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domingo, 1 de junho de 2014

Empreiteiras doadoras do PT pagam operários e prefeitura contrata escolas de samba para aplaudir Dilma em inauguração no Rio.

 
Durante o evento de inauguração do BRT Transcarioca (corredor exclusivo de ônibus), só puderam acompanhar o discurso da presidente Dilma Rousseff convidados e trabalhadores da obra, munidos de bandeiras do Brasil nas mãos. Eram cerca de 150 trabalhadores, contados pela reportagem. À Folha, eles contaram que receberam uma diária para ir ao evento: R$ 140. O valor é maior do que em um dia normal de trabalho, já que, por ser um domingo, está embutido o adicional de 50% de hora extra.

Nenhum deles quis se identificar. Tampouco reclamaram de estar lá. Receberam café da manhã e teriam direito ao almoço. Segundo os trabalhadores, a despesa correu por conta das empreiteiras (Andrade Gutierrez, Carioca e OAS). Procurados, representantes das empresas não foram localizados no local nem nos telefones dos escritórios.

As bandeiras que figuravam no evento também eram vistas ao longo de todo o trajeto da presidente Dilma que fez, de ônibus, o percurso entre o aeroporto do Galeão (Ilha do Governador) até Madureira, ambos na zona norte do Rio.

O caminho da presidente na obra do BRT Transcarioca, inaugurada por ela, foi tranquilo, rápido e embalado por muito samba. Às vésperas de Copa, Dilma não viu manifestantes e a segurança foi reforçada por muitos militares. Um reforço especial foi montado no morro da Serrinha, próximo à estação onde a presidente fez seu discurso.

Transcarioca

Ao longo do caminho, houve também um certo clima pró-copa. O colorido verde-e-amarelo do trajeto teve bandeirinhas do Brasil, nas mãos de algumas pessoas em esquinas do trajeto.

No percurso, Dilma, sempre dentro do ônibus, foi recebida em cruzamentos e viadutos, desde a Ilha, com muito samba, tocado ora pela bateria da União da Ilha do Governador, na ponte estaiada próxima ao aeroporto do Galeão, ora pelas velhas guardas de outras escolas de samba ou rodas tradicionais do ritmo. Entre elas, os partideiros do tradicional bloco "Cacique de Ramos", no bairro homônimo (zona norte, por onde passa a via do BRT), e membros da Portela e do Império Serrano, em Madureira, bairro que é berço dessas duas agremiações cariocas. Suas origens e sedes estão no bairro -o morro, policiado, da Serrinha é a "casa" do Império.

Pelo trajeto, a visão também não era alentadora: Dilma passou perto da "poluída" baía da Guanabara e de homens do Exército, que patrulhavam becos e vielas de entradas das favelas do complexo da Maré, ocupado por forças de segurança. Havia, ainda, algumas estações da obra ainda à espera de finalização, como a instalação de catracas, bancos e monitores. Faltava também recolher o entulho de fim de obra e fazer a limpeza do local.

A obra, que faz parte do programa federal PAC 2 de mobilidade urbana, foi inaugurada em clima festivo, graças, em boa medida, aos sambistas presentes ao evento. Entre eles estavam Monarco, da Portela, e a imperiana Dona Ivone Lara, uma das maiores compositoras de samba do país.

Os sambistas têm uma forte ligação com o prefeito Eduardo Paes. Além de ser responsável pelo Carnaval, a prefeitura reformou as quadras de escolas tradicionais, como Portela, Imperatriz Leopoldinense, Império Serrano e União da Ilha. Todas mandaram representantes à inauguração.(Folha Poder)

Corrupção, roubo, usura e violência na “URSB”

 
Já podemos proclamar que sobrevivemos na “União das Repúblicas Sindicalistas do Brazil”. Viva a Presidenta Dilma Rousseff, que num só golpe de canetada, baixou o Decreto 8243. Nossa “tovarich” instituiu a “Política Nacional de Participação Social” e o “Sistema Nacional de Participação Social”. A PNPS e a SNPS são a base soviética do Capimunismo de Estado Tupiniquim. Quem controla os movimentos sociais vai comandar o País.

O que vem por aí, se tal sistema for implantado do jeitinho que a petralhada autoritária concebeu, é a disputa pela hegemonia na tal de “sociedade civil organizada”. Quem não for aliado, será tratado como adversário e, muito provavelmente, como inimigo – de preferência, a ser eliminado ou neutralizado pela via da legislação casuisticamente aprovada pelos poderosos grupelhos de plantão e sacramentada por um judiciário submisso, ineficiente e injusto.

Se houver reação, o Brasil tende a mergulhar em uma inédita guerra civil. As pré-condições para o conflito social já estão bem configuradas. Basta constatar o crescente poderio econômico e bélico das organizações criminosas. Tudo viabilizado pela combinação cínica e delituosa entre a ação política, sua ideologia mentirosa, e governança organizada do crime. A corrupção, a violência, o terror e a ignorância da maioria dominam o País da Impunidade.

