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domingo, 27 de julho de 2014

Carta de uma brasileira para a presidente Dilma

Por Rita Cohen Wolf
Sra Presidente Dilma Roussef.

Na minha carteira de identidade de número XXXXXXXXXXX expedida pelo Instituto Felix Pacheco no Rio de Janeiro, ao lado do item nacionalidade está escrito “brasileira”.

Sim, sou brasileira e “carioca da gema”. Filha de pais brasileiros e mãe de filhas brasileiras. Gosto de empadinha de palmito, água de coco , feijão e farofa. Ouço Marisa Monte, Cartola, Caetano e Cazuza. Visto a camisa seja qual for o placar e posso mesmo declarar que tenho sangue verde e amarelo.

Sou dos “Anos rebeldes”, aqueles em que muitas vezes o máximo da rebeldia era cantar “Afasta de mim este cálice” enquanto ficávamos de olho se algum colega de escola “era sumido”. Aqueles anos em que Chico Buarque só podia ser Julinho da Adelaide. Saí às ruas pelas “Diretas Já” e, emocionada, vi o Gabeira e o Betinho finalmente voltarem do exílio arbitrário.

Nos anos 90, com mestrado em Psicologia e em Educação, fui honrosamente convidada a assessorar a Secretaria Municipal de Educacao do Rio de Janeiro. Cheia de entusiasmo, fazia parte de uma equipe profissional de primeira linha. À nossa frente, uma Secretaria de Educacao indicada pelo Prefeito não por suas ligações políticas, mas por sua competência profissional e comprometimento por uma Escola de qualidade para as nossas crianças.

E foi aí que comecei a perceber que algo de muito errado acontecia na minha cidade e no meu país. Mesmo ocupando um cargo de onde poderia “fazer acontecer”, percebi que apenas vontade política, profissionalismo e amor pelas crianças do Rio de Janeiro não eram suficientes para mudar a antiga engrenagem: emperrada, viciada, corrompida e perversa.

Foi depois de ter sido assaltada 8 vezes, uma delas com um revolver apontado para a minha cabeça… foi aí que a ficha caiu e percebi que nao poderia mais criar minhas filhas no meio da corrupção, suborno, mão-armada e com medo da própria sombra. Tinha que me despedir do meu País.

Com muita dor no coração eu resolvi fazer as malas. Por livre escolha, assim como tantos e tantos brasileiros. Meu País não podia me oferecer condições dignas de vida. Não se preocupava ou não agia com eficiência em nome do bem-estar de seus cidadãos. Fiz minhas malas e vim para o Oriente Médio.

Apesar de na minha carteira de identidade não constar o item “religião”, eu posso lhe contar. Sou judia.

“Judeu”, palavra que para muitos está diretamente associada a Judas, o traidor de Jesus Cristo (ele mesmo judeu) e também a Freud, Einstein, Bill Gates e Mark Zuckerberg e mais vários ganhadores de Prêmio Nobel.

Optei por viver em Israel. Tornei-me israelense. Quanta contradição, sair do Brasil por medo de assaltos e sequestros e vir para Israel…

Aqui, Sra Presidente, quando estamos em perigo, soam sirenes para que entremos em abrigos anti-bombas. Nunca mais estive a ponto de ser pega por uma bala perdida, assim como nunca mais tive que sentir a dor no peito ao ver famílias inteiras à beira da rua mendigando. Nunca mais tive que me pegar na dúvida do que sentir diante de um pivete: medo ou pena. Por que aqui não existem pivetes. A educação e a saúde são um direito de fato de todos os cidadãos, independentemente de cor, raça ou credo.

Sou uma dos cerca de 10 mil brasileiros que vivem hoje em Israel e que, hoje de manhã ao acordarem, deram-se conta de que o Governo brasileiro chamou o embaixador brasileiro em Israel para uma “consulta em protesto pela operacao do exército de Israel na Faixa de Gaza”. Pergunto-me se também foram chamados o embaixador na Síria, onde na última semana morreram mais de 700 pessoas. Ou talvez o embaixador no Iraque, onde está sendo feita uma “purificação étnica”. O próximo passo já bate na porta: cortar as relações diplomáticas do Brasil com Israel.

Escrevo para lhe contar, Sra. Presidente, que tenho vergonha.

Num momento tão delicado para tantos de nós brasileiros que vivem em Israel, no momento em que Israel recebe a visita e o franco apoio da Primeira-ministra da Alemanha, do Ministro do Exterior da Inglaterra, do Ministro do Exterior dos Estados Unidos e da Ministra do Exterior da Itália… um dia depois que o Secretário Geral da ONU visita Israel e declara que o país tem todo o direito de se defender e a seus cidadãos do ataque de um grupo terrorista… depois disso, recebemos a notícia da chamada do Embaixador brasileiro.

