa à honestidade no trato da coisa pública, convém uma apreciação, ligeira e incompleta, quanto aos postulantes melhor colocados na corrida presidencial:

- Dilma Rousseff: terrorista na juventude, não teve sucesso na administração de uma loja dessas conhecidas como de R$1,99; exerceu cargos na administração estadual do Rio Grande do Sul (era filiada ao PDT) e na administração federal (já então, petista); indicada por seu chefe e mentor, Luís Inácio Lula da Silva, foi eleita presidente da República no 2º turno da última eleição presidencial. Busca a reeleição. Alinhada aos propósitos petistas, segue os ditames do Foro de São Paulo e levou a economia nacional a baixos padrões de eficiência. As necessárias obras de infraestrutura arrastam-se sem solução; a educação pública rasteja nos últimos lugares segundo a ONU; a segurança está um caos e as Forças Armadas são empregadas em missões de polícia; a saúde é uma lástima e a solução encontrada (importar médicos cubanos) apenas reforça os debilitados cofres de Cuba. Em seu governo, assistimos a vários casos de corrupção cujos responsáveis, por necessidades eleitorais, hoje estão reabilitados.

- Aécio Neves: iniciou-se na política como assessor de imprensa do seu avô, Tancredo Neves, falecido sem assumir a Presidência da República para a qual fora eleito em eleição indireta; deputado federal por quatro mandatos, eleito e reeleito governador de Minas Gerais, em 2010, foi levado à senatoria, com a maior votação do Estado. Possui vivência política e experiência administrativa. Contra ele, a utilização de um aeroporto não homologado pela ANAC e situado a cerca de uma légua de propriedade familiar, o ter sido flagrado dirigindo sem documento de motorista e sua fama de playboy.

- Marina Silva: ex-militante do PCdoB, ligada à Teologia da Libertação e hoje evangélica, natural do Acre, foi vereadora, deputada estadual e senadora por aquele Estado. Como ministra do Meio Ambiente criou toda sorte de entraves à agroindústria e à construção de hidrelétricas; conhecida por suas posições extremadas na defesa da ecologia, nas últimas eleições presidenciais concorreu pelo Partido Verde, tendo alcançado expressiva votação. Hoje, concorre pelo PSB.

Tudo indica que, movido pela emoção e pela busca de novos caminhos na política nacional, o universo de eleitores levará Marina Silva ao 2º turno, com boas chances de vitória, na medida em que passa sinceridade e seriedade em suas propostas, seja qual for o oponente.

O grande risco que o Brasil corre será, salvo melhor juízo, a repetição, com outros ingredientes, do conflito havido no governo Fernando Collor entre o Executivo e o Legislativo.

O resultado, não será bom. Quem viver, verá!


Marido de Marina Silva foi denunciado pelo deputado Aldo Rebelo por contrabando de madeira avaliada em R$ 8 milhões.

"Quem fraudou contrabando de madeira foi o marido de Marina Silva" - Aldo Rebelo - Por Implicante TV




Denúncia contra Marina Silva

Marina acaba de se associar a um crime eleitoral

Por Fernando Brito
marinajn 
Independente do resultado “marquetológico” da entrevista de Marina Silva ao Jornal Nacional – e eu acho que foi desastroso – há um elemento gravíssimo nas declarações da nova candidata do PSB.

Marina confessou o conhecimento de um crime eleitoral e a participação nos benefícios desta transgressão.

Ela confessou saber que o avião era produto de um “empréstimo de boca” que seria “ressarcido” – se é ressarcido, tem preço – ao final da campanha.

Poderia, se fosse o caso, dizer que não sabia dos detalhes da contratação do serviço, feita por Eduardo Campos. Mas está amarrada de tal forma no assunto que teve de se acorrentar à fantasiosa versão do PSB.

Que é uma aberração jurídica e contábil, que não pode prevalecer – e não prevalece – em qualquer controle de contas eleitorais.