Nessa conjuntura, só prosperam organizações comparsas do capimunismo em vigor. A própria gestão macroeconômica fica submetida à delinquência sistêmica. Lucra quem especula, corrompe, rouba, abusa da usura e sonega impostos (escorchantes, aliás). Lidera o processo quem usa informações privilegiadas obtidas junto aos podres poderes estatais. A hegemonia é da minoria de gangsters mafiosos que exportam a grana que roubam aqui e, na hora certa, fazem o dinheiro voltar no formato de supostos “investimentos estrangeiros diretos”. Por isso, existem tantas dinastias políticas muito ricas – algumas bilionárias.

 

Não existe crise para esses privilegiados neorricaços da politicagem com o crime organizado. Mas o bicho já começa a pegar para o resto dos brasileiros, de todas as classes, que dependem de trabalhar, produzir de verdade, gerar empregos, pagar impostos e cumprir com seus deveres cívicos. A vida fica complicada para quem depende de crédito novo. Pior é a situação de quem está encalacrado para pagar as dívidas atuais. É o terror dos juros altíssimos e taxas abusivas cobradas pelos bancos que lucram emprestando o dinheiro dos outros (e não o deles). Os banqueiros tupiniquins ostentam lucros recordes graças ao modelo de usura.

A situação brasileira é surreal na comparação com o resto do primeiro mundo. “Está cada vez mais difícil para os bancos americanos gerarem lucro”. Banqueiro brasileiro deve morrer de rir do título dessa reportagem assinada por Robin Sidel e Andrew Johnson, do prestigiado The Wall Street Journal. A mesma publicação traz outra reportagem, escrita por Monica Houston-Waesch e Paul Hannon, informando o aperto bancário na Europa: “Escassez de crédito continua arrastando economias da Zona do Euro”.

Nos EUA, as instituições financeiras estão encontrando dificuldades para conseguir lucros tanto no varejo como no mercado financeiro. Uma forte queda nos empréstimos imobiliários e uma desaceleração no mercado de negociação de ativos levaram a uma retração de 7,6% no lucro líquido no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado nos 6.730 bancos comerciais e instituições de poupança. Os dados alarmantes são do FDIC, a agência norte-americana garantidora dos depósitos bancários. Na terra do Tio Sam, os juros baixos são insuficientes para estimular novos financiamentos imobiliários. O FDCI lista 411 instituições financeiras na “lista de problemas”.

Já no Brasil dos juros estratosféricos, os bancos não sabem o que fazer com tanto lucro recorde a cada resultado trimestral. Por aqui, onde sobra dinheiro, os banqueiros financiam incorporações e construções imobiliárias. O movimento eleva os preços dos imóveis. Também faz os aluguéis dispararem. Inquilinos e comerciantes sofrem pressões espúrias na hora de renovarem seus contratos. As imobiliárias, que operam como cartéis mafiosos, impõem sua vontade. Quem precisa morar ou sediar seu negócio fica sem alternativa. Uns quebram, outros tentam fugir para as periferias – onde os aluguéis também estão absurdos.

O crédito imobiliário também não anda fácil no Brasil – pelo menos para a classe média, que precisa comprovar renda alta para conseguir financiamentos para comprar imóveis com preços claramente especulativos, fora da realidade. Curiosamente, principalmente nas áreas nobres dos grandes centros, como Rio de Janeiro e São Paulo quem aparece como compradores dos imóveis cada vez mais caros?

A resposta inocente de corretores imobiliários: “investidores estrangeiros”. Na verdade, a maioria dos supostos “gringos” são “laranjas” dos bandidos políticos brasileiros – que mandam dinheiro para fora e fazem o famoso “draw-back” (retorno da grana, que a compra de imóveis e investimentos em ações ajudam a “lavar”). Se a Super Receita Federal – que tem uma área de inteligência com profissionais sérios e brilhantes – fizer uma devassa no patrimônio de políticos, nos parentes deles ou em seus parceiros de negócios, vai descobrir uma surpreendente evolução patrimonial, em renda e imóveis, totalmente incompatível com os ganhos normais das figuras com a atividade de “político profissional” (um dos absurdos institucionais tupiniquins). A Operação Lava Jato deu uma pequena demonstração de como toca tal banda de sacanagem.


O cenário é dos mais esquisitos. A “Copa do Jegue”, que a propaganda governamental promete ser a “copa das copas”, já nos deixa o legado de promessas descumpridas, com obras superfaturadas, incompletas e inacabadas, junto com aumentos especulativos de preços (dos aluguéis, vestuário, transportes, comunicação e comida). Se a Seleção Brasileira vencer, a maioria dos problemas tende a ser escondido debaixo dos tapetes – como de costume. Mas se os canarinhos não decolarem, muitas vacas vão para o brejo, junto com as bestas, os jegues, os burros e outros animais nojentos da politicagem tupiniquim.