A televisão anuncia a decisão brasileira e tenho vergonha.

A vergonha não é só pelo alinhamento do Brasil com os países islâmicos extremistas ao invés de se alinhar com a Democracia. Tenho vergonha também dos meios de comunicação tendenciosos do Brasil, que só enxergam ou só querem enxergar um lado da história. Mas isso já é outra conversa…

Hoje, junto com a notícia da chamada do embaixador brasileiro, vi também na televisão que o governo de Israel está enviando vários aviões para os quatro cantos do planeta para resgatarem israelenses que, por conta do embargo aéreo temporário das companias de aviação estrangeiras, não conseguem voltar para Israel. Uma verdadeira operação resgate. Por quê? Pois aqui a vida do cidadão tem valor.

Eu vivo num país em que a vida de um soldado foi trocada pela de mil terroristas presos por crime de sangue.

Na minha ingenuidade, cheguei a pensar que o Brasil tentaria verificar a situação de seus cidadãos em Israel nesse momento de guerra, se é que algum cidadão brasileiro estaria com alguma necessidade que pudesse ser atendida pela representação do Brasil em Israel. Que bobinha…

Mais fácil talvez seja mesmo vir a cortar as relações diplomáticas, pois não sei mais qual o valor do meu passaporte brasileiro.

Vergonha e desgosto por comprovar que mesmo depois de tantos anos, o brasileiro ainda vale muito pouco, para não dizer quase nada, para o seu próprio país.

E o verde-amarelo do meu sangue cada vez mais vai perdendo sua cor.



Chance perdida de calar a boca

Por Humberto de Luna Freire Filho

O governo brasileiro perdeu uma grande oportunidade de permanecer calado com relação ao conflito entre palestinos e israelense. Resolveu emitir nota dizendo que "considerava inaceitável o uso de força desproporcional de Israel", ao que Israel respondeu: "essa é uma demonstração lamentável de porque o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua sendo um anão diplomático". E continuou: " o Brasil está escolhendo ser parte do problema em vez de integrar a solução.

Seu comportamento nesta questão ilustra a razão porque esse gigante econômico e cultural permanece politicamente irrelevante". Isso, à primeira vista, até parece uma critica, mas na verdade é um elogio, porque o Brasil não é um gigante econômico e cultural.

Há anos nossa economia desce a ladeira sob a direção de uma quadrilha de incompetentes e corruptos e, por oito anos, fomos governados por um semi analfabeto e, hoje, por uma incompetente, que não consegue concluir nenhum dos seus raciocínios em pronunciamentos públicos. Israel que se cuide, pois a Força Aérea Brasileira (FAB), sob o comando da dona Dilma, chefe supremo das Forças Armadas, conta com 6 aviões Mirage, que foram desativados há um ano, mas que ainda tem condição de decolar, não se sabe se, também, de aterrissar.

Mas, como guerra é guerra... Israel que se cuide.


Fonte: Alerta Total


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Humberto de Luna Freire Filho é Médico.

Cidadãos de Gaza criticam o Hamas

Por israelwtf.com

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Caminhões de suprimento em sua entrada em Gaza. 
Crédito: Flash90
“Israel nos dá comida e nós lhes devolvemos foguetes."

“Aqui todos odeiam o Hamas, porém têm medo de dizê-lo publicamente.”

A Faixa de Gaza converteu-se em um lugar estranho nos últimos dias. A recente escalada de violência afetou a população, mas há os que apóiam os ataques e foguetes do Hamas. Estes que apóiam, saem às ruas para celebrar cada vez que o Hamas ataca algum ponto importante em Israel e, em repetidas ocasiões, seguem as instruções do Hamás para servir como escudos humanos. Entretanto, existe em Gaza um segundo grupo, que atua de forma mais silenciosa por medo, que se opõe por completo às políticas do Hamás na Faixa de Gaza.

Um chofer que trabalha em Gaza, Abu Eli (nome fictício), conta a jornalistas de AP sobre a realidade social na Faixa de Gaza: “Aqui todos odeiam o Hamas, porém têm medo de dizê-lo publicamente”. Abu Eli não quis dar sua verdadeira identidade por medo de represálias do Hamas, mas assegura que a maioria de sua vizinhança critica o Hamas embora às vezes seja só de forma silenciosa, pelo medo que sentem. “Nossa comida chega desde Israel, porém o que nós lhes devolvemos são foguetes - foguetes que nem sequer fazem pequenos buracos na terra”.

