"Enquanto vivermos a atual situação de afastamento das
Forças Armadas da Política, abre-se para a Reserva um novo papel de cunho
político, no chamado regime democrático: o de opinar livremente sobre assuntos
políticos e o da representação política, através de bancada de deputados,
defendendo os interesses da classe e da Instituição militar e parceira valiosa
das chefias militares para aprovação de projetos de interesse das Forças.
Até quando os militares da Reserva, se manterão
marginalizados?"
General Marco Antonio Felício da Silva
ALERTA À NACÃO
"ELES QUE VENHAM. POR AQUI NÃO PASSARÃO!”
Este é um alerta à Nação brasileira, assinado por homens
cuja existência foi marcada por servir à Pátria, tendo como guia o seu
juramento de por ela, se preciso for, dar a própria vida. São homens que
representam o Exército das gerações passadas e são os responsáveis pelos
fundamentos em que se alicerça o Exército do presente.
Em uníssono, reafirmamos a validade do conteúdo do Manifesto
publicado no site do Clube Militar (leia aqui), a partir do dia 16 de fevereiro
próximo passado, e dele retirado, segundo o publicado em jornais de circulação
nacional, por ordem do Ministro da Defesa, a quem não reconhecemos qualquer
tipo de autoridade ou legitimidade para fazê-lo.
O Clube Militar é uma associação civil, não subordinada a
quem quer que seja, a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social,
tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência. Anos de luta,
determinação, conquistas, vitórias e de participação efetiva em casos
relevantes da História Pátria.
A fundação do Clube, em si, constituiu-se em importante fato
histórico, produzindo marcas sensíveis no contexto nacional, ação empreendida
por homens determinados, gerada entre os episódios sócio-políticos e militares
que marcaram o final do século XIX. Ao longo do tempo, foi partícipe de
ocorrências importantes como a Abolição da Escravatura, a Proclamação da
República, a questão do petróleo e a Contra-revolução de 1964, apenas para
citar alguns.
O Clube Militar não se intimida e continuará atento e
vigilante, propugnando comportamento ético para nossos homens públicos,
envolvidos em chocantes escândalos em série, defendendo a dignidade dos
militares, hoje ferida e constrangida com salários aviltados e cortes
orçamentários, estes últimos impedindo que tenhamos Forças Armadas (FFAA) a
altura da necessária Segurança Externa e do perfil político-estratégico que o
País já ostenta. FFAA que se mostram, em recente pesquisa, como Instituição da
mais alta confiabilidade do Povo brasileiro (pesquisa da Escola de Direito da
FGV-SP).
O Clube Militar, sem sombra de dúvida, incorpora nossos
valores, nossos ideais, e tem como um de seus objetivos defender, sempre, os
interesses maiores da Pátria.
Assim, esta foi a finalidade precípua do manifesto
supracitado que reconhece na aprovação da “Comissão da Verdade” ato
inconseqüente de revanchismo explícito e de afronta à lei da Anistia com o
beneplácito, inaceitável, do atual governo.
28/02/2012