O cenário político também é tétrico e apavorante. Tanto que o PT resolveu antecipar seu pacotinho de maldades com o Decreto 8243 – para consolidar o aparelhamento da máquina estatal, nos moldes que fazem inveja aos velhos camaradas soviéticos. O PT tem tudo para perder a eleição presidencial. O problema é que, até agora, a “oposição” – com Eduardo Campos e Aécio Neves - ainda não mostrou o que pretende fazer de diferente dos petistas. Nessa inércia, os eternos governistas do PMDB só aguardam a hora de escolher em que Titanic vão embarcar para a próxima gestão...

O Alerta Total insiste na tese clara e objetiva. Não existe previsão de mudança do modelo político e econômico brasileiro, no curto e médio prazos. Com tudo mudando de mentirinha, para ficar a mesma coisa na verdade, o Brasil não cresce o suficiente. Não permite a evolução da mentalidade cultural produtiva, realmente geradora de emprego e renda, superando a especulação financeira ou o clientelismo das “bolsas-assistencialistas”.

O que pode acontecer, com a derrota eleitoral do PT, é um processo violento de conflitos na máquina estatal – infestada pelos parasitas do partido trambiqueiro e dominada pela governança do crime organizado. Quem vencer terá toda sorte de dificuldades para desalojar a petralhada do sistema de poder. O próximo ocupante (menos chance para uma  ocupanta) do Palácio do Planalto terá sua governabilidade bastante prejudicada. Desenha-se um cenário de “guerra civil” no horizonte perdido do Brasil. Depois dela, pode ocorrer uma onda de separatismos...


Se a taça do mundo será nossa, ainda não dá para ter certeza. Mas que, em 2015, não há quem possa com os baderneiros, é uma hipótese a ser levada a sério. O risco institucional nunca foi tão alto. Quem apostar que vai se dar bem a partir do caos instaurado corre o alto risco de se dar mal no final das contas.

A incompetência petista, em parceria com a governança do crime, estuprou a Nação. O Brasil precisa, urgentemente, de um modelo político, econômico e social diferente do atual. O novo paradigma precisa ser focado na gestão eficiente, na honestidade, na produção, no trabalho, no ensino de qualidade, e no desenvolvimento científico e tecnológico, incluindo a recuperação do poder de dissuasão militar. Enfim, temos de implantar um Capitalismo de verdade por aqui.

Se o Brasil, mesmo tirando o PT no poder, continuar no mesmo caminho do passado, com o “Capimunismo de sempre”, nosso futuro próximo será uma mera continuidade da corrupção, roubo, usura e violência que agora domina a “URSB”. Nem o mais FDP dos brasileiros merece um regime tão desqualificado.

Por enquanto, a seleção da máfia vence a Copa do Jegue, de goleada. O consolo é que, no juízo final da competição, os mafiosos não poderão levar o que roubaram para seus túmulos. Então, que a terra lhes seja leve – como diria o velho Machado de Assis.

Vamos ter amor, fé e esperança que seremos capazes de mudar o Brasil para melhor. Já passou da hora de agir. Quem se omitir pagará caro no juízo final – cada vez mais próximo. Não merecemos acabar no saco de lixo da História!

Por isso, “avante, brasileiros, sempre avante” – como está escrito naquela primeira estrofe do Hino Nacional Brasileiro, propositalmente omitida da canção tradicional. Avante!

Todos na Torcida



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Black Blocs prometem caos na Copa com ajuda do PCC

Por Alberto Lourival Sant'Anna – Estadão

Reportagem Especial – Protagonistas das ações mais espetaculares da rede anarquista não foram nem sequer fichados pela polícia.

 
Os black blocs que executaram as ações de grande repercussão do ano passado continuam fora do radar da polícia, e prometem transformar a Copa do Mundo "num caos". Para isso, alguns deles esperam que o Primeiro Comando da Capital (PCC), a organização que domina os presídios paulistas e emite ordens para criminosos soltos, também entre em campo. Não se trata de uma parceria, mas de uma soma de esforços.

Como compromisso de não identificá-los, o Estado ouviu 16 desses black blocs, em seis encontros, na última semana. À diferença dos adolescentes que os imitaram em depredações, e que acabaram arrolados em um inquérito do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), eles são adultos, seguem tática desenvolvida há décadas na Europa e nos Estados Unidos, não têm página no Facebook nem querem aparecer.

Dos 20 que formam o núcleo da rede, apenas um foi fichado, porque foi detido em uma manifestação. Movem-se na sombra do anonimato, articulam-se nacionalmente, e nunca haviam dado entrevista antes. Preocupados com sua imagem perante a opinião pública, decidiram falar, pela primeira vez. "Vamos estourar de novo agora", promete o mais veterano deles, de 34 anos, formado em História na USP e com matrícula trancada no curso de Psicologia.