Enquanto o Hamas se esforça em lançar foguetes para Israel, governa uma população que vive em crise constante pela escalada da violência. O Hamas fez com que as pessoas não possam trabalhar e que seu estado econômico e social se veja afetado gravemente pela situação atual.

Através da operação, Israel permitiu a passagem de centenas de caminhões com insumos básicos e médicos para a população civil em Gaza. Israel facilitou a passagem de mais de 5.000 toneladas de alimentos, 500 unidade de sangue doado, 1.000 toneladas de combustível, mais de 600.000 litros de gasolina e mais de 900.000 litros de combustível diesel.

Além de tudo isto, também existem muitas críticas à liderança do Hamas por sua corrupção e o alto nível de vida que levam em comparação com o povo palestino. Muitos jornalistas do mundo árabe e bloggers, estiveram nos últimos dias criticando líderes como Ismail Hanniyeh e Kaled Meshaal por sua desconexão com a realidade social palestina. No exemplo que vemos aqui, podemos ver Ismail Hanniyeh em um avião de luxo e desde uma conta de Twitter comentam: “Viajam em aviões privados e arrecadam dinheiro para seus próprios bolsos”.

O Hamas recebe a cada ano centenas de milhões de dólares em ajuda humanitária dos quais, em grande parte, acabam chegando aos bolsos de seus líderes e ao pagamento de soldos para os “empregados” do Hamas na Faixa de Gaza.




Tradução: Graça Salgueiro


Militância diplomática

Por Ruy Fabiano

Diplomacia, como se sabe, não é exatamente campo adequado para exercícios de militância.

O Itamaraty, desde os tempos do Barão do Rio Branco, cultivou o que veio a se chamar de pragmatismo responsável, o que o tornou considerado nos fóruns internacionais.

Sendo o Brasil um país ainda periférico, sem grandeza bélica, sempre evitou entrar em briga de cachorro grande.

Seu ingresso na Segunda Guerra Mundial foi precedido de amplas negociações com os Estados Unidos, que resultaram na Siderúrgica de Volta Redonda, na Eletrobras e no consequente up grade em sua infraestrutura industrial.

Mesmo assim, só o fez, já na etapa final do conflito, depois de ter navios em sua costa bombardeados pelos nazistas. Cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém. Mas esse era o Itamaraty pré-PT, cujas linhas-mestras sobreviveram aos mais variados governos, incluindo os da ditadura militar.

O PT introduziu na diplomacia brasileira o vírus da militância. O país deixou de lado seus interesses - comerciais, políticos, estratégicos -, perdendo mesmo a noção de sua desimportância relativa, e passou a orientar sua conduta pelo viés ideológico.

A adesão ao bolivarismo chavista – de cuja gênese o PT participou, via Foro de São Paulo – o distanciou de parceiros tradicionais, como Estados Unidos e União Europeia.

Em compensação, o país passou a apoiar – e financiar – ditaduras, como as de Cuba e do Sudão, que contabiliza assassinatos numa ordem de grandeza que supera a soma de diversas Faixas de Gaza. Seus aliados preferenciais, na geopolítica global, são países como Coréia do Norte e Irã.

Alia-se a forças criminosas como as Farc, que mantêm campos de concentração na selva e vivem do que apuram com sequestros e venda de drogas. O chanceler de fato, Marco Aurélio Garcia, recusou-se a admiti-las como grupo terrorista, optando pela expressão oblíqua de “forças insurgentes”.

É compreensível, já que suas lideranças sentavam-se lado a lado do PT no Foro de São Paulo. Grande parte dos assassinatos que ocorrem anualmente no Brasil – mais de 50 mil, a maioria pobres e jovens – decorre dessa aliança sinistra, que igualmente supera em muito os até aqui sacrificados da Faixa de Gaza.

Eis, porém, que, não satisfeito em protagonizar uma diplomacia pelo avesso no continente, o Itamaraty decide incursionar pelo Oriente Médio. Lula já havia aparecido por lá, quando presidente, sustentando que sua experiência de sindicalista, habituado a negociar, seria suficiente para clarear um conflito que há décadas desafia as maiores diplomacias do planeta.

Expôs-se (e nos expôs) ao ridículo, sobretudo porque, além de não negociar coisa alguma, optou claramente por uma das partes – no caso, os palestinos. Eis que agora o ridículo se repete. E, de certa forma, com maior gravidade, pois a militância diplomática se dá em pleno conflito.

Diplomacia não comporta amadorismo. O Brasil não integra o grupo de países com expressão geopolítica, que exercem influência na região e nos fóruns internacionais. O primeiro dever da diplomacia é o desconfiômetro, isto é, perceber o seu tamanho. Foi mais ou menos isso que, para nosso constrangimento, nos disse o porta-voz do governo israelense, ao nos qualificar de “anões”.