Até no Acre de Marina Silva, o TRE distribui um formulário onde o dono de um veículo, mesmo que seja um Fusca 82, tem de assinar a cessão e atribuir o valor em dinheiro do bem.

O que dirá para um jato de R$ 20 milhões!

Não há um contrato sequer, não há preço estabelecido e, sobretudo, as empresas (ou o laranjal) que tinham o controle do avião não se dedicam à locação de transporte aéreo.

É um escândalo de proporções amazônicas.

Só menor do que o escândalo que é, depois de tantas confissões, o silêncio do Ministério Público.

Todos se lembram da Procuradora Sandra Cureau, que por um nada partia para cima do Presidente Lula e da candidata Dilma Rousseff.

Está mudo, quieto, silente.

Acovardado diante dos novos santos da mídia.

A partir de agora, prevalecendo isso, se podem emprestar prédios, frotas, aviões, até uma nave espacial para Marina ir conversar com Deus.

De boca, sem recibo, sem contrato, sem papel.

Na fé.



Fonte: Tijolaço

Surrealismo no Brasil

Por Marcos Coimbra

O Brasil hodierno atravessa uma fase que, no mínimo, pode ser classificada como surrealista, caracterizada pelo predomínio da fantasia sobre a realidade. A cada dia, uma nova e desagradável surpresa. As fontes são diversificadas e inesgotáveis. Nada mais escandaliza o dócil país dos admiradores do BBB. Dezenas de milhões de mensagens pagas com o objetivo de eliminar um dos participantes de um programa abjeto, dos mais nefastos da televisão brasileira. Nestas horas até, por absurdo, chegamos a pensar em aceitar o projeto petista de controle da mídia apenas com o propósito de não renovar a concessão da licença do canal mais poderoso do país, o qual não cumpre sua função de contribuir para educar o nosso povo. Mas, pode ser uma questão de tempo. Os “bolivarianos” estão chegando. É incrível como a população preocupa-se com bobagens, enquanto a situação do país é dramática.

A taxa de desemprego segundo o insuspeito DIEESE atinge em junho o patamar de 10,8% e autoridades governamentais afirmam que o país está na confortável situação de pleno emprego. Para piorar, o economista Ricardo Amorim afirma: “Baseado na baixa taxa de desemprego, o governo sugere que quase todos os brasileiros têm emprego. Na realidade, quase metade (47%) não tem e muitos estão subempregados – sem carteira assinada ou trabalhando menos do que gostariam. Basta uma hora semanal de trabalho assalariado para ser considerado empregado”.

E mais ainda: “a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, também do IBGE, que mede o desemprego em 3,5 mil municípios entre os maiores de 15 anos, aponta uma taxa de 7%, contra 5% da Pesquisa Mensal de Emprego (PME). A porcentagem dos que trabalham em relação à PIA no Brasil (53%) é hoje menor do que na maioria dos países da Europa, onde as taxas de desemprego chegam a 5 vezes mais do que aqui. Por que o desemprego continua caindo, então? Porque mais gente desistiu de procurar emprego do que caiu o número de empregos. Infelizmente, quem determina a geração de riqueza em um país é o total de pessoas trabalhando, não a taxa de desemprego. Com menos empregos, o crescimento tem sido pífio, mas com menos gente procurando emprego, o desemprego caiu.Milhões de pessoas deixaram de buscar empregos nos últimos 10 anos por quatro razões. Temos, hoje, dois milhões de estudantes universitários a mais, o que é ótimo. Uma parte deles não trabalha nem busca emprego”.