"Agente vai devolver o troco na moeda que o Estado impõe", ameaça o ativista, que trabalha para um hospital público de São Paulo. "O caos que o Estado tem colocado na periferia, por meio da violência policial, na saúde pública, com pessoas morrendo nos hospitais, na falta de educação, na falta de dignidade no transporte, na vida humana, é o caos que a gente pretende devolver de troco para o Estado. E não na forma violenta como ele nos apresenta. Mas vamos instalar o caos, sim. Esse é um recado para o Estado."

"A gente tem certeza de que o crime organizado, o PCC, vai causar o caos na Copa, e a gente vai puxar para o outro lado", continua o veterano. "Não temos aliança nem somos contra o PCC. Só que eles têm poder de fogo muito maior do que o MPL (Movimento Passe Livre, que iniciou as manifestações, há um ano, com ajuda dos black blocs). Pararam São Paulo", acrescentou, lembrando as ações do PCC na década passada.

O veterano e uma bailarina de 21 anos, que abandonou um curso em uma universidade pública para se dedicar exclusivamente à causa, contaram que membros do PCC receberam bem na Penitenciária do Tremembé (interior paulista) dois black blocs presos na manifestação de junho do ano passado do MPL." Colocaram colchões para eles." Igualmente, o Comando Vermelho acolheu um ativista preso no Rio.

"Os ‘torres' respeitam o que fazemos, por causa do nosso idealismo", explica o veterano, usando o jargão que designa os líderes do PCC. "Eles fazem por lucro e a gente, contra o sistema. Não nos arriscamos por dinheiro, mas para que a mãe deles também seja atendida pelo SUS." O veterano prossegue: "Sou nascido e criado na ZL(zona leste). Conheço muito a cara do PCC. Somos os nerds do lado da casa deles. O crime organizado respeita agente porque nasceu de mentes pensantes. Por isso talvez não nos coloquem na cadeia", interpreta, intrigado com o fato de a polícia não os incomodar. "Porque vamos fazer uma revolução lá."

Tática. O veterano, que cita o anarquista canadense George Woodcook e os Racionais MC, emprega "a tática", como eles achamam, desde 2001, quando" quebrou" o Parque D.Pedro, no centro de São Paulo. Em princípio, a função assumida pelos black blocs é a de resistir à repressão e proteger os manifestantes, interpondo-se entre ele se a polícia. Mas também a provocam, quando acham politicamente conveniente fazer com que ela perca o controle e a razão diante da opinião pública, de modo a atrair simpatia para um movimento.

Foi assim há um ano, na Praça da Sé, em protesto do MPL, quando o veterano, protegendo-se apenas com sua mochila, investiu contra a polícia de choque. Pegos de surpresa, os policiais dispararam bombas de gás lacrimogêneo, que atingiram a multidão, enquanto ele saía de cena, ileso. A partir dali, intensificaram- se os distúrbios.

Os black blocs, que não são um grupo estruturado, mas uma rede, que vai se formando espontaneamente, no contato nas ruas, queimaram carros de emissoras de TV e da polícia, depredaram14 bancos (em 40 minutos) e a sede da Prefeitura. Protegidos por barricadas e beneficiados pela surpresa e pelo despreparo da polícia, não foram pegos ..

Mas receberam a adesão de cerca de 100 adolescentes, que, numa explosão de fúria, ou por terem apanhado da polícia nas manifestações ou por ressentimentos trazidos da periferia onde moram, partiram para um quebra-quebra descontrolado, de tudo o que aparecesse na frente. Incluindo carros, lanchonetes e bancas de revista cujos donos pouco têm a ver com os "símbolos do capitalismo" visados pela doutrina anarco-socialista que predomina entre os black blocs. O núcleo original, então, saiu de cena. Voltou há uma semana, em uma manifestação pacífica na Praça da Sé. "A gente estava bem armado", disse o veterano, sem detalhar o tipo de arma. Eles têm usado coquetéis molotov, pedras e escudos improvisados.

"A ação black bloc é mais incisiva e intensa numa manifestação pacífica", afirma o veterano. Segundo ele, as ações têm de ter uma razão de ser. "Não vejo sentido em quebrar banco na Copa", exemplifica. Mas a violência contra bens materiais– e não contra seres vivos, com exceção de policiais – é justificada pelos praticantes da tática. E desculpada, no caso da ação "aleatória" de adolescentes da periferia. "Não existe o errado e o certo", pondera. "É a revolta dele."

 Frustração.. "Ocupamos durante cinco meses a frente da Assembleia Legislativa, cheios de boas intenções", lembra um estudante de Direito de 22 anos. "Apresentamos uma pauta de reivindicações. Não deu em nada. Manifestação pacífica não dá resultado."