O conflito de Gaza tem complexidade bem maior que uma negociação sindical. Não começou hoje e nem se sabe quando, como e se terminará. Apelar ao cessar-fogo – gesto-clichê que as grandes potências fazem enquanto buscam uma saída - implica não julgar as partes em conflito.

O Itamaraty valeu-se do jargão, para, em seguida, condenar apenas uma das partes, exatamente a que não teve a iniciativa do presente embate. Militância e diplomacia são práticas que se repelem e, quando se insiste em misturá-las resulta no que se viu: vexame.




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Ruy Fabiano é jornalista.

Irrelevante

Por Paulo Roberto Gotaç
 
Foi-se o tempo em que os diplomatas eram personalidades com poderes reais para executarem as políticas externas de seus respectivos de governo, com autonomia e espaço para decisões que às vezes determinavam o rumo da História.

Com a complexidade do mundo atual, a diplomacia perdeu um pouco de sua proeminência e muitas das questões ligadas à relação entre os estados passaram a ser delineadas diretamente, até sem a assessoria dos respectivos Ministérios das Relações Exteriores, nos gabinetes dos governantes executivos, condicionadas aos aspectos políticos de interesse, e, com isso, o diplomata, embora ainda importante para dar liga a essa decisões, se transformou em um mero funcionário público, sem passar de um co-adjuvante nas complexas resoluções emanadas dos setores realmente responsáveis pelo destino das interações internacionais.

Assim, uma escaramuça envolvendo tais funcionários merece ser comparada a uma briga com puxões de cabelo e, no recente incidente envolvendo diplomatas do Brasil e Israel, pode-se considerar irrelevante a convocação do embaixador brasileiro e também irrelevante a resposta do representante de Israel, ao tachar o Brasil de diplomaticamente irrelevante.


Fonte: Alerta Total


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Paulo Roberto Gotaç é Capitão de Mar e Guerra, reformado.

A Metamorfose (?) do Exército Brasileiro?

Por Valmir Fonseca

Ultimamente, corre nos bastidores que o Exército de hoje metamorfoseou-se, adotando novos parâmetros ou abandonando seus antigos e ultrapassados padrões.

Afirmam os maldosos boateiros que o silêncio das atuais autoridades militares é a confirmação do fato.

Divulgam, ainda, que o intenso uso das Forças Armadas em Operações Tipo - Polícia e nada mais do que isto, além da construção de obras de engenharia, como estradas, ferrovias e aeroportos, serão a sua principal e única serventia para o governo comunista.

Ressaltam também, que o ensino nas casernas está sendo devidamente orientado para a nova missão das instituições militares, que inoculada nos novos militares deverá criar uma mentalidade favorável aos atuais governantes e às suas ideologias.

Antigos procedimentos como o impedir o ingresso de homossexuais será sepultado, segundo a nova visão, e a desculpa da necessidade da construção de banheiros para os homens, e atualmente para as mulheres que de há muito estão incorporadas, e pela construção dos banheiros só para os homossexuais, o que impediria que as pobres bichas ficassem de olho nas partes genitais de seus companheiros do sexo masculino.

A metamorfose teve início há décadas, mas tornou - se explícita quando o desgoverno proibiu que a Instituição comemorasse datas históricas, como a Intentona Comunista de 1935 e a Contrarrevolução de 31 de Março de 1964.

Além disso, para atemorizar, desencadeou, sem que houvesse qualquer reação, a Comissão da Verdade.  Era o aproveitamento do êxito obtido pela lei de indenização dos heróis subversivos.

Dizem os entendidos que quando as instituições militares fecharam as suas portas aos apelos dos antigos agentes da repressão, na maioria elogiados e laureados com medalhas pelos seus serviços durante o combate aos terroristas e subversivos, praticamente estava sacramentada a transmutação.

Outros fatos funestos, como a inauguração da desmoralizante placa na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), como a comprovação de que aquela vetusta escola militar era antro de torturas e outras ignomínias.

Embora, a transformação tenha ocorrido ao longo de décadas, muitos juram que hoje ela é um fato inquestionável, haja vista as declarações da nova Presidente do Superior Tribunal Militar (STM), favorável à inclusão de homossexuais e de outras medidas sempre deploradas pelos antigos militares, mas que de acordo com as autoridades, entre elas o ministro da defesa, como afirmou em recente entrevista, hoje temos um novo Exército, e, portanto de mentalidade diferente, e até oposta aos seus antigos e rançosos parâmetros.