“As outras três razões são negativas. A população brasileira está envelhecendo, reduzindo a parcela dos que trabalham e aumentando a dos aposentados. O Bolsa-Família melhora as condições de sobrevivência de milhões de famílias, mas em locais onde os salários são pouco superiores ao benefício, desestimula a busca por emprego. Desde 2004, o número de beneficiários subiu de 6,6 milhões para 14,1 milhões. Por fim, há a expansão do prazo e valor do seguro-desemprego. Nos últimos 10 anos, o desemprego caiu de 13% para 5%, mas os gastos com abono e seguro desemprego subiram de R$13 bilhões para mais de R$45 bilhões. Quem recebe seguro desemprego e não busca emprego não é considerado desempregado na estatística. Dificuldade em achar emprego leva alguns a deixarem de procurar, reduzindo a taxa desemprego”.

Para agravar a análise da situação econômica, de acordo com o notável economista Prof. Ricardo Bergamini, apesar das reservas externas em torno de US$ 380 bilhões, a situação não é tão confortável, pois: “A posição da dívida externa bruta estimada para julho totalizou US$328,4 bilhões. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$287,7 bilhões, enquanto o estoque de curto prazo totalizou US$40,7 bilhões. Considerando os empréstimos intercompanhia de US$ 197,9 bilhões a dívida externa totalizou US$ 526,3 bilhões”. Isto sem contar o Passivo Externo Bruto, em torno de US$ 1,3 trilhão já em 2010 , segundo o Prof. Reinaldo Gonçalves. E a previsão do saldo negativo do balanço de pagamentos em transações correntes em 2014 é de US$ 80 bilhões para uma inflação batendo no teto da meta (6,26%), sem contar o reajuste que virá após as eleições, fruto do represamento existente. E as autoridades governamentais asseveram que tudo está bem. E a população continua mais interessada no BBB.

Estão virando o país de cabeça para baixo, em uma total inversão de valores e ninguém faz nada!




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Marcos Coimbra é Economista, Professor, Membro do Conselho Diretor do CEBRES, Titular da Academia Brasileira de Defesa e Autor do livro Brasil Soberano.
Correio eletrônico: mcoimbra@antares.com.br
Página: Brasil Soberano

Fantasma de Celso Daniel assombra companheiros

Por José Nêumanne -  O Estado de S.Paulo

Quem poderia imaginar que na quarta campanha presidencial posterior ao aparecimento do cadáver do prefeito de Santo André licenciado para coordenar o programa de governo da candidatura vitoriosa de Luiz Inácio da Silva, do PT, o fantasma de Celso Daniel deixaria o limbo para assombrar seus companheiros? E, pelo visto, o espírito vindo do além não se limitou a puxar o dedão do pé de uns e outros em sono solto, mas deixou-os a descoberto em pleno inverno. Para sorte deles, este inverno não tem sido tão gélido assim. Mas a alma é fria que só. E como é!

Sábado, em reportagem assinada por Andreza Matais, de Brasília, e Fausto Macedo, este jornal noticiou que a Polícia Federal (PF) apreendeu no escritório da contadora Meire Poza, que prestou serviços ao famigerado doleiro Alberto Youssef, contrato de empréstimo de R$ 6 milhões. O documento, assinado em outubro de 2004, reconhece dívida de tal valor, a ser paga em prestações em 2004 e 2005 pelas empresas Expresso Nova Santo André e Remar Agenciamento e Assessoria à credora, a 2S Participações Ltda. A primeira pertence a Ronan Maria Pinto, empresário do ABC e personagem do sequestro e morte de Celso Daniel, cujo cadáver foi encontrado no mato em Itapecerica da Serra em janeiro de 2002. A 2S pertencia ao publicitário mineiro Marcos Valério Fernandes de Souza, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, peculato e evasão de divisas a pena de 37 anos, quatro meses e seis dias e multa de R$ 3,062 milhões.

O elo encontrado pelos federais entre o assassinato do principal assessor de Lula na campanha presidencial de 2002, o escândalo de corrupção do mensalão e as denúncias apuradas na Operação Lava Jato, protagonizadas pelo doleiro acusado de lavar R$ 10 bilhões de dinheiro sujo, estava numa pasta identificada como "Enivaldo" e "Confidencial". A PF supõe que este seja Enivaldo Quadrado, condenado no mensalão.