"No último ano, houve 30 protestos, 4 muito violentos, que foram os mais noticiados", contabiliza um profissional de Marketing e estudante de Ciência Política de 32anos, que doutrina os black blocs e seus seguidores com textos anarquistas. "Os outros não receberam uma linha."

A socióloga espanhola Esther Solano, professora da Universidade Federal de São Paulo e pesquisadora dos black blocs, vê uma distorção nessa atenção dada às depredações. "Num país onde mais de 50 mil pessoas são mortas por ano, como é possível essa histeria com 40 garotos?", pergunta. "Um país que naturaliza tanto a sua violência não tolera ver a violência na Avenida Paulista." O veterano acrescenta: "No Brasil, choca mais 14 bancos quebrados do que a polícia matar 6 crianças".

"A manifestação não pode ser pacífica, sendo que é resposta à repressão estatal e capitalista", argumenta um rapaz de 18 anos, que estuda e trabalha, mas não quis dar mais detalhes sobre si mesmo. "O Estado sendo opressor, esmagando a população, obrigando a morrer na fila do SUS, isso é violento, e a resposta é autodefesa." O veterano completa: "É legítimo quebrar banco. Quantas pessoas os bancos quebram por dia?" Com relação a depredar bens públicos que depois terão de ser reparados com dinheiro dos impostos, ele responde: "O imposto já é roubado. Dizer que o dinheiro vai sair do nosso bolso é mentira, porque já saiu. Alguém tem saúde digna? Então não reclame de vandalismo."

Contágio. Os black blocs acreditam que sua revolta esteja se espalhando pelas camadas mais pobres da população." O bagulho que mais gostei da semana passada foi a greve dos motoristas", disse a moça de 21 anos, que vive da renda de um aluguel. "Estamos mostrando na rua a tática, e queremos que as pessoas se apropriem", acrescenta uma estudante de Ciências Sociais "na casa dos 30", que, como muitos deles, tem receio de fornecer detalhes nesta reportagem e finalmente entrar no radar da polícia. "A barricada é útil quando o Choque chega para desocupar uma área", exemplifica. "Uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) foi queimada em uma favela do Rio em protesto contra a violência policial."

Sete membros do núcleo participaram da ocupação da Câmara Municipal do Rio, no ano passado. Eles também estão associados a um grupo no Recife, uma das cidades do Nordeste que visitaram. "Fomos fazer campo de base", disse o veterano. Ativistas colombianos e venezuelanos vieram trocar experiências com eles. A bailarina está interessada nos zapatistas, e prepara-se para ir visitá-los no México. Ela gosta do filósofo germano-americano Herbert Marcuse, ideólogo da contracultura, para quem "não temos que quebrar o sistema nem por dentro nem por fora, mas por suas brechas".

Alguns abandonaram estudos e trabalho para se dedicar à causa em tempo integral. Outros a conciliam com uma vida "normal". Têm carros e cedem seus apartamentos para a "causa". O repórter do Estado esteve em dois "aparelhos", para usar um termo dos anos 70, na região da Avenida Paulista. Num deles, o anfitrião calçava pantufas de ursinho. Em duas situações, o repórter viu black blocs dando esmolas na rua. Pessoalmente, são gentis e educados, em contraste com a imagem de violência associada a eles.

O perfil social dos black blocs é variado. Alguns são pobres e moram na periferia. Outros são de classe média baixa e vivem na região central da cidade. O repórter conheceu apenas um caso de um rapaz de classe alta, cujos pais moram em um bairro nobre de São Paulo. Depois de ler o primeiro texto anarquista, aos 13 anos, pediu para seus pais pararem de pagar escola para ele. Hoje com 18 anos, mora com a namorada na região oeste de São Paulo, trabalha e estuda, e participa das ações mais ousadas dos black blocs.

Polícia. Quase todos concluíram, abandonaram ou fazem faculdade. E sofreram violência policial. Quando o veterano tinha 14 anos, a polícia veio despejar sua família do barraco em que viviam, no Parque São Luís, na zona norte de São Paulo. "Estávamos devendo o aluguel e parece que o dono tinha um parente militar, porque a polícia não pode chegar assim, sem um mandado", recorda. "Um policial alterou a voz com a minha mãe, entrei na frente e ele deu um tapa na minha cara. Eu nunca tinha apanhado, nunca tinha tacado pedra na polícia. Hoje, jogo coquetel molotov com gosto."

"A maioria dos presos é punk", diz o veterano. "Agente ‘cola' muito com os punks. São inteligentes, não são vândalos", continua, empregando esse termo para quem depreda aleatoriamente, sem seguira tática, que preconiza ações com motivo claro. " Não cobrem a cara. Em tudo o que eles acham justo, eles estão. A polícia prende os punks e, por causa da cor da roupa, diz que são black blocs."