Durante o nosso périplo na caserna tivemos a oportunidade de debruçar - nos sobre as qualidades que deveriam sublinhar o caráter dos militares, estudamos e pesquisamos os Valores Militares, definidos no Vade – Mécum de Cerimonial Militar do Exército – Valores, Deveres e Ética Militares - VM 10, e que foram definidos pela Instituição como básicos para a formação das virtudes de seus integrantes.

Entendemos que para promover a transformação na mente dos novos membros seria preciso que aqueles parâmetros, responsáveis pela identidade da Instituição, fossem deturpados ou extirpados.

Em nossa inabalável opinião, os valores que edificaram a nossa Instituição possuem uma grandeza que foi capaz de forjar seus alicerces de forma permanente, pois foram consolidados nos séculos de sua formação, com heróis e ícones de honorabilidade imbatível e, portanto, não seria por ação solerte de uma canalha sem escrúpulos e de fugaz duração, que estaria abalada uma Instituição construída sobre valores que são inexoráveis.

Certamente, apesar do silêncio regulamentar imposto aos militares da Ativa, os militares da Reserva possuem a convicção de que os que labutam na Ativa possuem como eles o mesmo inabalável AMOR À PROFISSÃO, o arraigado PATRIOTISMO, o orgulhoso CIVISMO, o inquebrantável ESPÍRITO DE CORPO, o permanente APRIMORAMENTO TÉCNICO – PROFISSIONAL e a inquebrantável FÉ NA MISSÃO DO EXÉRCITO, para os leigos, os imutáveis Valores Militares.

Brasília, DF, 25 de julho de 2014


Gen. Bda Rfm Valmir Fonseca Azevedo Pereira


Um país dividido

Por Cláudio Slaviero – Gazeta do Povo

Os discursos (sic) do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm deixado claro não só as estratégias eleitorais de seu partido, mas a ideologia dos que grudaram ao poder e não querem dele apear de forma alguma. Elas pretendem, sobretudo, a divisão das pessoas do país, consolidando o popular “nós contra eles”, como se “nós” fossem os santos que merecem os céus eternamente, nele mandando e desmandando, e os “eles” aqueles que devem ser condenados ao fogo eterno dos infernos.

Reparem nos pronunciamentos de Lula, Dilma, Rui Falcão e seus seguidores. Seguem a linha do nacional-socialismo, guiado por Hitler e Goebbels, que já infelicitou o mundo e que teima em ressurgir em formatos modernos. Um dos exemplos é sua tentativa de caracterizar a mídia como “golpista”.

Joseph Goebbels, ministro de Propaganda do Reich, 11 dias depois de Hitler ter assumido o cargo de chanceler, fez o mesmo. Seu alvo era a “imprensa judaica”, que acusava de “ameaçar o movimento nacional-socialista. Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!” Naquela época, Hitler, Goebbels e os nazistas cumpriram sua ameaça.

Enquanto não calam a boca da mídia no Brasil, os petistas a desmerecem, ameaçam criar códigos disciplinadores da comunicação e se manifestam pelos blogs e veículos de comunicação escolhidos a dedo por Lula. Em todas as manifestações petistas, se condena a “elite branca”, a classe média (vide a filósofa Marilena Chauí, uma estrela intelectual petista: “A classe média é o atraso, a estupidez, o que tem de mais reacionário, conservador, ignorante, petulante etc.”), os conservadores, entre outros, por eles considerados “inimigos” do desenvolvimento preconizado pelo PT. E o país é dividido em brancos e negros, ricos e pobres, nordestinos e sulistas, progressistas e conservadores, estatizantes e privatizantes, bons e maus etc., incentivando a divisão de classes e, o que é pior, o ódio entre elas.

Enquanto isso, o PT beneficia apenas seus asseclas e aqueles que se aliam ao seu projeto de poder, desenhado por filósofos da Papuda. E o país vê desenhar-se um perfil catastrófico de sua economia: déficits, inflação, índices recessivos na produção industrial, desindustrialização e fuga de empresas para países limítrofes, dívidas interna e externa crescentes, economia estatizada, enriquecimento dos banqueiros e sócios do Lula, tudo paralelo à demagogia, populismo, bolsas de miséria, ausência de projetos de desenvolvimento socioeconômico e sustentável, aparelhamento do Estado e dos três poderes, descrença absoluta no Judiciário e desrespeito ao Supremo Tribunal Federal, cristalização da corrupção.