A investigação em que o juiz federal Sérgio Moro encontrou provas suficientes para mandar prender o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, que substituiu Sérgio Gabrielli na presidência da empresa 24 vezes, apurou que a corretora Bônus Banval não era de Enivaldo Quadrado, mas, sim, de Alberto Youssef. Costa, que o ex-presidente Lula, conforme testemunhos citados no noticiário do escândalo, chamava de Paulinho e teria oferecido ajuda nas investigações em troca de alívio na pena (pelo visto, ele conta até com a eventual liberdade), tem sido motivo de aflição de gente poderosa na República, temendo que suas revelações cheguem a comprometer a realização das eleições gerais de outubro.

O que já se sabe sem sua ajuda é grave. E a entrada em cena do espectro de Celso Daniel - que não é Hamlet, mas já expôs parte considerável da podridão que reina nestes tristes trópicos -, se não alterar o calendário eleitoral, abalará significativamente a imagem de vários figurões que disputam o posto mais poderoso de nossa velha e combalida República.

Em depoimento ao Ministério Público (MP) em dezembro de 2012, também revelado pelo Estado, Valério, chamado pejorativamente de "carequinha" pelo delator Roberto Jefferson, seu colega no banco dos réus do mensalão, contou que dirigentes do PT lhe pediram R$ 6 milhões a serem destinados ao empresário Ronan Maria Pinto. Conforme o depoente, o dinheiro serviria para calar Ronan, que estaria chantageando Lula, o secretário da Presidência, Gilberto Carvalho, e o então chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu. Gilberto Carvalho, conforme se há de lembrar quem ainda não perdeu a memória, tinha sido secretário de Celso Daniel e foi acusado pelos irmãos deste de transportar malas com as propinas cobradas de empresários de ônibus em Santo André para Dirceu, à época presidente do PT.

De acordo com a reportagem do Estado no sábado, há 20 meses "o PT não se manifestou oficialmente, mas dirigentes declararam que ele não merecia crédito". Com a descoberta do documento, contudo, parte da versão de Valério - a que se refere à "dívida", embora não se possa afirmar o mesmo em relação ao motivo desta - deve ter passado a merecer crédito, se não do PT, ao menos da PF. Crédito similar, por exemplo, ao dado pelo partido no poder federal ao chamado "operador do mensalão" quando o mineirinho emergiu como o gênio do esquema de distribuição de dinheiro, que o relator do processo no STF, Joaquim Barbosa, desvendou de maneira lógica e implacável.

O documento assinado por Valério nos papéis da contadora do doleiro acaba com qualquer dúvida, se é que alguém isento e de boa-fé possa ter tido alguma, de que nada há a imputar de político ou fictício à condenação de Dirceu, Valério, José Genoino e outros petistas de escol a viverem parte de sua vida no presídio da Papuda, em Brasília. Isso bastaria para lhe garantir a condição de histórico no combate à corrupção. Mais valor terá se inspirar o MP estadual a exigir da Polícia Civil paulista uma investigação mais atenta e competente sobre a morte de Daniel.

Ao expor a conexão entre o assassinato do prefeito, a compra de apoio ao governo Lula e a roubalheira desavergonhada na Petrobrás, a dívida contraída por Ronan põe em xeque todos quantos, entre os quais ministros do Supremo, retiraram a "formação de quadrilha" da lista de crimes cometidos por vários réus do mensalão. Negar a prática continuada por mais de dez anos de um delito em bando formado pelos mesmos personagens conotaria cinismo e até cumplicidade.

A delação de Paulo Roberto merecerá um prêmio, sim, se ele for capaz de informar quem são os verdadeiros chefões nos três delitos. Acreditar que possam ser um menor da favela, um publicitário obscuro e um doleiro emergente seria como nomear Papai Noel ministro dos Transportes.