Um rapaz de 20 anos conta que aderiu à tática depois de levar três balas de borracha da polícia – uma na perna esquerda e outra nas costas, no distúrbio na Rua Maria Antonia, no dia 13 de junho; e uma no estômago, na manifestação do 7 de Setembro, a que teve a maior participação de black blocs e de seus seguidores adolescentes.

"Não vejo sentido em quebrar banco, mas vejo a polícia como órgão repressor, e nosso papel é proteger os manifestantes", assinala o rapaz, que estuda Direito em uma faculdade privada, com100% de bolsa do Pro Uni, e faz estágio em uma imobiliária. Ele mora em um bairro da região central com a mãe, empregada doméstica.

A bailarina afirma ter sido assediada sexualmente por policiais, antes de aderir à tática.

Um programador de 32 anos que apoia o movimento acredita que seu pai, que era dono de um bingo, tenha sido morto por policiais, por não pagar a quantia exigida por eles para manter o negócio funcionando, quando se tornou ilegal, em 1998. Seus conhecimentos profissionais são valiosos para os black blocs, que se apoiam na atividade de hackers. No primeiro encontro com o repórter do Estado, o veterano lhe disse: "O seu CPF não é de São Paulo", para deixar claro que o havia investigado.


As cracolândias se multiplicam em São Paulo. Fim da picada: assessora da Prefeitura diz que droga é “lazer das pessoas” e “fator de sociabilidade”. Asco!


Se vocês quiserem saber no que resultou a política de tolerância da Prefeitura de São Paulo com a Cracolândia da região central, devem observar o mapa abaixo. Ele localiza as várias cracolândias espalhadas pela cidade. Se o prefeito Fernando Haddad decidiu transformar aquela área do Centro em zona livre do tráfico e do consumo de drogas — e não adianta negar porque é disso que se trata —, por que não fazer o mesmo nesses outros locais? Se aqueles merecem salário e moradia de graça, por que não esses outros? Vejam o mapa. Volto depois.

Cracolândias de São Paulo

Cracolândias de São Paulo

VEJA.com publica uma reportagem de Felipe Frazão sobre esses pontos de consumo de droga. Reproduzo um trecho (em vermelho, com destaque). Volto em seguida.

(…)
O crescimento de cracolândias nas periferias costuma ser associado por estudiosos do tema a operações de remoção mal sucedidas no passado, como a promovida pela Polícia Militar em janeiro de 2012. A PM ocupou a região central e tentou dispersar a aglomeração de usuários e sufocar as vendas de traficantes, ao passo que a prefeitura passou a limpar as ruas e demoliu uma série de casebres onde os dependentes se escondiam. O fluxo de usuários na Luz diminuiu, e supõe-se que muitos deles tenham migrado de vez para outros locais. Mas não houve monitoramento adequado para comprovar a migração. Nesta semana, um grupo de dependentes resistente aos programas do Estado e da prefeitura montou acampamento na Alameda Cleveland. A pracinha ficou lotada: traficantes se aproximavam em bicicletas para vender pedras, enquanto os usuários ofereciam para troca quinquilharias e objetos roubados, como caixas de som portáteis, cordões e telefones. Havia crianças e adolescentes entre eles, além de grávidas. A movimentação era caótica, num ritmo particular. “Temos que entender esse fenômeno como um de lazer das pessoas”, diz Cibele. “Elas criam uma sociabilidade, constituem uma comunidade com regras de convivência e certa solidariedade e relações interpessoais. A droga é mais uma consequência do desemprego e da miséria e não a causa.”
(…)

Voltei

A versão de que foi a ocupação da Cracolândia, em 2012, que fez multiplicar as cracolândias é feitiçaria política e ideológica dos ditos “especialistas”, todos eles certamente partidários da atual política do prefeito Fernando Haddad, um dos maiores desastres da história de São Paulo.

Comecemos pelo óbvio: a Cracolândia hoje é mais livre do que jamais foi. Tudo está como era antes, só que pior: porque agora a Prefeitura injeta dinheiro no local, o que provocou, inclusive, uma elevação do preço da pedra vendida na região. A inflação da droga acaba expulsando os usuários ainda mais miseráveis. Por incrível que pareça, já há subníveis sociais dentro do consumo de crack.

Haddad já anunciou que o próximo passo é começar a alugar quartos para viciados também na região do Parque D. Pedro II. Leiam ali o que diz a tal “Cibele” — trata-se de Cibele Neder, assessora de saúde mental, álcool e outras drogas da Secretaria Municipal de Saúde: “Temos que entender esse fenômeno [do crack] como um de lazer das pessoas. Elas criam uma sociabilidade, constituem uma comunidade com regras de convivência e certa solidariedade e relações interpessoais. A droga é mais uma consequência do desemprego e da miséria e não a causa.

Respondo

Uma tripla ova para esta senhora!