Uma nação enorme e triste! E que corre o sério risco, a seguir a cantilena petista, como querem Dilma, Lula, Rui Falcão e os filósofos da Papuda, de transformar-se em uma nação dividida, uma enorme e triste Venezuela



Livrai-nos do mal

Por Nelson Motta

Uma das piores coisas que pode acontecer a um país é sair de uma eleição polarizada e movida a ódio e jogo sujo com um dos candidatos vencendo por diferença mínima — e os perdedores formando uma oposição vingativa, destrutiva e poderosa. O país trava, a democracia não avança e todos perdem. Todo mundo sabe disso, mas aqui eles só pensam naquilo, no poder, e nunca nas consequências do que fazem para conquistá-lo e mantê-lo.

Ó santa ingenuidade, alguém imagina que possa ser diferente ?

O grau de civilização e democracia de um país também se mede por eleições polarizadas e acirradas, mas com campanhas propositivas, que são decididas por poucos votos, mas resultam em avanço político e social, com a síntese de propostas do governo e da oposição. Não é utopia, é a realidade em vários países europeus, onde a vontade do eleitorado é respeitada e poucos votos a mais não dão mais direitos nem hegemonia a ninguém.

Quando eleições são decididas por diferença mínima, às vezes por golpes de sorte ou compra de votos, mais do que uma eventual vitória de um partido, isso significa que a sociedade está dividida e seus representantes eleitos terão o desafio de enfrentar os problemas do país dentro das regras democráticas.

Muito mais difícil se é um país com crescimento baixo e juros e inflação altos, e está em 79º lugar (ou 75%, segundo o governo, tanto faz) no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU (baseado em renda, saúde e educação), que mede o que realmente interessa aos cidadãos na vida real. E pior, nos últimos cinco anos estamos avançando em ritmo cada vez mais lento em relação à média do mundo.

Fazer o quê? Imaginar um governo de coalizão no Brasil? Uma concertação à chilena? Um comportamento político civilizado? Um mínimo de racionalidade? São possibilidades risíveis no país primitivo do “nóis contra eles”. Platão já dizia que a desgraça de quem não gosta de politica é ser governado por quem gosta, mas certamente seu título eleitoral não era do Rio ou de São Paulo.

No Brasil atual, até jogar em casa e com torcida a favor virou desvantagem e justificativa para derrotas e vaias.


Fonte: Alerta Total


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Nelson Motta é Jornalista e Crítico Musical. Originalmente publicado em O Globo em 25 de julho de 2014.

Movimentos indígenas denunciam perseguição política; Estado nega


Brasília - Índios Pataxó e Tupinambá, do extremo sul da Bahia, aguardam no Ministério da Justiça audiência com o ministro José Eduardo Cardozo (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)Ao menos sete lideranças indígenas estão presas em caráter temporário, suspeitas de participação em crimes como assassinatos ou porte ilegal de armas. Mais cinco índios com destacada atuação em suas comunidades passaram dois meses detidos em Faxinalzinho (RS), suspeitos de envolvimento na morte de dois irmãos agricultores, no final de abril. Em apenas dois de quatro casos pesquisados pela Agência Brasil, os suspeitos foram denunciados à Justiça. Para lideranças indígenas e entidades indigenistas, as prisões e investigações fazem parte de uma estratégia de criminalizar e deslegitimar as principais reivindicações das comunidades indígenas, como a demarcação de novas reservas.

"Há uma virulenta campanha de criminalização, deslegitimação, discriminação e racismo contra os povos indígenas”, afirmou Lindomar Terena ao participar, como representante dos povos indígenas, da 13ª sessão do Fórum Permanente da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Nova York, em meados de maio. “Ao contrário do que o governo brasileiro divulga em espaços internacionais, temos certeza de que a situação dos povos indígenas no Brasil hoje é a mais grave desde a democratização do país”, acrescentou a liderança terena.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, eximiu a Polícia Federal (PF) e o Poder Executivo de agir à revelia da lei com intuito de deslegitimar o movimento indígena e suas lideranças. “Decisões judiciais têm que ser cumpridas. Foi o que a PF fez. As várias prisões foram em cumprimento a ordens judiciais”, disse o ministro à Agência Brasil, sem comentar a tese de criminalização do movimento indígena.

Em seu relatório anual sobre a violência contra os povos indígenas, divulgado no último dia 17, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aponta que o Estado brasileiro intensificou a repressão e a criminalização às lideranças indígenas para desencorajar as comunidades a lutarem pela efetivação de seus direitos constitucionais. Para a antropóloga Lúcia Helena Rangel, uma das coordenadoras do relatório, isso contribui para que os índios sejam discriminados, ameaçados e perseguidos. “Ninguém mais tem vergonha de manifestar seu racismo contra os povos indígenas”, diz Lúcia, citando casos de comentários ofensivos publicados por internautas em sites de notícia.

Arcelino Damasceno, delegado federal responsável por investigar um dos casos de prisão de indígenas, não acredita que o Poder Judiciário, o Ministério Público e as forças policiais conduziram ações conjuntas para deslegitimar a luta indígena. “Seria impossível fazer algo assim sem apresentar provas suficientes [para justificar as prisões e denúncias]”, comentou o delegado.

Dos quatro casos recentes que o movimento indígena trata como perseguição política, o de maior repercussão nacional ocorreu em dezembro de 2013, na Terra Indígena Tenharim Marmelo, em Humaitá (AM). O representante comercial Luciano Ferreira Freire, o professor Stef Pinheiro de Souza e o funcionário da Eletrobras Aldeney Ribeiro Salvador desapareceram após serem vistos na Rodovia Transamazônica, de carro, pouco antes de ingressarem na reserva indígena.

À época, moradores e sites de notícias da região acusaram habitantes da reserva Tenharim do sequestro. Para eles, os indígenas queriam vingar a morte de seu cacique, Ivan Tenharim, ocorrida dias antes. Ivan morreu no dia 2 de dezembro.

Para as autoridades policiais, o episódio da morte do cacique se resume a um acidente de trânsito: ele pilotava sua moto quando, por algum motivo, perdeu o equilíbrio e caiu. Para o Cimi, entretanto, há razões para desconfiar de assassinato, já que a moto, o capacete e a bagagem do cacique foram encontrados intactos. O cacique era conhecido por denunciar a ação ilegal de madeireiros na região. Em 2011, os Tenharim ajudaram o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) a apreender máquinas, caminhões, motosserras e madeira cortada ilegalmente.

O desaparecimento de Freire, Souza e Salvador se tornou notícia quando a população de Humaitá ateou fogo na sede local da Fundação Nacional do Índio (Funai), em carros e em postos de pedágios improvisados pelos próprios indígenas na Rodovia Transamazônica e depredaram o prédio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai). Índios que normalmente circulavam pela cidade passaram a ser ameaçados e a comunidade buscou refúgio no 54º Batalhão de Infantaria da Selva.

Suspeitos de envolvimento com os desaparecimentos, cinco índios tenharim foram presos em 30 de janeiro. Além de Gilson e de Gilvan Tenharim, filhos do cacique morto um mês antes, também foram detidos temporariamente Valdinar Tenharim, Simeão Tenharim e Domiceno Tenharim. Três dias depois, a PF localizou, no interior da terra indígena, os corpos dos três não índios. Só três meses depois, ou seja, em 30 de abril, o Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas denunciou por triplo homicídio duplamente qualificado os cinco índios já presos e mais um tenharim. No próximo dia 30, as prisões temporárias completarão seis meses e os cinco acusados continuam à espera do julgamento em uma cadeia pública estadual de Porto Velho (RO).

Presidente do Conselho Executivo da Associação Juízes para a Democracia, André Augusto Salvador Bezerra considera que as críticas do movimento indígena aponta para duas questões: a dificuldade do Poder Judiciário em lidar com os movimentos sociais e a banalização das prisões temporárias. “A prisão preventiva, algo excepcional, está se tornando regra. A democracia tem como pressuposto a presunção de inocência. Acho que é necessário maior parcimônia na concessão desses mandados de prisão preventiva. Além do mais, é necessário levar em conta as críticas das lideranças sociais ao Poder Judiciário e verificar se, de fato, como afirmam, ele está servindo de instrumento a determinados setores.”

Na última quinta-feira (24), em entrevista à Agência Brasil, o delegado federal Arcelino Damasceno disse que os indígenas presos negam envolvimento no crime e que os corpos das vítimas foram encontrados graças ao cruzamento de diferentes fontes de informação, como o depoimento de outros índios e as buscas policiais. O delegado reconheceu que a questão indígena é “sensível”, já que envolve aspectos políticos que extrapolam o escopo do trabalho policial, mas defendeu a consistência das investigações conduzidas por ele.

“Cada caso é um caso e tem que ser analisado individualmente. Sobre Humaitá, posso garantir que há provas robustas de que os índios cometeram esse crime. Nesse caso específico, não há como dizer que se trata de perseguição aos povos indígenas”, comentou Damasceno, sem entrar em detalhes, já que o inquérito é sigiloso.

Outros dois casos que resultaram nas prisões de líderes indígenas envolvem os assassinatos de dois irmãos de pequenos agricultores, em Faxinalzinho (RS), e de um agricultor, no sul da Bahia.