1: se a droga é lazer, então não é um problema! Se é lazer, não é nem problema de saúde pública; se é lazer, a questão tem de passar para a área de turismo (mas sem dinheiro público sustentando o vício de ninguém: lazer é lazer!);
2: a droga só é fator de sociabilidade entre os “iguais” (viciados) porque romperam outros vínculos;
3: o Brasil não tem um problema de desemprego que justifique a tragédia do crack. A afirmação é fruto de ignorância específica. Cibele precisa estudar economia para parar de falar besteira sobre consumo de drogas. Ou, então, precisa estudar direito as drogas para parar de falar besteira sobre economia.


O crack, em suma, se expande na cidade porque existe uma Prefeitura que o considera “lazer das pessoas” e “fator de sociabilidade”. Ei, você aí! Está sozinho, pouco sociável, querendo se integrar? Ah, procure uma rodinha de crack e boa viagem ao inferno, tendo a Cibele como o seu Virgílio. Essa gente provoca em mim vontade de vomitar. #prontofalei.

Reações ao Decreto 8.243 — a sociedade ainda respira. Até quando?


A principal característica de um governo esquerdista é que ele jamais se contenta em governar de acordo com a ordem legal, instituída. Ele sempre acredita que detém a chave, a poção, a receita miraculosa para transformar o país no que, ele imagina, será o melhor dos mundos. O problema é que o melhor dos mundos, quando se trata da esquerda, está sempre próximo do que imaginamos ser o Inferno, quando não é o próprio Inferno.


A prova do que afirmo encontra-se não apenas na história das revoluções — vejam o Purgatório congelado no tempo em que Cuba se transformou, sobrevivendo graças à submissão de um povo sem esperança e sem armas e à propaganda esquerdista mundial, ou os milhões de crimes perpetrados pelo comunismo soviético —, mas também no presente, no cotidiano da sociedade brasileira, sequestrada, em grande parte, pelo pior tipo de populismo que já conhecemos, superior, em método e recursos, aos refinamentos do getulismo.

Esta semana, mais uma vez, o governo ensaiou uma tentativa de golpe. O alarme foi dado pelo editorial do Estadão, “Mudança de regime por decreto”, e rapidamente se espalhou pelas redes sociais e blogs, transformando-se em um fenômeno viral.

De fato, enquanto os políticos de oposição dormem, refestelados em seus altos salários e mordomias, parcela da sociedade vigia, atenta, os ensaios para se criar uma ditadura. As reações foram múltiplas: Reinaldo Azevedo pontificou: “A ‘democracia direta’ de Dilma é ditadura indireta do PT”. Alexandre Borges deu uma breve mas incisiva aula de história em “Todo poder aos sovietes petistas”. Felipe Moura Brasil denunciou a lentidão dos tucanos, sempre envergonhados ou sempre pactuando silenciosamente com o governo, no post “Ronaldo Caiado sai na frente de Aécio: ‘É golpe do PT!’”. No artigo “Um tumor inserido por decreto”, Fábio Blanco sangrou ainda mais a manobra traiçoeira. E Milton Simon Pires não deixou por menos: mostrou, em “Brasil 8243”, como o PT pretende destruir as instituições do país.

O mais didático e irônico, contudo, foi Erick Vizolli, no sempre ótimo Liberzone. No artigo “Afinal, o que é esse tal Decreto 8.243?”, Vizolli mostra que o sistema representativo, apesar de todos os seus defeitos, ainda é a única forma de nos protegermos de um Estado controlado por grupos que não têm compromisso com a democracia ou a liberdade, mas apenas com suas próprias ideologias.

Todos esses articulistas me recordaram as reflexões de Roger Scruton em The Uses of Pessimism and the Danger of False Hope (As vantagens do pessimismo, Editora Quetzal, Lisboa). No Capítulo 6, “A Falácia do Planeamento”, Scruton faz uma brilhante analogia entre a estrutura da União Europeia e a forma como Lenin aboliu, na Revolução Russa, “todas as instituições através das quais o partido e seus membros pudessem ser responsabilizados pelo que fizeram”, permitindo que um erro se sucedesse a outro, sempre maior, sempre mais criminoso.

Scruton reflete como se tivesse acabado de ler o decreto de Dilma Roussef: “Quando os poderes de Governo estiverem adequadamente repartidos e quando os que detêm a soberania puderem ser expulsos por uma votação, os erros podem encontrar o seu remédio. Porém suponhamos que as instituições de Governo estão montadas de tal maneira que toda a concentração de poder é irreversível, de modo que os poderes adquiridos pelo centro nunca podem ser recuperados. E suponhamos que aqueles que mandam no centro são nomeados, não podem ser afastados a pedido do povo, encontram-se em segredo e guardam poucas ou nenhumas atas das suas decisões. Acha que, nessas circunstâncias, existem condições em que possam ser retificados erros ou mesmo convincentemente confessados?”.