O quarto e mais recente episódio resultou na prisão, por policiais militares alagoanos, do agente de saúde e líder da Terra Indígena Xukuru-Kariri, José Carlos Araújo Ferreira, o Carlinhos, detido no interior da reserva indígena localizada em Palmeira dos Índios (AL). Os militares dizem que apuravam uma denúncia de assalto quando flagraram Carlinhos portando um revólver com numeração adulterada. Tanto os parentes quanto o advogado do agente de saúde confirmam que ele tem uma arma para se proteger, pois vinha recebendo ameaças de morte. Essas mesmas ameaças motivaram a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) da Presidência da República a incluir o indígena no Programa de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos em 2013.

Foto mostra coronel na cena de acidente que matou Zuzu Angel

Redação SRZD

Use uma lente para ver melhor
A foto do jornal O Globo está mais nítida!
Uma fotografia do local do acidente que resultou na morte da estilista Zuzu Angel, em abril de 1976, aumentou as suspeitas da Comissão Nacional da Verdade (CNV) do envolvimento das Forças Armadas no caso. A imagem, apresentada pelo ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) do Espírito Santo Cláudio Guerra, mostra o coronel do Exército Freddie Perdigão ao fundo, perto do veículo acidentado.

Mãe de Stuart Angel, integrante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8) que desapareceu em 1971, Zuzu deu projeção internacional ao caso após ter feito críticas ao regime e passou a ser considerada "presença incômoda para o regime, que tinha todo interesse em seu desaparecimento", disse o presidente da CNV, Pedro Dallari. Segundo ele, a foto deixa claro que houve algum tipo de participação das forças militares no acidente ocorrido no Rio de Janeiro.

"A grande revelação (obtida durante os depoimentos feitos nesta semana) veio a partir do depoimento de Cláudio Guerra, que apresentou uma fotografia na qual o oficial das Forças Armadas Freddie Perdigão aparece junto ao veículo acidentado. Isso estabelece um vínculo muito forte entre as Forças Armadas, já que Perdigão era notório operador em casos de violação de direitos humanos, e a morte de Zuzu Angel", disse Dallari. "Trata-se de uma foto nova. Ela não estava nos autos do inquérito, e é uma revelação e documento muito importante", acrescentou.

Dallari lembra que as Forças Armadas sempre negaram relação com o acidente que resultou na morte de Zuzu. "Há muitas semelhanças entre essa foto e outras usadas pela perícia na época do acidente. Todas tinham o mesmo padrão. É por isso acreditamos que ela tenha sido feita pelos peritos. Nossas suspeitas de envolvimento dos militares no caso foram reforçadas depois que o Cláudio nos contou que, ainda na década de 80, foi procurado por Perdigão, preocupado com a foto tirada", informou o presidente da CNV.

Ainda segundo Dallari, Perdigão teria confessado a Cláudio Guerra participação no planejamento e na simulação do acidente de Zuzu Angel. "As investigações certamente, confirmarão essa hipótese", completou.

Em nota, a CNV informou que a imagem é de um fotógrafo do jornal "O Globo". "A imagem foi publicada pelo jornal no dia seguinte ao acidente com a estilista, em 15 de abril de 1976. Nem a reportagem do jornal, nem a legenda da foto, identificam a presença do major Perdigão na cena do crime, o que só ocorreu agora, por ocasião do depoimento do delegado".

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Observação do site A Verdade Sufocada:

Quem é a testemunha
- Para quem não conhece a história do ex-delegado Cláudio Guerra que afirmou, perante a CNV , que o coronel Freddie Perdigão estaria  envolvido no acidente que matou a estilista  Zuzu Angel, mamãe de Stuart Angel, melhor seria pesquisar a vida deste ex-delegado do Espírito Santo . Os noticiários têm omitido o passado deste homem.  O mesmo foi demitido da Polícia Civil do Espírito Santo por chefiar um grupo de matadores profissionais. Cumpriu pena de prisão pela morte de um bicheiro e responde a um processo pela morte de sua mulher e da ex-cunhada.
Ele reconhece Freddie Perdigão como envolvido na foto acima, publicada no jornal O Globo , onde aparecem os destroços  do carro, seis pessoas, próximas a dois postes  e uma sétima, mais afastada, que parece um fotografo.
A prova , segundo ele, do envolvimento do coronel Perdigão, e que parece que a CNV aceitou, seria que o homem, de camisa branca , apoiado em um poste, com a mão no queixo seria  Freddie Perdigão.
Que agente mais distraído!... Pratica um crime e deixa-se fotografar com o rosto bem a amostra para, evidentemente, com a publicação da foto no dia seguinte ao crime, ser logo reconhecido?
Veja a fotografia publicada logo após o acidente e novamente hoje, 26/07/14, com a seguinte manchete: “Suspeito na cena do crime”. O coronel  Freddie Perdigão já está morto... Evidentemente não poderá negar ou confirmar nada. Mas fotos antigas podem ser confrontadas!