Todos os infinitos casos de corrupção; todas as manifestações de ódio coletivo que têm tomado as ruas; o longo e incansável trabalho de controle ideológico feito pelo Ministério da Educação, censurando, de forma velada, o conteúdo de milhões de livros didáticos distribuídos país afora; todas as tentativas de manter sob vigilância a mídia e a Internet; o evidente controle do Executivo sobre parcela do Congresso e do Supremo Tribunal Federal — tudo contribui para transformar o Decreto 8.243 na cereja do bolo.

Se ainda podemos ter alguma esperança, ela reside no fato de que eles sempre acabam destruindo uns aos outros. “Doze vozes gritavam cheias de ódio e eram todas iguais. Não havia dúvida, agora, quanto ao que sucedera à fisionomia dos porcos. As criaturas de fora olhavam de um porco para um homem, de um homem para um porco e de um porco para um homem outra vez; mas já se tornara impossível distinguir quem era homem, quem era porco” — conta George Orwell no final de A Revolução dos Bichos.



Ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa confima que tinha "relação amistosa" com Lula e Dilma. Alguém duvida?

 
A Petrobras decidiu construir a refinaria Abreu e Lima (PE), sua obra mais cara, sem ter um projeto definido e fazendo uma "conta de padeiro" para estimar o custo inicial, disse o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, 60. Investigado por suspeita de corrupção e envolvimento com um bilionário esquema de lavagem de dinheiro, ele recebeu a Folha na semana passada para sua primeira entrevista desde que foi libertado, após 59 dias de prisão.

Com custo inicial estimado em US$ 2,5 bilhões (R$ 5,6 bilhões), Abreu e Lima deverá custar US$ 18,5 bilhões (R$ 41,5 bilhões) quando ficar pronta, em 2015. "A Petrobras errou", disse Costa. "Divulgou o valor de US$ 2,5 bilhões sem saber quanto a refinaria iria custar, sem um projeto." O ex-diretor afirmou que não houve superfaturamento nas obras, apesar dos indícios apontados pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Réu na Justiça junto com o doleiro Alberto Youssef, Costa disse que nunca fez remessas ilegais ao exterior.

Paulo Roberto Costa diz que foi indicado para o cargo de diretor de abastecimento da Petrobras, que ocupou de 2004 a 2012, pelo PP. Seu padrinho político foi o deputado José Janene (PP), ligado ao doleiro Alberto Youssef. É preciso, porém, competência técnica para ser aprovado pelo conselho, segundo Costa.

Para todas as perguntas da Folha de São Paulo, o ex-diretor da Petrobras teve uma resposta que torna normais as operações realizadas. É um corrupto profissional. Selecionamos, então, as respostas que comprovam a ligação de amizade entre Paulo Roberto Costa, Lula e Dilma.
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Folha - Numa agenda sua, apreendida pela PF, aparecem nomes de empresas com anotações sobre promessas de doações políticas. O sr. arrecadava fundos para alguém?

Paulo Roberto Costa - Esse documento não foi escrito por mim. Eram ações que iam ser tomadas e não foram. Era arrecadação legal.

Para qual partido?

Era uma ação de apoio para uma candidatura. O nome eu não posso falar. Participei da reunião, mas não posso falar quem estava lá.

Há fornecedores da Petrobras na lista que o sr. conhecia.

Tinha fornecedor da Petrobras e outros que não eram. Eu não era mais diretor quando houve essa reunião. Foi uma semana ou 15 dias antes de eu ir para o lugar a que fui [ao ser preso, em março].

O sr. virou diretor da Petrobras por indicação política?

Quem me indicou foi o PP. Mas eu tinha uma longa carreira. Havia entrado em 1977 por concurso e estava lá há 27 anos. Tinha também diretores indicados pelo PMDB.

O PP pediu algo em troca?

Refinaria gera mais imposto e emprego, o que é bom para deputado, governador.

Só isso? Não é pouco crível?

Eu não tive cobrança de partidos na Petrobras.

Dizem que a presidente Dilma não gostava do sr. por causa das suspeitas de corrupção.

Ela nunca me falou isso pessoalmente. Tivemos uma relação técnica e amistosa. Nunca tive problemas com ela e ela foi presidente do conselho de administração [da Petrobras]. Nossa relação sempre foi muito próxima.

Dilma nunca fez reparos ao trabalho do sr.?

Nunca. Ela foi várias vezes à refinaria Abreu e Lima e sabe disso tudo que eu te falei. O presidente Lula e a presidente Dilma iam visitar [as obras de] Abreu e Lima e perguntavam como estavam as coisas. Eu dizia que tinha problemas porque tinha de fazer três vezes a mesma licitação por causa dos preços altos. Minha relação com ela sempre foi de muito respeito.

Dizem que o presidente Lula gostava do sr. É verdade?

A minha relação com o presidente Lula sempre foi amistosa e de respeito.